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Fortaleza-CE
2023
Sumário
Apresentação ..................................................................................................................... 04
1. Concepções que norteiam as práticas pedagógicas da Educação Infantil no município de Fortaleza .... 05
2. Organização do trabalho pedagógico dos profissionais que atuam na Educação Infantil ................... 06
2.1 Diretor Escolar ................................................................................................................ 06
2.2 Coordenador Pedagógico/Supervisor Escolar ....................................................................... 07
2.3 Professores(as) das Escolas Municipais, dos Centros de Educação Infantil e Creches Parceiras ......... 09
2.4 Professores de Educação Física ........................................................................................... 11
2.5 Assistentes da Educação Infantil/Auxiliares Educacionais ......................................................... 11
2.6 Professor(a) do Atendimento Educacional Especializado (AEE) ................................................... 12
2.7 Auxiliar Pedagógico da Sala de Inovação e Tecnologias ............................................................ 13
3. Composição da jornada de trabalho do professor e do assistente da Educação Infantil/auxiliar
educacional ......................................................................................................................... 14
4. Encontro pedagógico da Educação Infantil ............................................................................. 15
5. Formação no contexto da unidade escolar .............................................................................. 15
6. Acolhimento das crianças e de suas famílias ........................................................................... 15
7. Processos de transição do bebê e da criança na Educação Infantil ................................................ 17
8. Planejamento pedagógico ................................................................................................... 18
8.1. Horário de planejamento pedagógico .................................................................................. 18
9. Organização das rotinas na Educação Infantil ......................................................................... 19
10. Organização dos espaços na Unidade de Educação Infantil ....................................................... 21
11. Documentação Pedagógica ................................................................................................ 22
12. Documentos norteadores da prática pedagógica .................................................................... 23
13. Programas e projetos desenvolvidos pela Rede Municipal de Ensino de Fortaleza ........................... 27
14. Sala de Inovação e Tecnologias ........................................................................................... 28
15. Utilização do livro didático na pré-escola ............................................................................. 29
16. Utilização da agenda escolar ............................................................................................. 29
Referências bibliográficas ...................................................................................................... 30
Anexos .............................................................................................................................. 31
Apresentação
A Secretaria Municipal da Educação de Fortaleza estabelece as diretrizes para
a organização pedagógica das unidades escolares de Educação Infantil no ano letivo
de 2024. Almeja-se, com este documento, subsidiar o trabalho pedagógico dos
profissionais que atuam nessa etapa da educação básica. Pretende-se, ainda, orientar
o tempo do professor sem interação com a criança, destinado à formação continuada,
dentre outras atividades inerentes à função docente, conforme a Lei 11.738/2008, que
institui o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público
da educação básica.
Este documento está organizado em seções que expressam as concepções
norteadoras das práticas pedagógicas e a organização do trabalho pedagógico dos
profissionais que atuam na Educação Infantil, com as devidas atribuições e orientações
sobre: a composição da jornada de trabalho do professor e assistente da Educação
Infantil; a formação continuada (polo e contexto da unidade escolar); o acolhimento
dos bebês, crianças e de suas famílias; o processo de transição dos bebês e crianças; o
planejamento pedagógico; os tempos da rotina; a organização dos espaços; o processo
de documentação pedagógica; os documentos norteadores da prática pedagógica; os
programas e os projetos desenvolvidos pela Rede Municipal de Ensino de Fortaleza; o
uso do livro didático na pré-escola e da agenda escolar.
Estas diretrizes devem ser compartilhadas pelo núcleo gestor da unidade escolar, ao
longo do ano letivo de 2024, com toda a comunidade escolar (professores, profissionais de
apoio, assistentes da Educação Infantil/auxiliares educacionais e famílias ), objetivando
garantir experiências que primam pela aprendizagem, pelo desenvolvimento integral
e pelo bem-estar dos bebês e das crianças.
Diretrizes pedagógicas para a Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Fortaleza 2024 5
2. Organização do trabalho pedagógico dos profissionais que atuam na Educação
Infantil
Os Centros de Educação Infantil (CEI), as Creches Parceiras e as Escolas Municipais (EM) contam com
profissionais responsáveis pelo desenvolvimento do trabalho pedagógico realizado com os bebês e as crianças,
a saber: diretor, coordenador pedagógico/supervisor escolar, orientador educacional, professor, assistente da
Educação Infantil/ auxiliar educacional, auxiliar pedagógico da Sala de Inovação e Tecnologias, professor do
Atendimento Educacional Especializado (AEE), professor de educação física e profissionais de apoio.
As ações realizadas no cotidiano das unidades escolares necessitam ser construídas por estes
profissionais de forma colaborativa, dialógica e democrática, objetivando promover uma educação de
boa qualidade e de acordo com os documentos normativos.
