Você está na página 1de 78

O ANALFABETISMO

FUNCIONAL
A DIFERENÇA ENTRE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
INTRODUÇÃO

O problema do analfabetismo é algo antigo no cenário educacional


brasileiro. Antes do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) de 1990 e da
LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) de 1996, as crianças e
adolescentes em idade escolar não eram obrigadas a frequentar a escola.
Sendo assim, muitos abandonavam os estudos, por conta da repetência, da
desmotivação e para trabalhar e ajudar nas despesas da casa, por isso, o
índice de adultos analfabetos era muito grande.
Desde o século XX o governo tem implantado diversos programas de
alfabetização de adultos, como o MOBRAL, tentando reduzir esses índices e
promover as oportunidades de melhorar as condições de vida e de trabalho
da população. No presente estudo, iremos descrever esses programas,
principalmente o atual, a EJA – Educação de Jovens e Adultos.
O QUE SIGNIFICA SER ALFABETIZADO?
Ser alfabetizado, até meados do século XX, era simplesmente saber
decodificar letras e números. Bastava que o indivíduo conseguisse
reconhecer letras, palavras e números, que conseguisse ler frases,
orações e textos. Porém, embora muitos consigam essa leitura, não
conseguem entender o que estão lendo, não conseguem interpretar
um texto: são analfabetos funcionais. Essas pessoas não conseguem
apreender o significado da leitura e não conseguem aplicar os
conhecimentos matemáticos.
Pesquisa feita pelo Instituto Pró-Livro mostrou que 50% dos
entrevistados não entendem o que leem nos livros e por isso não
compram os mesmos.
LER NEM SEMPRE É COMPREENDER.
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
Alfabetizar é ensinar o aluno a reconhecer os símbolos da escrita, ou
seja, reconhecer letras e números. Como nossa escrita é fonética,
nossos alunos precisam identificar grafemas (grafia do som, a letra, no
caso) e fonema (som) e com eles formarem sílabas, palavras, frases,
orações e textos. Esse processo é chamado decodificação da língua,
porque permite ao aluno entender o código da escrita da língua que
fala.
O letramento acontece além da alfabetização, ele resulta da
compreensão e do entendimento do que se lê, adquirindo através
dessa leitura o conhecimento e a cultura. Ler e escrever não se
resume a decodificar e copiar, é preciso que retire desse processo um
conteúdo significativo.
ALFABETIZAÇÃO LETRAMENTO
Alfabetização é o
processo de Letramento é a
decodificação, de compreensão do
identificação da conteúdo do que se
Conceito leitura e escrita. lê e escreve.
Uso individual da
Uso língua. Uso social da língua.
O letrado não só
identifica o código,
mas interpreta e
compreende a
mensagem passada
Alfabetizado é o que através dele,
identifica o código conseguindo produzir
escrito e reproduz o conteúdo escrito e
Indivíduo mesmo não só Reproduzir.
Produzir textos dos
mais diversos gêneros
textuais e interpretá-
los. Usar os
Codificar e conhecimentos
decodificar a escrita matemáticos em seu
Atividades envolvidas e os números. cotidiano.
O professor ensina a
compreensão, a
interpretação, ajuda
O professor ensina a a entender a
ler o alfabeto e as mensagem, discute,
funções a partir dele: estimula a reflexão, o
sílabas, palavras, raciocínio lógico com
frases, orações e os números, a
Ensino textos. aplicabilidade deles.
DADOS DO ANALFABETISMO
FUNCIONAL
Como já dissemos, há 30 anos as legislações específicas colocam a
obrigatoriedade de toda a criança e adolescente em idade escolar
frequentarem a escola de ensino regular. Mesmo os índices de analfabetismo
caindo desde então, professores começaram a identificar entre seus alunos a
falta de letramento. O Instituto Paulo Montenegro tem investigado as questões
envolvidas nesse problema entrevistando pessoas em diversas regiões do país, na
idade de até 64 anos. Essa pesquisa é realizada a cada dois anos. Segundo a
mesma, “O Indicador de Alfabetismo Funcional revela que só um terço dos jovens
brasileiros atingiu a alfabetização plena. ”
Os entrevistados entre 15 e 24 anos fornecem dados importantes porque já são
resultado desse novo modelo de ensino iniciado pela Lei de Diretrizes e Bases da
Educação de 1996. Porém, os dados mostram que o índice de analfabetismo
funcional não diminuiu significativamente entre 2001 e 2009. Os avanços nos
estudos feitos pelas gerações mais recentes não mostraram impacto nos índices.
INDICADOR POR ESCOLARIDADE
15 A 24 ANOS
Analfabetos funcionais por região
População de 15 a 24 anos
AS PRINCIPAIS TEORIAS SOBRE
ALFABETIZAÇÃO
A EXPERIÊNCIA BRASILEIRA COM
OS MOVIMENTOS DE
ALFABETIZAÇÃO
COLÔNIA E IMPÉRIO
Podemos dizer que foram os jesuítas, ainda no século XVI, que iniciaram o processo de
alfabetização de adultos. Eles tinham como objetivo divulgar a fé católica entre os
indígenas e convertê-los à mesma, mas para isso precisavam ensiná-los a ler, para que
pudessem catequisar usando a bíblia. Então, eles formavam salas de aula improvisadas
para alfabetizar crianças e adultos das aldeias mais amistosas.
Em 1759, o Marquês de Pombal expulsa os jesuítas da colônia,
por não gostar da interferência de religião nos seus interesses
comerciais, assim, o ensino fica atrofiado até período do
Império, quando a criação de escolas de ensino regular se
amplia. Em 1834, o Ato Adicional declara que a educação
primária deveria ficar a cargo das províncias, tirando a
responsabilidade do governo imperial. Nem mesmo a
República (1889) trouxe avanços significativos em relação à
alfabetização, qualquer que seja.
Cola na Web
EDUCAÇÃO PARA ADULTOS NO SÉCULO XX
A partir da década de 1920, cresce o grupo de intelectuais, de educadores e
de artistas no Brasil, e estes reivindicavam um ensino público para todas as
pessoas. A questão do analfabetismo toma os discursos sociais e políticos da
época e é tratado como vergonha pelo país. Surgem grupos de defensores
dos direitos dos oprimidos e cresce a pressão sobre o governo. Assim, os
profissionais da educação iniciam uma campanha contra o analfabetismo e
pelo ensino de qualidade.

