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Instituto Superior de Gestão e Empreendedorismo Gwaza Muthine

Curso: Psicologia Clínica e Sócio-educacional

Cadeira: Teorias da psicologia

Tema: Psicologia do desenvolvimento e cognitiva

Discente

Rusetta Helena Fernando

Stélia Amélia Sérgio Massingue

Maputo, Setembro de 2022


Instituto Superior de Gestão e Empreendedorismo Gwaza Muthine

Curso: Psicologia Clínica e Sócio-educacional

Discente

Rusetta Helena Fernando

Stélia Amélia Sérgio Massingue

Trabalho a ser apresentado ao Instituto


Superior de Gestão e Empreendedorismo
Gwaza Muthine, como um dos requisitos
para a obtenção do Grau Académico de
Licenciatura em Psicologia Clínica.

__________________________
(Dr. Tiago Sigauque)

Maputo, Setembro de 2022


Índice

1.Introdução.................................................................................................................................4
1.2. Objectivos..............................................................................................................................4
1.2.1. Objectivo geral:..............................................................................................................4
1.2.2. Objectivos específicos:...................................................................................................4
1.3. Metodologias........................................................................................................................4
Psicologia do Desenvolvimento....................................................................................................5
Concepções de desenvolvimento.............................................................................................5
1.2 Normalidade e patologia no desenvolvimento humano....................................................5
2.As teorias do desenvolvimento.................................................................................................6
2.1 Teoria psicanalítica de Sigmund Freud...............................................................................6
2.2 A teoria da recapitulação de Anna Freud...........................................................................9
2.3. A teoria psicossocial de Erik Erikson................................................................................10
Desenvolvimento no período pre- natal....................................................................................11
2.4. A epistemologia genética de Jean Piaget.........................................................................11
A Psicologia histórico-cultural de L. S. Vigotski.......................................................................12
Níveis de conhecimento.........................................................................................................13
Psicologia genética de Henri Wallon..........................................................................................13
Estágio impulsivo-emocional..................................................................................................13
Estágio sensório-motor e projetivo........................................................................................13
Estágio do personalismo........................................................................................................13
A categorial............................................................................................................................13
Estágio de adolescência.........................................................................................................14
Fatores de desenvolvimento......................................................................................................14
 Hereditariedade.............................................................................................................14
 Maturação neurofisiológica............................................................................................14
 Meio...............................................................................................................................14
Etapas do desenvolvimento...................................................................................................14
Aspectos de desenvolvimento................................................................................................14
Aspecto intelectual.................................................................................................................14
Aspecto afetivo emocional.....................................................................................................14
Aspecto social.........................................................................................................................15
Desenvolvimento cognitivo........................................................................................................15
4. Processos psíquicos................................................................................................................16
4.1. Percepção........................................................................................................................16
4.2. A aprendizagem...............................................................................................................17
4.3.Linguagem........................................................................................................................17
2.7.1. Propriedades da linguagem..........................................................................................17
4. Pensamento.......................................................................................................................18
2.4.Elementos do pensamento..............................................................................................18
Atenção..................................................................................................................................18
Atenção seletiva.....................................................................................................................19
Vigilância e detecção de sinal.................................................................................................19
Sondagem..............................................................................................................................19
Atenção dividida.....................................................................................................................20
Memória.................................................................................................................................20
a) Memória de Curta Duração................................................................................................20
b) Memória de Longa Duração...............................................................................................21
Armazenamento:....................................................................................................................22
Recuperação:..........................................................................................................................22
a) Contexto.............................................................................................................................22
b) Reconhecer........................................................................................................................22
Conclusão...................................................................................................................................24
Bibliográfia.................................................................................................................................25
1.Introdução
O presente trabalho de investigação visa debruçar sobre o desenvolvimento humano em
todos os seus aspectos físicos-motor, intelectual, afectivo emocional e social compreendido
desde o nascimento até o fim da vida e os seus processos cognitivos e suas relações na
aquisição do desenvolvimento, iremos falar concretamente do pensamento e imaginação,
mecanismos fisiológicos dos processos psíquicos, pensamento e linguagem, conceito de
sentimentos, emoções, motivação e vontade, para obter informações iremos recorrer a
consulta bibliográfica e webgrafica, esperamos trazer todo conteúdo necessário para
responder aos tópicos colocados.

