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AEA|DO|015-2021V0

“crescer mais e melhor … escola”

www.aeairaes.pt
“(...) o projeto educativo da escola é um instrumento aglutinador e orientador da ação educativa que
esclarece as finalidades e funções da escola, inventaria os problemas e os modos possíveis da sua
resolução, pensa os recursos disponíveis e aqueles que podem ser mobilizados. Resultante de uma
dinâmica participativa e integrativa, o projeto educativo permeia a educação enquanto processo
racional e local e procura mobilizar todos os elementos da comunidade educativa, assumindo-se
como o rosto visível da especificidade e autonomia da organização escolar.”

Despacho nº 113/ME/93, de 23 de junho

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3
4
“…porque neste
agrupamento
os riscos fazem nascer as palavras
e
as palavras as obras de arte
que o mundo conhece.”

In: Jornal “O Riscado” Vol I, Maio de 2021

5
Terra de gente dinâmica e
laboriosa,
que orgulhosamente
mantém tanto as tradições
religiosas, como as festas
relacionadas com as
colheitas ou a confeção de
doçaria variada (as lérias, o
pão de ló), a cultura do
linho ou a produção de
bordados

In: Jornal “O Riscado” Vol I, Maio de 2021

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“O projeto educativo
representa,
genericamente, um
verdadeiro plano
estratégico para a escola
e que, nesse sentido,
constitui
não só um quadro de
operacionalização de um
projeto de gestão no
âmbito da autonomia,
mas também o
documento que
consagra a sua
orientação educativa…”
In Azevedo, Rui (coord) - Projetos Educativos:
Elaboração, Monitorização e Avaliação Guião de apoio

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Índice | 1
Introdução | 2
Enquadramento Geográfico e Histórico | 3
Caracterização do Agrupamento | 4
Alunos - 4.1 | Pais e Encarregados de Educação - 4.2 | Pessoal Docente – 4.3 | Pessoal não docente - 4.4
Oferta formativa / Projeto e Clubes | 5
Resultados escolares do Agrupamento - 5.1
Diagnose do Agrupamento | 6
Missão | 7
Visão | 8
Valores e Princípios Orientadores | 9
Planos de ação | Objetivos estratégicos e Metas | 10
Monitorização e Avaliação do Projeto Educativo | 11
Disposições Finais | 12
Documentos Consultados | 13
Aprovação | 14
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Na sua essência, o presente Projeto Educativo visa contribuir, com a participação
responsável de todos os seus agentes, para uma educação de qualidade, assente na
inovação, na formação e valorização profissionais, na promoção do desenvolvimento de
competências essenciais para uma aprendizagem ao longo da vida e na adoção de valores
de cidadania e de atitudes de respeito e de valorização pela diversidade.
As linhas de ação do Projeto Educativo materializam-se no:
❑Plano de Ação Estratégica – define as metas e ações a desenvolver na promoção do sucesso
escolar a partir de problemas e fragilidades identificados;
❑Plano Anual de Atividades – define os objetivos, as formas de organização e de programação
das atividades e identifica os recursos necessários à sua execução;
❑Regulamento Interno – define o regime de funcionamento do Agrupamento no que concerne
os deveres e direitos de toda a comunidade escolar;
Projeto de Intervenção do Diretor 2019|2023 (Jorge Morgado): “Crescer melhor e mais …escola”

introdução
9
e acordo com a alínea a), do ponto 1, do artigo 9 do Capítulo II do Decreto-Lei n.º 75/2008, o Projeto Educativo do
Agrupamento de Escolas de Airães, estabelece as orientações educativas, os princípios, os valores, as metas e as
estratégias de escola para o triénio 2021/ 2024. O Projeto Educativo é um instrumento privilegiado e estratégico para
a construção e exercício da autonomia de todos os agrupamentos e deve caracterizar claramente o agrupamento,
espelhando a sua identidade e as suas dinâmicas, e definindo, claramente os seus objetivos, a missão, a visão e os seus
valores. Este documento estruturante, nuclear da orientação educativa, deve apelar ao envolvimento, à participação
ativa e responsabilização de todos os atores da comunidade educativa, tornando-se, como tal, pertença de todos.

Como instituição que coloca a aprendizagem no centro de toda a sua atividade, reconhecerá como mais-valia a
diversidade dos seus alunos, encontrando formas de lidar com essa diferença, adequando os processos de ensino às
características e condições individuais de cada aluno, mobilizando os meios de que dispõe para que todos aprendam
e participem na vida da comunidade educativa. Oferecerá um ambiente agradável, de confiança e abertura, um clima
de colaboração e entreajuda, ordenado e seguro, que aspire a critérios de sucesso partilhados, em que o aluno é o
ator principal de todo o processo educativo.

Começamos por fazer a contextualização do Agrupamento e por definir os seus problemas e necessidades
prioritários, num quadro de princípios educativos, valores, metas e objetivos. Por último, apontamos
algumas estratégias que visam alcançar as metas definidas sempre numa perspetiva que coloca o aluno no
centro da ação.
Desta forma, é nossa pretensão capacitar o aluno para a consolidação e ampliação dos seus
conhecimentos. Pretendemos alunos mais reflexivos, mais criativos, mais assertivos, mais argumentativos e,
fundamentalmente, mais ousados, com conhecimento sólido e robusto, com saberes e valores para a
construção de um mundo mais justo e solidário. Nesse sentido, todo o ensino deve ser entendido como
uma construção, em que os saberes se vão mesclando, construindo um saber contínuo, diversificado e
infinito.
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Enquadramento
Geográfico e
Histórico

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No Norte de Portugal, distrito do Porto, na sub-região Terra de gente dinâmica e laboriosa
do Tâmega e Sousa, encontra-se o Concelho de
religiosas, como as festas relacionadas com as
Felgueiras.
colheitas ou a confeção de doçaria variada (as
lérias, o pão de ló), a cultura do linho ou a
produção de bordados. Além do trabalho no
campo, as mulheres executam múltiplas
tarefas, desde cuidar da casa e dos filhos, até
ao artesanato, de que o Bordado das Terras do
Sousa é a prova viva mais valiosa. É em Airães
que fica também a Casa do Risco, onde este
bordado é trabalhado e preservado.

