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CÓPIACONTROLADA

CÓPIA CONTROLADASTGQ
STGQ––HDT/EBSERH
HDT/EBSERH18/11/2021
18/11/2021

UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TOCANTINS
HOSPITAL DE DOENÇAS TROPICAIS
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PROTOCOLO
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Protocolo de Nutrição Clínica


002/ 2021 – Versão 2.0

HDT-UFT
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SUMÁRIO
1. SIGLAS ..........................................................................................................................................3
2. OBJETIVOS ....................................................................................................................................5
3. JUSTIFICATIVAS ............................................................................................................................5
4. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO ..............................................................................................................5
5. ATRIBUIÇÕES, COMPETÊNCIAS, RESPONSABILIDADES ................................................................6
6. ATENDIMENTO NUTRICIONAL (HISTÓRIA CLÍNICA/EXAME FÍSICO/EXAME DIAGNÓSTICO) ........7
6.1 Triagem nutricional ......................................................................................................................7
6.2 Avaliação do estado nutricional............................................................................................................8
6.2.1 História nutricional global e história alimentar ...........................................................9
6.2.2 Exame físico ................................................................................................................9
6.2.3 Exame antropométrico/composição corporal/ Índices antropométricos ..................... 11
6.2.4 Avaliação bioquímica .................................................................................................... 24
6.3 Diagnóstico nutricional ...........................................................................................................................37
6.4 Classificação do nível assistencial ...........................................................................................................38
7. TRATAMENTO INDICADO E PLANO TERAPÊUTICO .....................................................................40
7.1 Necessidades nutricionais ..................................................................................................................40
7.2 SUPORTE NUTRICIONAL .............................................................................................................45
7.2.1 Terapia Nutricional Oral .................................................................................................................45
7.2.2 Terapia Nutricional Enteral ............................................................................................................46
8. CRITÉRIOS DE INTERNAÇÃO .......................................................................................................46
9. CRITÉRIOS DE MUDANÇA TERAPÊUTICA/MONITORAMENTO ...................................................46
9.1. Registro de atendimento nutricional – evolução e conduta nutricional ................................................48
10. CRITÉRIOS DE ALTA ....................................................................................................................49
11. FLUXOGRAMAS ..........................................................................................................................50
12. REFERÊNCIAS .............................................................................................................................51
13. ANEXOS ......................................................................................................................................52
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1. SIGLAS
AI - Ingestão Adequada EMTN - Equipe Multiprofissional de Terapia
Nutricional
AJ – Altura do Joelho
ESPEN - European Society of Parenteral and
Alb. - Albumina
Enteral Nutrition
ALT - Alanina amino-transferase
F - Feminino
ASG- Avaliação Sugestiva Global
FA - Fosfatase alcalina
AST - Asparato amino-transferase
Fe – Ferro
AVC - Acidente Vascular Cerebral
GE - Gasto energético
C/I - Índice comprimento por idade
GGT - Gama- glutamil transpeptidase
Ca - Cálcio total
GH - Hormônio do crescimento
CB - Circunferência do Braço
GP – Ganho de Peso
CC - Circunferência da Cintura
HbA1c - Hemoglobina glicada (ou glicosada)
CHO - Carboidrato
HCM - Hemoglobina Corpuscular Média
CN - Conduta Nutricional
HCO3 - Bicarbonato
CO2 - Dióxido de carbono
HDA - História da doença atual
CP - Circunferência da Panturrilha
HDL – Lipoproteína de alta densidade
CPK - Creatina fosfoquinase
HDT - Hospital de Doenças Tropicais
DHL - Desidrogenase láctea
Hg - Hemoglobina
DN - Diagnóstico Nutricional
HIV – Vírus da imunodeficiência humana
DPOC – Doença pulmonar obstrutiva crônica
HMA – História médica atual
DRC - Doença renal crônica
HMP – História médica pregressa
E - Estatura aferida
HPP - História de doença pregressa
E.F. – Ensino Fundamental
HTC (Ht?) - Hematócrito
E.M. – Ensino Médio
ICC - Insuficiência Cardíaca Congestiva
E.S. – Ensino Superior
IMC - Índice de Massa Corporal
E/I - Índice estatura por idade
IMC/I - Índice de massa corporal para idade
EBSERH - Empresa Brasileira de Serviços
IMCPG - IMC pré-gestacional
Hospitalares
IRA – Insuficiência Renal Aguda
ECA - enzima conversora de angiotensina
LDL – Lipoproteína de baixa densidade
Eest - Estatura estimada
LES – Lúpus Eritematoso Sistêmico
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Lip - Lipídeos PP% - % Perda de peso ponderal
LRA - Lesão Renal Aguda PPG - Peso pré-gestacional
M - Masculino Ptn - Proteínas
Mg - Magnésio PTS - Plano Terapêutico Singular
MNA-SF - Miniavaliação Nutricional Versão RDA - Ingestão dietética recomendada
Reduzida RN - Recém-nascidos
NAF -Nível de atividade física STRONG Kids- Screening Tool Risk Nutritional
NCHS - National Center for Health Statistics Status and Growth
NPT – Nutrição Parenteral Total Tg - Trigicerídeos
NRS - Nutritional Risk Screening TGI – Trato gastrointestinal
P - Percentil TGO - Transaminase glutâmico oxaloacética
P/E - Índice peso/estatura TGP - Transaminase glutâmico-pirúvica
P/I - Índice peso/idade TMB - taxa metabólica basal;
PA - Peso Atual TNE – Terapia Nutricional Enteral
PAjust - Peso Ajustado TNO – Terapia nutricional oral
pCO2 - Pressão parcial do dióxido de carbono TP - Tempo de protrombina
PCR - Proteína C-reativa TSH - Hormônio tireotrófico
PEst - Peso Estimado TTP - Tempo da tromboplastina parcial
pH - equilíbrio ácido básico UFT - Universidade Federal do Tocantins
PH - Peso Habitual VCM - Volume corpuscular médio
PI - Peso Ideal VET – Valor Energético Total
pO2 – Pressão parcial de oxigênio
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2. OBJETIVOS

Definir os processos decisórios para oferecer a terapia nutricional adequada ao


paciente internado de acordo com as suas condições clínicas e necessidades nutricionais.
Considerando que a normatização de condutas no âmbito hospitalar se mostra necessária para a
otimização dos processos e evolução positiva do paciente. Na assistência nutricional, a
normatização orienta a conduta do nutricionista e garante uma prescrição dietética adequada que
contribui para melhora do estado geral do paciente.

3. JUSTIFICATIVAS

A desnutrição, frequente em pacientes hospitalizados, deve ser prevenida e tratada,


pois o estado nutricional prejudicado aumenta o risco de complicações e piora a evolução clínica.
No ambiente hospitalar, o nutricionista tem o objetivo de prover o cuidado de nutrição do paciente
desde o momento da admissão até sua alta hospitalar. A avaliação nutricional é o primeiro passo da
assistência nutricional. Ela tem como objetivo obter informações, a fim de identificar problemas
ligados à nutrição, sendo constituída de coleta, verificação e interpretação de dados fornecendo
subsídios para o diagnóstico nutricional e reavaliação periódica da evolução do estado nutricional
do paciente hospitalizado (CARVALHO, 2016).

Os métodos de avaliação nutricional são utilizados pelo nutricionista com finalidade


preditiva de risco nutricional e como demonstrativo da repleção nutricional. A avaliação e
monitorização adequada do estado nutricional do paciente devem ser utilizadas em associação com
métodos disponíveis na literatura. Apesar de apresentarem limitações, os métodos de avaliação
nutricional são essenciais e imprescindíveis para a elaboração da conduta do nutricionista (BRITO;
DREYER, 2003; CARVALHO, 2016).

4. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO

São critérios de inclusão todo paciente ambulatorial de nutrição e admitido na


internação do Hospital de Doenças Tropicais – UFT/EBSERH.
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5. ATRIBUIÇÕES, COMPETÊNCIAS, RESPONSABILIDADES

Quadro 1. Competências e atribuições do nutricionista clínico, HDT/UFT/EBSERH.


Nutricionista clínico
Competências Compete ao nutricionista clínico, no exercício de suas atribuições: prestar
assistência nutricional e dietoterápica; promover educação nutricional; planejar,
coordenar, supervisionar e avaliar estudos dietéticos; prescrever suplementos
nutricionais; solicitar exames laboratoriais; prestar assistência e treinamento
especializado em alimentação e nutrição a coletividades e indivíduos, sadios e
enfermos, em instituições públicas, em consultório de nutrição e dietética e em
domicílio.
Atribuições - Realizar diariamente visita aos leitos, incluindo ambiente protetor, (Ala A, B e
C) para assistência nutricional que consiste na realização de anamnese alimentar,
realização de exames físicos e antropométricos (circunferências do braço,
panturrilha, abdominal, cinturas e outras), de acordo com Protocolo de Nutrição
Clínica;
- Atender pacientes em Ambulatório de Nutrição conforme demanda do serviço
e atendendo aos programas cadastrados no hospital;
- Atuação no Plano Terapêutico Singular (PTS) junto à equipe multiprofissional
oferecendo ao paciente e acompanhante Educação Alimentar e Nutricional e
suporte para a continuidade do tratamento em domicílio;
- Orientar e supervisionar a distribuição e administração de dietas;
- Elaborar diariamente o mapa de dietas e repassar à Empresa Terceirizada,
respeitando o prazo estabelecido;
- Auxiliar o Setor de Hotelaria diariamente quanto à avaliação dos serviços
prestados pela Empresa Terceirizada de Alimentação (análise de cardápio e
sensorial através da degustação);
- Interagir com a equipe multiprofissional, definindo com esta, sempre que
pertinente, os procedimentos complementares à prescrição dietética;
- Registrar em prontuário do paciente, a prescrição dietética e a evolução
nutricional, de acordo com os protocolos de Nutrição Clínica;
- Realizar preceptoria das atividades de ensino referentes ao campo de estágio
acompanhando o aluno nas áreas do hospital.
- Integrar a EMTN (Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional), conforme
legislação em vigor, bem como, outras comissões implantadas no hospital.
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6. ATENDIMENTO NUTRICIONAL (HISTÓRIA CLÍNICA/EXAME FÍSICO/EXAME DIAGNÓSTICO)

6.1 Triagem nutricional

A triagem identifica o risco nutricional com o objetivo de realizar intervenção


precoce. A aplicação é realizada pelo nutricionista em até 48h da admissão do paciente em nível
hospitalar, com esforços para sua realização nas primeiras 24h (DITEN, 2018).

Foi estabelecido os seguintes instrumentos de triagem nutricional para aplicação no


HDT-UFT/EBSERH: Mini avaliação Nutricional Reduzida (MNA-SF) e Avaliação Subjetiva Global (ASG)
para pacientes idosos; Nutritional Risk Screening (NRS 2002) e Avaliação Subjetiva Global (ASG) para
pacientes adultos e o Screening Tool Risk Nutritional Status And Growth (Strong Kids) é um
instrumento de triagem para pacientes de 1 mês a 18 anos de idade. O algoritmo da triagem
nutricional está no item 11 representado pela figura 2.

-Miniavaliação Nutricional Reduzida (MNA-SF)

A MNA – SF (Anexo 1) é uma ferramenta de controle e avaliação utilizada para


identificar pacientes idosos com risco de desnutrição. É um método simples e rápido de
identificação de pacientes idosos que apresentam risco de desnutrição ou que já estão desnutridos.
Identifica o risco de desnutrição antes da ocorrência de mudanças de peso ou dos níveis de proteína
sérica.