Entretanto, mesmo defendendo uma perspectiva colaborativa no cotidiano das Unidades de Educação
Infantil, cada profissional desempenha funções específicas e fundamentais para que o trabalho seja
desenvolvido com ética, sensibilidade e compromisso, conforme descrito a seguir:
Diretrizes pedagógicas para a Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Fortaleza 2024 7
• Conhecer e apropriar-se dos documentos publicados pela SME, socializando-os e disponibilizando-os
aos professores e assistentes da educação infantil/auxiliares educacionais;
• Assegurar o cumprimento destas Diretrizes Pedagógicas por meio da elaboração de um plano de
ação a ser desenvolvido na unidade escolar;
• Elaborar estratégias para promover a integração das práticas pedagógicas entre os professores
de maior e menor carga horária, bem como destes com os assistentes da educação infantil/auxiliares
educacionais;
• Assessorar e acompanhar pedagogicamente os professores na elaboração do planejamento, de acordo
com as DCNEI (BRASIL, 2009), com a Proposta Curricular para a Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino
de Fortaleza (FORTALEZA, 2020), com estas Diretrizes Pedagógicas, com a Proposta Pedagógica da unidade
escolar e a BNCC (BRASIL, 2017) e com o Documento Curricular Referencial do Ceará (CEARÁ, 2019);
• Implementar e avaliar continuamente com a comunidade escolar a proposta pedagógica institucional,
tendo como referência os seguintes documentos: Projeto Político Pedagógico da unidade escolar, Proposta
Curricular para a Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Fortaleza (FORTALEZA, 2020), DCNEI
(BRASIL, 2009), Resolução nº 02/2010 do Conselho Municipal da Educação de Fortaleza, DCRC (CEARÁ,
2019) e BNCC (BRASIL, 2017);
• Acompanhar e garantir que os professores de maior e menor carga horária realizem em parceria
os registros nos instrumentos institucionais: Registro Diário do Professor, Diário de Classe, Registro de
Acompanhamento ao Desenvolvimento e Aprendizagem da Criança e Relatórios Semestrais;
• Realizar o acompanhamento pedagógico sistemático das práticas dos professores e dos assistentes
da educação infantil/auxiliares educacionais, subsidiando os profissionais na qualificação das práticas
pedagógicas junto aos bebês e às crianças;
• Acompanhar as crianças com deficiência e encaminhá-las ao AEE da unidade escolar do polo mais
próximo, buscando alternativas adequadas para a superação de possíveis dificuldades apresentadas por
elas em seu desenvolvimento, juntamente com professores e assistentes da Educação Infantil/auxiliares
educacionais;
• Articular com o professor da Sala de Recursos Multifuncionais do AEE os atendimentos necessários
às crianças com deficiência, bem como os encaminhamentos especializados;
• Cumprir o Calendário Escolar;
• Acompanhar o registro da frequência dos profissionais e encaminhá-lo no prazo determinado ao
Distrito de Educação por meio do Sistema de Gestão de Pessoas (SGP), mantendo-o atualizado sobre
carências, atestados médicos, licenças e outros;
• Acompanhar a alimentação escolar na instituição (cardápio escolar, controle e organização de
estoque, preparo dos alimentos, higiene e limpeza), em acordo com a organização do cardápio da Educação
Infantil (atendimento parcial em CEI – três refeições diárias; atendimento integral em CEI e creches parceiras
- cinco refeições diárias; atendimento parcial em escola - duas refeições diárias);
• Implementar os programas e projetos institucionais da Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino,
tais como: Programa Ateliê, Programa Intergeracional, Projeto Protagonismo Infantil, Pátios Naturalizados
e Projeto Família e Escola;
• Divulgar programas de apoio e orientação às crianças e suas famílias, assim como encaminhar os
casos de negligência e violência contra a criança aos órgãos competentes em parceria com o diretor escolar;
• Promover a participação e escuta das famílias, envolvendo-as nas ações cotidianas desenvolvidas
pela unidade escolar, fortalecendo o sentimento de pertencimento e democracia nesse contexto;
2.3. Professores(as) das Escolas Municipais, Centros de Educação Infantil e Creches Parceiras
Considerando as experiências cotidianas e as especificidades do Currículo da Educação Infantil, os
professores de menor e maior carga horária precisam estar em permanente diálogo para garantir ações
pedagógicas coesas e contínuas, tais como: elaboração do planejamento, registro das observações sobre
as crianças, escrita e socialização dos Relatórios/Registros de Acompanhamento ao Desenvolvimento e
Aprendizagem, implementação dos Programas e Projetos (institucionais e de Rede) e fortalecimento dos
vínculos com as famílias. São atribuições dos professores de menor e maior carga horária:
• Conhecer as especificidades do trabalho pedagógico na Educação Infantil, tais como: os direitos
de aprendizagem e desenvolvimento de bebês e crianças, a indissociabilidade entre educar e cuidar, as
interações e a brincadeira como eixos norteadores das práticas pedagógicas, o processo de documentação
pedagógica e a legislação vigente;
Diretrizes pedagógicas para a Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Fortaleza 2024 9
• Conhecer os documentos publicados pela SME e efetivá-los em suas práticas pedagógicas;
• Realizar registros sistemáticos dos processos de aprendizagem e desenvolvimento dos bebês e
crianças, tais como fotografias, filmagens, anotações, gravações de áudios, diário de bordo. No ato de