Sob essa perspectiva, mesmo diante desse quadro que salienta um avanço na
trajetória da educação brasileira, cumpre-nos assinalar que devido às escassas
oportunidades de acesso à escolarização na infância ou na vida adulta, até 1950,
mais da metade da população brasileira era analfabeta, o que a mantinha excluída
da vida política, pois o voto lhe era vedado (CUNHA, 2020).
DÉCADA DE 1940 E 1950
O ensino de jovens e adultos, porém, recebe
maior foco após a década de 1940. Em 1947, o
Governo Federal lança a Campanha de
Educação de Adolescentes e Adultos – CEAA, e
se estruturou, no Ministério da Educação, o
Serviço de Educação de Adultos. Essas ações
vinham para atender o apelo da UNESCO para
que se tornasse a educação mais popular e
acessível, erradicando o analfabetismo
(CUNHA, 2020).
Por essa época, o índice de analfabetismo
entre adultos ultrapassava os 50% da população
brasileira. Também foram criadas a Campanha
Nacional de Educação Rural, em 1952, e a
Campanha Nacional de Erradicação do
Analfabetismo, em 1958. O aprendizado gerado Fonte:
por essas campanhas não foi significativo, o https://www.timetoast.com/timelines/li
ensino era superficial e desorganizado. Os mais nha-do-tempo-da-eja-educacao-de-
preocupados com o quadro de analfabetismo jovens-e-adultos-no-brasil
eram os educadores, que começaram a criar
métodos mais efetivos de alfabetização.
PAULO FREIRE E A LUTA PELA EDUCAÇÃO
Dentre esses métodos, o mais famoso foi o de Paulo Freire,
que obteve sucesso em suas experiências de alfabetização
de adultos.
Além de Paulo Freire, outros intelectuais, estudantes e
católicos, engajados na luta contra o analfabetismo,
criaram programas de alfabetização, tais como: o
Movimento de Educação de Base, da Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil (CNBB), em 1961, (com ajuda do
governo federal); o Movimento de Cultura Popular do
Recife, em 1961; a Campanha De Pé no Chão Também se
Aprende a Ler, da Secretaria Municipal de Educação de
Natal; e os Centros Populares de Cultura, órgãos culturais
da União Nacional dos Estudantes, a UNE (CUNHA, 2020).
Crescia, portanto, a preocupação de uma parcela
politizada da sociedade como a educação de base e a
educação para todos.
DE PÉ NO CHÃO TAMBÉM SE APRENDE A LER:
https://desarquivandobr.wordpress.com/2012/03/30/de-pe-no-chao-
tambem-se-aprende-a-ler/
A DITADURA MILITAR
Em 1964, o país entra em uma ditadura política e militar, período marcado por
perseguições, tortura, violência e repressão. Com tanta censura, os movimentos
populares se enfraquecem.
A educação se torna foco dos militares, que
pretendiam através dela formar massa de apoio e
fazer propaganda do regime. Ideias de uma educação
popular, libertadora e que gerasse reflexão crítica
eram duramente combatidas. Não interessava ao
regime que houvesse oposição ideológica, por isso,
qualquer tipo de educação que tornasse as pessoas
conscientes e questionadoras era abatida. Cunha e
Góes (2002, apud CUNHA, 2020) afirmam que havia
uma forte repressão às chamadas ideias subversivas,
como o ideal “comunista”.
O MOBRAL
O governo precisava combater o analfabetismo. Para se
mostrar efetivo para os órgãos internacionais e para se
autopromover, porém, não poderiam criar um programa
realmente eficiente, pois geraria a conscientização
intelectual popular que eles tanto temiam. Com essa
postura, cria-se o ensino supletivo, em 1971, e no mesmo
ano, criam o Movimento Brasileiro de Alfabetização, o
MOBRAL. Esse movimento obviamente fracassou.
Uma das causas desse fracasso foi o despreparo dos
monitores que alfabetizavam. Esses monitores não tinham
qualificação nem experiência na tarefa de alfabetizar,
recebiam apenas um treinamento superficial. Seu trabalho
era mecânico, guiado pelo material didático fornecido, sem
aprofundamento. Apesar do entusiasmo político e ideológico
da ala militar e de seus apoiadores, desde o início o MOBRAL
foi introduzido sem respaldo científico ou teórico. Também
não houve grande investimento na estrutura dos locais de
ensino, muitas vezes precários e improvisados.
Fonte:
https://www.propagandashistoricas.com.br/2018/06/propagand
a-antiga-mobral.html
MOVA-BRASIL
Na década de 1980, o Brasil passa por um processo de
redemocratização, após o fim da ditadura militar.
Mudanças são feitas em todos os setores da
sociedade, inclusive na educação.
A nova Constituição Federal de 1988 afirma a
igualdade de direitos e de acesso à educação básica.
Paulo Freire se torna Secretário da Educação em São
Paulo e cria um novo movimento de alfabetização de
jovens e adultos, o MOVA, em 1989. Suas salas são
instaladas em igrejas, creches, associações,
geralmente nas periferias, onde havia poucas
escolas.
O MOVA conta com as parcerias de prefeituras e
acabou se espalhando para outros estados da
federação. De 2003 a 2016 já alfabetizou mais de 275 FONTE:
mil pessoas. O projeto conta com a parceria do https://infonet.com.br/noticias/educacao/projeto-de-
Instituto Paulo Freire, da Federação Única dos alfabetizacao-mova-brasil-comemora-10-anos/
Petroleiros (FUP) e da Petrobrás (MOVA-Brasil, 2013).
O SISTEMA EDUCACIONAL
BRASILEIRO
INTRODUÇÃO E
O Sistema Educacional Brasileiro começou a se estruturar no início do D
século XX e ainda hoje passa por alterações e atualizações. Podemos
dizer que foi durante o governo de Getúlio Vargas que o sistema
brasileiro de ensino ganhou características que conserva até hoje,
U
mesmo com as mudanças de paradigmas, de nomes e de legislações
educacionais.
C
A Constituição Federal de 1946 é a primeira a afirmar que a
educação brasileira precisa ser melhor estruturada, para atender as
A
necessidades do novo momento econômico que o país vivia. Esse
momento era caracterizado por uma industrialização crescente, que
Ç
atraía pessoas para as grandes cidades e precisava de mão-de-obra
qualificada para exercer funções nessas indústrias. Assim, se origina
Ã
uma estrutura, que apesar de muitas atualizações, permanece até
então. O
A LDB DE 1961
Após muitas discussões, em 1961 é promulgada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(Lei nº 4.024), que estabelece normas para escolas privadas e públicas. A estrutura de ensino,
porém, não teve grandes alterações, sendo dividida em (OEI-MEC, 2020):

 Ensino Primário: de 4 anos, com a possibilidade de extensão de mais 2 anos para ensino de
Artes Aplicadas;
 Ensino Médio: dividido em 2 ciclos, o Ginasial, de 4 anos; e o Colegial, de 3 anos; cursos
técnicos e de magistério estavam incluídos neste último;
 Ensino Superior: composto pelos cursos de graduação e pós-graduação.