-Avaliação Subjetiva Global (ASG)

A ASG (Anexo 2) é considerada um método para diagnosticar e classificar a


desnutrição. O instrumento tem boa reprodutibilidade e capacidade de prever complicações
relacionadas à desnutrição. Além disso, está indicada para pacientes com diferentes condições,
como cirurgia do trato gastrintestinal, câncer, hepatopatias e em pacientes renais crônicos em
hemodiálise. Por ser um método simples e de baixo custo, após treinamento adequado, a ASG pode
ser aplicada por qualquer profissional de saúde da equipe multiprofissional. O questionário foca
questões relacionadas à desnutrição crônica, como:

▪ Percentual de perda de peso nos últimos 6 meses;


▪ Modificação na consistência dos alimentos ingeridos;
▪ Sintomatologia gastrintestinal persistente por mais de 2 semanas;
▪ Presença de perda de gordura subcutânea e de edema.
Além disso, a ASG valoriza alterações funcionais que possam estar presentes. O método
classifica o paciente em:
▪ Bem-nutrido;
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▪ Moderadamente desnutrido ou suspeita de estar desnutrido;
▪ Gravemente desnutrido.

-Nutritional Risk Screening (NRS 2002)

O NRS 2002 (Anexo 3) detecta a desnutrição ou o risco de desenvolvê-la durante a


internação hospitalar. Além disso, classifica os pacientes segundo a deterioração do estado
nutricional e a gravidade da doença, ajustado à idade, quando superior a 70 anos. O NRS 2002 é
recomendado pela European Society of Parenteral and Enteral Nutrition (ESPEN), (ASBRAN, 2014).

-Screening Tool Risk Nutritional Status And Growth (Strong Kids)


O instrumento Strong Kids (Anexo 4) foi desenvolvido por pesquisadores holandeses. O
Strong Kids é composto por itens que avaliam a:
▪ Presença de doença de alto risco ou cirurgia de grande porte prevista;
▪ Perda de massa muscular e adiposa, por meio da avaliação clínica subjetiva;
▪ Ingestão alimentar e perdas nutricionais (diminuição da ingestão alimentar, diarreia
e vômito);
▪ Perda ou nenhum ganho de peso (em crianças menores de 1 ano).

Cada item contém uma pontuação, fornecida quando a resposta à pergunta for
positiva. A somatória dos pontos identifica o risco de desnutrição, além de guiar o aplicador sobre
a intervenção e o acompanhamento necessários. Os escores de alto risco do Strong Kids mostraram
associação significativa com o maior tempo de hospitalização. O instrumento é de aplicação fácil e
rápida (em média, 5 minutos) e apresenta resultados compatíveis com dados objetivos (peso e
estatura), (ASBRAN, 2014).

6.2 Avaliação do estado nutricional

A avaliação do estado nutricional consiste na coleta de dados antropométricos,


bioquímicos e físicos para ser usados na identificação de problemas, fazer comparações e verificar
mudanças com o tempo e após as intervenções. Após a coleta, os indicadores são comparados com
padrões de normalidade, definidos para cada população específica e interpretados pelo
nutricionista. Nesse momento, são identificados um ou mais problemas, chamados de diagnósticos
de nutrição, cuja relevância indica a necessidade de intervenção nutricional (ASBRAN, 2014).

Para direcionar o planejamento nutricional e o monitoramento das intervenções dos


pacientes hospitalizados e ambulatoriais foram estabelecidos os seguintes métodos para aplicação
na conduta do nutricionista do HDT-UFT/EBSERH:

▪ História nutricional global e história alimentar;


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▪ Exame físico nutricional;
▪ Exame antropométrico/composição corporal e
▪ Exame bioquímico.

6.2.1 História nutricional global e história alimentar

Por meio da anamnese alimentar (Anexo 5), são coletadas informações essenciais
que revelam deficiências, excessos ou interferências em aquisição, preparo, ingestão de alimentos,
absorção, metabolismo e excreção de nutrientes e líquidos. Ela investiga aspectos fisiológicos,
psicológicos, sociais, culturais e econômicos do indivíduo. Os dados demográficos – como nome,
idade, sexo, data de nascimento, endereço, ocupação, local de trabalho– são parte da coleta inicial
da história.

6.2.2 Exame físico

O exame físico pode ser dividido em: Tecidos de regeneração rápida e sistemas
corporais; Massa gorda e muscular; Condição hídrica corporal.

-Exame de quantidade subcutânea


▪ Examinar a perda de massa gordurosa subcutânea na região dos olhos e face (perda
da bola gordurosa de Bichat);
▪ Investigar olhos encovados ou pele flácida ao redor dos olhos e bochechas;
▪ Examinar as reservas de gordura do braço e classificar subjetivamente o grau de
perda de acordo com o quadro 2.

Quadro 2. Classificação do estado nutricional a partir da perda de gordura subcutânea.

Estado nutricional
Normal Desnutrição leve/moderada Desnutrição Grave
Nenhuma perda de gordura Sinais de perda em algumas Perda grande de gordura em
subcutânea. regiões. todas ou em uma região.
Fonte: Duarte, 2007.

-Exame abdominal
Realizar inspeção para identificar sinais específicos que auxiliem no diagnóstico nutricional:
Pele: avaliar presença de icterícia, palidez, coloração, estrias, erupções cutâneas e/ou
escaras;
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Contorno abdominal - abdômen côncavo (pouca reserva de gordura); abdômen
redondo ou protuberante (excesso de gordura ou tônus musculares debilitados, ascite, tumor,
gestação, distensão gasosa ou uma emergência abdominal);

Aparência geral - o abdômen deve estar simetricamente bilateral, sem massas e com
o umbigo no centro, sem descoloração ou drenagens.

Realizar palpação após a inspeção e envolve exame táctil para avaliar as estruturas
corporais incluindo: textura, tamanho, temperatura e mobilidade. Utilizada para detectar áreas
moles, áreas de rigidez muscular, tamanho de órgãos e presença de massas abdominais.

Palpação leve - deve ser realizada com o paciente em posição supina. Utilizar a palma
da mão ou dedos (não utilizar as pontas dos dedos). Segurar dois dedos juntos, com a mão
levantada, sem deslizar sobre o abdômen, quando apalpar nova área. Identifica-se: Rigidez
generalizada de músculos: pode ser um sinal de peritonite. Rigidez localizada: pode indicar
apendicite ou colecistite quando sentida sobre os órgãos afetados.

Palpação profunda - utilizar a parte plana da mão direita, coberta pela mão esquerda.
A ponta dos dedos exerce uma pressão suave e constante. Se ocorrer aumento da dor, suspeita-se
de peritonite generalizada, especialmente se à descompressão brusca houver piora da dor.

Realizar percussão: a percussão do abdome dá um som timpânico quando é feita


sobre órgãos que contém ar. Auxilia a delimitar os órgãos maciços, como fígado e baço, além de
massas e ascite. O timpanismo aumenta na presença de excesso de gases, como na aerofagia,
obstrução intestinal e pneumoperitônio.

-Exame do trato gastrointestinal superior e inferior

Cavidade oral – Verificar dificuldades de mastigação, dentes (ausentes ou quebrados,


presença e adaptação de prótese), lábios e gengivas (sangramento, cor anormal, lesões, fissuras ou
úlceras); língua (cor, presença de tremores, papilas, edema ou superfície anormal), hipo e
hipersalivação.

Esôfago - Verificar disfagia, odinofagia, pirose, dor, regurgitação, eructação, soluço,


sialorreia, engasgos, êmese e/ou hematêmese, algias, paresias.

Estômago – verificar presença de dor aguda ou crônica, dor intermitente ou


constante, dificuldade de digestão, gastroparesia, sensação de plenitude pós-prandial, náuseas,
hemese e/ou hematêmese e/ou vômito biliar.

Intestinos delgado e grosso - verificar presença de dor aguda ou crônica, dor


intermitente ou constante, paresia, diarreia, consistência das fezes, esteatorreia, melena,
obstipação e mudanças de ritmo intestinal, presença de fecaloma, distensão abdominal, entre
outros.
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Região anal - Verificar dificuldades de evacuação, dores ao evacuar, sangramentos,
melena, fístulas, lesões, hemorroidas, prurido anal, formação de massas, fissuras, pólipos, entre
outros.

6.2.3 Exame antropométrico/composição corporal/ Índices antropométricos


- Peso
Peso Atual (PA) – é o peso aferido na balança no dia ou em até 24 horas do atendimento,
devendo ser realizado conforme POP de Mensuração de Medidas Antropométricas.
Peso Habitual (PH) - referido pelo paciente como sendo o seu peso “normal”, relativo aos
últimos 6 meses (no máximo 1 ano). Deve ser utilizado quando não houver, por parte do paciente,
relato de perda de peso.
Peso Ideal (PI) – o peso ideal é definido segundo o IMC médio (FAO, 1985, Rezende; Pereira,
2014).
PI = Altura² (m) x IMC médio (Homens: 22,5 kg/m², Mulheres: 21,5 kg/m², Idosos: 24,5 kg/m²).
Peso Ajustado (PAjust) – estimado a partir do peso atual e do ideal.
Peso ajustado para obesidade:
PAjust = (PA – PI) x 0,25 + PI (Shills, 1998; Cuppari, 2002).
Peso ajustado para desnutrição.
PAjust = (PI - PA) x 0,25 + PA (Frankenfield et al., 2003).
Peso Estimado (PEst) – utilizado para os casos que são impossíveis de realizar a medida do
peso e não há outras formas de determiná-lo. O cálculo é feito conforme fórmula matemática
descrita no quadro 3.

Quadro 3. Estimativa do peso por meio da altura do joelho e circunferência do braço para indivíduos
do sexo feminino e masculino de 19 a 80 anos de idade (LEE; NIEMAN,1995).
Mulheres Raça Equações
19-59 Negra Peso = (AJx1,24) + (CBx2,97) - 82,48
19-59 Branca Peso = (AJx1,01) + (CBx2,81) - 66,04
60-80 Negra Peso = (AJx1,50) + (CBx2,58) - 84,22
60-80 Branca Peso = (AJx1,09) + (CBx2,68) - 65,51
Homens Raça Equações
19-59 Negro Peso = (AJx1,09) + (CBx3,14) - 83,72
19-59 Branco Peso = (AJx1,19) + (CBx3,21) - 86,82
60-80 Negro Peso = (AJx0,44) + (CBx2,86) - 39,21
60-80 Branco Peso = (AJx1,10) + (CBx3,07) - 75,81
Fonte: LEE & NIEMAN,1995

Outra possibilidade é a estimativa de peso pela equação de Rabito et al (2006):


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Peso (kg) = (0,5759 x circunferência do braço) + (0,5263 x circunferência da cintura) + (1,2452 x
circunferência da panturrilha) – (4,8689 x sexo, onde sexo masculino = 1 e feminino=2) -32,9241

Quando não for possível aferição de peso no momento da visita ao leito, utilizar peso
referido se for recente, caso paciente não saiba referir, utilizar peso estimado obtido por fórmula
matemática utilizando a circunferência braquial e altura do joelho, ou circunferência braquial, da
cintura e da panturrilha, caso não seja possível obter tais dados, utilizar peso estimado visualmente.
A tomada de decisão para escolha de qual peso utilizar será guiada pelo algoritmo representado na
Figura 1no item 11.

Em casos em que o paciente se apresenta edemaciado ou em presença de ascite


utiliza-se o peso seco, ou seja, peso descontado de edemas. O valor a ser descontado dependerá do
local e grau de edema apresentado pelo indivíduo (quadro 4, 5 e 6).

Quadro 4 Classificação de edema.