1.2. Objectivos
1.2.1. Objectivo geral:
 Estudar os processos psíquicos

1.2.2. Objectivos específicos:


 Compreender os processos psíquicos;
 Entender os tipos de processos psíquicos;
 Aprimorar o estudo sobre a relação entre o pensamento e linguagem.

1.3. Metodologias
Para a realização do trabalho foram usadas consultas nos artigos científicos que relatam
sobre alguns temas e subtemas do trabalho e também foram feita as pesquisas na internet
que serão apresentadas as suas referencia bibliográfica no fim do trabalho.

Psicologia do Desenvolvimento
A psicologia do desenvolvimento é a área que estuda o desenvolvimento humano em todos
os seus aspectos físicos-motor, intelectual, afectivo emocional e social compreendido desde
o nascimento até o fim da vida.

Essa área de estudo da psicologia, procura formular e responder perguntas sobre os aspectos
universais dessas mudanças e, assim, proporcionar uma melhor compreensão do sujeito
como um todo. Desenvolvimento humano refere-se ao desenvolvimento mental e ao
crescimento orgânico.
Concepções de desenvolvimento
Inatismo: parte do pressuposto de que os eventos ocorridos após o nascimento não são
relevantes para o desenvolvimento. Este seria influenciado apenas pelas qualidades e
capacidades básicas do ser humano, praticamente prontas, desde o nascimento.

Empirismo: ou ambientalismo: atribui grande poder ao ambiente como fator interveniente


no desenvolvimento humano. O Homem é visto ao nascer como uma folha em branco a ser
escrita pelo ambiente, ou seja, como um ser flexível que desenvolve suas características
apenas em função das condições presentes no meio no qual se encontra. Essa visão do ser
humano como passivo e moldado pelo ambiente tem como consequência uma definição
mecanicista do desenvolvimento e de aprendizagem (Xavier, Belém, & Nunes, 2015, p.10).

Interacionismo: essa perspectiva considera que são múltiplos os fatores Constituintes do


desenvolvimento humano, ou seja, entende o sujeito como ser ativo e interativo no mundo,
com diversas influências em sua trajetória Por conseguinte, é ser que constroi e é construído
na permanente interação dos aspectos biológicos com o meio no qual está inserido (Xavier,
Belém, & Nunes, 2015, p.11).

1.2 Normalidade e patologia no desenvolvimento humano


Segundo Foucault (1989), a ideia de normalidade tem sido usada como instrumento de
controle social, definindo a partir de determinadas camadas da sociedade os
comportamentos, pensamentos e sentimentos “adequados” para a população, em geral.

Para Bee (2000), alguns problemas considerados desviantes da média geral, podem, em
determinados estágios, fazer parte do desenvolvimento “normal”. Além do mais, é preciso
atentar para ritmos e singularidades dos sujeitos, reconhecendo que em alguns aspectos, o
desenvolvimento pode ser visto como patológico e em outros não. Por exemplo, a criança
pode expressar dificuldades no andar, mas no aspecto afetivo e cognitivo está dentro do que
se espera na sua faixa etária.

2.As teorias do desenvolvimento


2.1 Teoria psicanalítica de Sigmund Freud
Freud nasceu em(1856-1939) em Freiberg. Formado em Medicina e atuando na área da
neurologia, Freud desenvolveu a psicanálise a Partir de seus trabalhos clínicos, com
pacientes histéricas, realizados em colaboração com os renomados médicos Joseph Breuer e
Jean Martin Charcot ( Xavier, Belém, & Nunes, 2015, p.11).
Rompendo com o racionalismo preponderante na ciência da época e com a ideia do homem
capaz de controlar a si e ao mundo, Freud construiu os conceitos que vieram a embasar a
primeira tópica ou esquema proposto por ele para a estrutura do psiquismo: consciente, pré-
consciente e inconsciente. Ao postular que a maior parte da nossa atividade psíquica é de
natureza Inconsciente.

