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Londrina
2016
AUGUSTO CÉSAR DA SILVA MOREIRA
Londrina
2016
AUGUSTO CÉSAR DA SILVA MOREIRA
BANCA EXAMINADORA
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Orientador: Prof. M.e. José Laurindo de
Souza Netto
Universidade Estadual de Londrina - UEL
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Prof. Dr. Componente da Banca
Universidade Estadual de Londrina - UEL
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Prof. Dr. Componente da Banca
Universidade Estadual de Londrina - UEL
RESUMO
ABSTRACT
This study aims to analyze , from a legal -philosophical perspective, the moral
freedom of the human will , based on maxims of universal freedom , which , when
applied to the mutual interaction of any individual with others, in respect to the other
individual freedoms , should be guided by legal certainty of their individual freedoms .
When there is a misrepresentation of the legal status established for this purpose , no
longer be the promotion and protection of freedom of each member of the civil body
as well as submitting any individual to quality means and not an end in itself , it is
allowed to man claim their right to insurrection to deny the injustice and confirm their
liberties , coercing the State itself that now prevents its universal maxims or to simply
dismiss the state created , returning to man's state of nature or state of the absence
of law, allowing the constitute new order.
Key words: Body- civil. Moral freedom. Law Insurrection. Duress State.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................05
5 CONCLUSÃO ...........................................................................................24
REFERÊNCIAS........................................................................................25
5
1 INTRODUÇÃO
possível que tal indivíduo cometesse um erro ou até mesmo fosse injusto com o seu
subjugado. Já quando se permite ao indivíduo que decida algo sobre seu próprio
interesse, ou seja, o faz subjugado de si mesmo, não há como ele cometer erros,
nem tampouco ser injusto.
Portanto, a vontade mútua e unificada de todos os membros do
corpo civil, refletidos no poder de cada qual decidir sobre todos e todos sobre um
subjugado é que faz nascer o poder legislativo do Estado, ao qual o coloca no
controle absoluto do corpo civil. (KANT. 2014, p. 128):
E continua:
O arbítrio que pode ser determinado pela razão pura chama-se arbítrio livre.
Aquele que é determinado só por inclinação (estímulo sensível, stimulus)
seria arbítrio bruto (arbitrium brutum). O arbítrio humano, ao contrário, é um
arbítrio tal que é decerto afetado por estímulos, mas não determinado, não
sendo, portanto, puro em si mesmo (sem a habilidade adquirida da razão),
mas podendo assim mesmo ser determinado a ações por vontade pura. A
liberdade do arbítrio é essa independência de sua determinação por
estímulos sensíveis, sendo esse seu conceito negativo. O positivo é: a
faculdade da razão pura de ser prática por si mesma. Mas isso não é
possível senão pela submissão das máximas de cada ação à condição de
serem aptas a uma lei universal.
Então, conclui-se que o homem pode dirigir sua vontade e seu livre
arbítrio para escolhas que sejam conexas às máximas universais que adota por
critérios pessoais, mas que condizem com sua vontade de conviver em sociedade,
cedendo juntamente com os outros membros, parte de suas liberdades individuais
para a promoção da paz social e a proteção contínua dos direitos que lhe são
reservados.
Ademais, quando o soberano instituído pela livre vontade dos
membros do corpo civil e constituído de um poder oriundo do livre exercício do
arbítrio de cada um para todos e de todos para o Estado, permanece resguardado
aos constituidores, ora subjugados, o direito inato de comandarem a seu próprio
arbítrio, ou seja, de determinarem até quando vão se mantiver submetidos às leis e
à sociedade instituída para esse fim.
Tem-se, ainda, que o livre uso do arbítrio do homem em suas
escolhas, pautando-se por máximas universais que o permite submeter suas
liberdades individuais ao corpo civil ou resguardá-las para si é considerado como
leis da liberdade ou leis morais, que na interpretação de KANT, consiste na
obediência daquilo que deve ser, em contrapartida daquilo que é, característica das
leis da natureza. (BECKENKAMP. 2014, p. XVI):
lato compreende tudo o que pode ser dado com a liberdade, é possível
dizer simplesmente que “determinações livres são morais [e...] leis de
determinações morais [são leis] morais” (Baumgarten, Metaphysica, § 723).
Percebe-se que o homem jamais pode ser tratado como meio, mas
como fim em si mesmo, e que na qualidade de condenado jamais pode ser utilizado
apenas para alcançar um fim, mas deve ser esse fim, devendo unicamente arcar
com o peso da negação do injusto cometido por ele, com o fim de confirmar o justo e
o lícito e o trazer novamente para a união civil perfeita, resguardando todas as suas
liberdades individuais.
Nesse sentido, KANT (2014, p. 149) afirma categoricamente em sua
exposição sobre os fins da pena no direito que:
Desde que minha ação seja justa, quer dizer, tal que permite a coexistência
de meu arbítrio com o arbítrio de todos os outros, não impedindo, assim, o
livre exercício dos demais arbítrios, estou plenamente autorizado pela razão
a rejeitá-la. Em outros termos, tenho a faculdade moral plena de realizar
uma ação justa, neste preciso sentido, ou seja, tenho o direito de realiza-la
ou de determinar meu arbítrio no sentido de sua realização no mundo
externo. A ação injusta é, por derivação, aquele que impede a realização de
uma ação justa, quer dizer, aquele que impede o livre exercício do arbítrio
alheio, constituindo, por conseguinte, um obstáculo à coexistência universal
dos arbítrios livres.
6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
MALUF, Sahid. Teoria geral do Estado. 26 ed. São Paulo: Saraiva, 2003.