Depressão leve (2 mm)
Edema + Contorno normal
Associado com volume de líquido intersticial >30%
Depressão mais profunda (4 mm)
Edema ++ Contorno quase normal
Prolonga mais que edema +1
Depressão profunda (6 mm)
Edema +++ Permanece vários segundos após a pressão
Edema de pele óbvio pela inspeção geral
Depressão profunda (8 mm)
Permanece por tempo prolongado após a pressão
Edema ++++
Inchaço evidente.
Presença de sinal de cacifo.

Quadro 5. Estimativa de peso relativo à edema.


Edema Localização Excesso de peso hídrico (kg)
+ Tornozelo 1
++ Joelho 3-4
+++ Base da coxa 5-6
++++ Anasarca 10-12
Fonte: Matarense, 1997.

Quadro 6. Estimativa de peso relativo à ascite.


Edema Peso da ascite (kg) Edema periférico (kg)
Leve 2,2 1,0
Moderado 6,0 5,0
Grave 14,0 10,0
Fonte: Rezende e Pereira, 2014.
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% Perda de peso ponderal (PP%) é realizado com base no PA e PH e é utilizada para análise
de perda de peso de acordo com o tempo (quadro 7), utiliza-se a seguinte fórmula:
PP% =[(PH-PA) / PH] x 100
Quadro 7. Classificação da perda de peso de acordo com o tempo.
Período Perda moderada (%) Perda severa (%)
1 semana 1-2 >2
1 mês 5 >5
3 meses 7,5 > 7,5
6 meses 10 > 10
Fonte: Blackburn & Bistrian, 1977.

Porcentagem de adequação de peso: É uma classificação do estado nutricional através da


comparação do peso atual com o peso ideal (Quadro 8), por intermédio da fórmula:
Adequação do peso (%) = (PA / PI) x 100

Quadro 8. Classificação do estado nutricional de acordo com a adequação de peso.


Adequação de peso (%) Estado Nutricional
≤ 70 Desnutrição grave
70,1 – 80 Desnutrição moderada
80,1 – 90 Desnutrição leve
90,1 – 110 Eutrofia
110,1 – 120 Sobrepeso
> 120 Obesidade
Fonte: Blackburn & Thornton, 1979.

- Peso criança e adolescente

Para crianças menores de 1 ano utilizar balança pediátrica, caso não seja possível,
utilizar a balança eletrônica e pesar o acompanhante com a criança e descontar o peso do
acompanhante, se for o caso, utilizar peso referido, estimado (Quadro 9), e, em último caso ou peso
estimado visualmente.

O IMC médio para cálculo do peso ideal de adolescentes e crianças deve ser usado o
IMC para idade no percentil 50 ou escore-z igual a 0 (FAO, 1985, Rezende; Pereira, 2014).

Quadro 9. Estimativa do peso por meio da altura do joelho e circunferência do braço para indivíduos
do sexo feminino e masculino de 6 a 18 anos de idade ().
Mulheres Raça Equações
6-18 Negra Peso = (AJx0,71) + (CBx2,59) - 50,43
6-18 Branca Peso = (AJx0,77) + (CBx2,47) - 50,16
Homens Raça Equações
6-18 Negro Peso = (AJx0,59) + (CBx2,73) - 48,32
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6-18 Branco Peso = (AJx0,68) + (CBx2,64) - 50,08
Fonte: Lee & Nieman,1995

Para recém-nascidos (RN) deve-se utilizar a seguinte classificação:

Quadro 10. Classificação do RN de acordo peso de nascido.


Classificação Peso (g)
Extremo baixo peso < 1000
Muito baixo peso 1000 - 1499
Baixo peso 1500 - 2499
Peso insuficiente 2500-2900
Peso adequado 3000-4499
Tamanho excessivamente grande >4500
- Peso gestante e Nutriz

Peso pré-gestacional (PPG): É o peso mais recente até 2 meses anterior à gestação,
podendo ser usado o peso das primeiras 12 semanas quando não for possível obter essa informação.
O mesmo é utilizado para acompanhar o ganho de peso semanal, mensal, trimestral e total durante
a gestação (Quadro 11 e 12) e classificar o estado nutricional de acordo com o índice de massa
corporal pré-gestacional (IMCPG) que conduzirá a conduta da mesma.

Para as gestantes com estatura < 1,47m e adolescentes com estatura <1,45m, deve-
se utilizar o limite mínimo para ganho de peso como parâmetro. Já o ganho de peso superior a
0,5Kg/semana, principalmente após a 20ª semana, pode estar relacionado a doença hipertensiva
da gravidez e edema.

Perda de peso mensal recomendada após o parto:


• IMC < 18,5 à não promover a perda de peso
• IMC > 18,5 e < 25 à 0,8 kg/mês
• IMC > 25,0 e < 30 à 0,5 a 1 kg/mês
• IMC > 30,0 à 0,5 a 2 kg/mês

Quadro 11. Recomendação de ganho ponderal gestacional de acordo com a classificação do índice
de massa corporal pré-gestacional.
IMCPG Total (kg) 1º trimestre 2º e no 3º trimestres GP mínimo a partir do 2º
trimestre (kg/mês)
Baixo peso 12,5 a 18,0 2,0 Kg 0,44 a 0,58 (0,51) 1,0 kg/mês
Kg/semana
Adequado 11,5 a 16,0 1,5Kg 0,35 a 0,50 (0,42) 1,0 kg/mês
Kg/semana
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Sobrepeso 7,0 a 11,5 1,0Kg 0,23 a 0,33 (0,28) 0,5 kg/mês
Kg/semana
Obesidade 5,0 a 9,0 0,5Kg 0,17 a 0,27 (0,22) 0,5 kg/mês
Kg/semana
Fonte: Rasmussen e colaboradores, 2009

Quadro 12. Recomendação de ganho ponderal total por idade gestacional gemelar de acordo com
o estado nutricional pré-gestacional.
Idade gestacional Baixo peso (kg) Eutrofia (kg) Sobrepeso (kg) Obesidade (kg)
(semanas)
0-20 11,3 a 15,8 9,0 a 13,5 9,0 a 11,3 6,7 a 9,0
21-28 16,7 a 22,0 13,5 a 19,8 12,6 a 16,7 9,5 a 13,5
> 28 22,5 a 27,9 18,0 a 24,3 17,1 a 21,2 13,0 a 17,1
Fonte: Luke e colaboradores, 2003

- Estatura
A estatura será aferida preferencialmente no estadiômetro e quando não for possível,
pode-se aferir em estadiômetro acoplado em balança digital. Na impossibilidade de aferir a estatura
do paciente em pé, como acamados, idosos com acentuada cuvartura da coluna, a estatura poderá
ser referida, quando o paciente ou acompanhante for incapaz de relatar será utilizada a estatura
estimada por fórmula matemática ou estatura recumbente.
Estatura aferida (E) – é a altura aferida no dia ou em até 24 horas do atendimento.
Estatura estimada (EEst) – utiliza idade em anos e altura do joelho em centímetros (cm) e
aplica-se nas equações descritas no Quadro 13.
Altura do Joelho (AJ) deve ser determinada por meio da seguinte técnica (Lohman, et al.
1988):
O indivíduo deve estar sentado ou em posição supina, na impossibilidade de sentar. Dobra-
se a perna esquerda do mesmo até um ângulo de 90º com o joelho. Posicionar a base a fita métrica
no calcanhar do pé esquerdo e estender à tíbia até o ponto superior da patela (rótula do joelho). A
medida deve ser realizada, no mínimo duas vezes sucessivas que não extrapolem 5mm de variação.
Quadro 13. Estimativa da estatura por meio da altura do joelho para indivíduos do sexo feminino e
masculino acima de 19 anos de idade ().
Mulheres Negras Equações
19 – 60 anos Estatura = 68,10 + (1,86 x AJ) – (0,06 x I)
Mais de 60 anos Estatura = 58,72 + (1,96 x AJ)
Mulheres Brancas Equações
19 – 60 Anos Estatura = 70,25 + (1,87 x AJ) – (0,06 x I)
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Mais de 60 anos Estatura = 75,00 + (1,91 x AJ) – (0,07 x I)
Homens negros Equações
19 – 60 Anos Estatura = 73,42 + (1,79 x AJ)
Mais de 60 anos Estatura = 95,79 + (1,37 x AJ)
Homens Brancos Equações
19 – 60 Anos Estatura = 71,85 + (1,88 x AJ)
Mais de 60 anos Estatura = 59,01 + (2,08 x AJ)
AJ= altura do joelho (cm); I= idade (anos). Fonte: Chumlea et al., 1994

Outra estimativa segundo - Chumlea et al (1985):


Homens: Estatura = [64,19 – (0,04 x idade) ] + (2,02 x altura do joelho em cm) ]
Mulheres: Estatura = [84,88 – (0,24 x idade)} + (1,83 x altura do joelho em cm) ]
Estimativa pelo comprimento e extensão dos braços segundo Rabito et al (2006):
Estatura = 58,6940 – (2,9740 x sexo, onde masculino =1 e feminino =2) – (0,0736 x idade em anos)
+ (0,4958 x comprimento do braço em cm) + (1,1320 x metade da extensão dos braços em cm)

Estatura recumbente – o paciente deve estar em posição supina, com o leito em


posição horizontal completa. Em seguida, é marcado no lençol a altura do topo da cabeça e da base
do pé (lado direito); por fim é medido as marcas com uma fita métrica (Martins, 2010).

Extensão dos braços (envergadura do braço) – essa medida pode ser tomada com o
indivíduo na horizontal, aferindo a distância entre os dáctilos maiores. No caso de utilizar a
semienvergadura do braço (medir da incisura jugular do esterno ao dáctilo maior de qualquer um
dos braços), multiplicar o valor por dois (Kwok; Writelow, 1991).

- Estatura criança e adolescente


Quadro 14. Estimativa da estatura por meio da altura do joelho para indivíduos do sexo feminino e
masculino de 6 a 18 anos de idade (CHUMLEA et al., 1994).
Mulheres Negras Equações
6 – 18 anos Estatura = 46,59 + (2,02 x AJ)
Mulheres Brancas Equações
6 – 18 Anos Estatura = 43,21 + (2,14 x AJ)
Homens negros Equações
6 – 18 Anos Estatura = 39,60 + (2,18 x AJ)
Homens Brancos Equações
6 – 18 Anos Estatura = 40,54 + (2,22 x AJ)
Fonte: Chumlea et al., 1994

Estimativa da estatura para crianças (Stevenson, 1995):


Estatura = [2,69 x altura do joelho (cm) ] + 24,2
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-IMC
O IMC é dado pela fórmula a seguir e classificado para adultos conforme quadro 15 e para
idoso conforme quadro 16.
IMC = P / E2
Quadro 15. Classificação do IMC para adultos.
Classificação IMC (kg/m²)
Magreza/ Desnutrição grau III < 16
Magreza/ Desnutrição grau II 16 – 16,9
Magreza/ Desnutrição grau I 17 – 18,4
Eutrofia 18,5 – 24,9
Sobrepeso/ Pré-obesidade 25 – 29,9
Obesidade grau I 30 – 34,9
Obesidade grau II 35 – 39,9
Obesidade grau III ≥ 40
Fonte: WHO, 1995

Quadro 16. Classificação de IMC para idosos.


Classificação IMC (kg/m²)
Baixo Peso < 23,0
Eutrofia 23,0 – 27,9
Sobrepeso 28,0 – 29,9
Obesidade > 30
Fonte: OPAS, 2002/2003

-IMC gestantes

Em gestantes, utiliza-se comumente o IMC pré-gestacional para avaliar o estado


nutricional da gestante (Quadro 16). Sendo muito importante o acompanhamento do IMC de acordo
com a idade gestacional, usando como referência a curva de Atalah (1997)

Quadro 17. Classificação de IMC para gestantes.