1- Fase oral caracteriza- se pela concentração da líbido na região bucal, a boca vai se
tornando o centro do prazer através da alimentação, do contato com os objetos, a
criança só interessa pela gratificação de seu prazer de forma egocêntrica constituindo
o narcisismo infantil e da personalidade.
2- Fase anal a criação aprende a controlar os esfíncteres, a energia libidinal se desloca
para a região anal.
3- Fase fálica (3 aos 5 anos) a criança começa a perceber as diferenças sexuais
anatómicas e a vivenciar o prazer na manipulação dos órgãos genitais. Marcado
também pelo complexo de Édipo.
Nesta etapa o menino percebe a presença do pênis e manipula-o obtendo a satisfação
libidinal, a menina ressente-se por não possuir algo que os meninos tem em ambos os
casos, a mãe é o primeiro objeto de amor.
O menino mantém um desejo incestuoso pela mãe , o pai é percebido como rival que
lhe impede o acesso ao objeto desejado (mãe), temendo ser punido com a perda dos
órgãos genitais, o menino terá que recalcar o desejo incestuoso pela mãe e identificar
como pai escolhendo -o como modelo de papel masculino.
A situação da menina é distinta, desenvolve um sentimento de inferioridade, tendo
inveja e desejando o órgão masculino. Atribui a culpa a mãe por ter sido gerado deste
modo e rivaliza com ela.
Identifica se com a figura materna afim de obter o amor do pai. Posteriormente esse
desejo pelo pai deve se dissipar afim de que a menina possa sair da situação edípica e
seguir com suas escolhas de objeto de amor fora dessa relação com pai e mãe.
Na separação do Édipo ocorre um grande deslocamento de energia do líbido que leva
consigo para o inconsciente as vivências infantis das fases anteriores, marcado por
um momento crucial para a constituição do superego na personalidade infantil.
4- Fase da latência é o período que a líbido permanece voltado para actividade que não
tem um carácter sexual, o qual Freud denominou de sublimação.
Coincide com ingresso da criança no ensino, destaca se com actividades de natureza
física ou intelectual dada a concentração da energia libidinal que aí se forma. A partir da
puberdade as transformações orgânicas e hormonas ocorridas nas meninas e meninos
retornam aos interesses de ordem sexual , a sexualidade é genital e não falica voltada
para as relações externas a família. Idem

2.2 A teoria da recapitulação de Anna Freud


Foi com Anna Freud que os estudos psicanalíticos acerca da adolescência ganharam maior
sistematicidade e importância. Para ela, embora na adolescência haja uma recapitulação dos
conflitos vividos nas fases anteriores (oral, Anal e fálica) eles são de natureza distinta. O
adolescente sente culpa frente aos inúmeros desejos proibidos despertados com a chegada da
puberdade, mais preocupada consigo e com sua auto-estima (Xavier, Belém, & Nunes, 2015,
p.17).

Lida com os conflitos e com os impulsos que vêm do id que são eles:

Ascetismo: em função do temor de ser invadido por seus impulsos, o adolescente, por
determinado tempo, abre mão de todos os prazeres. Isto poderia estar vinculado à própria
história da evolução humana como espécie, marcada por uma herança milenar de repressão
sexual. Idem.

Intelectualização: o interesse do adolescente se move em direção à discussão de temas


opostos aos seus conflitos internos, que aparecem de forma disfarçada no plano intelectual.
O ego amplia seu poder de racionalidade, como forma de responder as pressões instintivas.
À fase fálica, marcada pelo complexo de Édipo. Idem.

2.3. A teoria psicossocial de Erik Erikson


Nascido na Alemanha em 1902 e falecido em 1994, nos Estados Unidos, Erikson tornou-se
psicanalista, tendo trabalhado com Anna Freud. Contudo, em seus estudos, não tomou o
inconsciente como foco central. Dedicou-se ao tema da crise do ego no problema da
identidade e a investigação das influências culturais no desenvolvimento psicológico das
crianças. Idem.

Erikson destacou a adolescência como etapa fundamental no percurso do desenvolvimento


humano. Para este teórico, o desenvolvimento se dá em direção à formação da identidade
através de diferentes estágios que ele denominou de “oito idades do Homem”. Cada uma das
idades está caracterizada, essencialmente, pela resolução de uma importante “crise”, através
da qual o indivíduo evolui buscando um equilíbrio (GALLATIN, 1978).

As quatro primeiras idades se referem à infância, a quinta à adolescência e as três últimas à


vida adulta.

Tabela1: Quadro resumo do desenvolvimento da personalidade nas diversas idades de acordo


com Erikson.

Idade Estágio de Resolução bem sucedida


desenvolvimento

0 – 1,5 Confiança/desconfiança Estabelecimento de relações de confiança.

1,5 – 3 Autonomia/insegurança, Desenvolvimento de condutas autónomas


vergonha (fazer sozinho).