planejar deverá organizar como acontecerá os registros das crianças (individuais, pequenos grupos ou
grande grupo);
• Preencher de forma reflexiva o instrumental de Registros de Acompanhamento ao Desenvolvimento
da Aprendizagem dos bebês e crianças ao final dos 1º e 3º bimestres. As ações devem acontecer em parceria
entre professores de maior e menor carga horária, considerando também as observações feitas pelo
assistente da Educação Infantil/auxiliar educacional da turma;
• Elaborar relatórios individuais de acompanhamento do processo de desenvolvimento e aprendizagem
da criança ao final dos 2º e 4º bimestres. As ações devem acontecer em parceria entre professores de
maior e menor carga horária, considerando também as observações feitas pelo assistente da Educação
Infantil/auxiliar educacional da turma. No caso de mudança de professor, aquele que está saindo da turma
deverá consolidar os Relatórios Semestrais e/ou Registros de Acompanhamento ao Desenvolvimento e
Aprendizagem da Criança, mesmo que o bimestre ou semestre não tenha sido concluído. O professor que
assumirá a turma deverá complementá-lo;
• Realizar o preenchimento do Diário de Classe referente ao dia que estiver assumindo a regência
da turma;
• Elaborar o planejamento semanal no Caderno de Registro Diário do Professor, que deverá
ser organizado e acompanhado pelo coordenador pedagógico/supervisor escolar da unidade, seguindo
as DCNEI (BRASIL, 2009), a BNCC (BRASIL, 2017), o DCRC (CEARÁ, 2019) a Proposta Curricular para a
Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Fortaleza (FORTALEZA, 2020), as Diretrizes Pedagógicas
da Educação Infantil do Município de Fortaleza (FORTALEZA, 2023) e a Proposta Pedagógica da unidade
escolar. No caso das creches parceiras o planejamento deverá ser realizado em um sábado por mês;
• Implementar no cotidiano com as crianças e as famílias as concepções expressas na Proposta
Pedagógica da Unidade Escolar e participar ativamente do processo de avaliação e revisão anual deste
documento, a partir dos documentos normativos da educação infantil;
• Participar dos encontros de formação continuada nos polos e no contexto da unidade escolar, dos
estudos, das reuniões pedagógicas e das atividades de planejamento e de avaliação desenvolidas pela Rede
Municipal de Ensino, conforme a Lei nº 11.738/2008, que institui 1/3 da jornada de trabalho do professor às
atividades extraclasse, e a Portaria 204/2014 publicada no Diário Oficial do Município de Fortaleza em 03
de julho de 2014;
• Cumprir o Calendário Escolar;
• Trabalhar em parceria (professor de maior e de menor carga horária), dando continuidade às ações
cotidianas realizadas com os bebês, as crianças e famílias;
• Planejar e realizar práticas pedagógicas que garantam a inclusão e a diversidade de todas as crianças;
• Planejar e realizar práticas pedagógicas nas salas de inovação e tecnologias que garantam as
interações e a brincadeira;
• Implementar os programas e projetos institucionais da Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino,
tais como: Programa Ateliê, Programa Intergeracional, Projeto Protagonismo Infantil, Pátios Naturalizados
e o Projeto Família e Escola;
• Trabalhar em colaboração com o (a) assistente da Educação Infantil/auxiliar educacional, tendo em
vista que a criança é o centro do planejamento curricular e que as práticas de cuidar e educar são indissociáveis.
Essa colaboração deve se dar em todos os momentos da rotina, destacando-se os seguintes aspectos:
Diretrizes pedagógicas para a Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Fortaleza 2024 11
• Responder pelo material e equipamento posto à sua disposição para execução do trabalho que realiza;
• Conhecer as especificidades do desenvolvimento infantil, as concepções sobre crianças e infâncias
expressas nestas Diretrizes;
• Garantir, em parceria com o professor, o bem-estar dos bebês e das crianças da Educação Infantil,
responsabilizando-se pelas ações de cuidar e educar, a saber:
1. Higiene pessoal: banho, troca de roupas e fraldas, escovação, higienização das mãos e demais
cuidados, zelando pelos pertences de cada bebê e criança;
2. Sono: organização do ambiente, acomodação e acompanhamento das crianças neste horário;
3. Alimentação: responsabilizar-se pela alimentação direta das crianças nos horários estabelecidos,
estimulando a autonomia e hábitos alimentares saudáveis. Nos casos de bebês e crianças com alergia e/
ou intolerância alimentar, zelar pela segurança alimentar, conforme necessidades de cada bebê e criança;
4. Segurança: observar as regras de segurança no atendimento aos bebês e às crianças e na utilização
de materiais, equipamentos e instrumentos durante o desenvolvimento das rotinas diárias, acompanhando
e cuidando para o conforto, boa acomodação, segurança nos ambientes internos e externos da unidade
escolar, bem como prever situações de riscos;
5. Realizar limpeza, higienização, manutenção diária das condições ambientais de sua responsabilidade,
inclusive dos brinquedos pedagógicos e dos colchonetes utilizados no horário do sono;
6. Participar permanentemente do processo de desenvolvimento das atividades técnico- pedagógicas,
auxiliando o professor quanto à observação, ao registro e à avaliação do processo de aprendizagem e
desenvolvimento da criança;
7. Desenvolver atividades voltadas para o desenvolvimento integral do bebê e da criança, considerando
as diversas linguagens e tendo como eixos norteadores a brincadeira e as interações;
