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Leon Battista Alberti


3. Leon Battista Alberti

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3. Leon Battista Alberti
Leon Battista Alberti (1404-72)
• Nasceu em Gênova, em 1404, no período em
que sua família encontrava-se exilada de
Florença.

• Estudou em Pádua, na escola de Gasparino


Barzizza, uma das mais brilhantes instituições
de ensino do norte da Itália.

• Formou-se em Direito Canônico, em Bolonha,


em 1428. Ainda nesse ano, visitou, pela
primeira vez, a cidade natal de sua família, por
estarem os Alberti já reintegrados aos direitos
civis florentinos.

• Ali, entrou para o círculo de Brunelleschi e


aproximando-se, ainda, de grandes
Humanistas.
3. Leon Battista Alberti
• Era o arquétipo “o homem universal” do Renascimento:
cavaleiro, atleta, intelectual...

• A sua obra é vasta e importante : é o autor de tratados


teóricos de pintura, escultura e arquitetura Foi o autor da
primeira análise científica da perspectiva.

• Devido ao seu profundo conhecimento de Roma


monumental, o papa Nicolau V pediu-lhe opinião quanto
à urbanização e renovação desta cidade.

• Com a ajuda de um teodolito por ele inventado, fez o


primeiro levantamento da cidade de Roma e seus
monumentos, do que resultou, em 1452, “De Re
aedificatoria”, uma obra de 10 volumes, verdadeiro
tratado de arquitetura, aliás, o único tratado de
arquitetura publicado no século XV, dedicado às regras de
construção.
3. Leon Battista Alberti

De pictura (1435)
3. Leon Battista Alberti
De pictura (1435)
• Foi a primeira obra de uma trilogia de
tratados sobre as "grandes" artes que
teve ampla difusão no campo
humanístico, tornando-se três textos
fundamentais do Renascimento .

• A versão em latim foi publicada na


imprensa, pela primeira vez em 1540
em Basel.

• Com esse tratado, no entanto, Alberti


influenciou no plano teórico, não
apenas o Renascimento italiano
(Leonardo, Piero della Francesca), mas
tudo o que teria sido dito sobre a
pintura até os dias atuais.
3. Leon Battista Alberti
De pictura (1435)
Pretendia descrever
sistematicamente as artes

Pala di San Marco, de Fra Angelico, c. 1440.


figurativas através da
"geometria". Alberti
dividiu a pintura em três
partes:
• Circumscriptio (em
italiano disegno), que
consiste em desenhar o
contorno dos corpos
• Compositio
(commensuratio na
versão italiana do
tratado), incluindo
traçar as linhas que
unem os corpos
• Receptio luminum (cor),
levando em
consideração as cores e
a luz.
3. Leon Battista Alberti
De pictura (1435)
• De pictura também inclui a primeira descrição da perspectiva geométrica linear por volta
de 1416; Alberti creditou a descoberta a Brunelleschi e dedicou a edição de 1435 a ele.

Brunelleschi (1420)
– a demonstração
empírica da
perspectiva
3. Leon Battista Alberti
PERSPECTIVA
• Foi descrita por Alberti no tratado De
pictura (1435), a primeira descrição
sistemática de construção da perspectiva.

• Apesar da palavra "perspectiva" não aparecer


nenhuma vez em seus escritos, os princípios
fundamentais da perspectiva estão claramente
definidos e justificados nos seus escritos.

• O método é baseado em um pavimento


quadriculado em perspectiva.

• Utilizando o sistema de Alberti, os artistas


podiam colocar uma grade ou retícula sobre a
planta do objeto e transferir as linha do objeto
para uma retícula similar.
3. Leon Battista Alberti

Descriptio urbis Romae


3. Leon Battista Alberti

Papa Nicolau V (c. 1552-68) por Cristofano dell'Altissimo (1525-1605)


Descriptio urbis Romae (c.1440-50)
A partir de 1447, com Nicollò V
eleito Papa - nascido Tommaso
Parentucelli (1397-1455), Alberti
trabalhará como consultor de
arquitetura da Santa Sé.

Brunelleschi (1377-1446) começou


um trabalho de levantamento das
construções romanas antigas com
objetivo de obter o conhecimento das

– Galeria degli Uffizi, Florença


técnicas construtivas; Alberti (1404-
1472) iria retomar esta mesma
pesquisa, por ocasião de sua
convocação nos trabalhos da
reconstrução da cidade, com
interesse pelo entendimento da
modulação e das ordens
arquitetônicas como elemento
de beleza plástica.
3. Leon Battista Alberti
Descriptio urbis Romae (c.1440-50)
Podemos dizer que essa preocupação com a
arquitetura remanescente tomou forma com
Alberti que, durante o papado de Niccolò V, em
decorrência dos trabalhos de reconstrução da
cidade, elaborou o levantamento cartográfico