3–6 Iniciativa/culpa Tomada de iniciativa na organização das


atividades.

6 – 12 Diligência/inferioridade Tornar-se competente no seu meio social


ou escolar.

12 – 20 Identidade/difusão de Formação de uma identidade pessoal bem


identidade intregrada.

20 – 35 Intimidade/isolamento Desenvolvimento de relações de


verdadeira intimidade.

35 – 65 Criatividade/estagnação Ser membro activo da sociedade


(educação dos filhos).

65 – morte Integridade/desespero Sentimento de realização face ao passado,


serenidade face ao futuro.
Fonte : Alípio e Vale

2.4. A epistemologia genética de Jean Piaget


Jean Piaget, biólogo e epistemólogo suíço, nasceu em 1896 e morreu em 1980. O objetivo
central de sua obra foi investigar como o ser humano constroi o conhecimento, isto é, como
o sujeito passa de um estado de menos conhecimento para um estado de maior
conhecimento.

Estágio de desenvolvimento

 Período sensório-motor
Para Piaget, o primeiro estágio do desenvolvimento cognitivo vai aproximadamente de zero
a dois anos de idade, sendo denominado de período sensório-motor. Marcado por
extraordinário desenvolvimento mental. No início desse período, a vida mental se reduz ao
exercício dos aparelhos reflexos de caráter hereditário como a sucção e vão melhorando com
o exercício e dão lugar a uma generalização da atividade.

Por Exemplo, o bebê suga melhor no 8º dia do que no 1º e aos poucos suga também seu
dedo ou qualquer objeto que lhe é apresentado, característica do 2º estágio.

 Período pré-operatório
Aproximadamente aos 2 anos, a criança evoluiu para um estado de maior atividade e
participação.

Aparecimento da linguagem vai gerar mudanças significativas no campo afetivo e do


pensamento.

Egocentrismo, a criança ainda tem dificuldades em perceber ponto de vista da outra,


comuns nas brincadeiras infantis de faz de conta.

Pensamento intuitivo a criança está mais adaptada à realidade contudo, ela ainda pensa de
modo pré-lógico.

Aprendizagem é baseada em suas vivências, nas coisas que conhece e pode considerar
como sendo reais.

Período operatório concreto


 O período dos 7 aos 11/12 anos Caracterizado pela construção de estruturas lógicas e
redução do egocentrismo, possibilitando o trabalho em grupos e colaboração.
 Período operatório formal
Caracteriza o início da adolescência, Pensamento lógico, reflexão cria hipóteses e
dedicação.

Amplia sua capacidade de raciocínio solucionado equações com muitas variáveis ou


analisando temas complexos com sucesso.

Egocentrismo intelectual, como se o mundo devesse se submeter àquilo que o adolescente


pensa sobre ele. É a idade da metafísica, na qual o adolescente Percebe o seu “eu” .

2.5 A Psicologia histórico-cultural de L. S. Vigotski


Lev Semionovich Vigotski nasceu em 1896, na Bielo-Russia (antiga União Soviética) e
morreu em 1934. Apesar de sua curta existência, ele deixou uma rica produção no campo da
Psicologia. Influenciado pela Psicologia Fisiológica, pelo materialismo histórico e Dialético
e pelo contexto soviético pós-revolução russa de 1917, desenvolveu Seus estudos buscando
responder como o Homem se constituiu humano.

A Psicologia vigotskiana defendia a perspectiva de que a aquisição de conhecimentos


acontece através da interação do sujeito com o meio.

Desse modo o desenvolvimento é concebido como um processo mediado por meio de


instrumentos técnicos e pela linguagem que são construídos e consulados pela cultura.

Níveis de conhecimento
Nível de desenvolvimento real – conjunto de actividades que uma criança consegue resolver
sozinho.

Nível de desenvolvimento potencial – conjunto de actividades que a criança não consegue


realizar sozinho, mas que com ajuda e orientação adequada de alguém ela consegue.

2.6 Psicologia genética de Henri Wallon


Henri Wallon, médico francês, nasceu em (1879 -1962). Sua teoria com forte influência do
materialismo histórico e dialético, investigou como o sujeito se constitui pessoa através do
estudo da criança, Wallon descobriu o Desenvolvimento do Homem. Portanto, sua teoria
pode ser considerada como a psicogênese da pessoa, pois compreende o ser humano em sua
totalidade, através da integração entre a razão e a emoção. É nessa relação do individuo com
o meio que Wallon vai situar o desenvolvimento – O sujeito diante do afeto e do
pensamento.