8. Acompanhar as crianças em atividades sociais e culturais programadas pela unidade escolar;
9. Acolher os bebês e as crianças e os seus familiares/responsáveis;
10. Executar outras atividades semelhantes e pertinentes à sua função.
Diretrizes pedagógicas para a Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Fortaleza 2024 13
3. Composição da jornada de trabalho do professor e do assistente da Educação
Infantil/Auxiliar Educacional
A Lei nº 11.738/2008 institui a jornada de trabalho do professor em, no máximo, 40 (quarenta) horas
semanais e determina em seu artigo 2º, § 4º que na composição da jornada de trabalho seja observado o
limite máximo de 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os
bebês e as crianças. Desta forma, 1/3 da jornada de trabalho deve ser destinada às chamadas atividades
extraclasse, relacionadas ao desenvolvimento das demais atividades docentes, tais como: estudos,
participação em formação continuada (polo e contexto), reuniões pedagógicas na instituição; encontros
com as famílias e atividades de planejamento e de avaliação (relatórios e registros do desenvolvimento e
aprendizagem das crianças).
A jornada de trabalho do professor e auxiliar educacional das creches parceiras são de 40 horas
semanais e mais 4 horas para planejamento das atividades pedagógicas, uma vez ao mês, no sábado.
A jornada de trabalho do Assistente da Educação Infantil (AEI) é composta por 8 (oito) horas diárias,
com hora de almoço que pode variar de uma a duas horas. Diante da necessidade de garantir o atendimento
educacional aos bebês e às crianças, a SME estabelece as opções de horários para organização da jornada
de trabalho do AEI, de acordo com o quadro abaixo:
Além das opções descritas no quadro acima, o coordenador pedagógico poderá realizar outras
possibilidades de organização de horários do AEI de acordo com as necessidades da unidade escolar,
devendo atender aos critérios de organização mencionados, visando ao adequado funcionamento da
unidade escolar, com foco no bem-estar, no desenvolvimento e nas aprendizagens dos bebês e das
crianças e no cumprimento da carga horária de trabalho dos funcionários.
As opções descritas devem ser observadas e acordadas com o gestor da unidade escolar e os assistentes
da Educação Infantil. Qualquer outra opção pretendida deverá ser encaminhada via processo para ser
analisada e deferida ou não pelo Distrito de Educação.
Observações: *Mais de uma opção de horário de trabalho pode ser adotada pela unidade escolar, considerando que
o AEI deve atender as crianças da Educação Infantil e que o trabalho precisa ser realizado a partir de uma rede de
apoio e cooperação entre todos os profissionais;
*O almoço das crianças deverá ser servido a partir das 10h30 da manhã e o jantar, a partir das 16h da tarde.
Diretrizes pedagógicas para a Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Fortaleza 2024 15
Na perspectiva do professor, a inserção pode ser considerada sob o aspecto da necessidade de
inicialmente conhecer cada bebê e criança e sua família para melhor acolher, aconchegar, proporcionar o
bem-estar, o conforto físico e emocional, o que expande significativamente a função e a responsabilidade
da unidade escolar que atende crianças de zero a cinco anos e onze meses de idade.
Para que o processo de inserção/acolhimento dos bebês e crianças aconteça de forma tranquila e
respeitosa é imprescindível que as famílias tenham a oportunidade de conhecer o trabalho desenvolvido na
unidade escolar: a proposta pedagógica, as rotinas, os projetos, os espaços, os materiais, o cardápio da
alimentação e todos os profissionais. A permanência delas na unidade escolar contribui para o conhecimento
das características desse período, além de contribuir para melhor acolher os bebês e as crianças. O
acolhimento das famílias pela unidade escolar promove maior confiança e sensação de segurança diante
desse momento de transição casa-escola dos bebês e das crianças, fortalecendo a relação das famílias com
a unidade escolar. Portanto, o modo de organização de cada unidade para atender aos bebês, crianças e
famílias facilitará esse processo de acolhimento e inserção no contexto escolar.