FRAGMENTO DA FORMA URBIS ROMAE


romano e representou, de maneira bastante
precisa, as principais construções existentes

a Descriptio Urbis Romae representou um avanço


no campo dos levantamentos urbanos, uma
vez que retomava os pressupostos da cartografia
estabelecidos no século III d. C. da chamada
Forma Urbis Romae (mapa da cidade de Roma
desenhado na escala 1:240 à época do imperador
Septímio Severo - adornava a parede de uma sala
no Templo da Paz de Roma hoje restam apenas
fragmentos)
3. Leon Battista Alberti
Descriptio urbis Romae (c.1440-50)
Descriptio Urbis Romae foi a “obra na qual o
arquiteto se dedica ao desenvolvimento de
um método de levantamento por
coordenadas polares para traçar uma planta
da cidade de Roma com o intuito de localizar,
com precisão matemática, os principais
edifícios, as muralhas e portas aurelianas e a
situação do rio Tevere”

Mas na Descriptio, a técnica utilizada para o


levantamento topográfico não é explicada por
Alberti, provavelmente porque já o havia
feito em outra obra, os Ludi Matematici (Jogos
matemáticos), escrito entre 1450 e 1452
3. Leon Battista Alberti
Descriptio urbis Romae (c.1440-50)
A "Descriptio" recolhe em 16 quadros
os dados alfanuméricos relativos ao
levantamento topográfico da cidade
realizado por Alberti por volta de
1450.

A redução de Roma a uma série de


pontos que a caracterizam está
subjacente à impossibilidade de
confiar aos copistas a reprodução de
imagens complexas

De fato, os copistas muitas vezes


erravam, às vezes inventavam,
interpretavam ou interpolavam o que
tinham para copiar. Alberti achava
que palavras e números podiam
viajar melhor no tempo e no espaço,
mais rápido e com menos riscos.
3. Leon Battista Alberti
Descriptio urbis Romae (c.1440-50)
Alberti criou a primeiríssima
imagem digitalizada, num sistema de
coordenadas polares.

Na Descriptio Urbis Romae, Alberti


descreve uma maneira muito simples
de registrar informações de seu
levantamento de Roma, permitindo
assim que qualquer pessoa
redesenhe o mapa da cidade
resultante, com base em suas
observações.

O mapa de Roma pode ser traçado


ponto a ponto, encontrando os
pontos correspondentes nas tabelas
dadas do livro de Alberti; ângulo na
escala do horizonte e, em seguida,
raio na escala de “raios”.
3. Leon Battista Alberti
Descriptio urbis Romae (c.1440-50)
primeiro precisamos decidir o
tamanho de um círculo, o
“horizonte”, onde será retratada
a cidade. Então, devemos dividi-
lo em 48 “graus” iguais. O 12º é o
leste à esquerda, o 24º é o sul no
topo, o 36º é o oeste à direita e o
48º é o norte na parte inferior.
Cada grau é dividido em quatro
“minutos”. A segunda parte do
instrumento, o “raio”, é uma
haste que tem o comprimento do
raio do círculo. É dividido em
cinquenta “graus” e cada grau é
dividido em quatro “minutos”. A
extremidade, que marca o
quinquagésimo grau, toca o
“horizonte” e a extremidade
oposta é colocada no centro do
círculo.
3. Leon Battista Alberti
Descriptio urbis Romae (c.1440-50)
Relação que Alberti estabelece com as construções antigas não foram para ele a de um
mero exercício acadêmico, pois, através desta, vimos ser modificado o papel e a função
do arquiteto na sociedade.

Em decorrência dos trabalhos de recuperação da cidade, ele decidiu elaborar mais uma
importante obra teórica que seria dedicada ao papa Niccolò V, em 1452, e faria com que
fosse considerado “o responsável por revitalizar e atualizar o tratado de Vitrúvio”:

De re aedificatoria
3. Leon Battista Alberti

De re aedificatoria
3. Leon Battista Alberti
De re aedificatoria (c.1450)

É um tratado de dez livros sobre


arquitetura escrito por Alberti por volta
de 1450, durante sua longa estada em
Roma, encomendado por Leonello
d'Este .

É universalmente reconhecido como

Frontispício da edição de 1541


um dos mais importantes tratados
sobre a técnica de construção já feitos

Foi escrita em latim e é dirigida não só


a um público especializado, mas
também a um público educado com
formação humanística.
3. Leon Battista Alberti

Manuscrito em pergaminho (por


De re aedificatoria (c.1450)
Foi escrito no modelo dos dez livros do
tratado De architectura de
Vitruvius (80 aC - 15 aC), então
circulando em cópias manuscritas,
ainda não revisadas filologicamente e

volta de 1390)
não traduzidas para o vernáculo.