Em 1947, são instaladas salas de Ensino Supletivo e o país começa a avançar no combate ao
analfabetismo. A taxa de analfabetismo, que em 1950 era de mais de 50%, caiu para 33% em
1970. As pessoas frequentavam o supletivo e, em seguida, procuravam classes de ensino técnico
de nível médio, para se profissionalizar. Assim, uma parcela da população que até então se via
excluída do acesso à educação, começou a estudar (OEI-MEC, 2020).
A LDB DE 1971
Porém, o ensino brasileiro não deixou de ser seletivo e
elitista, pois, dos alunos que ingressavam no ensino
primário, na década de 1970, apenas 5,6%
chegavam ao ensino superior. Em 1971, a Lei nº 5.692
(A nova LDB), fundiu o primário e o ginasial,
transformando-os em Ensino de 1º Grau. O colegial
passou a se chamar Ensino de 2º Grau e o ensino
obrigatório passou a ser de 8 anos. O ensino superior
seria então, o 3º Grau (OEI-MEC, 2020).
Esse sistema durou até a promulgação da
Constituição Federal de 1988, que iniciou outro LDB DE 71 torna o
processo de atualização no sistema de ensino que ensino profissional
culminou na Lei de Diretrizes e Bases da Educação de obrigatório. Fonte:
1996, (Lei 9.394), que trouxe grandes mudanças nos Senado Federal.
paradigmas educacionais, no currículo, na formação
de professores e na estrutura de ensino.
A LDB DE 1996

A LDB de 1996 dividiu o ensino brasileiro em dois Níveis: Educação Básica (composta
pela Educação Infantil, Ensino Fundamental 1 e 2, e Ensino Médio) e Ensino Superior.
A Educação Básica é obrigatória para crianças entre 4 e 17 anos e deve ser
oferecida pelo Estado de forma gratuita, divide-se nas seguintes Etapas:
 Educação Infantil: creches e pré-escolas, para crianças de 0 a 5 anos, sendo que
é obrigatória a partir dos 4 anos;
 Ensino Fundamental: dividido em I e II, sendo que o I tem 5 anos (a seriação,
porém, não é obrigatória) e o II tem 4, ou seja, dura 9 anos;
 Ensino Médio: duração de 3 anos, para alunos entre 15 e 17 anos;
 Ensino Médio de Nível Técnico: profissionalizante, pode ser oferecido
concomitantemente ao Ensino Médio regular.
AS MODALIDAS ATUAIS DA
EDUCAÇÃO BÁSICA
 Ensino regular: descrito acima, para idades entre 4 e 17 anos e composto
por 14 séries;
 Educação de Jovens e Adultos (EJA): para alunos que não frequentaram a
escola em idade própria e que descreveremos em nosso presente estudo;
 Educação Especial: oferecida em salas de recursos especiais, para crianças
com Necessidades Educacionais Especiais (NEE), contando com professor
especialista, esse ensino é nomeado de AEE (Atendimento Educacional
Especializado);
 Educação em Espaços Não-Escolares: oferecida no campo, em quilombos,
em comunidades indígenas ou ribeirinhas, no sistema carcerário, em
hospitais, em asilos, em clinicas de saúde mental, etc.
NÍVEL SUPERIOR
Passado esse primeiro nível de ensino, temos o Ensino
Superior, que é composto em: Graduação e Pós-
Graduação. A pós-graduação se dá em dois tipos:
Especialização (lato sensu), Mestrado e Doutorado
(strictu sensu). O Ensino Superior não é obrigatório,
mas o Estado, pela Constituição Federal, precisa
oferecer esse nível de forma pública e gratuita.
Esse é, portanto, o sistema educacional brasileiro
atual, que conta com a frequência obrigatória de
todas as crianças entre 4 e 17 anos à Educação
Básica, independentemente de sua classe social,
suas origens étnicas e culturais, e de possuir
deficiências ou dificuldades de aprendizagem.
Blog do Mettzer
TEORIA E PRÁTICA NA
ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E
ADULTOS
A ALFABETIZAÇÃO DE ADULTOS
Quando se trata da educação de adultos, é preciso, em primeiro lugar, que se considere
a bagagem que esse aluno traz para sala de aula, isso inclui suas vivências, seu trabalho,
sua família, sua condição psíquica e emocional, mas principalmente, suas experiências
educacionais. Porque mesmo sem ter recebido qualquer educação formal, todo aluno
traz experiências com números, letras, ciências, histórias, que acumularam
conhecimento, mesmo que rudimentar.
Na vida adulta, a pessoa costuma procurar a educação voluntariamente, já previamente
motivada a aprender, e com planos e objetivos a realizar com seus estudos. Por isso,
existe uma diferença significativa entre alfabetizar na Pedagogia e alfabetizar na
Andragogia.
Imagem da capa: Sinproep - DF
A ANDRAGOGIA
Andragogia é uma área de estudos que
investiga como os adultos aprendem, Qualificação
analisando as características desse Emprego
aprendizado, os processos envolvidos, as Realização Pessoal
práticas didáticas usadas, os métodos de
Extensão dos estudos
ensino mais eficazes, entre outros
detalhes. Dentre os motivos que fazem Mudança de Vida
uma pessoa adulta procurar cursos e
capacitações, os mais comuns são:
CARACTERÍSTICAS DO ENSINO DE
ADULTOS
• MOTIVAÇÕES DIFERENTES;
• AUTONOMIA E DISCIPLINA;
• AMBIENTE ADULTO E
PADRÃO;
• MELHOR COMUNICAÇÃO;
• MAIS PARCERIAS E TROCAS
DE EXPERIÊNCIAS. Como a EJA mudou a vida deles:
https://novaescola.org.br/conteudo/11606/como-a-eja-
mudou-a-vida-deles
AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
• Fazer uma avaliação diagnóstica dos alunos logo no início das aulas, perguntando, em uma
roda de conversa, sobre suas atividades diárias, seu trabalho e sua família. O professor deve
anotar essas informações e usá-las para desenvolver tarefas contextualizadas;
• Estar sempre perguntando sobre as atividades de lazer e entretenimento dos alunos, tais
como músicas e artistas preferidos, passeios, vídeos, filmes, séries. Estas informações servem
para planejar atividades lúdicas para os alunos;
• Conversar sempre com os alunos sobre suas dificuldades e elaborar tarefas de reforço para
eles;
• Ficar atento a essas dificuldades, já que os distúrbios de aprendizagem adentram a vida
adulta e podem prejudicar o aprendizado. A qualquer sinal de distúrbio é preciso conversar
com o aluno sobre a procura de um psicopedagogo.
PROPOSTAS DIDÁTICAS
• Exploração dos Gêneros Textuais: como o adulto já tem experiência de vida suficiente,
diversos gêneros textuais podem ser apresentados sem medo, para que esse aluno se
identifique com seus preferidos e use-os em seu processo de aprendizado;
• Transformar o Oral em Escrito: várias conversas com os alunos, sobre suas atividades
diárias, seu trabalho e suas preferências pessoais se iniciam de modo oral e aos poucos
podem ir passando para a escrita, com a ajuda do professor. Por exemplo: lista de séries, de
compras de supermercado, de desejos; nomes dos filhos, dos amigos e dos familiares; letras
de músicas, etc.;
• Material de Inclusão: a EJA também é uma forma de inclusão social, por isso, vários
recursos de tecnologia assistiva podem ser usados na alfabetização de adultos.
MATERIAL
DIDÁTICO