Figura 2 – Concelho de Felgueiras e área educativa do Agrupamento


Região habitada já no período romano,

Geograficamente, estas freguesias constituem um conforme atestam alguma toponímia e

território com extensos vales, irrigados pela bacia diversos vestígios arqueológicos (por ex:
Figura 1 –Distrito do porto e concelho de Felgueiras
hidrográfica do rio Sousa. Tradicionalmente rural, necrópole de Brazadelas), foi posteriormente

apresenta, contudo, algum dinamismo económico, ocupada pelos bárbaros suevo-visigóticos. Há


Atualmente com 20 freguesias/uniões de freguesias,
sobretudo devido à produção de vinho verde, mas registos e referências históricas que aludem a
encontra a sua sede na freguesia de Margaride, sendo
também de produções agrícolas recentes, como um vasto território de casais no que hoje é
limitado o seu território a Norte, pela Cidade de Fafe, a
espargos, kiwis e frutos silvestres. Grande parte da Airães e freguesias vizinhas. Desta época será a
nordeste pelo município de Celorico de Basto, a sueste
população destas freguesias trabalha, origem do topónimo AIRÃES, pela terminação
por Amarante, a sudoeste por Lousada e a noroeste
simultaneamente, na indústria do calçado e na em “ães”, possível genitivo antroponímico de
por Vizela e a cidade de Guimarães.
agricultura. “Arila” (“Terra deArila”). Já o nome da freguesia
É no Concelho de Felgueiras que está sediado o
Terra de gente dinâmica e laboriosa, que de Vila Verde, por exemplo, se deve ao meio
Agrupamento de Escolas de Airães.
orgulhosamente mantém tanto as tradições físico envolvente, sendo considerada unidade
de exploração agrária, pois aqui Vila significa
12
quintã e verde significa muito fértil (Fernandes, M.
Antonino- Felgueiras de Ontem e de Hoje).

Do riquíssimo património histórico desta


região, destacam-se as igrejas de Vila Verde e
de Airães, ambas inseridas na Rota do
Românico. A Igreja Românica de Santa Maria
de Airães, é Monumento Nacional desde
setembro de 1977. Documentada desde 1091,
é um exemplo de como as características
próprias do estilo românico se prolongaram no
tempo, no território do Tâmega e Sousa. Da
antiga construção românica, conservam-se
ainda a cabeceira e o corpo central da fachada
principal e na base das suas paredes existem
silhares [pedras] almofadados, de tipologia
romana, que remetem para a existência de
uma primitiva igreja paleocristã ou suevo-
visigótica.
É neste nobre território, no Paraíso, mesmo em
frente à Igreja Românica, que fica situada a
Escola Básica e Secundária de Airães.
In: Jornal “O Riscado”, Vol I, Maio de 2021

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Caracterização
do
Agrupamento

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O Agrupamento de Escolas de Airães foi criado em 24 de abril de 2002, tendo integrado o ensino secundário no ano letivo 2009/2010. Trata-se de um Agrupamento de escolas
que integra quatro estabelecimentos de ensino: Escola Básica e Secundária de Airães (sede); Escola Básica n.º 1 de Airães; Escola Básica de Cimo de Vila – Refontoura e Escola
Básica de Vinha – Pedreira.

Figura 3 - Escola Básica e Secundária de Airães Figura 4 - Escola Básica n.º1 de Airães Figura 5 - Escola Básica de Cimo de Vila - Refontoura Figura 6 - Escola Básica de Vinha - Pedreira

O Agrupamento recebe alunos das freguesias de Aião, Airães, Lordelo, Pedreira, Refontoura e Vila Verde.
O número de discentes do AEA tem vindo a diminuir: em (2018/19) 765 alunos; em (2019/20) 740 alunos, existindo no presente ano letivo (2020/21) 715 alunos, distribuídos
da seguinte forma:
Alunos Turmas Total de alunos %
Educação Pré-escolar 5 101 14,1
1.º Ciclo 12 202 28,3
2.º Ciclo 6 114 15,9
3.º Ciclo 11 200 28 “as escolas não podem ser
consideradas fora do contexto
Ensino Secundário Regular 5 84 11,7 onde existem e onde confluem
interesses diversos designados
Ensino Secundário Profissional 1 14 2 por comunidade educativa…”
Tabela 1 - Alunos do AEA em 2020 | 2021

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A área de influência do agrupamento incide sobre as localidades de Aião, Airães, Lordelo, Pedreira, Refontoura e Vila Verde.

O nível etário dos alunos está compreendido entre os 3 e os 18 anos, podendo, em alguns casos, ultrapassar esta faixa etária. A faixa etária é
adequada ao respetivo ano de escolaridade.
Os alunos que beneficiam de Medidas de Suporte à Aprendizagem e à Inclusão têm sido alvo de uma atenção cuidada, alicerçada em estratégias
individualizadas, beneficiando de apoios de professores especializados, numa perspetiva de inclusão nas escolas e nas turmas que frequentam.
O número de alunos abrangidos pelo Decreto-Lei n.º 54/2018, de 6 julho, alterado pela Lei 116/2019 - Educação Inclusiva, tem vindo a aumentar
ligeiramente. No que diz respeito à aplicação da abordagem multinível, os que se encontram abrangidos pelos art.º 9.º (Medidas Seletivas) e 10.º
(Medidas Adicionais) correspondem ao que se identifica na tabela seguinte:

Ano de
Escolaridade 2018 | 2019 2019 | 2020 2020 | 2021

Pré-escolar Artº 9 Artº 10 Artº 9 Artº 10 Artº 9 Artº 10


1º, 2º, 3º ciclos
e Ensino Secundário 22 7 22 8 28 7

Tabela 2 - Alunos abrangidos pelo DL 54/2018, de 6 de julho

Para promover o sucesso escolar pela adoção de práticas que se apoiam nos princípios da educação inclusiva, a EMAEI, tem vindo a colaborar com
outras estruturas como o Centro de Recursos para a Inclusão (CRI), a Equipa Local de Intervenção (ELI do Vale de Sousa Norte) e o Centro de
Recursos de tecnologias de Informação e Comunicação para a Educação Especial (CRTIC de Guimarães), para definir estratégias de atuação
concertadas na aplicação do DL 54/2018. Procede ainda, a uma monitorização periódica das ações desenvolvidas e dos resultados obtidos,
mobilizando oportunamente os recursos humanos especializados, garantindo uma intervenção eficaz das equipas multidisciplinares, permitindo que
cada aluno participe de modo efetivo em todos os contextos educativos, de forma a alcançar os conhecimentos e as competências que lhes permitam
desenvolver o seu máximo potencial.