O trabalho foi ao mesmo tempo uma


tentativa de fazer uma releitura crítica
do texto vitruviano e de criar o
primeiro tratado moderno de teoria da
arquitetura

In decem libros M. Vitruvi Pollionis de


architectura annotationes ... Roma, JA
Dossena, 1544
3. Leon Battista Alberti
De re aedificatoria (c.1450)

firmitas utilitas venustas construção de


(solidez) (função) (beleza) edifícios
em Vitruvius , os examina os vários sobre a beleza Sétimo livro:
temas são: escolha tipos de edifícios. arquitetônica Ornamentos para
do terreno, entendida como edifícios sagrados;
materiais a serem uma harmonia que Oitavo livro:
usados ​e Quarto livro: pode ser expressa Ornamentos para
fundações. Obras públicas matematicamente edifícios públicos;
Primeiro livro: Quinto livro: graças à ciência
das proporções, Nono livro:
Desenhos; Obras privadas
seguida de uma Ornamentos para
Segundo livro: discussão sobre a edifícios privados;
Materiais; construção de Décimo livro:
Terceiro livro: máquinas. Restauração de
Construção; Sexto livro: edifícios (e noções
Ornamentos de hidráulica).
3. Leon Battista Alberti
De re aedificatoria (c.1450)
está dividido em dez livros que tratam
respectivamente
• I: Dos desenhos, da situação e de alguns detalhes dos
edifícios (colunas, janelas, arcos, escadas);
• II: Dos materiais de construção
• III: Dos princípios de construção;
• IV, Dos edifícios de uso público;
• V, Dos edifícios de várias pessoas privadas;
• VI, Dos ornamentos das fábricas;
• VII, Sobre a construção de templos;

Ilustração da edição francesa de 1533


• VIII, Dos ornamentos das ruas, dos sepulcros e de
outros lugares públicos;
• IX, Dos ornamentos de casas particulares, e sobre as
qualidades e conhecimentos necessários ao
arquiteto;
• X, de águas, canais, ruas e vários métodos de
remediar falhas de construção devido ao tempo
3. Leon Battista Alberti
De re aedificatoria (c.1450)

Capa de De re aedificatoria, desenhada por Giorgio Vasari. 1550


• Provavelmente, não foi escrito continuamente;
sabe-se, todavia, que os dez livros que o compõe
foram concluídos em 1452. A primeira edição do
Tratado foi em latim, datada de 1485. A primeira
tradução italiana data de 1546.

• O tratado de Alberti é considerado um dos


mais influentes da história da arquitetura, no
qual se aborda, detalha e exemplifica a
Arquitetura Greco-Romana

• Alberti pretendia conferir à arquitetura o status


do qual ela necessitava no Renascimento para
situar-se entre as grandes disciplinas do saber
humano.

“toda edificação é constituída por


desenhos e estrutura”
3. Leon Battista Alberti
De re aedificatoria (c.1450)

ALBERTI X VITRUVIUS

• Alberti segue os passos do mestre da antiguidade mas, ao mesmo tempo, tenta superá-lo
sob todos os aspectos.

• Tal postura revela a ambição e otimismo de Alberti, que muito mais do que simplesmente
contemplar um passado glorioso, estava almejando um futuro melhor

“A diferença essencial entre Alberti e Vitruvius é que o escritor da


Antiguidade, enquanto você está lendo, pretende dizer como foram
construídos os edifícios que você admira. Alberti, por outro lado,
prescreve como os edifícios do futuro devem ser construídos.” (RYKWERT, 1988).

• Alberti e sua obra: a observação crítica e o distanciamento em relação à Antiguidade. Não


se trata apenas de imitar os antigos (imitatio) em suas excelências, mas apropriar-se de
seus conhecimentos como instrumento de uma nova prática cultural (renovatio).
3. Leon Battista Alberti
De re aedificatoria (c.1450)
Entre as principais ideias de
Alberti sobre a CIDADE
estavam:

I. Não estabelecia diferenças


relevantes entre as cidades
do mundo clássico e aquelas
surgidas na Idade Média,
nem contrapunha os novos
critérios racionalizados de
planejamento da Renascença
aos tradicionais tardo-
medievais;

Città ideale dell'Alberti


Desenho de Gabriele Pettinau
3. Leon Battista Alberti
De re aedificatoria (c.1450)

Entre as principais ideias de Alberti sobre a CIDADE estavam:

II. Concebia a cidade como uma “grande casa”, ainda que de natureza composta, além
da necessidade de conciliar finitude e mutação: a cidade deveria ser dotada de
determinado número de “moradias de reserva” às exigências de seu crescimento;

III. Enunciava as regras universais da cidade quanto à sua situação ou localização,


assim como em relação à sua área, seus limites e suas “aberturas”: passagens e meios
de comunicação que se constituiriam na dimensão-chave da cidade, ao mesmo tempo
em que seu modo de divisão - vias de circulação intra e extraurbana, praças, pontes e
portos;
3. Leon Battista Alberti
De re aedificatoria (c.1450)

RECOMENDAÇÕES GERAIS:
•As ruas devem estar bem empedradas e limpas ao extremo.
•Todos os edifícios devem estar alinhados, ter continuidade e mesma altura.
•Deve-se prever espaços públicos.
• A perspectiva de uma praça representa as proporções matemáticas da praça, a forma
perfeita circular apresentada na igreja central e a regularidade dos pequenos palácios
nas margens
3. Leon Battista Alberti
De re aedificatoria (c.1450)

Segundo Choay, a gênese do pensamento arquitetônico de Alberti passa por três fases.

1. a constatação de que “todo edifício é um corpo”. Neste ponto, surge o ideal estético de
Alberti, devendo existir uma forma material formal, denominada lineamenti e outra
intelecto-espiritual, denominada sob conceitos vários: concinnitas, numerus, finitio e
collocatio.