Adolescentes (até 2 anos
Adultas
após menarca) Diagnóstico Nutriconal
IMC pré-gestacional (Kg/m²) ESCORE-Z
< 18,5 < -2 Baixo peso
18,5 – 24,9 ≥ -2 e < +1 Eutrofia
25 – 29,9 ≥ +1 e < +2 Sobrepeso
≥ 30 ≥ +2 Obesidade
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-Índices Antropométricos

Para a avaliação do estado nutricional da criança e do adolescente, o Ministério da


Saúde adota as recomendações da Organização Mundial de Saúde de 2006 e 2007. Essas curvas se
apresentam em percentil e escore-z, sendo essa última mais específica para avaliar a gravidade do
distúrbio nutricional. As curvas em escore-Z se apresentam nos Anexos 7 a 22 e os pontos de corte
para classificar o estado nutricional estão nos Quadros de 18 a 20.

- Índice peso/idade (P/I)

Relaciona a massa corporal à idade da criança. Sua limitação consiste e não diferencia
o comprometimento nutricional em atual ou pregresso.

- Índice comprimento ou estatura/idade (E/I ou C/I)

Expressa o crescimento linear da criança e o efeito cumulativo de situações adversas,


sendo o índice mais sensível para aferir a qualidade de vida da criança.

- Índice peso/estatura (P/E)

Não necessita da idade da criança e expressa a harmonia entre as dimensões de


massa corporal e altura, porém não fornece um diagnóstico preciso de sobrepeso e obesidade.

- Índice de massa corporal para idade (IMC/I)

É o indicador para avaliar a proporção entre a massa corporal e a altura e em relação


à idade. Muito utilizado para avaliar o estado nutricional de adolescente, principalmente.

-Classificação:

Quadro 18. Classificação do estado nutricional de crianças menores de 5 anos ().


VALORES CRÍTICOS P/I P/E IMC/I E/I
Muito baixo Magreza Magreza Muito baixa
< Percentil 0,1 <Escore-z -3
peso p/ idade acentuada acentuada estatura p/ idade
≥ Percentil 0,1 ≥ Escore-z -3 e Baixo peso p/ Baixa estatura p/
Magreza Magreza
e < Percentil 3 < Escore-z -2 idade idade
≥ Percentil 3 e ≥ Escore-z -2 e
Eutrofia Eutrofia
< Percentil 15 < Escore-z -1
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≥ Percentil 15 e ≥ Escore-z -1 e
Peso
≤ Percentil 85 < Escore-z +1 Risco de Risco de
adequado p/
> Percentil 85 e > Escore-z +1 e sobrepeso sobrepeso
idade
≤ Percentil 97 ≤ Escore-z +2 Estatura
> Percentil 97 e adequada para a
> Escore-z +2 e
≤ Percentil Sobrepeso Sobrepeso idade
≤ Escore-z +3 Peso elevado
99,9
p/ idade
> Percentil
> Escore-z +3 Obesidade Obesidade
99,9
Fonte: Brasil, 2011

Quadro 19. Classificação do estado nutricional de crianças de 5 a 10 anos (Brasil, 2011).


VALORES CRÍTICOS P/I IMC/I E/I
Muito baixo peso p/ Muito baixa
< Percenti 0,1 <Escore-z -3 Magreza acentuada
idade estatura p/ idade
≥ Percentil 0,1 e ≥ Escore-z -3 e Baixa estatura p/
Baixo peso p/ idade Magreza
< Percentil 3 < Escore-z -2 idade
≥ Percentil 3 e ≥ Escore-z -2 e
< Percentil 15 < Escore-z -1
Eutrofia
≥ Percentil 15 e ≥ Escore-z -1 e Peso adequado p/
≤ Percentil 85 < Escore-z +1 idade
Estatura adequada
> Percentil 85 e > Escore-z +1 e
Sobrepeso para a idade
≤ Percentil 97 ≤ Escore-z +2
> Percentil 97 e > Escore-z +2 e
Peso elevado p/ Obesidade
≤ Percentil 99,9 ≤ Escore-z +3
idade
> Percentil 99,9 > Escore-z +3 Obesidade grave
Fonte: Brasil, 2011

Quadro 20. Classificação do estado nutricional de adolescentes (Brasil, 2011).


VALORES CRÍTICOS IMC/I E/I
Muito baixa estatura p/
< Percenti 0,1 <Escore-z -3 Magreza acentuada
idade
≥ Percentil 0,1 e ≥ Escore-z -3 e
Magreza Baixa estatura p/ idade
< Percentil 3 < Escore-z -2
≥ Percentil 3 e ≥ Escore-z -2 e
< Percentil 15 < Escore-z -1
Eutrofia
≥ Percentil 15 e ≥ Escore-z -1 e
≤ Percentil 85 < Escore-z +1
Estatura adequada para a
> Percentil 85 e > Escore-z +1 e
Sobrepeso idade
≤ Percentil 97 ≤ Escore-z +2
> Percentil 97 e > Escore-z +2 e
Obesidade
≤ Percentil 99,9 ≤ Escore-z +3
> Percentil 99,9 > Escore-z +3 Obesidade grave
Fonte: Brasil, 2011
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- Circunferências:

- Circunferência da Cintura (CC)

A circunferência da cintura deve, inicialmente, ser localizado o ponto médio entre a


crista ilíaca e a última costela, onde a fita será posicionada sem pressionar a pele. A classificação da
CC é apresentada no Quadro 21 para adultos e idosos e no Quadro 22 para crianças e adolescente.

Quadro 21. Classificação e risco de complicações metabólicas associadas à circunferência da


cintura
Sem risco Risco moderado Alto risco
Homem <94 cm 94 a 102 cm >102 cm
Mulher <80 cm 80 a 88 cm >88 cm
Fonte: WHO, 1997.

Quadro 22. Classificação de obesidade abdominal em crianças e adolescentes de acordo com a


circunferência da cintura.
Idade (anos) Meninos Meninas
3 ≥ 53,1 ≥ 50,3
4 ≥ 55,6 ≥ 53,3
5 ≥ 58,0 ≥ 56,3
6 ≥ 60,4 ≥ 58,2
7 ≥ 62,9 ≥ 62,0
8 ≥ 65,3 ≥ 64,7
9 ≥ 67,7 ≥ 67,3
10 ≥ 70,1 ≥ 69,6
11 ≥ 72,4 ≥ 71,8

Continuação do Quadro 22. Classificação de obesidade abdominal em crianças e adolescentes de


acordo com a circunferência da cintura.
Idade (anos) Meninos Meninas
12 ≥ 74,7 ≥ 73,8
13 ≥ 76,9 ≥ 75,6
14 ≥ 79 ≥ 77
15 ≥ 81,1 ≥ 78,3
16 ≥ 83,1 ≥ 79,1
17 ≥ 84,9 ≥ 79,8
Fonte: Taylor et al., 2000.
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- Circunferência do braço

A circunferência do braço é um bom indicador de reserva muscular. Para medir a


circunferência do braço o medidor deve posicionar a fita métrica no ponto médio entre o processo
acromial da escápula e o olécrano do braço esquerdo (preferencialmente) do paciente sem
compressão. A classificação da CB é apresentada no Quadro 23 a 26. Utiliza-se os percentis 5 e 95
como pontos de corte inferior e superior de normalidade, respectivamente. Valores abaixo do
percentil 10 e acima do percentil 90 refletem situações que necessitam de vigilância (Quadro 28).

A circunferência do braço, pode ser usada isoladamente com adequação da medida,


por meio do percentil 50, por intermédio da fórmula abaixo e classificação de acordo com o Quadro
27. Adequação da CB (%) = (CB obtida (cm) / CB percentil 50) x 100

Quadro 23. Percentil da circunferência do braço (cm) para homens de 1 a 90,9 anos.
IDADE EM PERCENTIL
ANOS 5 10 15 25 50 75 85 90 95
1,0 – 1,9* 14,2 14,7 14,9 15,2 16,0 16,9 17,4 17,7 18,2
2,0 – 2,9 14,2 14,5 14,8 15,2 16,0 16,8 17,2 17,5 17,9
3,0 – 3,9 14,4 14,8 15,2 15,6 16,6 17,5 18,0 18,3 18,9
4,0 – 4,9 14,4 14,9 15,3 15,8 16,9 18,0 18,6 19,0 19,6
5,0 – 5,9 14,4 15,0 15,4 16,1 17,3 18,5 19,2 19,7 20,4
6,0 – 6,9 14,5 15,2 15,7 16,5 17,9 19,4 20,2 20,7 21,5
7,0 – 7,9 14,8 15,6 16,2 17,0 18,7 20,4 21,3 21,9 22,9
8,0 – 8,9 15,2 16,1 16,7 17,7 19,5 21,4 22,4 23,1 24,2
9,0 – 9,9 15,6 16,6 17,3 18,4 20,4 22,4 23,6 24,4 25,6
10,0 – 10,9 16,1 17,2 17,9 19,1 21,2 23,5 24,8 25,6 26,9
11,0 – 11,9 16,7 17,9 18,7 20,0 22,3 24,8 26,2 27,1 28,5
12,0 – 12,9 17,5 18,8 19,7 21,1 23,6 26,3 27,8 28,8 30,4
13,0 – 13,9 18,5 19,9 20,8 22,3 25,0 27,8 29,4 30,5 32,1
14,0 – 14,9 19,7 21,1 22,0 23,5 26,2 29,1 30,7 31,8 33,4
15,0 – 15,9 20,9 22,2 23,1 24,5 27,2 29,9 31,4 32,5 34,0
16,0 – 16,9 22,1 23,1 24,2 25,5 28,0 30,5 31,9 32,9 34,3
17,0 – 17,9 23,1 24,4 25,2 26,5 28,9 31,4 32,8 33,7 35,2

Continuação do Quadro 23. Percentil da circunferência do braço (cm) para homens de 1 a 90,9 anos.
IDADE EM PERCENTIL
ANOS 5 10 15 25 50 75 85 90 95
18,0 - 18,9 23,9 25,2 26,1 27,5 30,0 32,7 34,2 35,2 36,7
19 – 19,9 24,5 25,8 26,7 28,0 30,5 33,1 34,5 35,5 36,9
20,0 – 29,9 26,1 27,3 28,2 29,4 31,8 34,2 35,6 36,5 37,8
30- 39,9 26,3 27,6 28,5 29,8 32,3 34,9 36,3 37,3 38,7
40,0 – 49,9 26,9 28,2 29,1 30,5 33,0 35,7 37,1 38,1 39,6
50,0 – 59,9 26,6 27,9 28,8 30,1 32,6 35,2 36,6 37,6 39,0
60 – 69,9 26,5 27,6 28,5 29,7 32,0 34,4 35,7 36,5 39,7
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70,0 – 70,9 25,1 26,2 27,1 28,3 30,6 32,9 34,2 35,1 36,4
80,0 – 90,9 23,5 24,7 25,5 26,7 28,9 31,2 32,5 33,4 34,7
Fonte: Frisancho (1990)