Alfabetização na EJA:
https://www.caiodib.com.br/blog/alfabetizacao-eja-
leitura-escrita-cidadania/
Imagem 2: Google Sites
A IMPORTÂNCIA DA TEORIA DE PAULO
FREIRE
PATRONO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
BIOGRAFIA
Paulo Freire nasceu no Recife, Pernambuco, no dia 19 de setembro de 1921.
Filho de Joaquim Temístocles Freire, capitão da Polícia Militar, e de Edeltrudes
Neves Freire, Paulo morou na cidade do Recife até 1931. Depois desse período foi
viver no município vizinho de Jaboatão dos Guararapes, onde permaneceu
durante dez anos.
Formação
Paulo Freire iniciou o curso ginasial no Colégio 14 de Julho, no centro do Recife.
Com 13 anos perdeu o seu pai e coube a sua mãe a responsabilidade de sustentar
todos os 4 filhos. Sem condições de continuar pagando a escola, sua mãe pediu
ajuda ao diretor de Colégio Oswaldo Cruz, que lhe concedeu matrícula
gratuita, o transformou em auxiliar de disciplina, e posteriormente em professor
de língua portuguesa. Em 1943 Paulo Freire ingressou na Faculdade de Direito do
Recife.
Carreira
Depois de formado, Paulo Freire continuou atuando como professor de português
no Colégio Oswaldo Cruz e de Filosofia da Educação na Escola de Belas Artes da
Universidade Federal de Pernambuco. Em 1947 foi nomeado diretor do setor de
Educação e Cultura do Serviço Social da Indústria. Em 1955, junto com outros Fonte:
educadores fundou, no Recife, o Instituto Capibaribe, uma escola inovadora que
atraiu muitos intelectuais da época e que continua em atividade até os dias de https://www.ebiografia.c
hoje. om/paulo_freire/
ANGICOS, 1963

O método de Paulo Freire foi aplicado pela primeira


vez em Angicos, no sertão do Rio Grande do Norte,
em 1963. Antes de iniciar a alfabetização, Freire
passou um período nessa região, conhecendo seus
alunos, que eram 300 cortadores de cana-de-açúcar.
Aplicado o método, ele alfabetizou esses
trabalhadores em 40 horas de aula, durante 45 dias,
sem cartilha. O feito chamou a atenção do então
presidente João Goulart, que em 1964 o convidou
para elaborar um plano de alfabetização para o
Brasil. Infelizmente, esse plano nunca foi posto em Freire:
prática, já que no mesmo ano ocorreu o Golpe Militar https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/re
portagem/revolucao-de-angicos-paulo-freire-poe-
e o plano foi abortado pelo novo governo. Paulo em-pratica-seu-projeto-pedagogico-em-1963-no-rio-
Freire foi preso e exilado. grande-do-norte.phtml
UMA EDUCAÇÃO CONTEXTUALIZADA

Paulo Freire defendia um método de alfabetização que fosse além da


decodificação da escrita. Para ele, a linguagem escrita seria um
instrumento de comunicação poderoso, pelo qual o indivíduo acessa
ao conhecimento acumulado pela humanidade e através dele
consegue a oportunidade de interação e de integração social. Ou
seja, Paulo Freire não queria somente promover a alfabetização, mas
o letramento (BECK, 2016).
Assim, ele desenvolveu um método que usaria como base temática as
experiências de vida dos alunos e seu contexto social. Ao invés de
usar cartilhas, que além de serem um material para o público infantil
não era contextualizado, ele preferia usar palavras que estavam
presentes no cotidiano dos alfabetizados.
AS ETAPAS DO MÉTODO PAULO FREIRE
O método de Paulo Freire é dividido em três etapas: investigação,
tematização e problematização. Vejamos melhor essas etapas (BECK, 2016):

• Investigação: é uma fase de exploração do universo do aluno, sua história,


sua cultura, seus grupos sociais e suas tarefas diárias, de forma a acumular
informações úteis para a formação do vocabulário e as palavras geradoras;
• Tematização: com as palavras geradoras escolhidas, os educadores devem
fazer uma contextualização dessas palavras, ou seja, ao apresentar uma
palavra nova, inseri-la em uma situação cotidiana e que faça parte do
ambiente do aluno. Por exemplo, ao apresentar a palavra panela, o
professor mostra uma mulher cozinhando algum alimento;
• Problematização: o professor propõe reflexões sobre esse contexto,
usando o vocabulário aprendido, de modo a levantar explorações de
problemas e soluções possíveis, fazendo assim da educação, algo
transformador.
PALAVRAS GERADORAS

CASA
A investigação é uma etapa muito importante do
método de Paulo Freire. O professor precisa conhecer CA CO CU SA SE SI SO SU
o universo do aluno que está alfabetizando, precisa
conhecer seu trabalho, sua comunidade, sua cultura e CA be lo SA pa to
os problemas sociais pelos quais esse aluno passa.
COi sa SEr tão
O número de palavras geradoras varia
CU ri o so SI lên cio
entre 15 a 30 palavras. A partir dela, o
professor pode usar tecnologia digital, SO la
criando imagens, ou confeccionar
cartolinas. SU or
EDUCAÇÃO COMO PRÁTICA DA LIBERDADE

Em seu livro “Educação como Prática da Liberdade”, Paulo Freire estabeleceu


cinco fases para a aplicação do seu método (FREIRE, 2019):
• 1ª Fase: levantamento das palavras geradoras, que devem fazer parte do
contexto social do aluno, para isso, o professor precisa conhecer o
ambiente em que seus alunos vivem e como eles vivem. Deve haver
respeito à linguagem coloquial que os alunos usam e às variantes locais;
• 2ª Fase: escolha das palavras colocando-as em uma sequência gradativa,
aumentando as dificuldades gramaticais e fonéticas;
• 3ª Fase: contextualização das palavras, criando associações delas com
situações cotidianas, estimulando reflexões sobre questões sociais locais;
• 4ª Fase: criação das fichas-roteiro nas quais são colocados temas
relacionados às palavras geradoras e possíveis problematizações sobre elas,
criando assim um roteiro;
• 5ª Fase: criação das fichas das palavras com a decomposição silábica.
TRANSFORMANDO A REALIDADE

“No pensamento de Paulo Freire, tanto os alunos quanto os


professores são transformados em pesquisadores críticos. Os
alunos não são uma lata vazia para ser enchida pelo
professor”. MOACIR GADOTTI.
Paulo Freire ganhou 41 títulos de doutor honoris causa de
universidades como Harvard, Cambridge e Oxford. Recebeu o
Prêmio de Educação para a Paz da UNESCO, em 1986; está
incluído no International Adult and Continuing Education Hall
of Fame e no Reading Hall of Fame. Muitas fontes afirmam
que é o 3º autor mais citado nos artigos acadêmicos em todo
o mundo, com sua obra Pedagogia do Oprimido. Freire
faleceu em maio de 1997, e em 2012 foi declarado o Patrono
da educação brasileira (BECK, 2016).
INSTITUTO PAULO FREIRE
O ESPAÇO ADEQUADO PARA A EDUCAÇÃO
DE JOVENS E ADULTOS
AS SALAS DE AULA DA EJA

Imagem: Nova Escola


UMA SALA PARA UM PÚBLICO ESPECÍFICO

A educação brasileira, desde a Constituição de 1988 e a LDB de 1996, é uma educação voltada para
todas as pessoas, estejam ou não em idade escolar. Sendo assim, o investimento na qualidade de ensino,
principalmente da Educação Básica, inclui todas as etapas e modalidades da mesma. Sendo assim, a
Educação de Jovens e Adultos (EJA) devem receber a mesma atenção e investimento que a modalidade
de ensino regular.
Pensar em qualidade no ensino de jovens e adultos vai além de oferecer vagas para todos, o que já é uma
urgência, implica também respeitar as especificidades da modalidade, fazendo com que o aluno se sinta
integrado, adequado e continue seus estudos até a conclusão da Educação Básica, no mínimo. Para isso, é
preciso que se garanta ao aluno boas condições de estrutura, de material didático e de ensino. O ensino,
aliás, não deve se ater somente ao campo pedagógico, mas se estender para a parte social, humana e
cultural.
AS FUNÇÕES DA EJA