2. relacionada com o uso dos edifícios, exigindo uma classificação tipológica refletida nos
livros que compõem o tratado;

3. E, a descrição e procura da beleza. Alberti avança para o campo das intervenções


urbanas e arquitetônicas, para os conceitos de conservação e obsolescência.
3. Leon Battista Alberti
De re aedificatoria (c.1450)

Acima de tudo, Alberti elevou a


arquitetura a uma disciplina teórica
regular, diferenciando o arquiteto,
que dava as instruções, dos artesãos
que as seguiam.

Em um nível prático, essa


diferenciação já existia em certa
medida na Idade Média, mas depois
de Alberti a arquitetura tornou-se
pela primeira vez um campo de
estudo diferenciado do artesanato.
3. Leon Battista Alberti

Arquitetura
3. Leon Battista Alberti
Tempio Malatestiano (Igreja de São Francisco) - Rimini, 1450
3. Leon Battista Alberti
Tempio Malatestiano (Igreja de São Francisco) - Rimini, 1450
A data de início da obra é
de 1450, quando o artista
tinha 46 anos (idade muito
avançada para a época);

consiste na construção de
uma espécie de caixa, para
proteger e restaurar as
estruturas existentes da
Igreja de San Francesco (c.
1200), o motivo
predominante para essa
arquitetura é a do arco
triunfal que marca tanto
pátio de entrada, mas que
bate as duas asas laterais
3. Leon Battista Alberti
Tempio Malatestiano (Igreja de São Francisco) - Rimini, 1450
3. Leon Battista Alberti
Tempio Malatestiano (Igreja de São Francisco) - Rimini, 1450
Com a morte de Sigismondo
Pandolfo Malatesta (1468), o
templo ficou inacabado, pois
faltavam a parte superior da
fachada, o lado esquerdo e a
tribuna.

Conhecemos o projeto
albertiano através de uma
medalha gravada por Matteo
de 'Pasti , o arquiteto que foi
encarregado das extensões
internas da igreja e em geral
de todo o canteiro de obras.
3. Leon Battista Alberti
Tempio Malatestiano (Igreja de São Francisco) - Rimini, 1450
3. Leon Battista Alberti
Tempio Malatestiano (Igreja de São Francisco) - Rimini, 1450
3. Leon Battista Alberti
Tempio Malatestiano (Igreja de São Francisco) - Rimini, 1450

O motivo da composição desta fachada parece


ter-se inspirado no antigo Arco de Augusta,
ainda visto em Rimini.
3. Leon Battista Alberti
Tempio Malatestiano (Igreja de São Francisco) - Rimini, 1450
Alberti inspirou-se para a
fachada no arco triunfal , cuja as
proporções das partes e do todo
são fundamentais criando uma
"música", ou seja, a harmonia
estrutural baseada em intervalos
numéricos musicais.

Este conceito, presente em


edifícios antigos e em Vitrúvio, se
repetirá nas teorias e edifícios
projetados por Alberti.

Se surgiram problemas
estruturais neste caso, foi porque
teve de adaptar o seu novo
desenho à construção existente.
3. Leon Battista Alberti
Tempio Malatestiano (Igreja de São Francisco) - Rimini, 1450
Alberti, sem mexer no interior da igreja, resolve “revestir” o edifício existente colocando-lhe
novas fachadas laterais, resolvidas em arcos iguais espaçados por pilares de iguais
dimensões, não tiveram qualquer espécie de contemplação para com a localização das
aberturas medievais existentes, tendo havido a preocupação única com uma nova métrica
que Alberti resolveu por bem executar.
3. Leon Battista Alberti
Tempio Malatestiano (Igreja de São Francisco) - Rimini, 1450
3. Leon Battista Alberti
Tempio Malatestiano (Igreja de São Francisco) - Rimini, 1450
3. Leon Battista Alberti
Tempio Malatestiano (Igreja de São Francisco) - Rimini, 1450
3. Leon Battista Alberti
Tempio Malatestiano (Igreja de São Francisco) - Rimini, 1450
O templo Malatestiano, ou, hoje, a Catedral de Rimini, estará entre as obras primeiras de
Alberti, enquanto arquiteto, mas infelizmente não concluída. Além desta incógnita que nos
deixou, este edifício ficou deveras bastante danificado após a 2ª Guerra.

Interior como era antes da guerra Vista da abside interior após os bombardeios de 1944
3. Leon Battista Alberti
Tempio Malatestiano (Igreja de São Francisco) - Rimini, 1450
3. Leon Battista Alberti
Tempio Malatestiano (Igreja de São Francisco) - Rimini, 1450

Piero della Francesca,


Sigismondo Pandolfo
Malatesta em oração
diante de San
Sigismondo (1451)
3. Leon Battista Alberti
Palazzo Rucellai - Florença (1446-51)
• Palácio para os Rucellai, uma família de
ricos mercadores florentinos, um edifício
de três andares.

• Há pouca semelhança entre essa fachada


e qualquer ruína clássica. Entretanto,
Alberti manteve-se fiel ao programa de
Brunelleschi e usou formas clássicas
para a decoração da fachada.

