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Escola Secundária de Valongo Ano letivo de 2014/2015

Curso de Educação e Formação de Adultos – Nível Secundário


Núcleo Gerador 6 – Culturas de Urbanismo e Mobilidade (UM)
DR 1: Recorre a terminologias específicas no âmbito do planeamento e ordenação do território, construção de edifícios e equipamentos.
• Atuar em situações privadas de construção e arquitetura através do estabelecimento de comunicação eficaz com operários e técnicos
especializados, com vista ao esclarecimento de um pedido ou resolução de situações de incumprimento.
DR 3: Identificar sistemas de administração territorial e respetivos funcionamentos integrados
• Importância da Língua Portuguesa na criação de laços humanos e culturais e na sensibilização para atitudes comunitárias.
• Atuar civicamente compreendendo as diferentes formas e conteúdos de comunicação do Estado com os seus cidadãos, em matérias de
administração do território.

Formando: ___________________________________ Nº____ Turma: S11 Data: ___/___/2015

Direitos e Deveres dos Condóminos

Ao viverem num condomínio, os condóminos estão sujeitos a um conjunto de direitos e de deveres.

Direitos
O condómino tem direito:
 Ao uso da sua fração e das partes comuns do prédio.
 A participar na gestão do prédio, ao assistir e votar nas reuniões de condomínio.
 A pedir informações sobre assuntos do prédio ao administrador (solicitando a apresentação do livro de atas e outros
documentos).
 Quanto a animais domésticos, sempre que sejam respeitadas as condições de salubridade e de tranquilidade da
vizinhança, podem ser alojados até três cães ou quatro gatos por apartamento.

Deveres
São deveres dos condóminos:
 Respeitar o regulamento do condomínio e cumprir as deliberações da assembleia.
 Participar nas despesas com as partes comuns do prédio (pagamento de quotas).
 Não utilizar a sua fração para usos opostos aos bons costumes, e dar-lhe uso de acordo com o fim a que se destina,
autorizando ao administrador do condomínio o acesso à sua fração, se este o solicitar.
 Não danificar o arranjo estético do edifício e a sua linha arquitetónica, ou a sua segurança, quer com obras novas,
quer por falta de reparação.
 Celebrar e atualizar o seguro contra os riscos de incêndio da sua fração e das partes comuns do edifício.
 Cumprir devidamente o cargo de administrador de condomínio, ou administrador provisório, quando lhe competir
por lei.
 Comunicar, por escrito, ao administrador, o seu domicílio, ou do seu representante, caso não esteja a residir no
prédio.
 Não praticar atos que tenham sido proibidos pelo título constitutivo ou posteriormente por deliberação da
assembleia de condóminos aprovada sem oposição.
 Comunicar aos moradores do edifício as atividades ruidosas de remodelação, recuperação ou conservação feitas na
sua fração.
Vizinhos barulhentos: onde apresentar queixa

25 de fevereiro 2015

Consoante a origem do ruído, habitações ou atividades


comerciais, dirija a sua reclamação às autoridades de
segurança pública e Serviço de Proteção da Natureza e do
Ambiente, ou à Câmara Municipal.

Em zonas com casas, escolas e hospitais, entre outros, festas ou obras de construção são interditas
entre as 20 e as 8 horas e aos sábados, domingos e feriados, exceto em situações pontuais de licença
especial.

As obras de recuperação remodelação ou conservação realizadas no interior de edifícios de habitação,


comércio ou serviços que produzam ruído em dias úteis, entre as 8 e as 20 horas, não precisam de uma
licença especial de ruído. O responsável pelas obras deve afixar em local acessível aos moradores do
edifício a duração prevista das obras e, quando possível, o período em que haverá maior intensidade de
ruído.
Compete à GNR, PSP ou SEPNA (Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente) receber as
reclamações relacionadas com o ruído da vizinhança proveniente das habitações e produzido por alguém
ou por um animal sob sua responsabilidade.
Se o ruído tiver origem noutro tipo de atividades, como funcionamento de estabelecimentos de
restauração e bebidas, ginásios, supermercados, recintos desportivos, espetáculos e festividades ao ar
livre, deverá contactar a respetiva Câmara Municipal.
Para o barulho de tráfego rodoviário em estradas nacionais, itinerários principais, complementares e
autoestradas, exponha a queixa às Estradas de Portugal, S.A. ou à concessionária da via.
Onde reclamar
 SEPNA (site):http://www.ci.esapl.pt/ecoesa/SOS%20ambiente.htm
 GNR (site): http://www.gnr.pt/default.asp
 PSP (site): https://queixaselectronicas.mai.gov.pt/
 Estradas de Portugal: 808 210 000
_____________________________________________________________________________

Ruído excessivo

Por correio registado ou e-mail, uma reclamação por escrito serve de prova e pode ser decisiva para resolver o
seu conflito. Guarde sempre cópias do envio.