Paulo Freire afirmou que ensinar adultos não é só alfabetizar, é promover o letramento, a inserção social e oferecer
ferramentas de libertação e transformação social. Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação de
Jovens e Adultos (Parecer CNE/CEB 11/2000 e Resolução CNE/CEB 1/2000) a EJA precisa cumprir três funções, que
como vemos a seguir, estão diretamente relacionadas ao aspecto da integração social:
 Função Reparadora: a escola vai oferecer a esses alunos as mesmas oportunidades de estudos e o mesmo
acesso ao conhecimento que oferece no ensino regular, preenchendo lacunas de aprendizado;
 Função Equalizadora: permitir a reentrada no sistema educacional de quem teve que abandonar os estudos
para trabalhar, ou por questões familiares e de renda, dando novo significado ao conceito de formação, de
qualificação e de carreira;
 Função Qualificadora: desenvolver o potencial dos alunos, as qualidades, habilidades, qualificando-o para
prosseguir nos estudos.
LOCALIZAÇÃO E ESTRUTURA FÍSICA

Para se pensar em um ambiente adequado para esse público, a oferta de vagas deve ser a mais ampla
possível, abrangendo locais nos quais o acesso ao ensino regular é mais difícil e o número de analfabetos
seja maior. A EJA precisa estar perto do seu aluno, que possivelmente trabalha durante o dia e à noite
quer ter acesso fácil à escola. Isso também inclui outro tipo de acessibilidade, a legal. Muitos alunos da
EJA podem ter dificuldades de locomoção, seja por deficiência, seja pela idade, então, além de oferecer
vagas perto das moradias dos alunos, o governo precisa promover acessibilidade e adaptação física da
escola aos alunos com problemas de locomoção.
A estrutura física das salas de aula de EJA, além dessa acessibilidade, deve proporcionar conforto e
salubridade. Os alunos precisam ter acesso aos mesmos recursos que os do ensino regular, tais como:
cantina, laboratórios, biblioteca, quadras, pátio, mesmos banheiros e vestiários, etc. Como na maioria das
vezes a EJA acontece no período noturno, muitas escolas não possuem funcionários suficientes para
oferecer esses ambientes, o que demonstra uma negligência da educação pública em relação a esses
alunos.
ASPECTO DIDÁTICO E PEDAGÓGICO

Outra questão importante é em relação às tecnologias. A sala de aula de EJA precisa


receber os mesmos recursos tecnológicos que as do ensino regular. O aluno precisa ter
acesso ao computador com internet, à tecnologia assistiva, se tiver necessidade e
também aos recursos audiovisuais. O mesmo vale para o material didático que deve
estar de acordo com a legislação.
O funcionamento da EJA é através de módulos de seis meses cada (cada um equivale a
uma série). Para o Ensino Fundamental as disciplinas, segundo a BNCC, são: Geografia,
História, Matemática, Ciências, Educação Física, Artes, Inglês e Língua Portuguesa. No
Ensino Médio as disciplinas são: Filosofia, Sociologia, História, Física, Química,
Matemática, Ciências, Educação Física,Artes, Inglês e Língua Portuguesa.
O ESPAÇO ADEQUADO ÀS NECESSIDADES

Um dos aspectos mais importantes ao ensinar para um


público como o da EJA é ficar atento à sua realidade. O
professor e o material didático, assim como a sala de aula,
devem estar preparados para o ensino de adultos e não
serem uma adaptação malfeita do ensino regular. Isso reflete
principalmente na alfabetização que deve ser voltada
especificamente para essa faixa etária e não somente
adaptar material e métodos da alfabetização de crianças.
Imagem: Educador360

Sendo assim, ao se preparar um ambiente para receber e ensinar jovens e adultos, uma escola deve pensar
primeiramente na situação social e cultural deles, nas suas necessidades, físicas e psicossociais, nos seus aspectos
cognitivos, e principalmente em suas necessidades educativas próprias. O ambiente deve ser todo moldado a esse público
e os recursos disponíveis devem ser os mesmos oferecidos ao ensino regular.
CARACTERÍSTICAS DAS SALAS DE AULA DE EJA

Nas salas de aula da EJA temos alunos de idades


diferentes, com vivências e experiências variadas, isso
pode gerar conflitos. Como lidar com esse problema?
Inclusão Escolar na Educação de Jovens e Adultos:
Conflitos Geracionais na EJA:
https://educacaointegral.org.br/reportagens/os-desafios-da- https://gestaoescolar.org.br/conteudo/2153/eja-como-
eja-para-incluir-quem-a-escola-abandonou/ lidar-com-os-conflitos-geracionais
O TRATAMENTO AOS
ALUNOS DA EJA
O RELACIONAMENTO SOCIAL
INTRODUÇÃO
Um dos aspectos mais importantes no ensino de adultos é o relacionamento do
professor e da gestão como os mesmos. Os alunos da EJA precisam de uma didática
que vai além da parte pedagógica, eles precisam de incentivo emocional,
psicológico, cognitivo e social. As próprias relações entre eles devem ser
estimuladas e mantidas pelo professor em suas aulas, pois quando interagem uns
com os outros e se sentem acolhidos, como parte de um grupo social, esses alunos
têm mais motivação para prosseguir nos estudos.
Antes de qualquer planejamento, o professor precisa conhecer o aluno de EJA. Esse
aluno está nessa modalidade de ensino por não ter tido oportunidade de estudar na
idade própria da educação básica. As razões para essa falta de oportunidade podem
ser as mais diversas, desde familiares até a falta de vagas perto de casa.
ALUNOS DE TODAS AS IDADES
Geralmente, existem diversas gerações dentro de uma sala da EJA. De acordo com Somera (2013,
p. 6), “estudos globais demonstram que as gerações apresentam um conjunto de atitudes e
crenças que as caracterizam”. Essas gerações podem ser classificadas em (SOMERA, 2013, p. 6):
• Veteranos: nascidos antes de 1943;
• Baby Boomers: nascidos entre 1943 e 1960;
• Geração X: nascidos entre 1960 e 1980;
• GeraçãoY: nascidos entre 1980 e 2000;
• Geração Z: nascidos entre 2000 e 2010;
• Geração Alpha: nascidos a partir de 2010 (em estudos).

