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Jurisprudência Anotada
STF - AgRg no MI 6.591 /Distrito Federal - Plenário - j. 16.06.2016 - v.u. - Rel. Luiz Fux - DJe
30.06.2016 - Área do Direito: Constitucional; Processual.
RT 909/839, DJe 10/05/2011 - MANDADO DE INJUNÇÃO - Servidor público - Writ que visa
compelir autori...
Ementa
1. O mandado de injunção, nos termos do art. 5º, LXXI, da Constituição Federal, reclama a
demonstração de que a falta de norma regulamentadora torna inviável o exercício dos direitos e
liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em
Sessão Plenária, sob a Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowsk, na conformidade da
ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, em
desprover o agravo regimental. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello, o Ministro
Gilmar Mendes, a Ministra Cármen Lúcia, o Ministro Dias Toffoli e o Ministro Roberto Barroso.
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto contra
decisão que negou seguimento a este mandado de injunção, nos seguintes termos:
“MANDADO DE INJUNÇÃO. DIREITOS DO NASCITURO. INEXISTÊNCIA DO DEVER CONSTITUCIONAL
DE LEGISLAR. MANDADO DE INJUNÇÃO: NÃO CABIMENTO, CONSOANTE ITERATIVA
JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. IMPETRAÇÃO A QUE SE NEGA SEGUIMENTO.”
Nas suas razões de recurso, o agravante alega, em síntese, que “ foi cerceado o Direito de ser ouvido
pelos órgãos públicos”, o que, no seu entender, gera a nulidade absoluta de todo o processo.
É o relatório.
VOTO
In casu , não há norma constitucional que imponha ao legislador o dever de regulamentar os direitos
do nascituro. Como se infere do art. 5º, LXXI, da CRFB/88, o mandado de injunção tem lugar quando
a falta de norma regulamentadora impedir o exercício de direitos e liberdades constitucionais e das
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. Nesse passo, inexistente a
previsão do direito na Constituição Federal, tampouco do dever de regulamentação, não há que se
falar em omissão legislativa que possa ser imputada às autoridades impetradas.
É como voto.
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, desproveu o agravo
regimental. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello, o Ministro Gilmar Mendes, a
Ministra Cármen Lúcia, palestrante no XXII Encontro de Presidentes e Magistrados de Tribunais e
Salas Constitucionais da América Latina, na Cidade do México, o Ministro Dias Toffoli, participando
do encontro com a Comissão Eleitoral da Legislatura da Província de Córdoba e o Presidente do
Tribunal Supremo de Justiça, na Argentina, e o Ministro Roberto Barroso. Presidência do Ministro
Ricardo Lewandowski. Plenário, 16.06.2016.
Assessora-Chefe do Plenário