Estágio impulsivo-emocional
O recém-nascido não se diferencia do outro, nem mesmo no aspecto do corpo, a formação
do seu “eu” corporal, esse período tem a emoção como centro do processo de
desenvolvimento da pessoa. É a afetividade que vai orientar as primeiras relações do bebê
com as pessoas e com mundo físico.

Estágio sensório-motor e projetivo


Do 2º ao 3º ano de vida, a criança continuará a formar seu eu corporal, integrando a imagem
que ela tem do próprio corpo, com a imagem que o os outros tem acerca dela. A criança
volta-se para explorar o mundo físico, ganhando autonomia principalmente pelas
capacidades de pegar objetos e andar.

Estágio do personalismo
Dos 3 aos 6 anos a tarefa central é o processo de formação da personalidade. A construção
da consciência de si nas relações com o meio no qual está inserida, vai redirecionar o
interesse da criança pelas outras pessoas e, portanto, reorientar suas relações afetivas, a
criança vive uma série de conflitos buscando defender o seu “eu” dos outros.

A categorial
Por volta dos seis anos, inicia-se o estado categorial que, em função das conquistas
alcançadas nos estágios anteriores, traz importantes avanços no âmbito da inteligência. O
interesse da criança é se orientar ao mundo exterior, ao conhecimento das coisas. Predomina,
portanto, o aspeto cognitivo.

Estágio de adolescência
Este estágio será marcado por novos conflitos e nova definição da personalidade, retomando
a predominância afetiva. Na adolescência, o sujeito busca seu sentido de afirmação e
identidade, movido pelas novas conquistas afetivas, cognitivas, sociais e corporais que esse
período traz consigo.

3.Fatores de desenvolvimento
 Hereditariedade- defendida como a carga genética do indivíduo.
A carga genética estabelece o potencial do indivíduo que pode ou não desenvolver.
 Crescimento orgânico – é o processo de aumento de tamanho.
O aumento de tamanho, da altura e a estabilização do esqueleto permite ao indivíduo um
comportamento um domínio do mundo que antes não existia.
 Maturação neurofisiológica – é o que determina certos padrões
comportamentais.
 Meio – consiste no conjunto de influências e estimulações ambientais que podem
modificar certos padrões comportamentais do indivíduo.

4. Etapas do desenvolvimento
Tabela2: Etapas de desenvolvimento

Etapas Físico Cognitivo Psicossocial


Desenvolvimento Existem Possível
físico em três evidências no influência na
etapas: sentido de um formação de
germinal, desenvolvimento vínculo entre
embrionário e rudimentar da mãe e filho
Período pré- fetal em que os memória e da pelos contactos
natal órgãos percepção. e
e sistemas do comunicação
corpo vão vivenciados
sendo formados entre
ambos durante a
gestação.

Regulação dos As ações Os padrões de


ritmos sensório-motoras temperamento
biológicos num primeiro (fácil, difícil e
Primeira diários momento são lento) se
infância (alimentação, simbólicas manifestam pela
estados posteriormente, primeira vez,
de vigília/ritmos Desenvolvimento podendo ser
de da linguagem. afetados por
sono, choro). mudanças
ambientais e
pelos padrões
vinculares
estabelecidos
com os
cuidadores.

Crescimento O raciocínio A formação do


físico inicialmente auto-conceito, a
menos acelerado. egocêntrico, percepção
Aumento da o animismo é que o sujeito
capacidade muito comum; tem de si, do
respiratória e da linguagem; seu eu e de suas
imunidade física. controle sobre as habilidades.
Maior ações. É Mudanças nas
risco de acidente importante brincadeiras
devido estimular a (que variam de
à impetuosidade inteligência pré- cultura para
Segunda motora operatória cultura).
infância e falhas no Percepção das
discernimento diferenças de
cognitivo. gênero.

O crescimento A criança se O auto-conceito


físico, habilita para a evolui muito
é mais lento, formulação das durante esta
havendo operações etapa. A co-
diferenças no matematicos regulação,
ganho de peso e e ordenação de transferência de
altura objetos em controle do
entre meninos e série. desenvolve genitor para a
meninas. O raciocínio criança, está
desenvolvimento indutivo, supera num estágio
motor mudanças intermediário.
Terceira permite a imediatas A energia é
infância participação e considera a canalizada para
em um número relação lógica, atividades
maior de apresenta socialmente
atividades. difculdade nas aceitas.
relações
subjetivas e
abstratas.