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Os alunos dos 2.º e 3.º ciclos e ensino secundário utilizam os transportes particulares ou públicos/escolares. Os alunos participam nos órgãos e estruturas nos quais
têm assento e organizam-se em torno da respetiva Associação de Estudantes.
Do ponto de vista socioeconómico, o Agrupamento integra alunos de estratos sociais diferenciados, verificando-se, ainda, a existência de muitos alunos oriundos de
famílias com baixos recursos económicos e baixa escolaridade.
No AEA existe uma grande percentagem de alunos abrangidos pela Ação Social Escolar (ASE) como se pode verificar na tabela 3:

Anos letivos Total de alunos % Anos letivos Total de alunos Escalão A Escalão B Escalão C

2018 | 19 274 35,8 2018 |19 274 77 128 69

2019 | 20 302 40,8 2019 | 20 302 87 142 73

2020 | 21 275 38,5 2020 | 21 275 77 129 69

Tabela 3 - Alunos abrangidos pelo ASE Tabela 4 – Alunos abrangidos pela ASE por escalão

O contexto socioeconómico pouco favorável de grande parte dos alunos tem sido uma preocupação constante do Agrupamento, sendo um dos seus grandes
objetivos, colmatar as falhas económicas e sociais dos mesmos, para lhes garantir a possibilidade de alcançarem sucesso escolar. No ano letivo de 2018/2019, a EB/S
de Airães destacou-se a nível nacional, tendo sido a escola que mais ajudou os alunos carenciados a terem sucesso, ocupando a melhor posição no indicador de
Equidade criado este ano (2021), pelo Ministério da Educação. Comparando o sucesso escolar dos alunos apoiados pelo programa de ação social escolar, com os
resultados médios dos estudantes com contexto socioeconómico e percurso escolar semelhantes a nível nacional, este indicador de equidade permitiu identificar a
escola como a que mais promoveu o sucesso destes estudantes. A EB/S de Airães foi considerada a terceira escola pública do país com melhores resultados e a
melhor classificada da região do Tâmega e Sousa, destacando-se no ranking da equidade. Tal projeção alcançada demonstra o trabalho desenvolvido pelos docentes
e não docentes em reverter o percurso escolar, alargando o rumo académico dos discentes mesmo com todas as vicissitudes económicas.

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A participação dos pais e encarregados de educação (pais/EE) na escola é um direito consignado na lei. Tal direito está
contextualizado em diferentes normativos legais, nomeadamente, no n.º 3 do art.º 26.º da Declaração Universal dos Direitos Humanos,
no qual pode ler-se que “aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o género de educação a dar aos filhos”, e na
Constituição da República Portuguesa (CRP). No normativo legal, no n.º 5 do artigo 36.º, estabelece-se, por um lado, que “os pais têm
o direito e o dever de educação (…) dos filhos” e, por outro, na alínea c), do n.º 2 do artigo 67.º, que compete ao Estado “cooperar com
os pais na educação dos filhos”.
Desta forma, constatamos que o direito português reconhece uma função primordial à família, no que diz respeito à educação dos
seus filhos (Serrano, Orlando - Rev. Profforma).

O nível cultural da comunidade educativa não é muito elevado: os pais e encarregados de


educação têm, em média, apenas o 6.º ano de escolaridade e só uma minoria apresenta
habilitações académicas superiores. Grande parte das famílias ainda não valoriza a escola
como fator de desenvolvimento pessoal e profissional.

Os pais e encarregados de educação são, na sua maioria, operários de construção civil ou de

Na Escola como em Casa fábricas situadas nas freguesias vizinhas. O fluxo migratório dos últimos anos tem vindo a
abrandar e, em sentido contrário, tem aumentado o número de alunos que regressam de
há um lugar que é dos Pais ! países como a França e a Suíça.
CONFAP

18
O quadro docente do Agrupamento integra cerca de oitenta e três educadores e professores, na sua maioria do quadro. Apesar de alguns
docentes do quadro estarem destacados, nos últimos anos a estabilidade do corpo docente tem aumentado, fator que se constitui como uma
vantagem para a prossecução dos objetivos estratégicos do Projeto Educativo.
Por sua vez, o corpo docente, apesar das vicissitudes das políticas educativas, patenteia um comportamento seguro, aliando a experiência
profissional com conhecimento real do contexto escolar do Agrupamento e da comunidade educativa. Perante o exposto, os encarregados de
educação/pais depositam confiança no desenvolvimento de trabalho e de ação concordantes com a cultura da escola e de Agrupamento que se
pretende fomentar e desenvolver.

O Agrupamento possui um quadro de pessoal não docente estável e experiente. Contempla catorze assistentes técnicos e trinta e quatro
assistentes operacionais. De forma intermitente, temos tido um técnico superior – um Psicólogo – com trabalho a tempo parcial. Recentemente,
com o PNPSE e perante o plano apresentado, foram recrutados dois técnicos superiores, nas áreas de informática e educação social. Por sua vez,
os recursos humanos da edilidade disponibilizaram desde o presente ano letivo, um técnico superior na área da psicologia.

O Pessoal Não Docente é reconhecido por todos como uma mais-valia, pela sua experiência, conhecimento do funcionamento da escola e
relacionamento com a comunidade educativa. Constata-se uma favorável prestação dos recursos humanos, aliada a um elevado empenho,
contribuindo estes, para resolver muitos problemas.
Recursos humanos (PND) Assistentes Técnicos Assistentes Operacionais Técnicos Superiores Outros (tarefeiros; POC; CEI;
Empresa de serviços Refeições)

EBS de Airães 9 19 4 5

EB 1 de Airães 2 6 1 3

EB Cimo de Vila - Refontoura 2 5 1 3

EB da Vinha - Pedreira 1 4 0 2

Tabela 5 – Recursos Humanos (PND)

