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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 1ª VARA CÍVEL E

EMPRESARIAL DE XINGUARA – PA

AUTOS N.: 081284-47.2020


REQUERENTE: EUCLIMAR ALVES BELTRAO
REQUERIDO: TATIELE CORREIA SANTANA

TATIELE CORREIA SANTANA, brasileira, portadora do


CPF n. 039.245.162-00, residente e domiciliada na Rua C-9, n 24, Vila
Feliz, Redenção – PA, CEP 68551-630, via de sua advogada que esta
subscreve, com domicílio profissional na Rua 83, n. 847, Setor Sul,
Goiânia – GO, endereço eletrônico adv.nayara.amorim@gmail.com,
onde recebe as intimações de estilo, vem mui respeitosamente a
presença de V.Exa., apresentar CONTESTAÇÃO a ação proposta por
Euclimar Alves Beltrão, nos termos do artigo 335 do Código de
Processo Civil, pelos motivos de fato e direito a seguir expostos:

PRELIMINAR
Justiça Gratuita

A parte Requerida não tem condições de arcar com as


despesas processuais, uma vez que são insuficientes seus recursos
financeiros para pagar todas as despesas.
Desta feita, a Requerida requer a gratuidade da justiça,
o que faz por declaração de seu patrono, sob a égide do art. 99, §4º,
c/cc 105, in fine, ambos do Código de Processo Civil, quando tal
prerrogativa se encontra inserta no instrumento procuratório acostado.

DA SÍNTESE DOS FATOS

Rua 83, n. 847, Setor Sul, Goiânia – GO. Endereço eletrônico adv.nayara.amorim@gmail.com
Narra o autor que a Requerida é devedora da
importância de R$ 85.033,53, sem maiores explicações, apresentou os
cheques e planilha de débito com os valores atualizados, requerendo o
bloqueio do valor citado via BACENJUD na conta da Requerida a título
de liminar, e determinar a imediata expedição do mandado de
pagamento, destinado a Requerida, convocando-a ao pagamento da
dívida no prazo legal, conforme demonstrativo de cálculo, acrescidos
de juros e correção monetária.
Apresentou os cheques nº 900138, 900112, 900173,
900118.
DA REALIDADE DOS FATOS
As partes mantiveram um negócio intermediado por Edi
Junior Pereira Tavares, CPF n. 043.819.681-31, que outrora era
funcionário da empresa do Autor (EUCLIMAR ALVES BELTRÃO).
O negócio consistia na compra e venda de pneus, tendo
em vista que a Parte Requerida possuí uma empresa de Pneus no
Estado do Pará.
Ocorre que no decorrer de uma das negociações dos
pneus, o intermediador Edi Junior Pereira Tavares, solicitou que a parte
Requerida enviasse as folhas de cheque ANTECIPADAMENTE, antes
mesmo do envio da mercadoria, o que foi prontamente atendido, sendo
enviado as folhas de cheque, com a promessa do envio dos pneus na
semana seguinte, CONTUDO O ENVIO NÃO FOI REALIZADO dentro do
prazo, qual seja, 01 semana após o envio das folhas de cheque.
A mercadoria foi enviada somente 30 (trinta) dias após o
recebimento das folhas de cheque pelo funcionário de Euclimar Alves
Beltrão.
Insta salientar, que de toda mercadoria que foi enviada,
algumas necessitaram de GARANTIA, ou seja, enviadas para troca,
entretanto o Autor JAMAIS CUMPRIU COM A GARANTIA DOS PNEUS,
estando até o presente momento em dívida com a Requerida em
relação a garantia das mercadorias adquiridas.
Exa., a realidade dos fatos é que o funcionário de Euclimar
– ora Autor da presente ação, compareceu na empresa da Requerida a

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fim de acertar os valores em atraso dos cheques aqui apresentados
como não recebidos e cumprir a garantia dos pneus.
Assim foi feito, o funcionário Edi Junior fez o acerto dos
valores em atraso, restando somente a quantia de R$ 18.000,00
(dezoito mil reais), conforme pode ser auferido nas conversas do
funcionário com o esposa da Requerida, senão veja-se:

Exa., agora o Autor tenta distorcer a realidade dos fatos,


aproveitando-se da confiança que a Requerida teve no vendedor Edi
Junior, que intermediou a compra/venda dos pneus.
No momento do acerto o intermediador/vendedor NÃO
LEVOU AS FOLHAS DE CHEQUE para entregar a Requerida, que
CONFIOU na palavra tanto do vendedor, como do Autor de que iriam

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cumprir as garantias e fazerem um novo acerto, já que restou somente
o valor de R$ 18.000,00 (dezoito mil reais) e as garantias a serem
cumpridas.
Entretanto como pode ser verificado, a parte Autora não
cumpriu o acordado, estando até o presente momento em falta com as
garantias dos pneus e utilizando-se da presente ação para tentar
receber NOVAMENTE um valor que já lhe foi pago.
O Áudio a seguir foi enviado pelo vendedor Edi Junior e
não deixa dúvidas quanto ao valor da dívida.

AUD-20211209-WA0029.opus

HÁ UMA “GRAVE OMISSAO” intencional do valor


que se estipula para o recebimento, caracterizando assim,
litigância de má-fé:
Art. 80. Considera-se litigante de má-fé aquele
que:
I- Deduzir pretensão ou defesa contra texto
expresso de lei ou fato incontroverso;
II- Alterar a verdade dos fatos;

Desse modo, o caso merece profunda e apropriada


investigação probatória, notadamente quando ao valor que já foi
recebido e simplesmente ignorado pela parte Autora.

DA NECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA

Exa., o julgador ao decidir antecipadamente a lide, deve


antes atentar aos princípios constitucionais do contraditório e da ampla
defesa, a fim de não subtrair das partes o direito de provar o fato
constitutivo e seu direito ou as causas extintivas, modificativas ou
impeditivas. Na hipótese, o eventual julgamento precoce ensejaria na

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extirpação do direito da Requerida de discutir a relação material
inclusive de produzir provas dos fatos, que ora alega nesta defesa.

EMBARGOS À EXECUÇÃO. CHEQUE. EMBARGOS


REJEITADOS.
Alegação de prática de agiotagem Verossimilhança desta
assertiva evidenciada em face do parecer contábil
exibido pelo embargante, que reporta-se a vários
cheques anteriormente emitidos em favor da mesma
favorecida que figura nos cheques que embasam a
execução em tela, podendo evidenciar, assim, a
existência de empréstimo feito com a cobrança de juros
ilegais Necessidade da produção das provas requeridas
pelo embargante evidenciada em face disso,
notadamente a pericial Alegação de cerceamento de
defesa que merece ser acolhida. Recurso provido para
anular a r. Sentença recorrida para permitir a dilação
probatória pretendida pelo embargante [ ... ]

DOS PEDIDOS
Por todos os fatos trazidos e provados na Contestação,
outro caminho não há senão a IMPROCEDÊNCIA DA AÇÃO, devendo
ser analisada a má-fé da cobrança do valor de R$ 85.033,53 (oitenta
e cinco mil trinta e três reais e cinquenta e três centavos), já que
conforme demonstrado pelos áudios e prints do VENDEDOR que foi
funcionário do Autor, a quantia da dívida equivale a R$ 18.000,00
(dezoito mil reais), devendo ser aplicado ao Autor multa processual
baseado no valor da causa, bem como as consequências impostas pelo
Código de Defesa do Consumidor nos casos de cobrança indevida, sem
prejuízos das custas, despesas e honorários advocatícios decorrentes
da sucumbência.
Que sejam concedidos os BENEFÍCIOS DA
GRATUIDADE DE JUSTIÇA a Requerida, nos termos solicitados
acima, bem como comprovado pela declaração anexo que demonstra
a hipossuficiência da Requerida.

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Requer que seja designada audiência de instrução e
julgamento com a possibilidade de produção de todas as demais provas
em juízo, permitidas, em especial a apresentação de documentos
suplementares, depoimento pessoal e a prova testemunhal.
Requer desde já que seja arrolado como testemunha o
senhor Edi Junior Pereira Tavares, CPF n. 043.819.681-31, nos
endereços Rua Belo Horizonte, quadra 19, Lote 09, Jardim Guanabara,
Goiânia – GO e Rua 11, Qd. TLT 14, Vila Bandeirantes, Goiânia – GO.

Termos em que
Pede e aguarda deferimento.

De Goiânia p/ Xinguara, 09 de dezembro de 2021.

NAYARA AMORIM
OAB/GO 43.476

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