• Em vez de construir colunas ou meias


colunas, cobriu a casa com uma série de
pilastras e cornijamentos planos que
sugeriam uma ordem clássica sem
alterar a estrutura.
3. Leon Battista Alberti
Palazzo Rucellai - Florença (1446-51)
Giovanni di Paolo Rucellai, um rico
comerciante florentino, o encarregou de
construir uma nova residência em um dos
bairros mais antigos de Florença.

Alberti teve de adaptar o seu projeto original


para um espaço muito mais estreito e
irregular, delimitado por edifícios de estilo
medieval.

Este obstáculo, no entanto, fortaleceu o seu


imaginário composicional , de facto elaborou
soluções arquitetônicas brilhantes e eficazes,
que deixaram uma marca profunda na
arquitetura e no planejamento urbano da
época, explorando cada centímetro da
superfície que lhe foi atribuída.
3. Leon Battista Alberti
Palazzo Rucellai - Florença (1446-51)

Foi construída por Antonio di Migliorino


Guidotti em c.1450-60
3. Leon Battista Alberti
Palazzo Rucellai - Florença (1446-51)
O Palácio Rucellai (1446-50),
projetado por Alberti, deu aos
florentinos o primeiro gosto de uma
fachada verdadeiramente
“humanista”.

É, no entanto, mais espetáculo do


que realidade, porque é pouco mais
do que um folheado de pedra
colocado sobre um palácio medieval.

No entanto, era um presságio do que


estava por vir.
3. Leon Battista Alberti
Palazzo Rucellai - Florença (1446-51)

Foto Ana Paula Gurgel (2015)


3. Leon Battista Alberti
Palazzo Rucellai - Florença (1446-51)
• Originalmente, o
projeto foi
composto por
cinco eixos das
aberturas com
uma grande porta
central coberto,
mas em seguida,
Rucellai também
conseguiu
adquirir parte da
casa vizinha e o
projeto modificou-
se até chegar a
uma posição que
não é simétrica.
3. Leon Battista Alberti
Palazzo Rucellai - Florença (1446-51)
Não construído
3. Leon Battista Alberti
Palazzo Rucellai - Florença (1446-51)
3. Leon Battista Alberti
Palazzo Rucellai - Florença (1446-51)
3. Leon Battista Alberti
Palazzo Rucellai - Florença (1446-51)

• É fácil perceber onde Alberti aprendera esse


princípio. Recordemos o Coliseu romano, no qual
várias "ordens" gregas foram aplicadas aos
diversos andares.

• Assim, elementos típicos do estilo romano


clássico como arcos , baixos-
relevos e pilares foram replicados em dimensões
menores na fachada do edifício, dando
uma impressão sólida de robustez, mas ao mesmo
tempo, a estrutura interna do edifício era

Foto Ana Paula Gurgel (2015)


delicadamente envolta em um pátio, cercada
por galerias e arcadas.
3. Leon Battista Alberti
Palazzo Rucellai - Florença (1446-51)
3. Leon Battista Alberti
Palazzo Rucellai - Florença (1446-51)
3. Leon Battista Alberti
Palazzo Rucellai - Florença (1446-51)
3. Leon Battista Alberti
Palazzo Rucellai - Florença (1446-51)
3. Leon Battista Alberti

Um parêntesis
Palazzo Médici - Florença, 1444-60
Michelozzo di Bartolomeo Michelozzi (1396–1472)
3. Leon Battista Alberti
Palazzo Médici - Florença, 1444-60 por Michelozzo di Bartolomeo
Michelozzi (1396–1472)
3. Leon Battista Alberti
Palazzo Médici - Florença, 1444-60 por Michelozzo di Bartolomeo
Michelozzi (1396–1472)

Foi encomendada pelo patriarca das fortunas dos Médici , Cosimo, o Velho, a princípio a
Brunelleschi. Vasari relata que o projeto era muito suntuoso e magnífico, mesmo que as
declarações de Vasari não tenham encontrado nenhuma outra evidência sobre a
existência real do projeto de Brunelleschi.
3. Leon Battista Alberti
Tempietto del Santo Sepolcro - Capela Rucellai, igreja de San Pancrazio, Florença
(c.1458)

principais obras em Florença: Palazzo e Loggia Rucellai, a fachada de


é um monumento funerário em Florença,

Retrato patronal de Giovanni di Paolo Rucellai, ao fundo suas


preservado na capela do Santo Sepulcro,
que é a única parte ainda consagrada na
antiga igreja de San Pancrazio.

Santa Maria Novella e o Tempietto do Santo Sepulcro


Giovanni di Paolo Rucellai (1403–1481)-
rico comerciante florentino - está
enterrado no templo.

Ele já havia contratado o arquiteto e


teórico renascentista para reformar o
palácio de sua família (Palazzo Rucellai ,
de c.1447), para completar a fachada de
Santa Maria Novella (de 1458)
3. Leon Battista Alberti
Tempietto del Santo Sepolcro - Capela Rucellai, igreja de San Pancrazio, Florença
(c.1458)
3. Leon Battista Alberti
Tempietto del Santo Sepolcro - Capela Rucellai, igreja de San Pancrazio, Florença
(c.1458)
A forma do templo é inspirada, em escala reduzida,
no Santo Sepulcro de Jerusalém, reinterpretado em
uma estrutura estritamente clássica nas formas de
um Sepulcrum Domini (um cenotáfio em forma de
igreja)

De planta retangular, construída na proporção


áurea, erguem-se as paredes, marcadas por pilastras
coríntias caneladas e cobertas por painéis
quadrados decorados com incrustações de
mármore.

