Você está na página 1de 6

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS


FACULDADE DE HISTÓRIA

CAMILLA CRISTINA NEVES COSTA


DANIEL MARTINS MAUÉS
DAVID LEANDRO ROLDAO
PAULO VICTOR ARAÚJO DA SILVA
PEDRO ARIEL DOS REIS LEÃO

RESENHA DO ARTIGO: MARIA CECÍLIA PEREIRA UGALDE; ROWEDER, C.


Sequência didática: uma proposta metodológica de ensino-aprendizagem. Educitec - Revista
de Estudos e Pesquisas sobre Ensino Tecnológico, Manaus, Brasil, v. 6, n. ed. especial, p. e
99220, 2020.

BELÉM
2022
CAMILLA CRISTINA NEVES COSTA
DANIEL MARTINS MAUÉS
DAVID LEANDRO ROLDAO
PAULO VICTOR ARAÚJO DA SILVA
PEDRO ARIEL DOS REIS LEÃO

RESENHA DO ARTIGO: MARIA CECÍLIA PEREIRA UGALDE; ROWEDER, C.


Sequência didática: uma proposta metodológica de ensino-aprendizagem. Educitec - Revista
de Estudos e Pesquisas sobre Ensino Tecnológico, Manaus, Brasil, v. 6, n. ed. especial, p. e
99220, 2020.

Trabalho apresentado à Faculdade de História,


da Universidade Federal do Pará, como
requisito para nota parcial na disciplina
Didática Geral no curso de Licenciatura em
História.

Orientadora: Profa. Drª. Wilma de Nazaré Baía


Coelho
BELÉM
2022
Resenha

O artigo Sequência didática: uma proposta metodológica de


ensino-aprendizagem, desenvolvido por Maria Cecília Pereira Ugalde e Charlys
Roweder, aborda o método pedagógico, conhecido como sequência didática,
utilizado por professores e pesquisadores com o intuito de tornar à educação mais
eficiente e eficaz. Essa metodologia possui seu foco voltado ao aluno, além de
surgir a partir dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), logo ela deve ser
alinhada com o conteúdo a ser ministrado.
Este trabalho foi inspirado nas concepções de Zabala (1998), Castro (1976),
Oliveira (2013) e Schneuwly, Dolz e colaboradores (2004), para abordar a prática
educativa. É uma pesquisa bibliográfica e utilizou de palavras chaves para que
pudessem ser encontrados produções que evidenciam o uso da metodologia
sequência didática, buscando assim responder a seguinte questão “Quais são as
possibilidades de desenvolvimento metodológico associadas à expressão
“sequência didática?”.
Os autores iniciam o debate através da perspectiva do autor Zabala (1998),
e sobre como podemos definir a sequência didática como uma organização
metodológica que há a necessidade inicial de um planejamento estrutural antes que
o mesmo seja posto em prática, sendo assim, é necessário que o conteúdo seja
organizado para posteriormente efetuar sua prática e por fim o aluno seja avaliado.
Ou seja, o planejamento se torna algo imprescindível para que a aplicação da
sequência tenha êxito, seguindo a lógica do que explica Severino (2013) que o
ensino não pode ocorrer de forma aleatória e espontânea.
Ugalde e Roweder ainda explicam que Zabala (1998) divide o processo em
quatro etapas: comunicação da lição, estudo individual do conteúdo, repetição do
conteúdo estudado e avaliação ou nota do professor. A partir dessa estrutura e de
outros recursos pedagógicos previamente selecionados a atividade tem
possibilidade de ser desenvolvida.
Outra perspectiva trazida pelos autores do artigo é a de Castro (1976), que
diz que a sequência didática deve ser efetuada de forma fragmentada, podendo
metodizar temas mais simples dentro do sistema pedagógico e posteriormente
abordar temas de maior dificuldade, correlacionando e interligando os assuntos
sucessivamente. Aplicando nesse momento o desenvolvimento cognitivo linear que
é utilizado na Taxonomia de Bloom, de ir de conceitos simples aos mais complexos
seguindo uma cronologia.
A fim de expor outras formas de estruturação de uma sequência didática,
Ugalde e Roweder destacam a autora Oliveira (2013) que discorre o seguinte, a
sequência didática deve ser efetuada em determinadas etapas, sendo: a escolha do
conteúdo a ser ministrado, às interrogações acerca do tema que será debatido,
plano de ensino, finalidade deste processo pedagógico, além de outros fatores
determinantes.
Oliveira (2013) também defende a sequência didática interativa como um
novo modelo metodológico. Nesse método, a sequência de atividade é dividida em
um conjunto de avaliações divergentes, iniciando com exercícios referente aos
saberes dos alunos sobre o assunto escolhido, e a partir dele são efetuados
exercícios individuais e em grupos. Além dessas atividades, o autor também
defende o desenvolvimento de atividades com embasamento teórico sobre aquele
conteúdo e que sejam efetuadas em grupo de forma oral e com recursos
pedagógicos.
Outra visão de estruturação de sequência didática trazida pelos autores do
artigo é a de Dolz e colaboradores (2004) que explicam que a sequência didática
deve ser organizada através de atividades ordenadas, com base em gêneros orais e
escritos, com o objetivo dos alunos possuírem competência ao dissertar sobre
divergentes gêneros textuais, além de contribuir com o aperfeiçoamento da
comunicação.
Os autores possuem um modelo de sequência de atividades para que os
professores conduzam as avaliações, inicia-se com a apresentação do contexto a
ser estudado na elaboração inicial, três módulos que serão utilizados para o
aprimoramento da elaboração final e por fim a entrega da produção conclusa.
Ademais, os autores não excluem a ideia da diversidade de organizações desse
modelo, tendo em vista que a finalidade é a aprendizagem dos gêneros de textos.
Para a coleta de dados foram selecionados alguns artigos com exemplos de
uso de sequência didática como método de ensino-aprendizagem, a aplicação desta
metodologia pode ser visualizada em diferentes temáticas como: escolha
profissional, computação e informática e no ensino da acústica na disciplina de
Física.
Analisando as estruturas dos exemplos apresentados é possível perceber
que a possibilidade do processo cognitivo ter êxito é grande, tendo em vista que
eles funcionam a partir de unidades de conceitos simples que induzem o aluno a
chegar ,por meio da realização da dinâmica e da avaliação proposta, ao produto
final de cognição em relação ao assunto proposto.
Encerra-se este trabalho considerando esta metodologia como uma forma
dinâmica de desenvolver o ensino em sala de aula, uma vez que possibilita melhor
socialização das informações entre os alunos, capacitando-os como cidadãos
críticos e ativos no contexto da realidade em que vivem.

Referências

SEVERINO, Antônio Joaquim, 1941 – Metodologia do Trabalho científico [livro


eletrônico], 1 ed. São Paulo: Cortez,2013.

Você também pode gostar