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Oferta Formativa

Projetos Clubes
&

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A oferta formativa do Agrupamento compreende a educação pré-escolar, o ensino básico e secundário, sendo os alunos do Agrupamento,

maioritariamente, do ensino básico. No ensino secundário, a oferta formativa dirige-se, primordialmente, aos jovens cujo principal objetivo é o prosseguimento
de estudos superiores, com particular incidência para o Curso de Ciências e Tecnologias. Complementarmente também se oferecem percursos educativos
dirigidos a jovens que pretendem ingressar no mercado de trabalho após o termo da escolaridade obrigatória.
Em todas as escolas básicas do 1.º ciclo, para além das áreas curriculares, oferecem-se Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC). Nos estabelecimentos do
1.º ciclo são disponibilizadas Atividades de Animação de Apoio à Família (AAAF) para as crianças da educação pré-escolar e Componente de Apoio à Família
(CAF) para os alunos do 1.º ciclo, em Airães, Pedreira e Refontoura, protocolados entre o Agrupamento e as respetivas Juntas de Freguesia.
O Agrupamento de Escolas de Airães, mercê da mais-valia de alguns projetos e ações, continua a implementar atividades em coordenação com os PTT e
Educadoras, para consecução do ensino aprendizagem. Destacam-se: Educação p/ Valores; Programa Passezinho; Projeto Sorriso; Programa de consciência
fonológica e lexical; Ciências Experimentais; Era Uma Vez; Leitura Vai e Vem; Projeto “Leituras à tua Medida” …
A oferta educativa de complemento curricular é diversificada e alarga-se, nos restantes ciclos de ensino, a diferentes atividades de enriquecimento escolar,
sendo assegurada, fundamentalmente, pelos projetos e clubes de natureza desportiva, sociocultural e científico-pedagógica, destinados a ampliar e reforçar o
processo formativo do Agrupamento.
A EB/S de Airães oferece Oficinas de Preparação para Exames (OPE) aulas de apoio e preparação para as provas finais do ensino básico e exames nacionais no
ensino secundário, Coadjuvação no 2.º e 3.º ciclos, medida prevista para alguns anos de escolaridade/disciplinas, assente numa lógica de trabalho participado
e/ou colaborativo entre docentes, nomeadamente nas disciplinas de maior insucesso escolar, bem como Apoio Tutorial Específico (ATE), programa para apoio
a estratégias de estudo, orientação e aconselhamento de alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem significativas, organização do estudo e do
trabalho, comportamentos disruptivos e/ou contextos sociofamiliares problemáticos, nomeadamente aos alunos do 2º e 3º ciclo do Ensino Básico que ao longo
do seu percurso escolar, acumulem duas ou mais retenções. Este acompanhamento tutorial rege-se por regulamento próprio incluído no Regulamento Interno.
Existe ainda o Centro de Apoio à Aprendizagem (CAA), um espaço educativo aberto, de acesso livre e voluntário, ou por proposta do Conselho de Turma/Diretor
de turma para os alunos beneficiarem de um apoio mais individualizado a várias disciplinas. Pretende-se contribuir para a consolidação dos conteúdos
lecionados, esclarecimento de dúvidas, orientação e/ou apoio ao estudo e realização de trabalhos escolares individuais ou em grupo. A sala integra docentes
com funções do Gabinete de Apoio ao Aluno; Sala de Estudo e grupos de trabalho no âmbito de tutorias/mentorias.

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Programas Educativos/Projetos/Clubes Intervenção dos PE/Projetos

Eco-Escolas
Projeto+²
Desporto Escolar Todo o Agrupamento

Programa de Educação para a Saúde


Clube Viagens na nossa Terra
Biblioteca Escolar (Leitura em Família e 10 minutos a ler)
Projeto Ciências Experimentais

Parlamento dos Jovens


eTwinning
Plano Nacional de Cinema 2º e 3º CEB
Oficina Criativa

Ainda te lembras?

Clube de Teatro 2º, 3º CEB


Clube das Ciências e
Ensino Secundário
Climate Action Project
Erasmus +
Programa Mentoria

Projeto Aprendiz
Oficina de Escrita 1º, 2º e 3º CEB

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Numa apreciação global, o AEA pode ser considerado um Agrupamento com sucesso, havendo, no entanto, algum insucesso, devidamente
identificado, em alguns anos de escolaridade

Gráfico 1 – Média do sucesso dos três anos letivos (2017/18; 2018/19 e 2019/20) – 1.º ciclo Gráfico 2 – Média do sucesso dos três anos letivos (2017/18; 2018/19 e 2019/20) – 2.º ciclo

23
Gráfico 3 – Média do sucesso dos três anos letivos (2017/18; 2018/19 e 2019/20) – 3.º ciclo Gráfico 4 – Média do sucesso dos três anos letivos (2017/18; 2018/19 e 2019/20) – Secundário

24
ANO LETIVO Taxas de sucesso escolar (%)
OFERTA FORMATIVA 2017/18 2018/19 2019/20

1.º ano 100,0 100,0 100,0


2.º ano 84,6 88,2 95,0
1.º ciclo 3.º ano 98,4 94,6 97,9
4.º ano 98,2 98,6 100,0

TOTAL 95,3 95,4 98,2

5.º ano 96,2 96,2 100,0


2.º ciclo 6.º ano 97,3 100 98,1

TOTAL 96,8 98,1 99,1


7.º ano 96,4 94,6 100,0
3.º ciclo 8.º ano 94,4 98,8 100.0
9.º ano 98,8 100 98,8
TOTAL 96,5 97,8 99,6
10.º ano 94,9 88,9 100,0
Ensino Regular 11.º ano 100,0 100,0 100,0
12.º ano 77,8 89,2 100,0

