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Conselho de Ministros da EU

O Conselho de Ministros da União Europeia está previsto no artigo 13º, definido artigo
16º TUE e, depois desenvolvido nos artigos 237º a 243º TFUE.

Tipo de legitimidade que representa (democrática, intergovernamental…)-


legitimidade intergovernamental com representantes a nível ministerial.
Composição- Artigo 16º/2 TUE, cada Estado está representado a nível ministerial,
porem cabe a cada Estado-membro a escolha do seu representante, esta pode recair
sobre qualquer membro do Governo, ou seja, ministro, secretário de Estado,
subsecretário de Estado. Ainda, no caso de Estados Federados, o representante pode
ser um membro do Governo estadual (se a constituição o permitir) e, nos estados de
estrutura regional o representante pode ser membro do governo regional (em
Portugal exclui-se essa hipótese, no caso do secretário regional, uma vez que estes
carecem de poeres de vinculação internacional da República Portuguesa).
- Caso um Estado-membro não esteja representado por um membro do
Governo pode delegar noutro Estado-membro o exercício do direito de voto, desde
que este esteja representado a nível ministerial (artigo 239º TFUE).
Competências- o Conselho tem diversa competências:
Competências legislativas- (artigo 16º/1 TUE),
competências executivas- limitadas
competências de coordenação- no plano das políticas da União
Europeia (artigo 16º/6 TUE) e no plano das políticas definidas pelos Estados-Membros,
como a responsabilidade de o Conselho para definir as bases de coordenação das
políticas económicas dos Estados-membros.
Competência de vinculação internacional- na fase de
negociação, é o Conselho quem autoriza a abertura destas e controla o seu desenrolar
(artigo 218º TFUE), na fase da assinatura é este que autoriza a mesma e, na conclusão,
cabe ao Conselho a decisão de celebração.
Forma de decisão/votação- Existem três critérios de votação no seio do Conselho: a
maioria simples, a maioria qualificada e a unanimidade. A regra geral de deliberação é
a maioria qualificada (artigo 16º/3 TUE).
Maioria Simples: relativamente às deliberações que requeiram maioria
simples, o Conselho delibera por maioria dos membros que o compõem (artigo 238º/1
TFUE), pelo que cada Estado possui um voto e o ato é aprovado quando reúne o voto
favprável da maioria dos Estados-membros que integram o Conselho, ou seja, 14. Caso
a reunião se realize com o quórum mínimo (14 estados-membros), todos os estados
presentes terão que votar a favor ou fazê-lo em nome do Estado representado (artigo
239º TFUE).
Maioria qualificada- a partir de 1 de novembro de 2014, segundo o
artigo 16º/4 TUE, a maioria qualificada corresponde a pelo menos 55% dos mebros do
Conselho, num mínimo de 15 Estados-Membros e que reúnam, no mínimo 65% da
população da União Europeia (apurada através de decisão anual do Conselho , que
define o nº de população de cada Estado-Membro).
Desvios intergovernamentais- existem matérias em que devido à
sua importância ou ligação direta com as prerrogativas de soberania, como acontece
na política externa ou fiscal, se exige a unanimidade, pois os Estados procuram
salvaguardar a possibilidade de exercer o veto e impedir uma deliberação por maioria
qualificada. Assim, poor razões vitais e expessas para a política nacional
Unanimidade- ainda é imposta para decisões sobre matérias de
sensibilidade política ou decisões com incidência estrutural ou constituinte. A
unanimidade traduz a igualdade entre os Estados-membros. As abstenções e ausências
não impedem a unanimidade (artigo 238º/4).

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