O horário de funcionamento das unidades escolares de Educação Infantil deverá ser mantido,
considerando o direito das crianças e de suas famílias ao atendimento educacional, conforme os horários
estabelecidos pela SME:
Manhã - 7h às 11h
Atendimento parcial
Tarde - 13h às 17h
Seguem as orientações para organização das ações no período de acolhimento, atentando para os
bebês e as crianças que ingressam no início do ano letivo, e para as que são matriculadas no decorrer
do ano:
• O tempo de permanência do bebê e da criança, no período de acolhimento na instituição, deverá ser
flexível, mediante acordo com os responsáveis e as necessidades e o bem-estar dos bebês e das crianças;
• A presença de familiares na unidade escolar é aconselhável mediante a necessidade dos bebês e das
crianças e acordada com o coordenador pedagógico e o professor responsável pelo agrupamento, devendo
ser priorizados os espaços externos à sala de referência;
• A unidade escolar e seus profissionais deverão proporcionar aos bebês e às crianças vivências que
promovam o conhecimento de si, a expressão da individualidade, a ampliação da confiança, a participação
nas atividades individuais e coletivas e o bem-estar, facilitando o processo de inserção/acolhimento;
• A organização dos espaços da sala em contextos diversificados, em áreas para trabalho coletivo e
individual, com a disposição de brinquedos, materiais da natureza e de largo alcance, jogos, livros, revistas,
lápis coloridos, massas de modelar, papéis, fantasias, entre outros, são recomendáveis, pois proporcionam
a construção da autonomia e protagonismo pelos bebês e pelas crianças por meio da oportunidade de poder
escolher o que fazer e os pares com os quais mais se identificam para brincar. Lembrando que os materiais
devem sempre estar na altura e acessíveis aos bebês e às crianças e que os eixos norteadores das interações
e brincadeira devem ser garantidos no planejamento da inserção de cada bebê e criança.
O planejamento para as primeiras semanas de acolhimento dos bebês, das crianças e de suas famílias
é fundamental para pensar e propor interações de boa qualidade, compreendendo que há uma complexa
relação a ser construída com esses sujeitos.
Nesse sentido, para o professor que está lotado nos anos limites de transição escolar – como o berçário,
caracterizado, comumente, pela primeira participação do bebê no espaço coletivo de educação; o Infantil
III, último ano da criança na creche, e o Infantil V, último ano da criança na Educação Infantil, após o qual
irá ingressar no ensino fundamental – recomenda-se que os professores, juntamente com o coordenador
pedagógico, planejem sistematicamente estratégias para estabelecer elementos de continuidade e
significatividade no processo educativo.
Para tanto, é importante que sejam definidas, na proposta pedagógica da unidade escolar, estratégias
de articulação curricular, considerando as especificidades da Educação Infantil, sem perder de vista o que há
em comum entre os anos que a compõem e os que compõem os anos iniciais do ensino fundamental.
Outro importante elemento das transições na Educação Infantil são as denominadas microtransições
que acontecem entre uma atividade e outra no cotidiano dos bebês e das crianças. Planejar as microtransições
demonstra, por parte dos professores, respeito aos ritmos deles e também uma ética de decidir e compartilhar
com eles o que vai acontecer, onde e por que. No quadro a seguir trazemos um exemplo concreto de
microtransição planejada:
Em uma turma de crianças de Infantil II a professora planejou, entre o tempo do banho das
crianças e o jantar, organizar um ambiente com jogos de construção e livros de literatura infantil.
Enquanto a assistente levava pequenos grupos de crianças para o banho, as outras crianças
brincavam e liam histórias nestes contextos, e um outro grupo de crianças que voltava do banho
se vestiu com a ajuda da professora. Quando todos estavam banhados e tinham explorado os
materiais, a professora pediu que organizassem os brinquedos e livros, pois estava próximo ao
tempo do jantar. Após organizarem juntos os brinquedos, as crianças foram convidadas a jantar
no espaço do refeitório e a professora combinou com elas que após poderiam escolher outros
brinquedos para brincar.
Diretrizes pedagógicas para a Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Fortaleza 2024 17
8. Planejamento pedagógico
Considerando que a criança é o centro do planejamento pedagógico, a proposição de práticas
pedagógicas deve, necessariamente, reconhecer as curiosidades, os interesses de aprendizagem e as
necessidades dos bebês e das crianças, por meio da escuta e do olhar atento e sensível do professor. A partir
dessa observação no cotidiano escolar, o professor atribui sentido e significado à sua prática pedagógica.
É com esse objetivo que a elaboração do planejamento pelo professor se configura em uma rota a ser
seguida, partindo do instrumental de planejamento no Registro Diário do Professor, no qual são especificadas
as experiências a serem oportunizadas, o que as crianças podem aprender, o tempo e a organização dos
ambientes. Essas experiências educativas são organizadas considerando os campos de experiências nos
tempos permanentes e diversificados da rotina organizados pelo professor.