Quadro 24. Percentil da circunferência do braço (cm) para mulheres de 1 a 90,9 anos.
IDADE EM PERCENTIL
ANOS 5 10 15 25 50 75 85 90 95
1,0 – 1,9* 13,6 14,1 14,4 14,8 15,7 16,4 17,0 17,2 17,8
2,0 – 2,9 13,8 14,3 14,6 15,0 15,9 16,8 17,3 17,6 18,1
3,0 – 3,9 14,1 14,6 15,0 15,5 16,5 17,5 18,1 18,5 19,1
4,0 – 4,9 14,1 14,7 15,1 15,6 16,7 17,9 18,6 19,0 19,7
5,0 – 5,9 14,3 14,9 15,4 16,0 17,4 18,8 19,6 20,2 21,0
6,0 – 6,9 14,4 15,1 15,7 16,5 18,1 19,8 20,8 21,5 22,5
7,0 – 7,9 14,6 15,4 16,0 16,9 18,7 20,7 21,8 22,6 23,8
8,0 – 8,9 15,0 15,9 16,5 17,5 19,5 21,6 22,9 23,7 25,1
9,0 – 9,9 15,7 16,7 17,3 18,4 20,4 22,7 24,0 25,0 26,4
10,0 – 10,9 16,7 17,7 18,5 19,6 21,8 24,2 25,6 26,5 28,0
11,0 – 11,9 17,8 18,9 19,6 20,8 23,2 25,7 27,2 28,3 29,9
12,0 – 12,9 18,7 19,8 20,6 21,9 24,4 27,1 28,7 29,8 31,6
13,0 – 13,9 19,3 20,5 21,3 22,6 25,2 28,1 29,7 30,9 32,7
14,0 – 14,9 19,7 21,0 21,8 23,1 25,8 28,7 30,4 31,6 33,4
15,0 – 15,9 20,1 21,3 22,2 23,5 26,2 29,2 30,9 32,1 33,9
16,0 – 16,9 20,3 21,6 22,5 23,8 26,6 29,6 31,3 32,5 34,4
17,0 – 17,9 20,4 21,6 22,5 23,9 26,6 29,6 31,4 32,6 34,5
18,0 - 18,9 20,3 21,6 22,5 23,9 26,7 29,8 31,6 32,8 34,8
19 – 19,9 20,5 21,8 22,7 24,0 26,8 29,8 31,5 32,8 34,7
20,0 – 29,9 21,4 22,7 23,7 25,2 28,1 31,4 33,3 34,6 36,7
30- 39,9 23,1 24,6 25,6 27,1 30,3 33,7 35,7 37,1 39,3
40,0 – 49,9 24,2 25,6 26,6 28,2 31,4 34,8 36,8 38,2 40,4
50,0 – 59,9 24,4 25,9 27,0 28,6 31,9 35,4 37,5 38,9 41,2
60 – 69,9 24,3 25,7 26,7 28,3 31,4 34,7 36,7 38,1 40,2
70,0 – 70,9 23,1 25,4 25,4 26,9 29,9 33,1 35,0 36,3 38,4
80,0 – 90,9 21,5 22,7 23,6 25,0 27,8 30,9 32,7 33,9 35,8
Fonte: Frisancho (1990) e Frisancho (2008)

Quadro 25. – Percentil da circunferência do braço (cm) para homens idosos (≥ 60 anos).
Percentil
IDADE EM ANOS
5 10 25 50 75 90 95
60-64 24,90 27,00 29,00 30,00 32,00 35,00 37,00
65-69 24,55 27,00 29,00 30,00 32,00 34,90 36,00
70-74 24,00 26,00 27,00 30,00 32,00 34,00 35,25
75-79 23,00 24,00 26,00 29,00 31,00 33,00 35,00
≥80 22,00 23,00 25,00 28,00 30,00 32,00 33,00
Fonte: Barbosa AR, Souza JMP, Lebrão ML, Laurenti R, Marucci MFN, 2005.
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Quadro 26. – Percentil da circunferência do braço (cm) para mulheres idosas (≥ 60 anos).
Percentil
IDADE EM ANOS
5 10 25 50 75 90 95
60-64 26,00 28,00 30,00 33,00 35,00 37,00 39,00
65-69 25,00 27,00 28,00 31,00 34,00 36,00 38,45
70-74 24,00 25,00 28,00 31,00 34,00 37,00 40,00
75-79 24,00 26,00 28,00 31,00 33,00 36,00 38,00
≥80 22,00 23,00 26,00 29,00 31,00 34,00 35,15
Fonte: Barbosa AR, Souza JMP, Lebrão ML, Laurenti R, Marucci MFN, 2005.

Quadro 27. – Estado nutricional segundo adequação da CB.


Adequação da CB (%) Estado nutricional
<70 Desnutrição grave
≥ 70 a < 80 Desnutrição moderada
≥ 80 a < 90 Desnutrição leve
≥ 90 a < 110 Eutrofia
110 a 120 Sobrepeso
> 120 Obesidade
Fonte: Rezende & Pereira, 2014.

Quadro 28. – Estado nutricional segundo classificação da CB em percentis.


Percentil Estado nutricional
<P5 Desnutrição
P5-P10 Risco de desnutrição
P10-P90 Eutrófica
>P90 Obesidade ou musculatura desenvolvida
Fonte: Barbosa AR, Souza JMP, Lebrão ML, Laurenti R, Marucci MFN, 2005.

- Circunferência da panturrilha

Para proceder a mensuração da circunferência da panturrilha o indivíduo deve estar


sentado, com os joelhos flexionados a 90°, com o calcanhar apoiado sobre a cama ou cadeira. Com
uma fita métrica envolvendo a panturrilha, mover a fita para cima e para baixo até encontrar um
perímetro máximo, ou seja, a maior circunferência (WHO, 1995).

Uma CP inferior ao ponto de corte indica perda de massa magra, possivelmente


associada à sarcopenia. Ponto de corte: 31 cm (Guigoz et al., 1999).

Quadro 29. – Percentil da circunferência da panturrilha (cm) para homens idosos (≥ 60 anos).
Percentil
IDADE EM ANOS
5 10 25 50 75 90 95
60-64 30,9 32,0 34,0 36,0 38,5 40,2 43,0
65-69 31,5 32,0 34,0 36,0 38,0 40,0 42,5
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70-74 30,7 31,0 32,5 35,0 38,0 39,0 40,0
75-79 29,0 30,9 33,0 35,0 38,0 40,0 41,5
≥80 27,0 29,0 31,0 34,0 36,0 38,0 39,0
Fonte: Barbosa AR, Souza JMP, Lebrão ML, Laurenti R, Marucci MFN, 2005.

Quadro 30. – Percentil da circunferência da panturrilha (cm) para mulheres idosas (≥ 60 anos).
Percentil
IDADE EM ANOS
5 10 25 50 75 90 95
60-64 31,0 32,0 34,0 36,0 40,0 42,0 44,0
65-69 29,5 31,0 33,0 36,0 38,0 41,0 42,0
70-74 29,0 30,0 33,0 36,0 39,0 41,0 42,0
75-79 29,0 30,0 32,0 35,0 37,5 40,0 41,0
≥80 27,0 28,0 31,0 34,0 36,0 38,0 41,0
Fonte: Barbosa AR, Souza JMP, Lebrão ML, Laurenti R, Marucci MFN, 2005.

Quadro 31. – Estado nutricional segundo classificação da CP em percentis.


Percentil Estado nutricional
<P5 Desnutrição
P5-P10 Risco de desnutrição
P10-P90 Eutrófica
>P90 Obesidade ou musculatura desenvolvida
Fonte: Barbosa AR, Souza JMP, Lebrão ML, Laurenti R, Marucci MFN, 2005.

6.2.4 Avaliação bioquímica

Os parâmetros de avaliação laboratorial são importantes auxiliares na identificação