No entablamento corre a inscrição, em elegantes


caracteres lapidários romanos retirados de
monumentos antigos, de um verso do Evangelho
segundo Marcos.
3. Leon Battista Alberti
Tempietto del Santo Sepolcro - Capela Rucellai, igreja de San Pancrazio, Florença
(c.1458)
Santo Sepulcro de Jerusalém
3. Leon Battista Alberti
Tempietto del Santo Sepolcro - Capela Rucellai, igreja de San Pancrazio, Florença
(c.1458)
«Leon Batista fez
uma capela em
San Pancrazio que
repousa sobre as
grandes
arquitraves
colocadas sobre
duas colunas e
duas pilastras,
perfurando sob a
parede da igreja; o
que é difícil mas
seguro: daí esta
obra é uma das
melhores que este
arquiteto fez“
Vasari
3. Leon Battista Alberti
Tempietto del Santo Sepolcro - Capela Rucellai, igreja de San Pancrazio, Florença
(c.1458)
3. Leon Battista Alberti
Tempietto del Santo Sepolcro - Capela Rucellai, igreja de San Pancrazio, Florença
(c.1458)

https://www.youtube.com/watch?v=wSXKO5IaBJs&ab_
channel=3dSignStudio
3. Leon Battista Alberti
Tempietto del Santo Sepolcro - Capela Rucellai, igreja de San Pancrazio, Florença
(c.1458)

“Principalmente é aconselhável
ocupar todo o andar com linhas
e figuras musicais e
geométricas, para que as
mentes dos presentes sejam
atraídas pela cultura em todos
os sentidos.”

L.B.Alberti, De Re Aedificatoria,
Livro VII, cap. X
3. Leon Battista Alberti
Tempietto del Santo Sepolcro - Capela Rucellai, igreja de San Pancrazio, Florença
(c.1458)
As incrustações de mármore da decoração externa remetem à tradição românica florentina ,
com exemplos como o Batistério de San Giovanni. Alberti valeu-se da tradição para
regularizá-la e modernizá-la, sem contudo fazer uma ruptura clara, mas valorizando o seu
patrimônio.
3. Leon Battista Alberti
Tempietto del Santo Sepolcro - Capela Rucellai, igreja de San Pancrazio, Florença
(c.1458)
3. Leon Battista Alberti
Fachada da igreja Santa Maria Novella – Florença (1458-78)
Fachada, reconstruída por Alberti

3. Leon Battista Alberti
Fachada da igreja Santa Maria Novella – Florença (1458-78)
3. Leon Battista Alberti
Fachada da igreja Santa Maria Novella – Florença (1458-78)

Vista da abside da Piazza della Stazione


3. Leon Battista Alberti
Fachada da igreja Santa Maria Novella – Florença (1458-78)
3. Leon Battista Alberti
Fachada da igreja Santa Maria Novella – Florença (1458-78)
A fachada de mármore de Santa Maria
Novella é uma das obras mais
importantes do Renascimento florentino ,
embora tenha sido iniciada em períodos
anteriores e só definitivamente concluída
em 1920

Em c. 1450, o rico comerciante Giovanni


di Paolo Rucellai se ofereceu e confiou o
projeto ao seu arquiteto de confiança,
Leon Battista Alberti .

Entre 1458 e 1478 a parte restante foi


revestida a mármore policromado,
harmonizando com a parte existente.

A parte inferior ficou quase intacta na sua


estrutura medieval, acrescentando apenas
o portal clássico, inspirado no do Panteão
3. Leon Battista Alberti
Fachada da igreja Santa Maria Novella – Florença (1458-78)
Uma novidade essencial: não é
somente a presença dos elementos
clássicos existentes – como frisos,
arcos plenos e tímpano triangular
coroando o frontispício – que
definem a renovação (renovatio)
técnica aplicada nessa obra.

É preciso observar também a


harmonia conseguida com o
emprego de volutas, encarregadas
de fazer a transição entre os dois
andares, e com a utilização de um
sistema único de proporção que
define o tamanho e a posição de
cada elemento dentro da
composição.
3. Leon Battista Alberti
Fachada da igreja Santa Maria Novella – Florença (1458-78)

trata-se de uma intervenção de fachada, resolvendo portanto a arquitetura através de um


desenho - o alçado original da igreja é de uma simples igreja romana de empena
3. Leon Battista Alberti
Fachada da igreja Santa Maria Novella – Florença (1458-78)
3. Leon Battista Alberti
Fachada da igreja Santa Maria Novella – Florença (1458-78)
Alguns dos principais
relatórios modulares :

https://www.youtube.com/watch?v=i3FYkjcY4uA
- A linha de base da igreja é
igual à altura da fachada,
com a qual forma um
quadrado;
- Se a parte inferior é
exatamente a metade da
superfície desse quadrado,
a superior, em relação ao
quadrado entre as volutas,
equivale a um quarto;
- Ao dividir esta superfície
novamente em quatro,
obtêm-se dezesseis avos da
superfície que inscrevem
com precisão as volutas
laterais;
- O portal central é uma
vez e meia a sua largura
(proporção de 2/3);
3. Leon Battista Alberti
Fachada da igreja Santa Maria Novella – Florença (1458-78)

