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Expiação vicária e substituição penal

no sofrimento do Tsadik (justo)

Introdução.

Faz muito tempo que é discutido entre os


estudiosos da palavra de H'Shem um assunto muito
polêmico, o tema em pauta é...”Pode uma pessoa
morrer pelo pecado de alguém? Isso existe no
pensamento judaico? Muitos afirmam que essa
afirmação é um pensamento cristão, e agora
veremos se de fato esse conceito é um pensamento
judaico ou cristão.
Muitos afirmam não ser possível dentro do
pensamento judaico alguém morrer pelos pecados
de alguém, e usam o seguinte texto da Toráh para
endossar essa tese.... "Não se farão morrer os pais
pelos filhos, nem os filhos pelos pais; cada qual
morrerá pelo seu próprio pecado."
Devarim/Deuteronômio 24.16
Nesse shiur/estudo vamos analisar algumas
literaturas rabinicas para ver oque os sábios do
povo judeu tem a dizer a respeito e tentar entender
se o fato de alguém morrer pelos pecados de outras
pessoas é um pensamento judaico ou cristão.

Início
No tratado Sanhedrin 39a, o Talmud Bavli fala da
resposta do Rabbi Abahu a um escarnecedor que
lhe disse o seguinte: “seu Elohim é um brincalhão...
Porque Ele fez o profeta Yechezkel (Ezequiel) deitar-
se sobre seu lado esquerdo por 390 dias e depois
sobre seu lado direito por 40 dias.”
O escarnecedor achou estranha a natureza destes
atos simbólicos e viu nisso uma oportunidade de
zombar da Fé dos judeus em um Elohim justo e
sensato.

Um representante justo suporta a punição devida


a toda comunidade

Rabbi Abahu respondeu: “Quando uma nação se


rebela contra seu rei, se este for cruel, ele matará a
todos; se ele for misericordioso, matará metade
deles; se ele estiver cheio de misericórdia, ele fará
com que os principais dentre eles sofram,
poupando a maioria. Assim também o Eterno
castigou Yechezkel para apagar os pecados de
Israel.
No comentário sobre o Sefer Yechezkel (Livro de
Ezequiel), Rabbi Mosheh Eisemann continua: “O
conceito deste tsadik (justo) sofrer em lugar da
comunidade, está elaborado sobre o Sefer
Chassidim (Livro dos Devotos). A passagem começa
com uma discussão da responsabilidade comum
que repousa sobre toda a nação de Israel: “Todo
Israel é responsável uns pelos outros. O pecado de
um é o pecado de todos.” Desta forma, em sua
confissão no Yom Kippur o Kohen Gadol (Sumo
Sacerdote) declara: “Eu tenho pecado junto com
todo Israel.” Ele diz isso tendo pecado ou não. Isto é
para que o povo tivesse um senso de amor e
responsabilidade uns para com os outros e
aprendessem a corrigir uns aos outros.
Um tsadik (justo) como representante.