precoce de alterações nutricionais, eles não devem, de maneira nenhuma, ser utilizados
isoladamente para estabelecer um diagnóstico nutricional. Abaixo são apresentados alguns exames
bioquímicos e sua interpretação (Quadro 32).
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Quadro 32. Exames bioquímicos, valores de referência e possíveis causas e significados das
alterações.
Exame Valores de referência Análise
Albumina Adultos - Vida média: 14-20 dias;
3,5 – 5,5 g/dL - Reflete o estado nutricional através das reservas proteicas
1-30 dias: 2,6-4,3 viscerais;
31-182dias: 2,8-4,6 -Depleção proteica crônica;
183-356dias: 6,0-8,0 - Manutenção da pressão oncótica
1-18anos: -Transportadora de Ca, Zn, Mg, ácidos graxos e outros.
2,9-4,7 ↑ - na desidratação
↓ - em hiper-hidratação (edema, ascite), neoplasias, má absorção,
carência nutricional, carência de zinco, desnutrição, diarreia e
enteropatia perdedora de proteína, idosos, gestação, eclampsia,
inflamação crônica, perdas profusas (sindrome nefrótica,
glomerulopatias queimaduras, hemorragia etc), síntese inadequada
(doença hepática crônica, insuficiência cardíaca congestiva,
disproteinemia familiar, etc.); estresse, infecções agudas, acidose
metabólica, sarcoidose, colagenoses, doenças granulomatosas, ,
doenças inflamatórias intestinais, hipertireoidismo
Depleção proteica: leve = 3,0-3,5g/dL; moderada = 2,4-2,9g/dL;
grave <2,4g/dL
Amilase 29 – 103 U/L Útil no diagnóstico de pancreatites e parotidites.
↑ - Na pancreatite aguda (pico após 4 a 6h; começa a normalizar
dentro de 48h a 72h) ou exacerbação da crônica, caxumba, úlcera
péptica perfurada, intoxicação por álcool, insuficiência renal,
colecistite aguda, obstrução do ducto pancreático ou biliar.
↓ - Em hepatite, cirrose, insuficiência hepática, cirrose, insuficiência
pancreática, toxemia de gestação, queimaduras severas.
Amônia 0-10 dias: 100- - Produzida pelos rins e por bactérias intestinais a partir da
200µmol/L degradação de aminoácido. Útil na avaliação de pacientes c/
11 dias a 1 ano: 40 – distúrbio da consciência de causa indeterminada e no
80 mcg/dL acompanhamento das hepatopatias.
> 2 anos: 11-35mol/L ↑ - na doença hepática ou coma (cirrose ou hepatite severa),
ou 80-100mcg/dL insuficiência cardíaca severa c/ hepatomegalia congestiva,
azotemia, pericardite, enfisema pulmonar, bronquite aguda,
síndrome de Reye, sangramento ou obstrução GI, eritroblastose
fetal, desordens metabólicas genéticas do ciclo da ureia, jejum
prolongado c/ nutrição parenteral, com dieta hiperproteica,
exercício extenuante, terapia com valproato sódico, acetazolamida,
cloreto de amônio, barbituratos, diuréticos, morfina, narcóticos.
↓ - na hipertensão essencial, hipertensão maligna,
hiperornitinemia. Uso dos fármacos: antibióticos de largo espectro,
lactulose, sais de potássio, levodopa, lactobacilos.
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Continuação do Quadro 32. Exames bioquímicos, valores de referência e possíveis causas e
significados das alterações.
Bicarbonato - Equilíbrio acidobásico
(HCO3) Arterial: 20- - Situações normais: base: ácido 20:1
30mEq/L ↑ - na alcalose metabólica (↓ácidos e ↑ HCO3 no líquido extracelular),
RN: 16-24mEq/L acidose/depressão respiratória, enfisema, vômito, aldosteronismo.
↓ - acidose metabólica, insuficiência renal, cetoacidose diabética,
Venoso acidose lática, diarreia, alcalose/estímulo respiratório (hiperventilação,
22-29mmol/L/l histeria, falta de O2, febre, salicilatos), hiperparatireoidismo primário,
plasma privação alimentar prolongada.
Bilirrubina Adultos Total: - Principal produto do catabolismo da hemoglobina. Útil na avaliação
0,1-1,2mg/dL de hepatopatias e de quadros hemolíticos, em particular, na avaliação
da icterícia do recém-nascido. Bilirrubina direta: mede a bilirrubina
Criança >1mês conjugada ou pós-hepática. Bilirrubina indireta: mede a bilirrubina não-
Total: 0,2 – 1,0 conjugada: no dano hepática e anemia hemolítica.
mg/dL ↑ - no dano hepatocelular, obstrução biliar, toxidade por droga,
hemólise, jejum prolongado, icterícia fisiologia neonatal,
Direta: 0,1- hipotireoidismo, sepse, transfusão de sangue em grandes volumes,
0,6mg/dL resolução de grande hematoma, anemias perniciosa, falciforme e
hemolítica. Uso de fármacos: alopurinol, ácido ascórbico, antibióticos,
Indireta: ácido nicotínico (grandes doses), antimalárico, azatioprina,
Até 1,0mg/dL clorpropamida, codeína, colinérgico, contraceptivos orais, dextran,
diuréticos, epinefrina, esteroides, fenotiazina, inibidores da MAO,
meperidina, metildopa, metotrexato, morfina, quinidina, rifanpina,
salicilatos, sulfonamidas, teofilina, vitamina A.
↓ - uso dos fármacos: barbituratos, cafeína, penicilina, salicilatos
(grandes doses).
Cálcio total Adultos: 8,8 - 50% lifado às proteínas séricas, principalmente à albumina e globulina.
(Ca) 11mg/dL 48% ionizado. 1-2% complexado c/ ácidos orgânicos. Possui função
muscular e nervosa, mineralização de ossos e dentes, e secreção
Pré-escolar/ hormonal. Regulador metabólico intracelular. Participa da coagulação
escolar: 8,8-10,8 sanguínea e é responsável pelo transporte da vitamina B12 através do
trato gastrointestinal. É útil no diagnóstico e acompanhamento de
Lactente: 9- distúrbios do metabolismo de cálcio, fósforo, incluindo doenças ósseas,
11mg/dL nefrológicas e neoplásicas
↑ - (hipercalcemia): no câncer, hiperparatireoidismo, insuficiência
RN:6-11mg/dL adrenal, hipertireoidismo, doença óssea de Paget, imobilização
prolongada, ingestão excessiva de vitamina D ou cálcio, uso em longo
prazo de diuréticos tiazídicos, acidose respiratória, DRC, doenças
granulomatosas.
↓ - (hipocalcemia): na hipoalbuminemia, deficiência de vitamina D,
uremia, fósforo elevado, alcalose, diarreia, hipoparatireoidismo, espru,
osteomalácia, má-absorção, pancreatite aguda, hipomagnesemia,
privação alimentar prolongada, uso de esteroides.
Correção de cálcio para os níveis de albumina sérica:
Ca corrigido (mg/dL) = [4,0 - alb. Do paciente (g/dL) x 0,8 + CA medido
(mg/dL)
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Continuação do Quadro 32. Exames bioquímicos, valores de referência e possíveis causas e
significados das alterações.
Colesterol Adultos: Avaliação do risco de doenças coronarianas. Funções fisiológicas
total Desejável < 200mg/ dL incluindo na síntese de ácidos biliares, hormônios esteroides e
Limite 200-239mg/ dL membrana celular. Níveis elevados têm sido implicados em
Elevado ≥240mg/ dL processos ateroscleróticos.
↑ - na hiperlipidemia, icterícia obstrutiva, cirrose biliar, diabetes
2-19 anos: mellitus não controlado, hipotireoidismo, obesidade, dieta rica
Desejável < 150mg/ dL em gordura, estresse, xanomatose, infarto de miocárdio,
Limite 150-170mg/ dL aterosclerose, doença cardiovascular, síndrome nefrótica, DRC,
Elevado ≥170mg/ dL gestação, uso de álcool. Uso de fármacos: ACTH, esteroides
anabólicos, beta-bloqueadores, corticosteroides, epinefrina,
contraceptivos orais, dilantina, sulfonamidas, diuréticos
tiazídicos, vitamina D, ciclosporina
↓ - na má-absorção, desnutrição, doença hepática, estresse,
anemia, sepse, hipertireoidismo, anemias hemolítica e
perniciosa, infarto agudo de miocárdio, dieta pobre em gordura,
AIDS. Uso dos fármacos: alopurinol, andrógenos, quelantes de
sais biliares, captopril, clorpropamida, clofibrato, colchicina,
eritromicina, citomel, mevacor, neomicina, niacina, colestipol,
inibidores da MAO, nitratos.
Creatina M 38-174 U/L Índice de injúria/doença de músculos/miocárdio.
fosfoquinase F 26-140 U/L ↑ (CPK) – no infarto do miocárdio ou trauma cardíaco, AVC
(CPK) agudo, distrofia muscular =, hipotireoidismo, exercício
extenuante, choque/queimadura elétrica, alcoolismo crônico,
hipocalemia, edema ou infarto pulmonar, convulsões,
dermatomiosite, polimiosite, trauma do SNC. Uso de fármacos:
anfotericina B, ampicilina, alguns analgésicos, anticoagulantes
aspirina, colchicinas, clofibrato, dexametasona, furosemida,
lidocaína, lítio, lovastatina, morfina, propranolol, succinilcolina.
↑ (CPK-MB) – no infarto agudo do miocárdio, cirurgia de
aneurisma cardíaco, desfibrilação cardíaca, arritmias
ventriculares, síndrome de Reye, distrofia muscular, isquemia
cardíaca, miocardite.
↓ (CPK-BB) – infarto pulmonar, embolia pulmonar, terapia
eletroconvulsiva, injúria ou câncer cerebral, AVC, choque,
adenocarcinoma, isquemia intestinal, hemorragia subaracnoide,
convulsões.
↓ (CPK-MM) – distrofia muscular, miosite, delirium tremens,
convulsões recentes, terapia eletroconvulsiva, cirurgia recente,
eletromiografia, hipocalemia, hipotireoidismo, injeções
intramusculares, injúrias de esmagamento, hemofilia,
hipertermia maligna, rabdomiólise, choque.
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Continuação do Quadro 32. Exames bioquímicos, valores de referência e possíveis causas e
significados das alterações.
Creatinina Adultos: 04-1,4mg/dL Útil para avaliação da função renal. Aumenta na medida em
RN: 0,31-0,92 que diminui o ritmo de filtração glomerular. Diminui com o
2ªsemana-1ano: 0,16- aumento da filtração. Sofre menos influência da dieta do que a
0,39 ureia. Nesse aspecto, é melhor índice de função renal do que a
1-3anos: 0,17- última. Reflete a soma da ingestão de alimentos ricos em
0,35mg/dL creatina e em creatinina (ex: carnes) e produção endógena de
3-5anos: 0,26- creatinina (músculo esquelético).
0,42mg/dL ↑ - na IRA e DRC obstrução do trato urinário, dano muscular
5-7anos: 0,29-0,48 agudo, hipertireoidismo, com aumento da massa muscular,
mg/dL privação alimentar prolongada, acidose diabética, ingestão
7-9anos: 0,34-0,45 excessiva de carne, gigantismo, acromegalia, desidratação,
mg/dL choque, trauma, cirurgia, ICC, rabdomiólise. Uso dos fármacos:
9-11anos: 0,32-0,64 cimetidina, aminoglicisídeos, cefalosporina, agentes
mg/dL quimioterápicos com metal pesado.
11-13: 0,42-0,71 mg/dL ↓ - na gestação, distrofia muscular, debilitação física, com
13-15: 0,46-0,71 mg/dL redução da massa muscular.
Dióxido de 19-24mmol/L Mede acidez/alcalinidade sanguínea.
carbono (CO2) ↑ - na acidose metabólica, alcalose metabólica,
aldosteronismo, enfisema, insuficiência renal, vômitos graves.
↓ - na diarreia grave, jejum prolongado.
Desidrogenase 24-480U/L Importante no diagnóstico de infarto do miocárdio.
láctea (DHL) ↑ - no infarto do miocárdio, ICC, AVC, leucemia, anemias
megaloblástica ou hemolítica, infarto ou embolia pulmonar,
pneumonia, câncer, insuficiência renal, choque com anóxia,
hipotensão, mononucleose, distrofia muscular, isquemia e
infarto intestinal, pancreatite, doença do colágeno, fraturas,
pequeno na cirrose, hepatite, obstrução biliar, icterícia e uso de
álcool. Uso dos fármacos: anestésicos, aspirina, clofibrato,
fluoridos metramicina, narcóticos, procainamida.
↓ - Uso do fármaco ácido ascórbico.
Ferritina sérica M: 23,9-336,2ng/mL ↑ -nas doenças inflamatórias, DRC, malignidade, hepatite,
F: 11-336,8ng/mL sobrecarga de ferro, hemocromatose.
↓ - na anemia por deficiência de ferro.
Ferro (Fe) 50 – 150 mcg/dL Componente essencial de enzimas, hemoglobina, mioglobina,
metaloenzimas de funções respiratórias,
↑ - na ingestão excessiva de ferro, anemias hemolíticas,
doença hepática, uso de estrogênio, hemocromatose.
↓ - na anemia micricítica, doenças crônicas (ex.: lúpus, atrite
reumatoide), hemorragia, hemólise, hemoglobinúria,
desnutrição, acloridria, infecções, doença hepática, cirurgia,
infarto do miocárdio, doenças ou ressecções duodenal ou
jejunal, uso de antiácidos.
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Continuação do Quadro 32. Exames bioquímicos, valores de referência e possíveis causas e
significados das alterações.
Fosfatase Adultos: 27-100U/L Como prova de função hepática, só é confiável quando
alcalina (FA) Cirança (até 15a): 75- interpretada juntamente com outro (s) parâmetro (s), pois é
390 U/L produzida principalmente no fígado e ossos. Indicador mais
sensível de doença óssea
↑ - significativo na doença hepática ou metástase hepática ou
óssea, doença óssea de Paget, aumento moderado na
hipercalcemia (possível hiperparatireoidismo), pancreatite,
hepatite, icterícia obstrutiva, cirrose biliar, sarcoma
osteogênico, crescimento ósseo, deficiência de vitamina D,
raquitismo, osteomalácia, fratura óssea, osteolite, artrite
reumatoide, sarcoidose, isquemia ou infarto intestinal, AIDS.
Uso dos fármacos: alopurinol, antibiótico, azatioprona,
colchicina, indometacina, contraceptivos orais, metotrexano,
metildopa, ácidos nicotínico, fenotiazina, probenecida,
tetraciclina, verapamil.
↓ - hipofosfatemia, desnutrição calórico-proteica, doença
celíaca, hipotireoidismo, anemia perniciosa, deficiencia de
vitamina C, deficiência de zinco, excesso de vitamina D. Uso dos
fármacos: arsênicos, cianidas, fluoretos, nitrofurantoína,
oxalatos, sais de zinco.
Gama- glutamil Adulto: M:<55 U/L Útil na diferenciação entre desordens hepáticas e ósseas.
transpeptidase F: <39 U/L ↑ - na doença hepática, tumores hepáticos, hepatotoxicidade,
(GGT) 0-6m: M:12-122U/L obstrução biliar, pancreatite, alcoolismo.
F:15-132U/L
6-12m: 1-39 U/L
1-12a: M: 3-22U/L F:
4-22U/L
13-8 a: M: 2-42U/L F:
4-24U/L
Gasometria Consiste de: pH, pO2, HCO3.
arterial
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Continuação do Quadro 32. Exames bioquímicos, valores de referência e possíveis causas e
significados das alterações.
Glicose 70 – 100mg/dL Para diagnostico de diabetes mellitus: valor ≥ 126mg/dL na
(jejum) amostra de jejum, em pelo menos duas oportunidades. Em
gestantes, valores >105mg/dL já são suspeitos, merece maior
investigação. O diagnóstico de hipoglicemia se estabelece com
valores <50mg/dL no adulto e <40mg/dL no recém-nascido.
↑ - no diabetes mellitus, síndrome de Cushing, deficiência de
tiamina, acromegalia, gigantismo, doença hepática crônica,
infecções graves, trauma, hipertireoidismo, pancreatite aguda,
inatividade física, prolongada, desnutrição crônica, deficiência de
potássio, desidratação, AVC, anestesia geral, adenoma pituitária
ou de pâncreas, hemocromatose, infarto do miocárdio,
feocromocitoma, glicagonemia, IRA, uso de cafeína, álcool. Uso
dos fármacos corticosteroides, doses altas de anti-hipertensivos,
ciclosporina, glucagon, antidepressivos, bloqueadores beta-
adrenérgicos, dextrotiroxina, diazocida, diurético, epinefrina,
estrogênios, isoniazida, lítio, infusões endovenosas de glicose,
fenotiazinas, fenitoína, triamterene.
↓ - com dose excessiva de insulina, carcinoma de pâncreas,
sepse bacteriana, hipotireoidismo, hipopituitarismo, doença de
Addison, doença hepática (hepatite, cirrose, envenenamento,
tumor metastático), doença de reserva de glicogênio, deficiência
de glucagon, carcinoma de ilhotas, insulinoma, abuso de álcool,
privação alimentar prolongada, exercício extenuante,
pancreatite, hipoglicemiantes orais, interrupção abrupta da
infusão de NPT (principalmente), especialmente em pacientes
recebendo hipoglicemiantes orais ou insulina, doença de von
Gierke, galactosemia, alcaptonúria, intolerância à frutose,
sobrecarga hídrica. Uso dos fármacos: aceramifeno, esteroides
anabólicos, clofibrato, disopiramida, genfibrozila, insulina,
inibidores da MAO, pentamidina, propranolol, tolazamisa,
tolbutamida.
Glicose Aceitável: 1+ durante a Glicemias >180mg/dL geralmente glicosúria, porém pacientes
(urina) TNE ou TNP diabéticos, o limiar renal pode variar de 50 a 400mg/dL. Crianças
Amosta aleatória: 0 com menos de um ano e gestantes podem apresentar glicosúria
(zero) por diminuição do limiar renal.
Amostra de 24h: ,0,5g ↑ - no estresse severo (trauma, infecção), diabetes mellitus,
gestação, síndrome de Cushing. Uso de fármacos: ácido
aminisalicílico, cefalosporina, cloridrato, clorafenicol,
dextrotiroxina, diazóxido, diuréticos de alça e tiazídicos,
estrogênio, infusões de glicose, isoniazida, lítio, nafcilina, ácido
nafcilina, ácido nalidixico, ácido nicotínico (grandes doses)
Globulina 2,3 – 3,5 g/dL ↑ - na infecção, doença de Hodgkin, lúpus, mieloma múltiplo,
alcoolismo crônico, choque, tuberculose, leucemia.
↓ - na desnutrição
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Continuação do Quadro 32. Exames bioquímicos, valores de referência e possíveis causas e
significados das alterações.
Hemácias M: 4,3-5,9 milhões/mm³ ↑ (policitemia) – na desidratação, diarreia grave,
F: 3,5-5,5milhões/mm³ queimaduras, vômito, intoxicação com álcool etílico ou
fármacos e acidose metabólica.
↓ - em anemia, hemorragia, deficiência de ferro, doença de
ferro, doença sistêmica (Hodkins, leucemia, lúpus) e infecção
grave.
Hematócrito M:40 – 50% ↑ - na desidratação, policitemia, choque. Pode ser indicativo
(Htc) F:35 – 45% de macrocitose.
↓ - na anemia (<30), perda sanguínea, hemólise, leucemia,
hipertireoidismo, cirrose, hiper-hidratação. Pode indicar
microcitose.
HDL- <10 anos: > 40mg/dL ↑ - no exercício excessivo regular, terapia com estrogênio ou
colesterol desejável insulina, consumo moderado de álcool, doença hepática.
10 a 19 anos:c>35mg/dL ↓ - no jejum prolongado, obesidade, doença hepática,
Adultos: diabetes mellitus, hipertireoidismo, fumo, AIDS,
Baixo: <40mg/dL lopoproteinemia familiar de baixa HDL, hipoproteinemia,
Limítrofe: 40-60mg/dL síndrome nefrótica, desnutrição.
Desejável: >60mg/dL
Hemoglobina M: 13,5 – 18 g/dL A Hg é superior ao Htc para avaliar a anemia do DRC.
(Hg) F:12 - 16 g/dL ↑ - em queimaduras severas, policitemia, insuficiência
RN: 13,5-19,5g/dL cardíaca, talassemia, DPOC, desidratação.
↓ - na anemia, hipertireoidismo, cirrose, várias doenças
sistêmicas (leucemia, lúpus, doença de Hodgkin).
Hemoglobina 3,6-5,3% Avalia o controle glicêmico de diabéticos em longo prazo. Bom
glicada (ou controle: <7,0%; controle moderado: <7,0 <8,0; controle ruim
glicosada – >8,0%
HbA1c) ↑ - No diabetes mal controlado ou recentemente
diagnosticado, talassemia, deficiência de ferro, gestação,
hemodiálise, estresse, síndrome de Cushing, feocromocitoma,
glucagonoma, acromegalia, esplenectomia. Uso dos fármacos:
corticoesteróides.
↓ - na anemia falciforme, outras anemias hemolíticas, DRC,
suplementação com vitamina E.
Hemoglobina 26-34pg/eritrócitos A anemia da DRC é geralmente normocítica e normocrômica.
Corpuscular Anemia microcítica pode refletir deficiência de ferro, excesso
Média (HCM) de alumínio ou certas hemoglobinopatias. A anemia
macrocítica pode estar associada com deficiência de vitamina
B12 ou folato. Pode, também, estar associada ao excesso de
ferro e terapia com eritropoietina.
↑ - na anemia macrocítica, falso aumento em hiperlipidemia.
↓ - na anemia microcítica.
Hormônio do 0-2,5µg/L ↑ - na acromegalia, gigantismo.
crescimento ↓ - em lesões do hipotálamo ou pituitária, hipotireoidismo.
(GH)
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Continuação do Quadro 32. Exames bioquímicos, valores de referência e possíveis causas e
significados das alterações.
Hormônio Adultos: ↑ - no hipotireoidismo primário.
tireotrófico 21 a 54 anos:0,4- ↓ - no hipertireoidismo, hipotireoidismo secundário, terapia com
(TSH) 4,2µU/L hormônio da tireoide
55-67 anos: 0,5-
8,9µU/L
Lactato 4,5-19,8mg/dL ↑ - na acidose lática, exercício extenuante, sepse, estresse, toxina,
0-90dias: 9-32mg/dL uso de metformina e de inibidor da nucleosídeo transcripase reversa.
3-24 meses:9-30mg/dL
2-18anos:9-22mg/dL
LDL- Ótimo: <100mg/gL ↑ - na hiperlipidemia, dieta rica em lipídeos, hipotireoidismo, doença
colesterol Próximo ao ótimo: hepática crônica, hematoma, trauma agudo, diabetes mellitus,
100-129mg/dL gestação, síndrome de Cushing, síndrome nefrótica, alcoolismo,
Limite: 130-159mg/dL mieloma múltiplo, doença do armazenamento do glicogênio. Uso dos
Alto: 160-189mg/dL fármacos: aspirina, contraceptivos orais, fenotiazinas, esteroides,
Muito alto: ≥ sulfonamidas.
190mg/dL ↓ - na AIDS, desnutrição, hipolipoproteinemia familiar,
hipertireoidismo.
Leucócitos 5-10 x 103cél mm3 ↑ (leucocitose) - leucemia, infecção bacteriana, hemorragia, trauma
ou injúria tissular, câncer, e fisiologicamente na gravidez, exercício
físico extenuante, digestão.
↓ - (leucopenia) infecções virais, quimioterapia, radiação, depressão
da medula óssea.
Linfócitos 1100 a 3300/mm3 ↑ - (linfocitose) na hepatite viral, infecção por citomegalovírus,
toxoplasmose, rubéola, infecção aguda por HIV, leucemia linfocítica
crônica e aguda.
↓ - (linfocitopenia) em infecções e enfermidades agudas, deficiência
no sistema imunológico e de vitamina A, depleção de proteínas
viscerais (não muito preciso) doenças de Hodgkin, lúpus, anemia
aplástica, insuficiência renal, AIDS, carcinoma terminal.
Depleção nutricional leve: 1200-1499/mm³; moderada:800-
1199/mm³; grave <800/mm³
Lipase ↑ - na pancreatite aguda (ou exacerbação da crônica), úlcera péptica,
<60 U/L colicistite aguda, cálculo na vesícula biliar, infecção do trato biliar,
insuficiência renal, AIDS
↓ - na hepatite viral, desnutrição proteica, desnutrição crônica,
insuficiência pancreática.
Magnésio 1,6-2,7mg/dL Função muscular e nervosa, regula sistemas enzimáticos que
(Mg) controlam o metabolismo dos carboidratos, lipídeos, eletrólitos e
proteínas.
↑ - na insuficiência renal, acidose diabética, hipotireoidismo, doença
de Addison, desidratação, excesso de uso de suplemento de magnésio
ou antiácido.
↓ - na diarreia crônica, alcoolismo, pancreatite, doença renal, cirrose
hepática, toxemia gestacional, hipertireoidismo, má-absorção, colite
ulcerativa, diuréticos depletores de potássio, desnutrição, uso dos
fármacos cisplatina e ciclosporina.
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Continuação do Quadro 32. Exames bioquímicos, valores de referência e possíveis causas e