Foto Ana Paula Gurgel (2015)


3. Leon Battista Alberti
Fachada da igreja Santa Maria Novella – Florença (1458-78)

Detalhe da fachada de Santa Maria Novella em Florença:


vela heráldica da família Rucellai no friso.
3. Leon Battista Alberti
Fachada da igreja Santa Maria Novella – Florença (1458-78)
Detalhe da fachada de Santa Maria Novella em Florença:
vela heráldica da família Rucellai no friso.
3. Leon Battista Alberti
Fachada da igreja Santa Maria Novella – Florença (1458-78)
“é esta rígida aplicação da concepção de
harmonia, a que assinala o caráter não
medieval desta fachada pseudoproto-
renascentista, e a que converte no primeiro
grande expoente renascentista da euritmia*
clássica” (BRANDÃO, 1999, p. 91).
* reflexo das proporções do corpo humano
3. Leon Battista Alberti

Duque Ludovico II Gonzaga. por Andrea Mantegna (1431-1506) Ciclo de afrescos


na Camera degli Sposi no Palazzo Ducale em Mântua, detalhe da “Corte do
Ludovico Gonzaga (1412 - 1478) foi o
Marquês de Mântua – cidade na
Lombardia que sob seu senhorio
tornou-se uma das capitais do
Renascimento italiano

Em 1460, nomeou Andrea Mantegna


artista da corte da família Gonzaga
pintando a famosa Camera degli Sposi no
castelo e chamou arquitetos como Luca
Fancelli e Leon Battista Alberti para
Mântua, este último na cidade já em
1459, construindo as igrejas de S.
Andrea e S. Sebastiano.

O patrocínio e as comissões artísticas


são meios de afirmar o sucesso e

Gonzaga” (1474)
legitimar as ambições. A sua atividade
como soldado foi-lhe necessária ao
longo do seu reinado para financiar as
suas avultadas despesas
3. Leon Battista Alberti
San Sebastiano, em Mântua (1460)
3. Leon Battista Alberti
San Sebastiano, em Mântua (1460)
• Em 1460 começava a construção
da Igreja de São Sebastião, em
Mântua, obra encomendada pelo
Duque Ludovico Gonzaga. O
Papa Pio II em 1460 concedeu a
Gonzaga um financiamento para
reconstruir a cidade

• Trata-se de um dos primeiros


templos a obedecerem a uma
planta centralizada, em forma de
cruz grega

• foi deixada parcialmente


concluída em meados da década
de 1470, quando a construção
desacelerou e não estava mais
sendo dirigida por Alberti.
3. Leon Battista Alberti
San Sebastiano, em Mântua (1460)

• A igreja está assentada


sobre um pedestal: no nível
do solo há uma cripta, que
levanta o edifício e também
tem um papel muito
importante em caso de
inundação (esta era uma
região sujeita a este tipo de
catástrofe )

• Alberti defende em seus


tratados que edifícios
religiosos devem ser
colocadas sobre um pódio.
3. Leon Battista Alberti
San Sebastiano, em Mântua (1460)

“Os templos quadrangulares geralmente


têm uma abside, localizada na
extremidade do interior, de modo que
quem entra a encontra imediatamente
em frente à porta. E se você também
quiser adicionar nas laterais, isso pode
ser feito de maneira conveniente com
plantas retangulares com o dobro da
largura, tendo em mente que não é
necessário fazer mais de uma de cada
lado.”

L.B.Alberti, De Re Aedi.icatoria, Livro VII,


cap. IV
3. Leon Battista Alberti
San Sebastiano, em Mântua (1460)
Plantas sobrepostas:
• Inferior: três naves separadas por pilares
• Superior: centralizada, com três absides e capelas laterais, dispostas simetricamente ao
longo da nave.
3. Leon Battista Alberti
San Sebastiano, em Mântua (1460)
Fachada
• Simetria
• Proporção equilibrada
• Frontão triangular
• Arco pleno

Fachada de entrada da mesma


igreja. As irregularidades e
defeitos observáveis ​nesta
fachada não devem ser
atribuídos a Alberti, mas sim a
quem depois dele se encarregou
de terminar esta obra. Vasari
menciona um certo Lucas de
Florença, que foi contratado para
terminar as obras de Alberti em
Mântua. (VASARI, Viti de
'Pittori, etc., vol. I, p. 325.)
3. Leon Battista Alberti
San Sebastiano, em Mântua (1460)

"Para os deuses
celestiais eles fizeram
templos que se erguiam
acima do solo."
L.B.Alberti, De Re
Aedi.icatoria, Livro VII,
cap. III

Hipótese do projeto original segundo R. Wittkower


3. Leon Battista Alberti
San Sebastiano, em Mântua (1460)
As duas escadas externas
foram adicionadas no século
XX;

Antes de 1925, fotos antigas


mostram que a entrada era
uma única escada para a loggia
do quattrocento anexada ao
projeto de Alberti.