A puberdade As principais A confusão de


marca um aquisições são: papéis é uma
conjunto de aprender a pensar crise importante
transformações e lidar com deste período,
físicas as ideias, a baixa
relativas ao administrar os resiliência,
crescimento problemas de condutas anti-
(ganho de peso, forma sociais.
altura, sistemática e Exercício pleno
Adolescênci massa muscular) metódica. da sexualidade,
a e ao Acrescenta-se a dos
amadurecimento lógica relacionamentos
(ovários/ dedutiva, afetivos,
espermatozóides, desenvolvimento escolha de uma
etc.). intelectual. profssão.

O início da vida Segundo Moura Levinson (1978)


adulta (1999, p. 1), defende que
culmina com o “as operacoes pós a vida adulta é
auge da formais na vida marcada por
força, energia e adulta acentuam períodos de
resistência física o pragmatismo na crise e
da espécie; resolução de transição.
funções problemas da Aos períodos de
corporais já vida, a transição
desenvolvidas e coexistência sucedem-se
a acuidade dos entre a momentos de
sentidos relatividade do integração, a
é mais pensamento que
acentuada. ea correspondem
Este crescente universalidade do mudanças no
vigor se mesmo. O auto-conceito e
estabiliza, raciocínio do na auto-
começando a adulto se -estima, na
Idade adulta decair por volta caracteriza por percepção que
dos 45 anos. uma este tem do
flexibilidade mundo e dos
cognitiva que lhe outros. Para
possibilita Moura (1999),
interpretar as nestes períodos
experiências e de transição
dirigir a sua na vida da
ação. Gilligan pessoa, os
(1987) sugere papeis
que o zelo, (casamento,
compaixão e nascimento de
capacidade de flhos, divórcio,
viver com viuvez, etc.) que
contradições o indivíduo
morais são assume têm
características do crucial
pensamento importância.
moral deste
período.
A senescência, Para Papalia Para Cavalcanti
período marcado (2000, p. 521), (1995 apud
pelas “os CARNEIRO E
transformações idosos mostram FALACONE,
físicas considerável 2004),
(mudanças nos plasticidade os
Velhice sistemas (modifcabilidade) comportamentos
e órgãos vitais, no desempenho desadaptativos,
no cognitivo, tais como
cérebro, nos difculdade maior evitação e fuga
sentidos e em recordar ea
na sexualidade) eventos recentes. auto-imagem
associadas ao Os eventos negativa podem
envelhecimento, memorizados aparecer durante
varia de período, serem este período
pessoa para distorcidos. e seus impactos
pessoa e O exercício da dependem
depende: da cognição através das experiências
hereditariedade, da música, anteriores da
do da leitura, etc e pessoa.Os
ambiente e do pelos contatos contatos sociais
estilo sociais pode e
de vida. Há manter a mente a atividade
alterações da terceira idade produtiva, neste
na pele alerta e evitar período, são
(pigmentação) doenças como muito
e nos ossos, os Alzheimer. importantes
pelos para a
tornam-se mais manutenção da
ralos e saúde
são percebidas mental do idoso.
mudanças no
ciclo de
sono e vigília.

NB: fonte (Xavier, Belém, & Nunes, 2015, p.39,40).

5. Aspectos de desenvolvimento
Aspecto físicos-motor: refere-se ao crescimento orgânico, a maturação neuro fisiológica, a
capacidade de manipulação de objetos e de exercícios do próprio corpo.

Aspecto intelectual- é a capacidade de pensamento racional.

Aspecto afetivo emocional – é o modo particular do indivíduo integrar as suas experiências


e sentir, a sexualidade faz parte desse aspecto.
Aspecto social- é a maneira como o indivíduo reage diante das situações que envolvem
outras pessoas.

6.Desenvolvimento cognitivo
Segundo Preece (2005) a psicologia se interessa primeiramente em compreender o
comportamento humano e o processo mental que está sob ele, e para entender este
comportamento, a psicologia cognitiva tem adotado a noção de processamento da
informação.