significados das alterações.
Plaquetas 150.000- ↑ - (trombocitose) em malignidade (leucemia, linfoma, tumor sólido),
450.000/mm³ policitemia Vera, pós-esplenectomia, artrite reumatoide, anemia
ferropriva.
↓ - (trombocitopenia) em anemia hemolítica ou perniciosa,
quimioterapia, infecção, leucemias, trobocitpénia hereditária,
hiperesplenismo, hemorragia, lúpus, coagulação intravascular
disseminada.
pH Arterial: 7,35- Reflete o equilíbrio ácido-básico.
(equilíbrio 7,45 ↑ - na alcalose respiratória ou metabólica, vômitos, redução do potássio
ácido Venoso: 7-33- ou cloro séricos (uso de diuréticos, sucção gástrica), febre alta,
básico) 7,43 hiperventilação, anoxia, hemorragia cerebral.
↓ - na acidose respiratória ou metabólica, cetoacidose diabética,
insuficiência renal, diarreia, insuficiência respiratória, obstrução das vias
aéreas, choque, ICC.
Potássio 3,5-5,1 mEq/L ↑ - (hipercalemia) insuficiência renal, obstipação crônica no paciente
renal, trauma, dano tissular, acidose, doença de Addison, diabetes não
controlada, hemorragia interna, infecção, febre, queimaduras, excesso de
suplemento de potássio, hemólise, AIDS, desidratação. Uso dos fármacos:
diuréticos, inibidores da aldosterona e poupadores de potássio,
succinilcolina, ácido aminocapróico, antibióticos, antineoplásicos,
captopril, epinefrina, heparina, histamina, lítio, manitol, sulfato
poliestireno de sódio.
↓ - (hipocalemia) na perda gastrointestinal (ex.: drenagem nasogástrica,
diarreia, vômito excessivo), líquido endovenoso sem suplementação de
potássio, abuso de álcool, má-absorção, desnutrição, alcalose, estresse
crônico ou febre, diurético depletor de potássio, uso de esteróide e
estrogênio, doença hepática com ascite, insuficiência renal, síndrome de
Cushing, fibrose cística. Uso dos fármacos: diurético depletor de potássio,
esteroides, estrogênios, abuso crônico de laxantes, acetazolamida, ácido
aminosalicílico, anfotericina B, carbenicilina, insulina, aspirina, cisplatina,
infusões de glicose, carbonato de lítio, penicilina G spodia, fenotiazinas.
Pressão Arterial ↑ - (acidose): em hiperventilação secundária à anestesia geral, DPOC,
parcial do 35-45mmHg obstrução das vias aéreas.
dióxido de Venoso ↓ - (alcalose): em desordens do SNC, hipoxemia.
carbono 38-50mmHg
(pCO2)
Proteína 6,0 – 8,0 g/dL ↑ - na desidratação, doenças que aumentam a globulina.
total Prematuros: 3,6 ↓ - na deficiência proteica, doença hepática severa, desnutrição, diarreia,
a 6,0 queimaduras severas ou infecção, edema, síndrome nefrótica.
RN: 4,6-7,0g/dL
7 dias – 1ano:
4,4-7,6
1-2anos: 5,6-7,5
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>3 anos: 6-
8g/dL
Continuação do Quadro 32. Exames bioquímicos, valores de referência e possíveis causas e
significados das alterações.
Proteína, urina Adultos: Microalbuminúria: >20mcg/min.
Proteínas totais: ↑ - na síndrome nefrótica, trombose de veia renal, terapia com droga
50-80mg/24h em nefrotóxica, envenenamento por metais pesados, nefropatia
repouso diabética, mieloma múltiplo, sarcoidose, anemia falciforme,
<250mg/24h ao neoplasia, inflamação do tato urinário, após o exercício, pré-
exercício intenso eclâmpsia, ICC, amiloidoise, LES, galactosemia. Uso dos fármacos:
Albumina acetazolamida, aminoglicosídeos, anfotericina A, cefalosporina,
<30mg/24h colestina, griseofulvina, lítio, meticilina, nafcilina, drogas nefrotóxicas
(arsênicos, sais de ouro), oxacilina, penicilamina, penicilina G,
fenazopiridina, polimixina B, salicilatos, sufonamidas, tobutamina,
viomicina.
Proteína C- Inferior a Fator de risco para evento cardiovascular (infarto de miocárdio ou
reativa (PCR) 0,8mg/dL derrame).
↑ - na inflamação arterial, infecções bacterianas, câncer, doença de
<0,6mg/dL Crohn, infarto do miocárdio, pancreatite, febre reumática, artrite
reumatoide, obesidade.
Reticulócitos Adultos: 0,4%- ↑ - com anemias hemolíticas, 3-4 dias após a hemorragia.
2,3% ↓ - nas anemias por deficiências de ferro, anemia aplásica, anemia
Crianças: 0,8%- perniciosa não tratada, infecção crônica, radioterapia, problemas
2,8% endócrinos, leucemia, síndromes mielodisplásicas, hemorragia
intensa.
Sódio ↑ - (hipernatremia) na desidratação e ingestão hídrica baixa, uso de
136 – 146 mEq/L diuréticos, insuficiência renal, diabetes insípido (diurese osmótica),
síndrome de Cushing, coma, hiperaldosteronismo primário, sudorese
excessiva. Uso dos fármacos: esteroides anabólicos, antibióticos,
clonidina, corticosteroide, laxantes, metildopa, contraceptivos orais,
xaropes de tosse, carbenicilina, estrogênios.
↓ - (hiponatremia) em edema, cirrose com ascite, nefrite grave, DRC,
privação alimentar prolongada, hiperglicemia, má-absorção, AIDS,
queimadura severa, vômito/diarreia, diuréticos, hipotireoidismo,
intoxicação hídrica, doença de Addison, ICC, insuficiência hepática.
Uso dos fármacos: captopril, carbamazepina, inibidores da ECA,
diuréticos, sulfonilureias, triamterene, vasopressina, haloperidol,
heparina, antidepressivos tricíclicos.
Tempo de 10 – 14s ↑ - na deficiência de protrombina, deficiência de vitamina K, doença
protrombina hepática, fibrinogênio diminuído, obstrução biliar, terapia
(TP) anticoagulante, intoxicação por salicilatos, hipervitaminose A,
coagulação intravascular disseminada, AIDS.
Tempo da > 6 meses de Triagem para distúrbios de coagulação e para monitorar terapia com
tromboplastina idade:<1,2 heparina.
parcial (TTP) ↑ - na deficiência de vitamina K, hemofilia, doença hepática,
coagulação intravascular disseminada, terapia com antibiótico,
deficiência ou defeitos de fatores de coagulação, AIDS.
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↓ - em câncer extensivo (exceto c/ envolvimento hepático),
hemorragia aguda, início da doença da coagulação intravascular
disseminada.
Continuação do Quadro 32. Exames bioquímicos, valores de referência e possíveis causas e
significados das alterações.
Transaminase Adulto: 05-38 U/L ↑ - na hepatite, icterícia, cirrose, câncer hepático, infarto do
glutâmico- 1-30d: M:20-54U/L F: miocárdio, queimadura severa, trauma, choque,
pirúvica (TGP) 21-38U/L mononucleose, pancreatite, obesidade.
ou alanina 1-6m: M:26-55U/L
amino- F:26-61U/L
transferase 7-12m: M:26-59U/L F:
(ALT) 26-55U/L
1-3 a: M:19-59U/L F:
24-59U/L
4-11a: 24-49U/L
12-15a: M:24-49U/L F:
12-44U/L
Transaminase Adulto: M:10-37U/L F: Não é um bom parâmetro individual para teste de função
glutâmico 11-39U/L hepática, porque, além do fígado, é encontrado no coração,
oxaloacética 8-30d: M:20-69U/L F: músculo esquelético e células vermelhas do sangue.
(TGO) ou 16-67U/L ↑ - na injúria/ morte celular, infarto miocárdio, cirrose aguda,
asparato 1-6m: M:16-61U/L F: hepatite, pancreatite, doença renal, câncer, alcoolismo,
amino- 16-62U/L hipotireodismo, queimadura, trauma, distrofia muscular,
transferase 7-12m: M:16-60U/L F: gangrena, síndrome de Cushing. Uso dos fármacos: ácido
(AST) 16-52U/L acetilsalicílico, anti-hipertensivos, agentes colinérgicos,
1-3a: 16-57 U/L anticoagulantes, digitalis, contraceptivos orais, eritromicina,
4-6 a: 10-47 U/L isoniazida, metildopa, opiatos, verapamil.
7-15a: M: 5-36U/L ↓ - na diabetes não-controlada (acidose), beribéri, gestação e
F:10-41U/L diálise crônica.
Transferrina 212-360mg/dL ↑ - com estoques inadequados de Fe, anemia por deficiência
Fe, hepatite aguda, policetimia, uso de contraceptivos orais,
gestação.
↓ - com anemia perniciosa, infecção, câncer, doença hepática,
desnutrição, síndrome nefrótica, talassemia. Depleção leve:
150-200; depleção moderada: 100-150; depleção grave: ≤100.
Trigicerídeos Desejável: <150mg/dL. Importante na avaliação do metabolismo de lipídios.
(Tg) Limite: 150-199mg/dL. Administração endovenosa de emulsões lipídicas deve ser
Alto: 200-499. cautelosa em pacientes com níveis elevados de Tg
Muito alto: ≥ 500. ↑ na hiperlipidemias, doença hepática, pancreatite, diabetes
mal controlada, hipotireoidismo, ingestão alta de açúcar e ou
gordura, infarto do miocárdio, alcoolismo, cirrose hepática,
AIDS, doença do armazenamento de glicogênio, síndrome
nefrótica, gestação. Uso dos fármacos: colestiramina,
estrogênio, contraceptivos orais.
↓ - na desnutrição, síndrome de má-absorção,
hipertireoidismo, DPOC. Uso dos fármacos: ácido ascórbico,
asparaginase, clofibrato, colestipol.
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Continuação do Quadro 32. Exames bioquímicos, valores de referência e possíveis causas e