TOTAL 90,9 92,7 100,0

Tabela 6 – Taxas de sucesso escolar por ciclo / ano de escolaridade

25
Diagnose
do
Agrupamento

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Os pontos fortes, as áreas de melhoria e os constrangimentos foram os vetores que se designaram como indispensáveis para fazer um diagnóstico do Agrupamento. Foram
identificados a partir de relatórios da avaliação externa na sequência de ações inspetivas regulares da IGEC, da auscultação feita a toda a comunidade educativa pela equipa de
autoavaliação, dos questionários realizados a docentes, discentes, pessoal não docente e pais/EE, em sede de conselho de turma, e através dos organismos que os representam
- Associação de Estudantes e Associação de Pais e Encarregados de Educação - e da análise de documentos emanados das estruturas de coordenação e supervisão pedagógica.
❑ A oferta educativa no ensino secundário;
❑ Bom clima na escola (humanismo);
❑ Melhoria da qualidade pedagógica, no intuito de desenvolver a qualidade de aprendizagem, proporcionando
❑ Instalações cuidadas e organizadas em prol dos alunos;
assim a melhoria da qualidade do sucesso;
❑ Taxa inexpressiva de abandono escolar;
❑ O fraco envolvimento dos alunos na programação das atividades e no processo de construção dos documentos
❑ Iniciativas que promovem o espírito de solidariedade;
orientadores da vida da escola;
❑ Abertura ao meio, através do desenvolvimento de projetos e atividades destinadas à
❑ Dinamização e monitorização de estratégias de apoio (CAA, OPE, tutorias e coadjuvações);
comunidade envolvente;
❑ Os meios e Plano Tecnológico e Informático da Escola;
❑ Corpo docente estável, com qualidade científico-pedagógica nos diversos níveis de ensino;
❑ Falta de compromisso na construção da aprendizagem por parte dos alunos e famílias;
❑ Assistentes Técnicos e Operacionais, eficientes, cumpridores e prestáveis nas tarefas que lhes
❑ Insuficiente articulação e uniformização dos procedimentos e práticas dos docentes face ao sucesso e
são confiadas;
qualidade do Agrupamento;
❑ Procura de práticas e métodos pedagógicos orientados para a qualidade educativa;
❑ Aumento do envolvimento dos alunos e encarregados de educação na vida escolar.
❑ A Componente de Apoio à família (CAF);
❑ Promoção de condições para trabalho colaborativo entre professores, na procura de estratégias promotoras
❑ A articulação dos diversos organismos/entidades em prol do Agrupamento (Associação Pais –
do sucesso educativo.
Associação de Estudantes – Juntas de Freguesia – Câmara Municipal);
❑ A partilha de mecanismos de reflexão e divulgação de boas práticas.
❑ A colaboração ativa da Associação de Pais/ EE com o Agrupamento dando respostas a
❑ As expectativas de alguns alunos relativamente ao valor da escola na escolha do seu percurso profissional.
problemas identificados, tendo em vista a melhoria do serviço educativo;
❑ Modernização e manutenção de equipamentos informáticos e tecnológicos enquanto ferramentas de trabalho
❑ Projetos e intercâmbios nacionais e internacionais (Erasmus+ / eTwinning);
e comunicação.
❑ Abertura à mudança / inovação.
❑ Uso das TIC em sala de aula com recurso a equipamentos dos alunos (telemóveis, tablets, portáteis, etc).
❑ Reconhecimento do mérito e empenho dos alunos através do quadro de valor, mérito e
❑ Eficácia dos equipamentos informáticos e tecnológicos enquanto ferramentas de trabalho e comunicação.
excelência;
❑ Modernização dos equipamentos informáticos.
❑ Oferta de diferentes modalidades de apoio educativo e de acompanhamento de alunos.
❑ Pouco uso das tecnologias na capacitação dos aprendentes e na promoção da competência digital dos
❑ Diversidade de atividades dinamizadas no âmbito do Plano Anual de Atividades.
mesmos.
❑ Estabelecimento de parcerias com entidades externas.

❑ Gestão dos recursos humanos e materiais disponíveis; ❑


❑ Resultados escolares e as taxas de conclusão da escolaridade obrigatória; ❑
O continuado número de alunos que tem vindo a diminuir no Agrupamento;
❑ Articulação com as associações recreativas e desportivas (no território e fora do Agrupamento) ❑
Instabilidade social, afetiva e financeira das famílias resultante da crise económica;
O elevado número de alunos com escalão A e B (reflexo da situação económica do agregado familiar);
para potenciar a divulgação e o envolvimento da comunidade no Projeto Educativo;
❑ Estabelecimento de parcerias com instituições / associações de carácter artístico e /ou cultural; ❑ A escola ser vista como ocupação dos tempos livres das crianças e jovens e não como um local para a sua
❑ Existência de instituições/empresas com quem é possível estabelecer parcerias para a ❑
formação;
Dificuldade de comunicação e realização de trabalho conjunto / simultaneamente com todos os agentes
realização de projetos;
❑ Partilha de saberes com outras instituições de ações de boas práticas; ❑
educadores do Agrupamento;
❑ Inserção do Agrupamento numa comunidade com proeminência e respeito pela escola; ❑
O “tecido empresarial” sem uma ligação regular e profícua com o Agrupamento.
❑ Interação entre a escola e outras estruturas locais. Pouco apetrechamento de recursos materiais e humanos para realizar um trabalho profícuo e de excelência
❑ Projetos internacionais como eTwinning e Erasmus+. que permitem a projeção do

na produção de estratégias pedagógicas e capacitação dos instruendos pelo meio digital.
Insuficiente partilha interna de recursos digitais produzidos, que deverá ser contrariada através da
Agrupamento e criam oportunidades aos alunos.
❑ Integração das TIC nas AEC ou em Oferta de Escola no primeiro ciclo.

sensibilização para a partilha dos mesmos entre departamentos.
Resistência por parte de alguns docentes para a adoção dos meios tecnológicos no contexto ensino-
aprendizagem.

27
Missão

28
O AEA deve ser reconhecido como uma instituição pública de referência pela qualidade do ensino e formação ministrados. Deste modo, tem a MISSÃO de
facultar aos seus alunos os meios de construir conhecimentos, desenvolver capacidades, atitudes e valores, numa lógica de flexibilidade de gestão curricular.
Concomitantemente, deve formar cidadãos conscientes, responsáveis, autónomos, empreendedores, abertos ao diálogo, capazes de interagir e intervir na
realidade e de responder às necessidades emergentes da sociedade. Estamos num momento de viragem do sistema educativo, exigindo-se o repensar do
modelo tradicional de ensino. Torna-se obrigatório lidar com a mudança de forma sistemática, ir mais longe, no sentido de preparar convenientemente as novas
gerações para os desafios que terão que enfrentar no séc. XXI. O conhecimento e as competências individuais constituem-se atualmente, como o capital humano
de maior valor. São eles que dão ferramentas aos jovens para a tomada de decisões e para a gestão de situações que lhes permitirão desenvolver de forma
estruturada os seus projetos de vida, permitindo-lhes ser agentes de evolução social, enfrentando a celeridade com que as mudanças acontecem. Assim,
assumimos como nossa MISSÃO:

A educação/formação
de cidadãos éticos e
solidários, capazes de
A construção
transformar O apoio à de um Projeto
informação em A promoção de construção de Educativo de
conhecimento e de uma cultura Projetos de Vida Agrupamento A promoção
responder de forma inclusiva para TODOS da
crítica, responsável,
criativa e empenhada, transparência
aos novos desafios de na
uma sociedade em informação e
constante mudança a abertura ao
diálogo

❑ Nesta missão, o Agrupamento tem diversos parceiros/stakeholders (organizações governamentais e ong; universidades, instituições de ensino; autarquias;
empresas; ipss; associações; cooperativas, meios de comunicação social) que em conjunto contribuem para o sucesso escolar dos seus alunos.