Essas gerações de têm motivações, objetivos e características diferentes em relação aos estudos,
portanto, o desafio do professor de EJA é muito grande na hora de elaborar as práticas
pedagógicas e as atividades em sala de aula. Para que essa tarefa seja mais fácil, é importante
conhecer cada uma das gerações que frequentam a EJA.
OS VETERANOS
• Pessoas extremamente dedicadas;
• Entendem e se conformam com “sacrifícios”;
• Se esforçam e admitem recompensas tardias;
• Aceitam a liderança; respeitam a hierarquia;
• São formais e exibem sinais de autoridade;
• São burocratas (excesso de formalismo; de
papelório, padronização de desempenho nas
rotinas e procedimentos; eficiência na
organização; internalização de regras);
• O dever vem antes do prazer.
Dinâmicas de grupo para cada geração:
https://slideplayer.com.br/slide/1619762/
BABY BOOMERS
• São pessoas independentes;
organizadas; transformadores;
• Priorizam o trabalho;
• Têm dúvidas (céticos) em relação
à autoridade: liderança aceita
quando por consenso do grupo;
• Acreditam num mundo
competitivo e compenetrado.
GERAÇÃO X
• Buscam equilíbrio entre a vida pessoal e profissional;
• São pessoas autocentradas, empreendedoras e extremamente independentes;
• São altamente lógicas e ágeis;
• Julgam a liderança por competência e não por aparência;
• Meta de carreira dirigida a novos desafios;
• Gostam de trabalhar num ambiente de equipe;
• É a primeira geração que verdadeiramente domina os computadores (Era da
Informação).
GERAÇÃO Y
• Pessoas tecnologicamente superiores, muito • Não abrem mão de gerenciar simultaneamente
sofisticados. Receberam maior desenvolvimento
cerebral (excesso de informações, internet, sua vida pessoal e profissional (com qualidade)
videogames); e são fiéis aos seus projetos;
• Tendem a ter entendimento global (fruto da • Sabem trabalhar em equipe e precisam se sentir
globalização/ multicultural/ diversidade); "fazendo parte" do time;
• Necessitam de reconhecimento positivo periódico; • Buscam relacionamentos (redes sociais);
• Precisam ser tratados como pessoas únicas,
• Desejam crescimento rápido na carreira; são especiais;
imediatistas;
• Informais, críticos, autônomos e individualistas;
• Buscam e testam limites; • Intensidade (tudo ao mesmo tempo, agora);
• Precisam de desafios. O maior desafio: ter sucesso • Estão sempre em trânsito (sua sede é móvel),
profissional em um mundo altamente competitivo. por isso precisam estar em contato com a
(Sucesso é conseguir ganhar dinheiro em uma internet o tempo todo. A grande plataforma é o
profissão que os façam felizes);
celular.
• Multitarefeiros;
GERAÇÃO Z
• Formada por crianças que estão
constantemente “conectadas” por
meio de dispositivos portáteis;
• Tem mania de zapear tendo várias
opções, entre canais de televisão,
internet, vídeo game, telefone e MP3
players;
• Conhecidas por serem “nativas
digitais”, estando muito
familiarizadas com as novas
tecnologias, não apenas acessando a
internet de suas casas, e sim pelo
celular. O mundo para eles é
tecnológico e virtual;
• É uma geração preocupada com o
meio ambiente.
Geração Z:
https://ofuturodascoisas.com/como-a-
geracao-z-pode-nos-fazer-mudar/
CARACTERÍSTICAS DO ALUNO DA EJA
• É um aluno que trabalha, geralmente durante o
dia;
• Tem objetivos definidos em relação aos estudos;
• Valoriza o aprendizado;
• Pode ter dificuldades na aprendizagem, mas
também apresenta muitas habilidades que devem
ser exploradas e desenvolvidas;
• Tem responsabilidade e determinação;
• Apresentam vocabulário simples e conhecimentos
baseados no senso comum. Entrevista com aluno da EJA:
http://vozdaverdd.blogspot.com/2011/11/e
ntrevista-com-aluno-da-eja-educacao-
de.html
O TRATAMENTO PARA CADA ALUNO
Devemos entender que existem dois grupos de alunos na EJA, que independem de
geração ou idade. Um é o grupo de alunos que voltam para EJA com o objetivo de
recuperar o tempo perdido, aprender e progredir, seja na vida pessoal, profissional
ou acadêmica. O outro é um grupo de alunos que não se adaptou à rotina escolar,
tem como características a indisciplina, a repetência, podem ter distúrbios de
aprendizagem, problemas em casa e até mesmo com a lei.
O tratamento que o professor deve oferecer a cada um desses grupos deve ser bem
programado. O primeiro grupo pode apresentar muitas dificuldades cognitivas e de
aprendizado, mas tem perseverança e motivação, então só precisa de incentivo e
reforço acadêmico para que continuem aplicados e estudando. Já o segundo grupo
precisa de disciplina, de organização e de rotina, mas o professor precisa motivá-los
e captar seu interesse pelos estudos. É preciso que esses alunos comecem a
valorizar o aprendizado, então manter o diálogo e estar sempre aberto aos
problemas dos alunos irá ajudar bastante.
ATIVIDADES LÚDICAS
Uma forma bastante efetiva de motivar os alunos e promover a integração nas aulas
é usar atividades lúdicas. Sabemos que o tempo com os alunos é curto e o
planejamento é corrido, mas é preciso contextualizar as atividades e torná-las as
mais prazerosas possível para esses alunos, que muitas vezes estarão cansados,
sonolentos e pouco motivados.
As atividades lúdicas, além de despertar o interesse, devem exercitar a criatividade,
a troca de ideias e de experiências, o diálogo. O professor pode promover a reflexão,
o raciocínio lógico e o desenvolvimento da linguagem usando jogos e dinâmicas de
grupo. O mais importante em uma aula de EJA é trazer o aluno para o momento,
fazê-lo esquecer o cansaço, os problemas, as preocupações e as dificuldades,
mostrando a ele um espaço acolhedor, onde o aprendizado de cada dia é valioso e
significativo.
PRÁTICAS
EDUCATIVAS COM
ALUNOS DA EJA
INTRODUÇÃO
O professor de EJA precisa elaborar um planejamento cuidadoso de suas
práticas pedagógicas durante o semestre letivo da EJA. Lembremos que
cada semestre corresponde a uma série, portanto, o tempo é curto, e
para dar conta de ensinar a parte teórica e também adotar atividades
práticas, esse planejamento precisa ser rigoroso e detalhado.
Se a parte teórica é engessada pelo livro didático, a parte prática
oferece ao professor a oportunidade de atender às necessidades e aos
objetivos de seus alunos, adaptando as atividades ao contexto social e
ao nível cognitivo da turma. O professor precisa conhecer as motivações
que levaram esses alunos a procurarem os estudos novamente, quais seus
objetivos para o futuro e o que desejam fazer com o conhecimento
adquirido.
As práticas educativas na EJA devem, portanto, levar em consideração
as vivências e as expectativas na vida de seus alunos. O ensino irá
construir não somente um conhecimento acadêmico, mas um novo
modo de enxergar a realidade, com pensamento crítico e reflexivo, e
através desse pensamento, intervir nessa mesma realidade,
transformando-a em algo melhor.
NÃO PODE FALTAR!
 Uso de vários tipos de texto: o aluno precisa conhecer o poema, a prosa, o
texto jornalístico, as diversas formas de narrativa, etc. Ele não precisa estar
alfabetizado para ter contato com a leitura, o professor deve introduzir os
textos antes da alfabetização, para ajudar no letramento;
 Usar ferramentas tecnológicas: a EJA precisa promover a inclusão digital de
seus alunos, portanto, o professor precisa promover o acesso desses alunos aos
recursos que estiverem disponíveis na escola;
 Atividades lúdicas: a arte, a literatura, a música, a dança, esportes e jogos,
todos esses podem ser apresentados aos alunos com fins educativos, mas de
uma forma prazerosa, fazendo com que o aluno enxergue o aprendizado
como algo que lhe causa bem-estar, e não receios, medos e traumas;
 Dinâmicas de grupo: essas práticas servem para relaxar o aluno, promovem
integração entre os colegas, e também podem ser fontes de informações para
o professor, se este souber usá-las;
 Materiais diversos: se o professor for alfabetizar, precisa adotar outros materiais
além de livro didático ou cartilha, usando alfabetos personalizados, jogos
interativos, produção textual significativa, entre outras didáticas ativas.
ATIVIDADES
Dinâmicas de
grupo
Alfabeto Móvel: elo7.com