O sefer chassidim então cita o sofrimento de


Yechezkel (Ezequiel) conforme descrito no capítulo
quatro. Vejamos:
Pois este é o caminho perante HaShem. Quando
algo é decretado e eles não se arrependem, então a
punição deve vir. Agora, se o tsadik é feito para
sofrer, então esta punição é suportada por ele.
Um castigo severo tinha sido decretado sobre Israel
nos pecaminosos dias do rei Menashe (Manassés) e
do rei Yehoyakim (Joaquim). No entanto, o povo
simplesmente foi exilado, não sofrendo uma
punição física severa.
O Midat HaDin (atributo de justiça; penalidade
severa) argumenta: “Por que eles foram tratados
tão suavemente ?” Assim disse HaShem a Yechezkel
(Ezequiel): “Aceite o sofrimento sobre ti mesmo.
Deste modo o Midat HaDin não terá como
reivindicar, pois quando ele ver o sofrimento do
tsadik (o justo que não merecia ser punido), não
terá como exigir a punição sobre todo o povo.
Assim, de acordo com o sefer chassidim, o Midat
HaDin/atributo da justiça do Eterno, que busca uma
punição para a comunidade inteira é satisfeita
quando a punição é dispensada apenas ao tsadik
(pessoa justa) representante.
Para entendermos este conceito, devemos voltar à
ideia que temos discutido ao longo deste
comentário: a unidade essencial da assembleia de
Israel. Enquanto cada pessoa criada é a imagem de
Elohim e em si mesmo é um microcosmo, a justiça
de Elohim, no entanto, pode dirigir-se à
comunidade de Israel como um todo na capacidade
que uma pessoa justa (tsadik) tem para salvar toda
comunidade com o seu mérito.
Quando toda comunidade é considerada uma
unidade indivisível, então, de fato, a culpa por uma
má ação individual é atribuída a todos. Embora não
se possa dizer que o tsadik tenha pecado como
indivíduo, por fazer parte da comunidade que
pecou e tendo em vista sua solidariedade, ele
assume a responsabilidade pelos pecados da
comunidade... E por isso mesmo, o sofrimento de
um pode ser visto como o sofrimento de todos.
[Ver. loc. cit.: Maharal: “Um rei misericordioso pune
os grandes da comunidade, que é a parte
equivalente ao todo. Ver capítulo quatro do
RaMChaL, Mesilat Yesharim, que discute a tensão
entre a severidade de Elohim (Midat HaDin) e a sua
Misericórdia (Midat Rachamim), mencionando a
possibilidade de rachamim (misericórdias) amenizar
Dinah (severidade) na medida em que um tsadik
suporte sobre si o castigo devido a toda
comunidade]. Assim Yechezkel (Ezequiel) expia seu
povo, porque a culpa comum é amenizada pela dor
de toda comunidade sofrida por um de seus
componentes indivisíveis - um tsadik representante.

Rebbe Nachman de Breslov, neto do Rabino Yisrael


ben Eliezer, o Baal Shem Tov, escreveu sobre o
efeito expiatório do sofrimento de um tsadik em
Likutey Moharan II, 8.6: “Saiba que, por vezes, o
perdão dos pecados acontece pelo mérito coletivo
da comunidade, há porém, momentos em que os
membros da comunidade não são suficientemente
dignos de terem seus pecados perdoados em seus
próprios méritos. O tsadik é então obrigado a
comprometer-se a sofrer por causa do povo de
Israel. “certamente ele levou as nossas doenças e
carregou as nossas dores”. (Yeshayahu 53.4). A
comunidade em geral é salva do sofrimento e da
doença, mas não o tsadik, porque ele
comprometeu-se a sofrer em nome de todo o povo
de Israel.
No livro: “Trust-me: A Anthology of Emunah and
Bitachon.” dos Rabinos Eliezer Parkoff e Eliezer
Linas,( publicado pela Feldheim Publishers, 2002,
ISBN 1583305319 & 9781583305317), lemos o
seguinte:
“A opinião de Rabbi Elazar é que... Assim como o
agricultor coloca o jugo somente no boi, que pode
arcar com o ônus, assim também HaShem coloca o
ônus da punição pelas transgressões do mundo
sobre o tsadik (o justo representante). Isto serve
para proteger o mundo, ao expiar transgressões,
mesmo que nós não possamos compreender
plenamente como isso funciona."