29
Visão

30
A visão que temos para o Agrupamento de Escolas de Airães é que se constitua um estabelecimento de excelência e de referência, facilitador do
crescimento pessoal e social de toda a população escolar, num ambiente de segurança que se relaciona com aspetos físicos, psicológicos, emocionais e
profissionais, todos considerados como dimensões de uma atmosfera de confiança promotora de liberdade, bem-estar e satisfação.

Como VISÃO para o Agrupamento, defende-se para os próximos três anos, o reconhecimento como organização de referência numa formação assente:

√ na Educação em Direitos Humanos e na Educação Ambiental;


√ no combate ao insucesso escolar e na promoção de um ensino sério, rigoroso e exigente;
√ num investimento na formação integral e contínua do pessoal docente e não docente;
√ no desenvolvimento de competências técnicas, pessoais e relacionais em todos os discentes, que lhes possibilitem a sua
integração numa sociedade diversa, inclusiva e em constante evolução;
√ na orientação para o serviço à comunidade, revelando preocupação com o desenvolvimento pessoal dos seus membros;
√ na qualidade das relações externas com parceiros locais, nacionais e internacionais.

31
Valores e
Princípios

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Como VALORES matriciais do Agrupamento destaca-se a liberdade, a responsabilidade, a solidariedade, a autonomia, o humanismo, a democracia, o
pluralismo e a tolerância.
Como PRINCÍPIOS, a luta pela justiça, pela igualdade, pelo respeito pela diferença e pela solidariedade (consagrados na Lei de Bases do Sistema Educativo).
Como princípios orientadores:

❑ Fomentar o sucesso escolar e profissional de TODOS os alunos, promovendo a inclusão e igualdade de oportunidades;
❑ Desenvolver na comunidade educativa competências que permitam a cada um dos seus elementos o pleno exercício de cidadania;
❑ Fomentar o espírito crítico, a autonomia, a criatividade, a inovação, a comunicação, a colaboração e a resolução de problemas;
❑ Promover o desenvolvimento de competências socioemocionais (comunicação, relacionamento interpessoal, adaptabilidade), a
cidadania ativa, o espírito crítico, o pensamento criativo e a consciência e expressão cultural e corporal;
❑ Incentivar o rigor, a exigência e a valorização do trabalho realizado
❑ Personalizar o planeamento educativo centrado no aluno, de modo que as medidas sejam decididas casuisticamente de acordo com as
suas necessidades, potencialidades, interesses e preferências, através de uma abordagem multinível.
❑ Promover a Equidade garantindo que todas as crianças e alunos tenham acesso aos apoios necessários de modo a concretizar o seu
potencial de aprendizagem e desenvolvimento.
❑ Incrementar o envolvimento parental possibilitando aos Pais ou Encarregados de Educação a participação em todos os aspetos do
processo educativo do seu educando.

33
Objetivos
Estratégicos
Planos de ação

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O plano estratégico de ação para o Agrupamento de Escolas de Airães destaca três grandes pilares e planos de ação, apresentados a seguir:

PEDAGÓGICO, ORGANIZACIONAL e COMUNITÁRIO Plano de Ação: PEDAGÓGICO

“Mais sucesso educativo … melhor escola”

Objetivos Ações/Estratégias Metas Evidências

1. Fomentar o sucesso escolar e profissional de todos ▪ Implementação de práticas pedagógicas inovadoras; a) Melhorar a qualidade do sucesso e da oferta formativa;

os alunos, promovendo a inclusão e igualdade de ▪ Implementação de medidas de promoção do sucesso diversificadas; b) Diversificar a formação para além das disciplinas/áreas, ▪ Participação e realização
oportunidades; ▪ Promover atitudes positivas e de sucesso; com a valorização da formação integral dos alunos,
de reuniões de
2. Fomentar a auto e heteroavaliação, como exercício ▪ Reforço do trabalho das equipas pedagógicas por disciplina, por turma, como cidadãos do mundo, através do incentivo de
concertações sobre a
reflexivo de autonomia, responsabilização e espírito por ano de escolaridade e por ciclo, a fim de se articular e uniformizar valores como trabalho, responsabilidade, solidariedade
oferta educativa
crítico; metodologias, critérios, modalidades e instrumentos de avaliação e e cooperação;

3. Intervir para prevenir problemas comportamentais, aferição de processos e resultados; c) Reforçar uma cultura de autoavaliação e autorregulação
▪ Relatórios de
de integração e dificuldades de aprendizagem; ▪ Dinamização de estratégias de apoio (CAA, OPE, tutorias e coadjuvações); ao nível das diferentes estruturas de gestão pedagógica,

4. Melhorar as taxas de conclusão do ensino ▪ Utilização da Plataforma Classroom (plataforma institucional) por que permitam avaliar os resultados alcançados e Monitorização interna

profissional; docentes e alunos; simultaneamente alterar ações para alcançar objetivos;

5. Promover a motivação para a escola, através das ▪ Promoção de atividades pelos professores com recurso a diversos d) Valorizar o exercício da função docente reforçando o ▪ Implementação do
APP educativas e Plataformas; equipamentos dos alunos (telemóveis, tablets, portáteis, etc.) em trabalho colaborativo e cooperativo; EQAVET
6. Diminuir / valorizar o número de alunos contexto de ensino-aprendizagem; e) Melhorar e promover o sucesso educativo para todos os

carenciados a beneficiar de ASE; ▪ Sinalização das necessidades de medidas de apoio à inclusão à EMAEI; alunos nas vertentes dos resultados académicos e da
▪ Dados da MISI
7. Apoiar alunos e famílias com situações ▪ Desenvolvimento de atividades no âmbito da ação da EMAEI, Projeto+² , formação pessoal e social no ensino presencial e em

problemáticas ao nível socioeconómico; Projeto Mentoria e Apoio Tutorial Específico; E@D (ensino a distância);
▪ Atas dos conselhos de
8. Incentivar o rigor, a exigência e a valorização do ▪ Divulgação dos bons resultados, práticas educativas e sucessos f) Aumentar a taxa de conclusão e diminuir o abandono
dos alunos do ensino profissional; turma, coordenação
trabalho realizado; internamente;
9. Envolver pais e encarregados de educação na ▪ Diversificação da oferta formativa de acordo com as expectativas dos g) Permitir que todas as crianças e jovens que frequentam pedagógica

orientação vocacional dos seus educandos. jovens, família e comunidade; o Agrupamento aprendam e se sintam incluídos;
▪ Realização de entrevistas com os pais / encarregados de educação no h) Promover o valor, o mérito e a excelência. ▪ Entrega dos prémios
âmbito do programa de orientação vocacional.