As experiências estão relacionadas aos acontecimentos do cotidiano, aos interesses e às necessidades
de educação e de cuidado das crianças, que devem ser garantidas pelas práticas pedagógicas desenvolvidas
pelo professor, que tem as interações e a brincadeira como eixos norteadores, segundo as DCNEI (BRASIL,
2009), o DCRC (CEARÁ, 2019), a Proposta Curricular para a Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino
de Fortaleza e a BNCC (BRASIL, 2017). Ao final destas Diretrizes, foi inserido o instrumental do planejamento
contendo as orientações sobre sua utilização cotidiana.
Diretrizes pedagógicas para a Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Fortaleza 2024 19
Tempos Orientações
Diretrizes pedagógicas para a Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Fortaleza 2024 21
No espaço interno - sala de referência dos bebês e das crianças, se faz necessário que as unidades
escolares que ofertam EI assegurem a organização de diversos contextos, sendo imprescindível o contexto
de faz de conta, leitura literária/contação de história e escrita. Ao oportunizar aos bebês e as crianças
experiências nestes contextos citados, respectivamente, elas têm a possibilidade de escolher os seus
parceiros, definir papéis na brincadeira; explorar variados gêneros literários, criar narrativas, ampliar o seu
repertório, apreciar; investigar o uso de variados riscadores, expressar suas ideias por meio de variados
registros, levantando hipóteses sobre o mundo letrado.
Ressaltamos, também, a importância dos espaços externos, ao ar livre para que os bebês e as crianças
possam experienciar vivências em um grande laboratório de aprendizagens investigativas sobre o mundo,
pois esse lócus possibilita desafios que ampliam as brincadeiras, a autonomia, a independência, a criatividade
e o bem-estar, além de estabelecer novos relacionamentos entre as crianças e entre crianças e adultos de
maneira saudável e agradável.
Orientações para Práticas Pedagógicas de Oralidade, Leitura e Escrita na Educação Infantil da Rede
Municipal de Ensino de Fortaleza
Tem a finalidade de promover a ação-reflexão-ação do professor a respeito da sua prática pedagógica
de oralidade, leitura e escrita na Educação Infantil, por meio de questionamentos sobre os ambientes, as
práticas pedagógicas e o desenvolvimento e aprendizagem do bebê e da criança. Dessa forma, o referido
documento expressa-se e ganha sentido para cada professor a partir do contexto escolar em que trabalha.
Orientações para o processo de Transição da criança da Educação Infantil para o Ensino Fundamental
Objetiva orientar os profissionais da Educação Infantil quanto ao processo de transição dos bebês, das
crianças e suas famílias, propondo ações interventivas que favoreçam esse processo numa perspectiva de
continuidade da promoção de experiências educativas qualificadas, respeitando os ritmos e as necessidades
de cada bebê e criança.
Diretrizes pedagógicas para a Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Fortaleza 2024 23
A criança e seu nome: Identidade, Expressão e Escrita na Educação Infantil
Documento produzido com o objetivo de embasar a prática docente sobre a importância da interação
da criança com o próprio nome, em todo o seu percurso na Educação Infantil, tendo em vista que o nome
influencia na construção identitária, na expressividade e no processo de aquisição da escrita.
Projeto Ateliê: Uma tessitura protagonizada pela triangulação família, escola e criança
Este documento tem o intuito de apresentar as especificidades do Programa Ateliê, bem como contribuir
para o percurso formativo dos profissionais da educação, valorizando as manifestações do Protagonismo
compartilhado através da triangulação família-criança-escola.
Os bebês no cotidiano da Educação Infantil: orientações para Práticas Pedagógicas na Rede Municipal
de Ensino de Fortaleza
Este documento representa uma ação inovadora no cenário da nossa capital, destacando reflexões
teóricas sobre o trabalho pedagógico específico voltado à faixa etária dos bebês (0 a 18 meses) atendidos
nas unidades escolares (Centros de Educação Infantil e Creches Parceiras);
Diário de Classe
Tem a finalidade de registro da frequência escolar das crianças, dos dias letivos ministrados e a
recuperar pelos professores, dos relatórios semestrais, constituindo-se documento permanente e devendo
ser arquivado na instituição.
Diretrizes pedagógicas para a Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Fortaleza 2024 25
A partir dos procedimentos de avaliação (registros de observações e registros de acompanhamento)
que indicam a situação do bebê e da criança no seu processo de desenvolvimento e aprendizagem, conforme
sua faixa etária, o professor deverá criar estratégias que ampliem o desenvolvimento do bebê e da criança,
atuando como apoio nas aprendizagens que estão em processo de consolidação.
A socialização do Registro de Acompanhamento ao Desenvolvimento e Aprendizagem da Criança com
as respectivas famílias deverá ocorrer segundo a data prevista no calendário do ano letivo de 2023. No final
do ano letivo, esse instrumental deverá ser entregue às famílias, cabendo à unidade escolar providenciar
uma cópia para ser arquivada na pasta do bebê e da criança.