Dominó: amazon.com
ASPECTOS COMPORTAMENTAIS
As práticas educativas da EJA precisam abordar, além de aspectos
intelectuais e cognitivos, alguns aspectos comportamentais, como por
exemplo, promover a autonomia dos alunos. O professor deve dar
espaço, nas práticas, para o aluno refletir e tomar suas próprias decisões,
para que ele se torne cada vez mais independente. Alguns exemplos de
práticas que reforçam essas atitudes são:
 Pesquisas sobre temas, na internet ou em outras fontes;
 Produção de textos espontâneos, como diários, blogs, diálogos, etc.;
 Debates sobre questões atuais da sociedade;
 Assistir e discutir filmes e documentários significativos;
 Exercitar argumentos através de leituras críticas.
Documentário FORA DE SÉRIE:
https://porvir.org/documentario-
traz-a-experiencia-escolar-de- Educação de mulheres:
jovens-na-eja/ https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/eu-
estudante/ensino_ensinosuperior/2019/02/19/ensino_ensinosuperior_
interna,738539/o-filme-diarios-de-classe-tambem-levanta-uma-
reflexao-sobre-a-educacao.shtm
LEITURA E CULTURA LOCAL
Conforme o aluno vai adquirindo a leitura, o professor deve incentivar a
escolha de livros, revistas, jornais, enfim, todos os tipos de textos que
estiverem disponíveis. Para tornar isso mais divertido e efetivo, seria
interessante montar na sala de aula o Canto da Leitura: um lugar
específico para colocar livros, que podem ser trazidos pelos próprios
alunos, arrecadados em doações, ou comprados pela escola. Esse canto
pode ser usado em intervalos, em aulas de leitura, antes da aula. O mais
importante é construir o hábito de ler e o gosto pessoal pelos livros.

 Músicas que façam parte do gosto dos alunos;


 Danças e festas comuns no local onde os alunos moram;
 Textos que representem a linguagem que o aluno usa no cotidiano;
 Hábitos, comportamentos e vestuários comuns no local;
 Comidas preferidas pelos alunos, através do aprendizado da receita;
 Esportes, jogos coletivos e brincadeiras que os alunos gostem.
HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS
ENSINO ENSINOMÉDIO SOCIOEMOCIONAIS
FUNDAMENTAL
Abertura ao novo: curiosidade para
Linguagens: língua portuguesa, Linguagens e suas tecnologias;
aprender, imaginação criativa e interesse
arte, educação física e língua
Matemática e suas artístico;
inglesa;
tecnologias;
Consciência ou
Matemática;
Ciências da natureza e suas autogestão: determinação, organização,
Ciências da Natureza; tecnologias; foco, persistência e responsabilidade;

Ciências Humanas: história e Ciências humanas e suas Extroversão ou engajamento com os