O grande filósofo e cabalista judeu Rabbi Mosheh


Chaim Luzatto (o RaMChaL) nos dá algumas dicas
em “Derech HaShem” (O Caminho de HaShem), seu
resumo clássico do judaísmo: “Todos os homens
foram originalmente ligados um ao outro, como
nossos sábios ensinam: todos os israelitas são
fiadores e responsáveis uns dos outros”. (Tratado
Shavuot 39a. Talmud Bavli). Como resultado deste
princípio, sofrimento e dor podem ser impostos a
um tsadik (pessoa justa) como expiação para sua
geração inteira. Este tsadik então deve aceitar o
sofrimento com amor em benefício de sua geração,
assim como ele aceita que o sofrimento lhe seja
imposto para o seu próprio bem. Ao fazer isso ele
beneficia sua geração e, ao mesmo tempo, ele
mesmo é elevado a um grau muito maior.
Como foi feito a este tsadik, será feito em um dos
líderes da comunidade no mundo futuro, como
discutido anteriormente. Tal sofrimento inclui
também casos em que o tsadik sofre porque toda
sua geração merece grande castigo, beirando a
aniquilação, mas é poupada via sofrimento do
Tsadik. Expiando sua geração através de seu
sofrimento, este tsadik salva essas pessoas neste
tempo e também os beneficia muito no Olam habáh
(mundo vindouro). Além disso, há algo especial, um
tipo maior de sofrimento que trata o tsadik, que é
ainda maior e mais aperfeiçoado do que os que
foram discutidos acima. Este sofrimento maior
providenciará a ajuda necessária para trazer uma
cadeia de eventos que levam a humanidade como
um todo, à perfeição final. De acordo com o plano
original, é necessário que o homem passe antes
por, pelo menos, algum sofrimento, assim, tanto ele
como o mundo poderiam atingir a perfeição. Isto se
tornou necessário porque um dos conceitos básicos
da situação do homem é de que HaShem conteve
sua Luz escondendo sua face (presença). Isto
ocorreu por causa da corrupção e dano espiritual
causados pelos muitos pecados do homem, que
retrocedeu ainda mais causando maior afastamento
da presença de Elohim. O mundo e tudo o que nele
há está degradado, portanto, exige que a sabedoria
insondável do Eterno traga uma série de eventos
para atingir sua retificação. Entre os elementos
mais importantes desta sequência é a exigência de
que o homem seja punido por sua maldade até que
o atributo de justiça (Midat HaDin) seja satisfeito.
No entanto, HaShem “arranjou” as coisas,
selecionando pessoas perfeitas para corrigir as
coisas para e em nome de outros, como tem sido
discutido.
O Midat HaDin portanto, diz respeito a estes
tsadkim (justos) e não para todo o mundo em geral,
indivíduos como estes, são perfeitos e são,
portanto, dignos apenas do bem. A única razão pela
qual sofrem é para o perdão e benefício de outros,
e o atributo de justiça deve, portanto, ser satisfeito
com uma pequena quantidade de sofrimento, ou
seja, o sofrimento de um tsadik compensaria uma
grande quantidade de sofrimento daqueles que
realmente pecaram. Além disso, o mérito e o poder
destes tsadkim também são aumentados por causa
de tal sofrimento, e isso lhes da ainda maior
capacidade de corrigir a sua própria geração e
também poder corrigir todos os danos espirituais
causados desde o início do tempo dos primeiros
pecadores. É óbvio que indivíduos como estes
acabarão sendo os maiores líderes no Olam habáh
(Mundo Vindouro), e serão os que estarão mais
próximo de HaShem.

Fonte: “Derech HaShem.” Rabbi Moshe Chaim


Luzatto (o RaMChaL)

“A realidade e necessidade da expiação vicária por


substituição penal, é parte integrante do judaísmo
clássico.” (Derech Yisrael/ O caminho de Israel)

Exemplos nos Midrashim.

Sobre a amarração de Yits’chak no monte Moriyah,


lemos o seguinte no Midrash Bereshit (Genesis):
“Meu pai, meu pai.” Chorava Yits’chak.
“Aqui estão o fogo e a lenha, mas onde esta o
cordeiro para o sacrifício?”
Avraham respondeu: “HaShem proverá o cordeiro
para o sacrifício meu filho, e se não, você vai ser o
cordeiro.”
Yits’chak pôs as mãos no rosto e chorou. Mas
Yits’chak se controlou e confortou a Avraham:
“Não se sinta angustiado meu pai... Cumpra a
vontade do Criador através de mim! Que meu
sangue seja uma expiação para o futuro povo de
Israel.”