• Elaboração dos Relatórios Semestrais - os registros do cotidiano, de cada criança no contexto da
unidade escolar, deverão ser sistematizados em relatórios semestrais, contendo a síntese das análises, das
interpretações e das reflexões, sobre as informações coletadas por meio de diversos outros registros, como
as produções dos bebês e das crianças - desenho, escrita, pintura, modelagem, fotografia - que ampliam
significativamente o olhar do professor, dando visibilidade ao percurso escolar do bebê e da criança e ao
trabalho do professor. A frequência de consolidação dos relatórios é semestral e estes devem ser registrados
ou anexados ao Diário de Classe, totalizando dois (2) relatórios anuais por estudante:
check 1º semestre - Relatório Individual Semestral
check 2º semestre - Relatório Individual Semestral
O professor, ao sintetizar o processo vivido pelo bebê e criança, apresenta-se como parte desse processo,
numa ação reflexiva, desvelando também o trabalho pedagógico desenvolvido. Para isso, é necessário conter
no relatório semestral a observação crítica das atividades, das brincadeiras e das interações dos bebês e das
crianças no cotidiano, assim como das suas falas, das descobertas e das conquistas a partir das diversas
experiências vivenciadas na unidade escolar. Compreendendo que cada um apresenta peculiaridades no
seu processo de aprendizagem e desenvolvimento, o relatório deve considerar o dinamismo desse processo,
relatando os fatos cotidianos significativos, as múltiplas expressões, as falas e ideias, os progressos e as
dificuldades. Esse relatório deverá ser socializado com as famílias no período de 1/3 da jornada docente, de
acordo com as datas previstas no calendário do ano letivo de 2023, para conhecimento dos processos de
aprendizagem e desenvolvimento e do trabalho realizado na unidade escolar, sendo uma via entregue às
famílias, uma anexada ao Diário de Classe e outra à pasta de documentos do bebê e da criança.
Vale ressaltar que nos casos de substituição do professor, em qualquer período do ano letivo, este deverá
elaborar os relatórios antes de ausentar-se, bem como preencher registros de acompanhamento, visto que
participou do processo de desenvolvimento e aprendizagem durante aquele período e é conhecedor dele.
Mesmo que o bimestre ou semestre não tenha sido concluído, a elaboração dos relatórios é imprescindível
para socialização dos conhecimentos acerca do bebê e da criança com o novo professor da turma, assim
como para situá-lo na trajetória escolar de cada um e da turma da qual fará parte.
É importante que as práticas de registro e de documentação pedagógica presentes nas unidades
escolares de Educação Infantil sejam aprimoradas por meio da produção e organização da memória das
conquistas dos bebês e das crianças, bem como da valorização do trabalho docente ao evidenciar o seu
percurso formativo na turma.
• Acompanhamento da aprendizagem do nome próprio na pré-escola (Infantil IV e V): para
acompanhar o processo de escrita do nome pela criança da Educação Infantil, a SME/COEI, em parceria com
os Distritos de Educação e as unidades escolares escolares, realiza o acompanhamento da aprendizagem
do nome próprio com as crianças das turmas de Infantil IV e V. Esse acompanhamento consiste na ação
pedagógica cotidiana de compreender o percurso da aprendizagem da escrita/leitura do nome próprio pelas
crianças desde a sua inserção na instituição educativa. O instrumental de acompanhamento tem como
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14. Sala de inovação e tecnologias
A sala de inovação e tecnologias na Educação Infantil é um espaço de referência na unidade escolar,
organizado em contextos de tecnologias diversificadas, e objetiva apoiar o desenvolvimento e o interesse
dos bebês e das crianças, a partir de um currículo para a primeira infância, fundamentado nos documentos
que regem a Educação Infantil (BRASIL, 2009; 2017; CEARÁ, 2019; FORTALEZA, 2020), os quais apresentam
um currículo que parte das experiências dos bebês e das crianças, considerando que eles são ricos de
potencialidades, criativas e ativas e que se expressam através de suas múltiplas linguagens.
A sala de inovação e tecnologias reafirma a concepção curricular da Educação Infantil, a qual deve
“articular os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico,
ambiental, científico e tecnológico, de modo a promover o desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5
anos de idade”. (BRASIL, 2009)
Desse modo, essa sala não deve se limitar aos recursos midiáticos, deve ter uma perspectiva ampla, na
qual utilize recursos tecnológicos em experiências e atividades diversas com os bebês e as crianças, em um
ambiente que contribua para a construção de um currículo que potencialize as descobertas, as explorações
e as teorias provisórias das crianças.
Nesse sentido, “quando falamos de tecnologia estamos nos referindo a todo o esforço humano de
produção de suas ferramentas de intervenção no mundo e que modifica, em maior ou menor amplitude,
a ação humana” (FERREIRA, 2016, p.3). Essa concepção corrobora com as imagens de criança e infância
expressas nas teorias da filosofia e sociologia da infância, em que bebês e crianças são produtores de
cultura e, como tais, ressignificam, criam e recriam o mundo e seus modos de estar nele.