1. Atividade: Redija uma carta de reclamação ao senhorio/proprietário da casa ou ao Administrador


de Condomínios expondo um problema de ruído que surgiu no seu prédio ou escreva ao empreiteiro
que construiu a sua vivenda, pois este não concluiu os pavimentos exteriores e já verifica infiltrações
das águas da chuva pelas paredes.
Identifique bem quem envia, o destinatário e a data e exponha claramente os factos (qual é a
situação, quem ou o que provoca o ruído ou as infiltrações). Siga o exemplo apresentado:

Nome completo do remetente


Morada completa do remetente
Nome completo do destinatário
Morada completa do destinatário
Localidade e data
Assunto: Reclamação por ruído excessivo

Exmos. Senhores,

Não obstante os meus sucessivos pedidos, V/Exa. não alterou o comportamento e, em consequência, o meu descanso e
o dos meus familiares tem sido perturbado diariamente com diversos tipos de ruídos a um nível altíssimo (por vezes,
até pela noite dentro, altura em que precisamos de descansar).
Venho, pois, desta forma, formalizar o meu pedido para que se abstenha de produzir os ruídos acima mencionados.
Desde já informo que, se a situação não se alterar, utilizarei todos os meios ao meu dispor para a resolução do
problema, denunciando os factos às autoridades policiais da nossa zona e recorrendo inclusivamente à via judicial.

Sem outro assunto de momento,


(Assinatura manuscrita)

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Moro numa casa arrendada. O senhorio pode proibir-me de instalar um aquário?


Ao contrário do que acontece com animais de estimação maiores como o cão e o gato, o senhorio em
princípio não pode proibir a instalação de um aquário, desde que não haja danos na casa. Os peixes
fazem parte dos “pequenos animais de estimação“, cuja manutenção é considerada dentro do âmbito da
utilização contratual da casa arrendada.
É possível haver uma danificação na casa se um aquário grande e pesado exceder a capacidade de carga
do chão. Assim, antes da instalação do aquário, informe-se acerca da capacidade de carga do seu chão.

Caso queira montar um viveiro de criação em sua casa, isso pode eventualmente ser considerado como
utilização não contratual da casa. A fim de evitar problemas, deve informar previamente o senhorio. A
situação legal não é clara no que diz respeito a este ponto.

2. Atividade: Redija um requerimento, dirigido à Câmara Municipal, a pedir deferimento para a


Obras de Ampliação da sua casa. Siga as instruções e o exemplo apresentado:

Requerimento:
1. Identificação do organismo a que se dirige.
2. Introdução
- contém os dados pessoais que identificam o requerente: nome, naturalidade, idade, profissão, morada,
número do B.I., número de contribuinte, etc..
3. Mensagem
- contém o pedido e as razões que o justificam:
 Exposição: espaço onde se explica detalhadamente o motivo do pedido enumerando, de forma
ordenada os argumentos e as causas (cada argumento pode ser precedido pela palavra QUE).
 Petição: espaço onde se expressa o que se solicita à pessoa ou entidade a que é dirigido o
requerimento (pode ser, por exemplo, a fórmula: SOLICITO a V. Ex.ª que...) 
4. Fecho: consta de três elementos que terminam o requerimento.
 Expressão da conclusão: Pede deferimento
 Data: por extenso, antecedida da indicação do lugar.
 Assinatura do requerente.
Exmo. Senhor Administrador dos Condomínios,

Mário Silva Correia, morador na Rua de Santa Catarina, n.º222, 8º, 4100-183 – Porto, portador do CC n.º
7862363 ZZ9, vem por este meio solicitar a V.ª Ex.ª que se digne tomar providências relativamente à
situação a seguir exposta: o meu descanso e o dos meus familiares tem sido bastante prejudicado pelos
latidos dos cães de um vizinho (que, presentemente, julgo já serem quatro). Além disso, as escadas e os
elevadores cheiram a urina e várias crianças têm aparecido, ultimamente, com pulgas. Não existindo
outros animais no prédio, é fácil concluir que os cães deste condómino estão na origem destes problemas.
Face ao exposto, o requerente vem por este meio solicitar que a Administração do Condomínio ponha
cobro a esta situação o mais depressa possível. Caso contrário, darei conta destes factos às autoridades
sanitárias e à câmara municipal para os efeitos que entenderem necessários.

Pede deferimento,

Porto, 20 de abril de 2015

O Requerente,
Mário Correia

A Formadora: Cristina Mamede

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