No midrash Shir HaShirim Rabbah 1.14.1 é dito:


“O meu amado é para mim como um cacho de
henna( ‫כפר‬/Kofer ) O cacho refere-se a Yits’chak,
que estava amarrado no altar como um cacho de
henna (kofer), porque ele expia (‫כפר‬/Kapar) as
iniqüidades de Israel.”

É importante dizer que, no hebraico, as consoantes


B e V são essencialmente idênticas, assim como as
consoantes F e P também são, de modo que as
palavras com K,F,R ou com a raiz consonantal K.P,R
são muito próximas. Por isso, segundo este
entendimento, “Kofer” é uma indicação de “Kapar”.
Em outro Midrash Lemos o seguinte:
“Moshe disse a HaShem: Chegará o tempo em que
Israel não terá um Templo ou Tabernáculo... O que
vai acontecer com eles então? HaShem respondeu:
Eu tomarei um de seus justos, e o manterei como
penhor (garantia) por vós, a fim de que eu possa
perdoar todos os seus pecados.”
(Shemot Rabbah 35.4)

Exemplos no Talmud.

O dito Talmudico é claro ao dizer que a morte de


um tsadik (justo) é uma expiação pelos pecados das
pessoas comuns. Vamos ver algumas citações:
“Disse o Rabino Ammi: Por que o relato da morte de
Miriam está colocado ao lado das leis da Paráh
Adumah (Novilha Vermelha)? Para nos informar
que assim como o ritual das cinzas da Paráh
Adumáh faz expiação, o mesmo acontece com a
morte do tsadik que faz kaparáh (expiação;
cobertura de pecados) pela vida que deixaram para
trás.” (Moed kattan 28 a)
“Rabbi Eleazar disse: Por que o relato da morte de
Aharon está perto do relato da deposição das
vestes sacerdotais? Para nos informar que, assim
como os paramentos do Cohen (sacerdote) eram
meios para efetuar kaparah (expiação), da mesma
forma a morte das obras de justiça expiam.” (Moed
katan 28 a)

“E O Senhor disse ao malach (anjo; mensageiro) que


destruiu o povo: É suficiente. Rabbi Eleazar disse:
Ha Kadosh Baruch hu (O Santo, Bendito seja Ele)
disse ao malach: Leve um rav (grande; homem
virtuoso) dentre eles, pois através de sua morte
muitos pecados serão expiados...”
(Berachot 62 b)

Exemplos em Qumran.

Os manuscritos do Mar Morto, encontrados nas


cavernas de Qumran, ensinam que a dor em lugar
do próximo e até mesmo a difamação universal de
um tsadik (justo) pode efetuar a expiação:
“Sua sabedoria será grande. Ele vai fazer expiação
por todos os filhos de sua geração. Ele será enviado
para todos os filhos de sua geração. Sua palavra
será como a palavra do Céu e seu ensino será de
acordo com a vontade do Senhor. Seu sol arderá
eternamente. O fogo será aceso em todos os cantos
da Terra. Sobre as trevas ele brilhará. Então a
escuridão se afastará da Terra assim como a
profunda escuridão da terra seca. Falarão muitas
palavras contra ele. Haverão muitas mentiras.
Inventarão muitas histórias caluniosas sobre ele.
Dirão coisas vergonhosas sobre ele. Ele derrubará a
geração má e haverá grande ira. Quando ele surgir
haverá mentira e violência e o povo vagueará nos
seus dias e ficarão confusos.” (4Q541)

Exemplos no Zohar.

O ensinamento da expiação vicária e da substituição


penal pelo sofrimento de um tsadik (justo), também
é parte integrante do Zohar (principal obra
cabalista):
“Daí o Tasdik é (ele mesmo) verdadeiramente uma
oferta de expiação. Mas quem não é justo é
desqualificado como oferta em razão do defeito
que sofre, e é, portanto, como os animais
defeituosos, dos quais esta escrito: Eles não será
aceitos por ti. (Vayikrá/Levítico 22.25). Por isso é
que os tsadkim (justos) são sacrifício e expiação
pelos pecados do mundo.” (Zohar; seção 1 pg 65)

“Nós aprendemos que, enquanto Israel está em


cativeiro não pode trazer ofertas, a menção dos
filhos de Aharon seria sua expiação. Por isso temos
aprendido que Avihu e Nadav foram iguais aos seus
dois irmãos Eleazar e Ithamar, para que juntos,
fossem reconhecidos como os setenta anciãos que
estavam associados com Mosheh, por isso suas
mortes foram expiação por Israel.”
(Zohar; seção 3 pg 56).