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Plano de Ação: ORGANIZACIONAL

“Melhor organização…mais escola”

Objetivos Ações/Estratégias Metas Evidências

10. Envolver do pessoal docente e não docente, alunos e ▪ Partilha de recursos e de práticas que i) Valorizar a participação do pessoal docente e não docente, alunos e ▪ Participação no Plano Anual de
Pais/EE e stakeholders internos e externos na contribuam para a melhoria da qualidade Pais/EE e stakeholders internos e externos na organização e gestão da Atividades da comunidade
programação das atividades e no processo de da ação educativa; escola; educativa e o número de
construção dos documentos orientadores da vida da ▪ Realização de reuniões de conselhos de j) Capacitar e valorizar as lideranças intermédias; stakedolders
escola; turma/equipas pedagógicas para k) Assegurar uma maior eficácia dos circuitos de informação e comunicação
11. Melhorar os processos de articulação e uniformização planificar atividades/projetos interna; ▪ Relatórios de Monitorização
dos procedimentos e práticas dos docentes face ao transversais entre diferentes disciplinas; l) Promover a otimização e rentabilização dos recursos materiais, didáticos e interna
sucesso e qualidade do Agrupamento; ▪ Realização de reuniões de articulação financeiros;
12. Fomentar práticas colaborativas interpares; entre coordenadores das estruturas m) Promover dinâmicas de autoavaliação e implementar mecanismos de ▪ Relatório de avaliação e registo
13. Implementar mecanismos de reflexão e divulgação de intermédias; melhoria contínua; de alunos inscritos nos projetos
boas práticas pedagógicas; ▪ Implementação de mecanismos de n) Fomentar a criação/participação de clubes e projetos; e clubes
14. Incentivar a partilha de mecanismos de reflexão e acompanhamento e supervisão da prática o) Promover práticas de acompanhamento dos alunos após a conclusão do
divulgação de boas práticas; letiva; ensino secundário, quer regular, quer profissional, com vista a conhecer o ▪ Dados do relatório de execução
15. Garantir uma uniformização de procedimentos entre ▪ Utilização da plataforma Classroom, email impacto da Escola no seu percurso de vida; dos planos anuais de atividades
as estruturas intermédias; institucional e página do Agrupamento p) Promover a articulação pedagógica entre grupos disciplinares, ciclos e
16. Assegurar a comunicação entre os órgãos de gestão, para a divulgação de documentos; escolas; ▪ Relatório de monitorização e
as estruturas intermédias e os docentes e não ▪ Afixação das deliberações resultantes das q) Melhorar espaços físicos e as condições de trabalho, assente numa prática avaliação da implementação do
docentes do Agrupamento; reuniões do CP e CG. inovadora e ecológica, reforçando deste modo o sentido de pertença ao PADDE
17. Modernizar e fazer a manutenção de equipamentos AEA;
informáticos e tecnológicos, enquanto ferramentas de r) Implementar, desenvolver e monitorizar o PADDE (Plano de Ação de
trabalho e comunicação. Desenvolvimento Digital das Escolas).

36
Plano de Ação: COMUNITÁRIO

“Mais escola … melhor comunidade!”

Objetivos Ações/Estratégias Metas Evidências

18. Fomentar dinâmicas conducentes à • Divulgação de boas práticas desenvolvidas no s) Reforçar a ligação à comunidade com o (re)estabelecimento de
valorização do trabalho individual e coletivo da Agrupamento. protocolos/parcerias com o poder autárquico e o tecido associativo e ▪ Planos de atividades Relatórios
comunidade educativa; • Distinção pública dos alunos pela qualidade do seu empresarial local; de monitorização
19. Desenvolver ações/projetos que promovam a desempenho nas várias áreas e/ou pela excelência dos t) Aproximar os alunos das entidades formadoras e empregadoras;
disciplina, o respeito mútuo e as boas relações seus resultados escolares. u) Promover a interligação e o envolvimento entre o agrupamento e a ▪ Registos de presença
entre os diferentes membros da comunidade • Dinamização de atividades que promovam a comunidade educativa;
escolar; participação dos Pais e Encarregados de Educação v) Reforçar a participação em projetos internacionais de mobilidade de ▪ Fotografias dos eventos
20. Promover a participação dos (sessão de abertura do ano letivo, Workshops, alunos e pessoal docente e não docente;
Pais/Encarregados de Educação no seminários, sessões de esclarecimento, momentos w) Promover uma cultura de qualidade dos serviços de educação, que por ▪ Plano anual de atividades
acompanhamento da vida escolar dos seus festivos). inerência evidencie melhores relações interpessoais e ligações com a
educandos; • Identificação de respostas adequadas ao perfil de comunidade; ▪ Relatórios de execução do PAA
21. Estabelecer parcerias e protocolos de modo a expectativas de cada aluno, na comunidade e na x) Incrementar a marca do AEA, criando identidade e o sentimento de
dar resposta aos alunos com PIT; escola, de forma a preparar a transição para a vida pertença, otimizando todos os mecanismos relacionados com a ▪ Fotografias
22. Fomentar o trabalho colaborativo dos pais/EE, pós-escolar comunicação interna e externa, valorizando e promovendo iniciativas
docentes, alunos e restante comunidade • Formalização de protocolos. com e para a comunidade; ▪ Registos de divulgação da
educativa; • Acompanhamento e avaliação pela EMAEI e pelos y) Desenvolver na comunidade educativa, competências digitais que a atividade
23. Diversificar a formação para além das parceiros do desenvolvimento dos PIT. todos capacitem para uma melhor resposta aos novos desafios da
disciplinas/áreas curriculares; • Articulação dos diversos projetos, com atividades e humanidade; ▪ Divulgação da Newsletter e
24. Potenciar os protocolos e parcerias de modo a programas da comunidade educativa e local. z) Promover a cidadania global ativa e uma maior consciencialização do Jornal da Escola c/ as atividades
alargar e intensificar a abertura da Escola à • Desenvolvimento de projetos: Eco-Escolas e Projeto+² papel de cada um na construção de um mundo mais seguro, mais e iniciativas
comunidade envolvente; • Desenvolvimento de competências pessoais e sociais saudável e mais sustentável, com a visão de agir localmente e pensar
25. Projetar a imagem do Agrupamento; através das disciplinas de Cidadania e globalmente, apostando no desafio do trabalho interdisciplinar,
26. Promover e desenvolver a Assistência, Desenvolvimento. colaborativo, contextualizado e focado na solução de problemas e,
Solidariedade e Voluntariado. finalmente, sensibilizar alunos, pessoal docente/não docente e famílias
para a importância da sustentabilidade e inspirá-los e incentivá-los a
participar no desenvolvimento da comunidade.
37
Monitorização
e Avaliação