Tudo que se vê, sente, toca, prova, cheira e faça é expresso em termos de processamento de
informação. Neste sentido, Mayer (1981, apud Both, 1989) define formalmente psicologia
cognitiva como: a análise cientifica do processo mental humano e estruturas (construção)
com o objectivo de entender o comportamento humano.

Para Sternberg (2000) a psicologia cognitiva trata do modo como as pessoas percebem,
aprendem, recordam e pensam sobre a informação.

Os psicólogos cognitivos estudam as bases biológicas da cognição, tanto quanto as imagens


mentais, a atenção, a consciência, a percepção, a memória, linguagem, a resolução de
problemas, a criatividade, a tomada de decisões, o raciocínio, as mudanças cognitivas
durante o desenvolvimento ao longo da vida, a inteligência humana, a inteligência artificial e
vários outros aspectos do pensamento humano.

Preece (2005) descreve que em geral a cognição se refere ao processo pelo qual nós nos
familiarizamos com as coisas ou, em outras palavras, como nós ganhamos conhecimento.

7. Processos psíquicos
Os processos psíquicos básicos são percepção, aprendizagem, linguagem, pensamento,
atenção, memória, motivação e emoção.

7.1. Percepção
A percepção é responsável por organizar e dar significado a qualquer estímulo sensorial. A
função desse processo é óbvia conhecer um ambiente permiti nos mover e interagirmos com
ele.
7.2. A aprendizagem
E o processo pelo qual modificamos e adquirimos conhecimento habilidades
experiências comportamentos etc. Ela funciona através do que aconteceu no passado
aprendemos a relacionar condutas com suas consequências por isso esta intimamente
relacionada à memória.
7.3.Linguagem
É o processo que nos fornece a capacidade de nos comunicarmos com os outros esta
comunicação no caso dos humanos é realizada através de um código simbólico complexo o
idioma.

A linguagem serve para manter relacionamentos sociais mais complexos pequenos permitem
sobreviver em ambiente hostil.

7.4.Propriedades da linguagem
• Simbolismo

• Significativo ou semântica

• Reprodução e criatividade

• Estruturação e ordenamento

• Sintaxe

7. 5.Pensamento
Processo muito complexo para psicologia é definido como responsável por transformar a
informação para organizá-la ele dar sentido o estudo do pensamento começou com a lógica
aristotélica mas este não se mostrou eficaz para a sua análise por que o ser humano não
raciocinava de forma lógica.

7.6.Elementos do pensamento
O pensamento caracterizasse por 3 elementos a vai saber:

• Imagem

• Ação

• Representação

A imagem refere-se a aparência física dos objetos e fenómenos. por exemplo: se quiser
descrever a aparência física de seu pai você formará uma imagem visual do seu pai.
Acção- refere-se á movimentos relacionados com a linguagem, atitudes, manifestação e
comportamentos.

7.7. Atenção
Preece (2005) define atenção como o processo de selecionar coisas em que se concentrar,
num certo momento, dentre a variedade de possibilidades disponível. Segundo Sternberg
(2000) a atenção é o fenômeno pelo qual processamos ativamente uma quantidade limitada
de informações por meio de nossos sentidos, de nossas memórias armazenadas e de outros
processos cognitivos.

Segundo Sternberg (2000) a atenção elevada também abre caminho para os processos de
memória, de modo que sejamos mais capazes de memorizar a informação à qual prestamos
atenção do que a informas.

. As quatro principais funções da atenção são: atenção seletiva, vigilância, sondagem e


atenção dividida.

7.8.Atenção selectiva
Pode-se escolher prestar a atenção em determinados estímulos e ignorar outros.

8.Vigilância e detecção de sinal


A vigilância se refere à capacidade de uma pessoa estar presente em um campo de
estimulação durante um período prolongado, no qual ela procura detectar o aparecimento de
um sinal (um estímulo alvo de interesse específico).

8.1. Sondagem
Refere-se a um exame atento do ambiente quanto a aspectos específicos, ou seja, procurar
algo activamente, sem que se saiba de que isso aparecerá. Do mesmo modo que a vigilância,
enquanto se está sondando pode ser que ocorram alarmes falsos, geralmente quando se
encontram estímulos que desviam a atenção (por exemplo: estímulos semelhantes).

8.2. Atenção dividida


Nesta função, os recursos de atenção disponíveis são distribuídos para coordenar o
desempenho de mais de uma tarefa ao mesmo tempo.