É importante ressaltar que essa sala possui uma configuração propícia ao atendimento das necessidades
dos bebês e das crianças de explorar, investigar, criar, construir e descobrir. Por isso, deve ser organizada
em contextos de tecnologias diversificadas que visam uma articulação e complementaridade entre si. A
Sala de Inovação e Tecnologias nos Centros de Educação Infantil está organizada em quatro Contextos de
Tecnologias Diversificadas: Mídias Digitais, Natureza e Sustentabilidade, Construção, Arte e Grafismo.
Esses contextos devem apoiar o desenvolvimento e os interesses dos bebês e das crianças e têm como
propósito democratizar e ampliar o acesso delas a diversos ambientes, pois partem de uma concepção que
entende que estas pessoas necessitam de espaços e tempos diferentes para potencializar suas expressões
e manifestações.
A sala de inovação e tecnologias é um ambiente propício para os bebês e as crianças criarem e
inventarem, elaborarem suas teorias provisórias, levantarem hipóteses, construírem relações e culturas,
brincarem, explorarem, interagirem e vivenciarem outras possibilidades. É cuidadosamente preparada a fim
de garantir o bem-estar dos bebês e das crianças.
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Referências bibliográficas
BRASIL. Lei Federal nº 8069, de 13 de julho de 1990. ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília:
MEC, 1990.
_______. CNE/CEB. Resolução nº 05/2009. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.
Brasília: MEC, 2009.
_______. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2017.
EDWARDS, Carolyn; GANDINI, Lella; FORMAN, George. As cem linguagens da criança: a abordagem de
Reggio Emilia na educação da primeira infância. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.
FORTALEZA. CME/CEI. Resolução nº 02/2010. Fixa normas para o ato de criação, credenciamento e
autorização de funcionamento de unidades escolares Públicas e Privadas de Educação Infantil no
âmbito do Sistema Municipal de Ensino de Fortaleza. Fortaleza, 2010.
___________. SME/COEI. Orientações para organização de rotinas na educação infantil. Fortaleza, 2023.
___________. SME/COEI. Proposta Curricular para a Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de
Fortaleza, 2020.
___________. SME/COEI. Experiência de Oralidade, Leitura e Escrita na Educação Infantil. Fortaleza, 2016.
Direitos de Aprendizagem que precisam ser garantidos: Expressar; Conviver; Participar; Conhecer-se; Brincar; Explorar.
Ex.:campo 1 - Inc. I, IV, além de definir e conhecimento quanto necessidade de experiências diversificadas professor irá pensar sobre as condições que
qual (is) experiência(s) estarpa(ão) vivências que promovem dos bebês e das crianças. Devem ser irão favorecer as aprendizagens das crianças
sendo considerada(s) (Ex.: Experiências aprendizagem e desenvolvimento considerados como tempos permanentes asseguradas pelos direitos de aprendizagem
sensoriais, cuidado pessoal... etc). nos diversos campos de na rotina da Educação Infantil: tempo de e desenvolvimento (brincar, conviver,
Considerando que os campos estão experiências, sempre tomando acolhida na chegada, tempo de brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se)
interligados, deverá ser especificado as interações e brincadeiras tempo de roda de história, tempo de roda de fecha aparência considerando possibilidades
todos os campos que serão contemplados como eixos estruturantes. conversa, tempo de higiene e alimentação, de interação (criança/criança; professor/
seguidos dos incisos correspondentes Essas aprendizagens, tempo de saída. Os tempos diversificados criança e crianças de idades diferentes); de
e suas experiências consideradas (Ex.: portanto, constituem-se como podem ser: tempo de ler livros, tempo escuta aos bebês e as crianças e respeito
campo 1, Inciso I - experiências sensoriais, objetivos de aprendizagem e de cantar e dançar, tempo de explorar aos seus interesses e ritmos; de diálogo e
Inciso VI - cuidado pessoal / campo 2, desenvolvimento.” (BRASIL, calendário, tempo de desenhar e pintar, negociação; de participação dos bebês e das
Inciso II - expressão gestural). Cada inciso 2017). tempo de escrever do jeito que sabe, tempo crianças nas escolhas, na organização dos
é composto por diversas experiências, por com água e com areia, tempo de banho de materiais, do ambiente; de protagonismo
isso há a necessidade do recorte do inciso chuveiro e de chuva, tempo de passeios nas ações diárias propostas ao grupo; de
especificando a experiência que estará culturais, tempo de explorações nas áreas brincadeiras variadas; de produção pelos
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sendo considerada. diversificadas da sala (faz-de-conta, bebês e pelas crianças e expressão utilizando
jogos, blocos e construção), assim como diferentes recursos.
outros tempos a partir das necessidades
Instrumental do planejamento diário do(a) professor(a) da Educação Infantil
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Registro diário do(a) professor(a) da Educação Infantil