“ … avaliação das atividades realizadas pelo agrupamento


de escolas e da sua organização e gestão, designadamente no
que diz respeito aos resultados escolares e à prestação do
serviço educativo.”
38
A avaliação do projeto educativo visa medir o grau de realização das ações, medidas e atividades consumadas no seu
plano estratégico, através das quais a escola se propõe desenvolver a sua ação educativa. Esta avaliação constitui um
processo de aferição de resultados obtidos, de metas alcançadas, de objetivos concretizados.
A avaliação do projeto educativo contempla um processo de retroação e de regulação da atividade educativa que, em
momentos intercalares do seu percurso, solicitam a implementação de medidas de revisão do plano de forma a superar
problemas encontrados ou a ajustar alguns objetivos e estratégias a novas circunstâncias ou contextos (Azevedo, Rui (coord)
Projetos educativos : elaboração, monitorização e avaliação : guião de apoio. Recursos e dinâmicas ; 6)

Este documento, fundamental e estruturante, deve ser tido em consideração em todas as atividades e projetos que sejam desenvolvidos no
AEA, nomeadamente, na elaboração do Plano Anual de Atividades. Assim, o processo de autoavaliação e autorregulação deverá permitir que
sejam tomadas decisões quanto ao desenvolvimento de atividades e/ou projetos e à implementação de metodologias e boas práticas, tendo,
sempre, presente a visão, a missão, valores e princípios orientadores e as linhas de orientação estratégica existentes neste documento. Este
processo poderá, na sequência de uma análise crítica dos resultados obtidos no processo de autoavaliação, exigir um reajustamento deste
documento.

O acompanhamento do presente Projeto Educativo é da responsabilidade do Conselho Geral, nos termos da alínea c) do art.º 13.º do
Decreto‐Lei n.º 75/2008, de 22 abril, alterado pelo Decreto-Lei nº 137/2012, de 2 de julho. Os mecanismos e instrumentos de avaliação interna
a criar, irão aferir o funcionamento do Agrupamento, o grau de consecução dos objetivos/metas constantes do Projeto Educativo e recolherão
informação útil para os reformular e estabelecer novas estratégias. Esta avaliação deve ser efetuada conforme o modelo que se apresenta, com
sugestões de melhoria a reformulação.

39
Enquanto ferramenta promotora da qualidade e da eficácia da ação educativa, o projeto
educativo deve ser avaliado num processo que se constitui não só como um meio de análise e
de reflexão sobre a organização dessa estrutura educativa, como também num veículo de
promoção de boas práticas pedagógicas, de melhoria de resultados e de constante
aperfeiçoamento do serviço prestado à comunidade.

Modelo Avaliativo a implementar:

O Projeto Educativo será submetido a uma avaliação:


on going - realizado de forma contínua, isto é, durante o desenvolvimento do projeto educativo, tendo em vista proceder a correções e desvios, aspirando a uma
dimensão essencialmente pedagógica;
ex-ante: realizada antes da implementação de uma intervenção ou projeto e tem em vista a pertinência e qualidade do diagnóstico e do processo de planeamento
efetuado, fazendo por isso parte do processo de planeamento;
ex-post: realizada após a execução das ações previstas, avaliando os seus resultados, efeitos e impactes. Para além do já explicitado, a avaliação do projeto educativo
será mista (interna e externa) e incidirá sobre os resultados da avaliação interna e externa do agrupamento expressos através de relatórios e dos resultados dos
alunos na frequência das disciplinas, nos exames nacionais e nas provas de aferição.

Para elaborar os resultados da avaliação interna concretizada por elementos do agrupamento, solicitar-se-á o apoio da Equipa de Autoavaliação que reunirá
semanalmente e apresentará uma relatório trimestral, com vista a juntar os dados inerentes a cada fase do projeto, a identificar os seus obstáculos e êxitos, a
combinar estratégias de envolvimento de todos os implicados e a emitir um relatório de avaliação de desenvolvimento do projeto educativo do agrupamento.

40
Disposições
Finais

41
Ao longo dos últimos anos, muito
mudou na sociedade, no meio
envolvente, no quadro legal que
rege a educação em Portugal e,
consequentemente, no
Agrupamento. Essas mudanças terão
de se refletir nos documentos
estruturantes, no seu trabalho diário
e na perspetivação do seu caminho
futuro.
Com os novos desafios lançados pela
legislação em vigor, ficam abertos os
caminhos para o Agrupamento de
Escolas de Airães se tornar uma
organização educativa que percorra
novos trilhos pedagógicos e
organizacionais, que o distingam das
outras organizações.
A aposta na relação com a
comunidade, dando continuidade às
parcerias/protocolos, e a ligação do
Agrupamento aos Pais e
Encarregados de Educação, será
uma orientação fundamental para a
consecução dos objetivos expressos
neste Projeto Educativo do
Agrupamento.

42
Documentos
consultados

43
Documentos do Agrupamento de Escolas de Airães:
❑ Plano de Ação Estratégica;
❑ Plano Anual de Atividades
❑ Regulamento Interno
❑ Projeto de Intervenção do Diretor 2019 | 2023 (Jorge Morgado): “Crescer melhor e mais …escola”

WEB:
❑ http://www.portoenorte.pt/
❑ https://www.rotadoromanico.com/pt/
❑ https://www.igec.mec.pt/
❑ Htt://aeairaes.pt/

Legislação:
❑ Decreto Lei, nº 54/2018, 06 de julho
❑ Decreto Lei, nº 55/2018, 06 de julho
❑ Lei 116 de 2019, 13 de setembro
❑ Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de abril
❑ Despacho n.º 113/ME/93, de 23 de junho

Bibliografia:
❑ Albalat, V. B. (1989). Proyecto educativo, plan anual del centro, programacion docente y memoria. Madrid: Ed. Escuela Española
❑ Azevedo, Rui (coord), Projetos educativos : elaboração, monitorização e avaliação : guião de apoio. (Recursos e dinâmicas; 6)

44
Aprovação

45
Aprovado em Conselho Pedagógico a 26 de maio e retificado em 16 junho de 2021

O Presidente do Conselho Pedagógico:

(Jorge Morgado)

Aprovado em reunião do Conselho Geral no dia 22 de julho de 2021

www.aeairaes.pt 46

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