8.3. Memória
Segundo Sternberg (2000) a memória é o meio pelo qual se recorre às suas experiências
passadas a fim de usar essa informação no presente.
Segundo Iida (1990) a memória é a capacidade de se armazenar conhecimentos adquiridos,
idéias ou impressões, sendo de extrema importância para o desenvolvimento de uma
interface que seja fácil de interagir e reaprender.

O ser humano é dotado de dois tipos distintos de memória destacados a seguir:

a) Memória de Curta Duração


Essa memória retém as informações por períodos extremamente curtos, de 10 a 20 segundos
e ao longo dos quais as informações são totalmente esquecidas. A capacidade média de
retenção é de sete itens não relacionados entre si, que pode variar de mais ou menos dois
(Iida, 1990).

b) Memória de Longa Duração


Segundo Ilida (1990) essa memória retém informações através do processo de treinamento e
aprendizagem e tem uma duração um pouco mais longa, podendo sofrer associações ou
combinações para serem lembradas selectivamente. O autor também observa que a distinção
dos dois tipos de memória, na prática, fica difícil, pois elas operam em conjunto.

Cybis (2003) relata que o esquecimento nas memórias de longa duração ocorre devido ao
aumento em número e semelhança dos conhecimentos declarativos (conceitos), e pela
semelhança dos conhecimentos de procedimentos.

Além disso, Sternberg (2000), descreve que psicólogos cognitivos identificaram três
operações comuns da memória: codificação, armazenamento e recuperação.

Codificação: refere-se ao modo como você transforma um input físico e sensorial em uma
espécie de representação que pode ser colocada na memória.

A codificação da informação na memória de curto prazo parece ser principalmente acústica,


embora não exclusivamente. Já a informação na memória de longo prazo, parece ser
codificada principalmente numa forma semântica, de modo que as confusões tendem a ser
em função dos significados, e não em função dos sons das palavras

Armazenamento: refere-se à maneira como você mantém a informação codificada na


memória. A transferência da informação para armazenamento de longo é facilitada pela
repetição, organização da informação, pelo uso de estratégias mnemônicas e pelo uso de
auxílios externos.

8.4Recuperação: refere-se ao modo como você obtém acesso à informação armazenada.


Preece (2005) destaca que quanto mais se presta a atenção a algo e quanto mais isso é
processado em termos de pensamento e comparação com outro conhecimento, maior a
probabilidade de ser lembrado. Além disso a autora cita dois fenómenos interessantes na
recuperação de informações:

a) Contexto
A recuperação pode depender do contexto em que a informação foi codificada.

b) Reconhecer
Refeere-se ao fato de que os indivíduos muito mais reconhecem as coisas do que lembram
dela. Neste sentido, ao invés de exigir que os usuários recuperem na memória o nome de
um comando dentre um conjunto possível de centenas deles, se recomenda que sejam
oferecidas opções visuais para as quais os usuários possam olhar até reconhecer a opção que
pretende usa.

8.5.Motivação

Entre os processos psicológicos básicos a motivação é responsável por fornecer ao corpo


recursos para realizar o comportamento.

8.6.Emoção

As emoções são reações estímulos externos que nos permitem guiar nosso comportamento e
agir rapidamente em resposta às demandas do nosso ambiente.

Conclusão
Ao elaborarmos esse trabalho chegamos a concluir que a cognição contempla basicamente
os processos internos relacionados ao processo de extrair sentido do ambiente e decidir que
tipo de acção é apropriado frente a um problema. Os processos cognitivos consideram a
atenção, a aprendizagem, percepção, a memória, a linguagem, o raciocínio, pensamento e a
resolução de problemas, como processos básicos do cérebro humano. A Psicologia
Cognitiva objectiva compreende os processos de cognição. Através da observação da
interacção dos seres humanos com o ambiente que o cerca e também o modus operandi do
cérebro. A linguagem influência o que pensamos, percebemos e lembramos. A educação,
portanto visa a aumentar o nosso poder de palavras e de pensamento.
Bibliográfia
ALEXANDRA. S. Xavier, A. I. B.L. Nunes. (2015) Psicologia do Desenvolvimento (4ª ed.)

Fortaleza – Ceará.
ALIPIO E GERAL. Psicologia Geral Universidade Pedagógica

Revista Educação e Sociedade – http://www.scielo.br Vygotsky, Lev Semenovich.


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JOBIM e SOUZA, S. Re-significando a psicologia do desenvolvimento: uma

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