“Quando HaShem deseja dar a cura ao mundo. Ele


fere um representante tsadik (justo) dentre eles
com aflições e sofrimentos, e através deste justo dá
a cura para todos, como está escrito: mas ele foi
ferido pelas nossas transgressões e moído pelas
nossas iniquidades e pelas suas pisaduras fomos
sarados (Yeshayahu/ 53.5). Um tsadik nunca é
atingido, a não ser para trazer a cura para a sua
geração e para fazer expiação por ela. (Zohar; seção
3, pg 218)
“Os antigos sábios têm opiniões divididas sobre Yiov
(Jó), alguns mantêm a opinião de que ele era um
tsadik dos gentios e outros que ele era um tsadik de
Israel, que foi ferido para fazer expiação pelos
pecados do mundo” (Zohar; Seção 3, pg 231)

Exemplos em fontes antigas.

A doutrina da expiação vicária e substituição penal


pelo sofrimento do Tsadik (justo) também é
encontrada em fontes primitivas:
“E quando sua carne tinha sido queimada e ele
estava prestes a expirar, Eleazar levantou os olhos a
HaShem e disse: Tu sabes HaShem, que, embora eu
poderia ter salvo a mim mesmo, eu estou morrendo
por causa da Lei (Torah). Tenha misericórdia do teu
povo Israel e aceite nosso castigo como expiação
por eles. Faça do meu sangue sua purificação e leve
minha vida em troca de deles.” (IV Macabeus 6.26-
29).

“E estes homens, portanto, depois de terem dado a


vida... Através de suas mortes nossa nação foi
purificada, tendo eles se tornado uma expiação
pelos pecados de nossa nação; e por meio do
sangue destes homens justos e piedosos e da
expiação pelas suas mortes HaShem salvou Israel...”
(IV Macabeus 17. 21-22).

Uma nota.
*É importante dizer que o IV livro de Macabeus foi
escrito, provavelmente, na primeira metade do
Século I d.C. em idioma grego. Trata-se de uma
homilia que ressalta a superioridade da razão sobre
a paixão, utilizando, inclusive pensamentos de
origens pagãs. Contudo, em nível de estudo, a
inclusão de algumas passagens servem para que se
saiba que a opinião da comunidade que utilizava
estas palavras, tinha o mesmo entendimento sobre
expiação de outros grupos judaicos em tempos e
locais diferentes.

Exemplos na Literatura contemporânea

No livro, “Expiação na morte de um Tsadik.” (Rabbi


Elchanan Lewis), lemos o seguinte:
“Pergunta”: Como pode a morte de um tsadik
tornar-se expiação?”

“Resposta”: O tsadik não é simplesmente uma


pessoa, um indivíduo que tem impacto apenas em
si mesmo; ele é uma personalidade corporativa,
uma figura pública que afeta a todos aqueles que
estão ao redor dele; a perda de um tsadik é,
portanto, uma perda pública e não apenas a perda
de um indivíduo ou de uma única família. Os
Tsadkim (justos) não estão aqui para si mesmos,
mas para os outros. Esta é a forma como eles vivem
e é assim que eles também morrem. Assim, como a
morte serve como expiação daquele que falece, a
morte de um tsadik faz “kaparah” (expiação) para
toda sua comunidade.

Espero ter clareado seu entendimento em relação a


esse assunto, que sim, o conceito de que a morte
de um Tsadik pode sim servir como Expiação por
toda a humanidade. SHALOM LEKULAM!

Por: Rabino Ben Eliahu

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