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EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA JUIZA DE

DIREITO DA 4ª. VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO


CARLOS/SP.

PROC: 1009013-25.2021.8.26.0566

ANTONIO SOARES DE OLIVEIRA,


já qualificado nos AUTOS em epígrafe, que move contra VINÍCIUS
AUGUSTO BARBOSA, também qualificado, vem perante V.Exa.,
por seu advogado NELSON FLÁVIO TEIXEIRA DA SILVA, inscrito na
OAB/SP 228.722, apresentar MANIFESTAÇÃO À CONTESTAÇÃO, pelos
fatos que a seguir passa a expor e no final requer:

Primeiramente, requer que seja aplicada a


penalidade descrita em FOLHAS 33, onde é concedida a TUTELA
DE URGÊNCIA.
Exa., a contestação é meramente protelatória,
pois foram criados casos que não condizem com a verdade.

Começamos pelo tempo que demorou para a


citação do REQUERIDO.

A ação foi ajuizada em SETEMBRO de 2021 e


a citação se deu em JULHO de 2022, ou seja, 10 ( dez ) meses
depois.

Exa., verifica-se que em FOLHAS 44 em


OUTUBRO de 2021, na certidão do oficial de justiça, uma pessoa de
nome GUSTAVO BARBOSA MENTIU ao afirmar que o requerido não
morava no local. Percebe-se que as pessoas envolvidas, possuem o
mesmo sobrenome, indicando que podem ser irmãos.

Exa., se a citação estivesse sido efetuada


naquela época, ou seja, 1 mês depois do ajuizamento da ação, NÃO
TERÍAMOS PERDIDO 9 ( nove ) meses, aliás, perdemos porque houve
uma MENTIRA por parte do Sr. GUSTAVO BARBOSA.
Exa., depois do exposto acima, difícil acreditar
em algo relatado na contestação, pois tudo leva a crer que são meras
alegações inventadas para tumultuar o processo e envolver terceiros
que nada tem haver com a demanda.

Exa., analisamos a prova principal.

Conforme FOLHAS 20/21 consta o dia em


que AUTOR e REQUERIDO foram até o cartório e preencheram o
recibo de transferência, bem como foi RECONHECIDO FIRMA POR
AUTENTICIDADE da assinatura. Isso se deu em 13/11/2012.
Isso mesmo Exa., praticamente 10 ANOS ATRÁS e até a
presente data, o veículo não foi transferido e está causando a
maior “dor de cabeça” para o AUTOR.
Exa., se o REQUERIDO tivesse tido a cautela e
cumprido com a legislação, teria transferido o veículo na data correta
e não estaríamos aqui discutindo a pendenga e o autor não estaria
passando por diversos problemas de saúde, devido seu nome estar
“sujo”, FOLHAS 23/24.
FOLHAS 24

FOLHAS 27

Exa., todos os fatos que discorre na


contestação, não condizem com a verdade, pois o REQUERIDO está
tentando colocar terceiros em uma pendenga que não lhes dizem.
Existe uma gravação que o Sr. Vinícius, ora
requerido, juntou tentando “tirar” algo do AUTOR e sempre fazendo
perguntas tendenciosas e direcionadas, para ver se o AUTOR dava
algum deslize. Exa., percebe-se que o REQUERIDO quer apenas tirar
o foco de que É DE SUA RESPONSABILIDADE A TRANSFERÊNCIA
DO VEÍCULO.

Exa., se o Sr. Vinícius “passou o carro para


frente” e não tomou as devidas cautelas, o problema não é do
AUTOR, que aliás, quando vendeu o carro para o REQUERIDO, TEVE
A CAUTELA DE PREENCHER O RECIBO E RECONHECER FIRMA, como
diz a legislação.

Portanto Exa., analisemos apenas as provas


de folhas 20/21, onde consta o reconhecimento de firma por
autenticidade.

Como já mencionado, o AUTOR está passando


por problemas de saúde e a cada dia piora mais, devido ter recebido
as referidas multas e ver seu nome inscrito no CADIM, por um erro
que NÃO É SEU, FOLHAS 24.

E mais, precisou se deslocar em diversos


locais, como CARTÓRIO DE NOTAS, POUPATEMPO, para solicitar
diversos documentos que instruíram a presente demanda, deixando o
AUTOR cada vez mais estressado e doente.
Tudo isso tem que ser reparado, pois a
denominada teoria do desvio produtivo do consumidor, está
mais que demonstrada e segundo a lição de Marcos Dessaune se
configura tal desvio, quando o consumidor, diante de uma situação
de mau atendimento, precisa desperdiçar o seu tempo e desviar as
suas competências de uma atividade necessária ou por ele preferida
para tentar resolver um problema criado pelo fornecedor, a um custo
de oportunidade indesejado, de natureza irrecuperável ( Desvio
produtivo do Consumidor. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais,
2011 ).

Diante o exposto, requer a procedência da


demanda, condenando o REQUERIDO:

1 - Na multa da tutela de urgência concedida;

2 - Nos danos morais, tendo em vista a dor moral e a “dor de cabeça”


que o AUTOR está passando, pois seu nome está no CADIM por culpa
do requerido;

3 - Nos honorários advocatícios de sucumbência no importe máximo;

4 - E a expedição de ofício ao DETRAN/SP para a transferência do


veículo para o nome do REQUERIDO.

5 – A condenação do REQUERIDO no pagamento das multas de


transito e demais despesas relacionadas ao veículo objeto dessa
demanda, como cartório de notas e poupatempo.

Nestes Termos,

Pede Deferimento.

São Carlos, 23 de Agosto de 2022.

NELSON FLÁVIO TEIXEIRA DA SILVA

OAB/SP 228.722

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