Wittkower demonstra que o


plano de Alberti compreendia
um conjunto de escadas em
toda a largura da fachada
levando a cinco portas (três
das quais foram preenchidas
como varandas disfuncionais).
3. Leon Battista Alberti
San Sebastiano, em Mântua (1460)
3. Leon Battista Alberti
San Sebastiano, em Mântua (1460)
3. Leon Battista Alberti
San Sebastiano, em Mântua (1460)
3. Leon Battista Alberti
San Sebastiano, em Mântua (1460)
3. Leon Battista Alberti
Igreja Sant’Andrea – Mântua, 1470-76
3. Leon Battista Alberti
Igreja Sant’Andrea – Mântua, 1470-76
3. Leon Battista Alberti
Igreja Sant’Andrea – Mântua, 1470-76
Em Sant'Andrea em Mântua
(projetado por volta de
1470, construído entre 1472
e 1494), Alberti abandonou
a tradição de igrejas com
naves laterais por uma
única nave abobadada com
capelas laterais.

Um espaço tão amplo e


aberto, inovador para a
época, poderia ser
facilmente justificado para
uma igreja que receberia
grandes multidões de
peregrinos que se reuniam
para a exibição anual do
sangue de Cristo.
3. Leon Battista Alberti
Igreja Sant’Andrea – Mântua, 1470-76
3. Leon Battista Alberti
Igreja Sant’Andrea – Mântua, 1470-76

Fachada com um frontão, inspirando-se nos


arcos de triunfo, ou seja, a entrada nas
igrejas como uma entrada triunfal.

O esquema do arco triunfal é inserido ou


sobreposto ao tema formal do templo clássico
que forma uma espécie de parte dianteira
avançada, em comparação com o resto do
edifício

Introdutor da ordem colossal: a altura das


colunas ou pilastras atinge um ou mais
andares.
3. Leon Battista Alberti
Igreja Sant’Andrea – Mântua, 1470-76
3. Leon Battista Alberti
Igreja Sant’Andrea – Mântua, 1470-76

• Conjunto de linhas simples e


grandiosas, tornando-a uma edificação
imponente, robusta.

• A fachada é tratada esculturalmente:


encontramos diversos elementos
clássicos que remetem à antiguidade,
como o frontão e as colunas que
possuem capitel trabalhado e fuste,
estando apoiadas em altos pedestais.
3. Leon Battista Alberti
Igreja Sant’Andrea – Mântua, 1470-76

Grande ênfase é então dada por um


segundo arco superior, além do
tímpano , e recuado da parte dianteira
da fachada.

Este elemento arquitetônico é uma


seção de uma abóbada de berço e foi
considerado, no século XIX, alheio ao
projeto de Alberti, podendo ser
demolido.

Ele marca a altura da nave, realça a


solenidade do arco triunfal e o seu
movimento ascendente e permite a
iluminação da nave, graças a uma
abertura
3. Leon Battista Alberti
Igreja Sant’Andrea – Mântua, 1470-76
Como não existem
corredores laterais, os
arcos colocados entre a
ordem gigantesca do
alçado da nave abrem-
se simplesmente para
capelas laterais,
também abobadadas.
A ordem gigantesca,
embora não seja ela
própria estrutural,
pelo menos marca a
presença de pilares de
contrafortes que
sustentam a abóbada.
Integrar o contraforte
ao edifício desta forma
demonstra o talento de
Alberti em explorar
elementos estruturais
para a organização
espacial.
3. Leon Battista Alberti
Igreja Sant’Andrea – Mântua, 1470-76

• Em um segundo plano recuado


em relação à fachada externa,
encontra-se a entrada para a
basílica, dando um efeito de
sombra e profundidade à
grande abertura de entrada da
fachada.

• Em sua cobertura encontramos o


início da abóboda de berço que
segue sobre a nave central até à
cúpula.
3. Leon Battista Alberti
Igreja Sant’Andrea – Mântua, 1470-76
3. Leon Battista Alberti
Igreja Sant’Andrea – Mântua, 1470-76
• A entrada é inspirada no Pantheon,
porque temos acesso coberto por
uma abóbada de berço, como uma
varanda;

• Um grande arco triunfal articulada


por sua vez, em dois níveis, o
primeiro cego (desde nichos) e o
segundo com grandes janelas para
iluminar as capelas no interior da
igreja.
3. Leon Battista Alberti
Igreja Sant’Andrea – Mântua, 1470-76

• O edifício possui
planta em cruz
latina (quando o
transepto em
tamanhos menores
do que o
compartimento da
nave);

• A nave da basílica é
grandiosa e houve
uma quase obsessão
de não se deixar
qualquer porção de
espaço sem
decoração.
3. Leon Battista Alberti
Igreja Sant’Andrea – Mântua, 1470-76
3. Leon Battista Alberti
Comparação das igrejas de Alberti

Diagramas esquemáticos das fachadas de S. Francesco (Rimini), S. Sebastiano (Mantua), e S.


Andrea (Mantua)

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