geografia; tecnologias. outros: iniciativa social, assertividade e
entusiasmo;
Ensino Religioso.
Amabilidade: empatia, respeito e
confiança;
Estabilidade ou resiliência emocional:
autoconfiança, tolerância ao estresse e à
frustração.
PROGRAMAS DE
EDUCAÇÃO DO GOVERNO
FEDERAL
PROGRAMA DE APOIO AO NOVO ENSINO
MÉDIO (PRONEM)
O programa, instituído pela Portaria MEC n.649/2018, tem como objetivo apoiar as
secretarias de educação estaduais e do DF na implementação do Novo Ensino Médio,
aprovado por meio da lei n.13415/2017, por meio das seguintes ações: apoio técnico
para a elaboração e execução do Plano de Implementação do Novo Ensino Médio;
apoio técnico à implantação de escolas-piloto do Novo Ensino Médio; apoio financeiro;
e formação continuada por meio do Programa de Apoio à Implementação da Base
Nacional Comum Curricular – ProBNCC (Portaria MEC nº 331/2018).
Principais metas: Dar apoio às 27 Unidades Federativas para implementação do Novo
Ensino Médio (BNCC + itinerários), ampliando a carga horária de 800 para 1000 horas
anuais. Melhoria dos indicadores de aprendizagem.
PROGRAMA DE FOMENTO ÀS ESCOLAS DE
ENSINO MÉDIO EM TEMPO INTEGRAL (EMTI)
Instituído pela Portaria nº 1.145, de 10 de outubro de 2016, atualmente regido pela Portaria
nº 2.116, de 2 de dezembro de 2019, o Programa de Fomento à Implementação de Escolas
em Tempo Integral é executado pela Diretoria de Políticas e Diretrizes da Educação Básica,
no âmbito da Coordenação-Geral de Ensino Médio (DPD/COGEM). O objetivo geral é
apoiar a ampliação da oferta de educação em tempo integral no ensino médio nos estados
e Distrito Federal, de acordo com critérios definidos pela referida portaria, por meio da
transferência de recursos para as secretarias estaduais e Distrital de educação. A unidade
técnica responsável é a Coordenação-Geral de Ensino Médio (COGEM/DPD) da Secretaria
de Educação Básica do MEC.
Principais metas: Atendimento das Metas 6 e 7 do Plano Nacional de Educação PNE 2014-
2024 (Lei nº 13.005/2014). Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral e
ampliação da jornada escolar e formação integral do estudante.
PROGRAMA DE APOIO À IMPLEMENTAÇÃO DA
BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR
(PROBNCC)
Instituído pela Portaria MEC nº 331, de 5 de abril de 2018, o Programa de Apoio à
Implementação da Base Nacional Comum Curricular (ProBNCC) é da competência da
Diretoria de Políticas e Regulação da Educação Básica no âmbito da Coordenação-Geral de
Gestão Estratégica da Educação Básica (COGEB). O programa tem o objetivo de apoiar as
secretarias estaduais e municipais de Educação e a Secretaria de Educação do Distrito
Federal no processo de revisão, elaboração e implementação dos currículos alinhados à
BNCC.
Principais metas: Apoiar a implementação da BNCC, com monitoramento das metas
alcançadas pelos estados (referenciais curriculares alinhados à BNCC), fornecer apoio
técnico e concessão de recursos por meio do PAR e de Bolsas para a composição de
equipes nos estados e municípios, nos perfis de articuladores de conselho, coordenadores
de área, redatores de currículos, coordenadores de currículos.
PROGRAMA DE INOVAÇÃO EDUCAÇÃO
CONECTADA
Instituído pelo Decreto 9.204, de 23 de novembro de 2017, o Programa de Inovação
Educação Conectada é executado pela Diretoria de Articulação e Apoio às Redes de
Educação Básica, no âmbito da Coordenação-Geral de Tecnologia e Inovação da
Educação Básica (CGTI). Tem por objetivo geral apoiar a universalização do acesso à
internet em alta velocidade e fomentar o uso pedagógico de tecnologias digitais na
educação básica.
Principais metas: Universalização do acesso à internet em alta velocidade e fomentar
o uso pedagógico de tecnologias digitais na educação básica.
PROGRAMA NACIONAL DO LIVRO E DO
MATERIAL DIDÁTICO (PNLD)
Executado pela Diretoria de Articulação e Apoio às Redes de Educação Básica, o Programa
Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) foi instituído pelo Decreto nº 9.099, de
2017, com a finalidade de avaliar e a disponibilizar obras didáticas, pedagógicas e
literárias, entre outros materiais de apoio à prática educativa, de forma sistemática, regular
e gratuita, às escolas públicas de educação básica das redes federal, estaduais, municipais
e distrital e às instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos e
conveniadas com o Poder Público.
Principais metas: Avaliar e disponibilizar obras didáticas e literárias, de uso individual ou
coletivo, acervos para bibliotecas, obras pedagógicas, softwares e jogos educacionais,
materiais de reforço e correção de fluxo, materiais de formação e materiais destinados à
gestão escolar, entre outros materiais de apoio à prática educativa, incluídas ações de
qualificação de materiais para a aquisição descentralizada pelos entes federativos.
PROGRAMA NACIONAL DAS ESCOLAS
CÍVICO-MILITARES (PECIM)
Executado pela Diretoria de Políticas para Escolas Cívico-Militares, o Programa
Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), lançado em 05 de setembro de 2019,
pelo Decreto Presidencial nº 10.004, é uma ação do Ministério da Educação, em
parceria com o Ministério da Defesa, que visa contribuir para a melhoria da Educação
Básica do Brasil, a partir da implantação do modelo MEC de Escolas Cívico-Militares
(Ecim). Esse modelo é centrado na melhoria de gestão nas áreas educacional, didático-
pedagógica e administrativa, sendo baseado no padrão de alto nível dos Colégios
Militares do Exército, das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares.
Principais metas: Implantar 216 Escolas Cívico-Militares (Ecim) até 2023, sendo 54
Ecim por ano.
PROGRAMA DE APOIO AOS SISTEMAS DE
ENSINO PARA ATENDIMENTO À EDUCAÇÃO DE
JOVENS E ADULTOS (EJA)
A última Resolução vigente foi a nº 5, de 31 de março 2017 com objetivo de ampliar a oferta de EJA na
modalidade presencial, no ensino fundamental e no médio, contribuir para a expansão das matrículas em
EJA, especialmente entre egressos do Programa Brasil Alfabetizado – PBA, populações do campo,
comunidades quilombolas, povos indígenas e pessoas em cumprimento de pena em unidades prisionais, e
fortalecer o compromisso dos entes federados com a efetivação do ingresso, da permanência e da
continuidade de estudo de jovens e adultos, por meio da articulação entre os sistemas de ensino. Atualmente
é elaborada nova resolução que autorize os entes federados a utilizar o saldo remanescente em conta e
ofertar a EJA articulada à qualificação profissional. A unidade técnica responsável é a Coordenação-Geral de
Educação de Jovens e Adultos, da Diretoria de Políticas e Diretrizes da Educação Básica da Secretaria de
Educação Básica do MEC.
Principais metas: Atender 8 milhões de pessoas com ações voltadas à alfabetização e à elevação da
escolaridade média da população de 15 anos ou mais, visando ao desenvolvimento da participação social e
cidadã ao longo da vida, à diversidade e à inclusão, em consonância com o disposto nas Metas 8 e 9 do Plano
Nacional de Educação.
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
INTEGRADA À EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
Em conformidade com a Lei nº 13.005 de 25 de junho de 2014 que institui o Plano Nacional de
Educação – PNE e define na Meta 10 o oferecimento de, no mínimo, 25% das matrículas da EJA, nas
etapas do ensino fundamental e médio, para que sejam oferecidas de forma integrada à Educação
Profissional. Constituem-se de Termos de Execução Descentralizada com 12 Institutos Federais que se
propuseram a promover ações de mobilização dos municípios, formação continuada de profissionais
da educação, oferta de cursos de educação de jovens e adultos (EJA) integrados à educação
profissional, curadoria e produção de conteúdos didáticos, monitoramento da permanência, pesquisa
e inovação. A unidade técnica responsável é a Coordenação-Geral de Educação de Jovens e Adultos,
da Diretoria de Políticas e Diretrizes da Educação Básica da Secretaria de Educação Básica do MEC.
Principais metas: Promover ações para a oferta de 3,8% das matrículas de Educação de Jovens e
Adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma articulada à educação profissional, em
consonância com o disposto na Meta 10 do Plano Nacional de Educação.
PROGRAMA NACIONAL DE INCLUSÃO DE JOVENS
(PROJOVEM), NAS MODALIDADES PROJOVEM URBANO E
PROJOVEM CAMPO-SABERES DA TERRA

As últimas Resoluções vigentes são nº 6 de setembro de 2017, e nº 13 de 21 de setembro de


2017. Os Programas buscam promover a reintegração de jovens com idade entre 15
(quinze) e 29 (vinte e nove) anos ao processo educacional, à qualificação profissional e ao
desenvolvimento humano. Atualmente, a avaliação do material didático elaborado antecede
a publicação de nova Resolução que autorize o uso do saldo remanescente em conta para
as duas modalidades. A atual unidade técnica responsável é a Coordenação-Geral de
Jovens e Adultos/COEJA da Secretaria de Educação Básica do MEC.
Principais metas: Ofertar 260 mil vagas a jovens de 18 a 29 anos por meio de ações
voltadas à elevação da escolaridade na educação básica integrada à qualificação
profissional e ao desenvolvimento da participação cidadã.
• Programa Brasil Alfabetizado (PBA)
O programa Brasil Alfabetizado, do Governo Federal, tem como objetivo de alfabetizar
jovens a partir dos quinze anos, de maneira descentralizada e utilizando voluntariado
por todo o país. As turmas de alfabetização são divididas entre Rurais e Urbanas,
tendo número mínimo de 10 e máximo de 25 alunos. No caso de alunos com
necessidades educacionais especiais (NEE), cada turma pode comportar até três
alunos.
• Programa Saúde na Escola
O Programa Saúde na Escola tem como objetivo promover a saúde, prevenir doenças e
agravos à saúde de adolescentes e jovens da rede pública de ensino, a partir da
articulação entre educação e saúde. Uma das ações desse Programa é a formação
continuada dos professores da educação básica a fim de que promovam atividades de
promoção da saúde.
Resolução em vigor: Resolução n° 24, de 16 de agosto de 2010 (com alterações
da Resolução n° 37, de 21 de julho de 2011).
PROGRAMAS
Programa Mais Educação:
https://mmpmateriaispedagogicos.co
m.br/verbas/o-que-e-o-programa-
mais-educacao/

Programa Brasil Alfabetizado em


Amambai – MS:
http://www.amambai.ms.gov.br/noticias/pr
ograma-brasil-alfabetizado

Você também pode gostar