significados das alterações.
Ureia Adultos: 15-40mg/dL Reflete quebra proteica endógena (catabolizada) ou exógena
01d a 12m: 02 a 34 (ingerida). Pode indicar estado de hidratação. Sofre mais a
mg/dL influência do catabolismo proteico do que a creatinina.
01 a 13a: 08 a 36mg/dL ↑ na insuficiência renal, obstrução do trato urinário, choque,
trauma, sepse, desidratação, febre, infecção, diabetes, gota
crônica, ingestão/catabolismo proteico excessivo, infarto do
miocárdio, ICC, hemorragias digestivas. Uso dos fármacos:
esteroides, alopurinol, aminoglicosídeos, aspirina, bacitracin,
carbamazepina, cefalosporina, furosemida, guanitidina,
indometacina, metotrexato, penicilamina, propranolol,
espironolactona, tetraciclina, rifanpina.
↓ - na insuficiência hepática severa, desnutrição, ingestão
proteica baixa, má-absorção, hiperhidratação, gestação, hêmese,
diarreia, anabolismo proteico, síndrome nefrótica, ingestão
elevada de carboidratos. Uso dos fármacos: clorafenicol,
estreptomicina.
Uréia, urina 12-34g/24h, dieta Sintetizada no fígado a partir da amônia, como produto final do
dependente catabolismo das proteínas. É livremente filtrada pelos glomérulos
renais e cerca de 40-50% são reabsorvidos no túbulo contornado
proximal. Mede o ritmo da filtração glomerular, influenciada pela
ingestão de proteínas.
↑ - na insuficiência renal
Vitamina B12 M: 81-488pg/L Importante para a manutenção da hematopoiese e da mielina.
F: 111-522pg/L Requer o fator intrínseco para sua absorção, e a transcobalamina
para seu transporte.
↑ (>1.100 ng/L) - na doença hepática, algumas leucemias, câncer
(especialmente com metástase hepática), gestação, uso de
contraceptivos orais.
↓ (<100 ng/mL) – na anemia perniciosa, síndromes de má-
absorção, hipotireoidismo primário, redução da mucosa gástrica,
dieta vegetariana, acloridria.
Volume 87- 103mm³/ ↑ - No abuso de álcool, anemia perniciosa
corpuscular eritrócitos macrocítica/megaloblástica, deficiência de vitamina B12 e/ou
médio (VCM) folato.
VLDL- 25%-50% do colesterol Calculo para estimativa da VLDL: triglicerídeos dividido por 5.
colesterol total ↑ - na hiperlipidemia, dieta rica em lipídeos, hipotireoidismo,
doença hepática crônica, hepatoma, trauma agudo, diabetes
mellitus, gestação, síndrome de Cushing, síndrome nefrótica,
alcoolismo, mieloma múltiplo, doença do armazenamento do
glicogênio.
↓ - na AIDS, desnutrição, hipolipoproteinemia familiar,
hipertireoidismo.
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Continuação do Quadro 32. Exames bioquímicos, valores de referência e possíveis causas e


significados das alterações.
Zinco M:50-291µg/dL ↑ - na insuficiência cardíaca congestiva, aterosclerose,
F: 65-256µg/dL osteossarcoma.
↓ - na desnutrição, diálise, enteropatia perdedora de
proteína, doença inflamatória intestinal, síndrome nefrótica,
queimadura ou trauma, nutrição parenteral prolongada,
alcoolismo, cirrose ou pancreatite alcoólica, anorexia,
anemia perniciosa ou falciforme, câncer com metástase
hepática, tuberculose, talassemia, hipoalbuminemia.

6.3 Diagnóstico nutricional

A distinção principal entre doença aguda e crônica é baseada no tempo para o


desenvolvimento da desnutrição. O National Center for Health Statistics (NCHS) define “Crônica”
como uma doença ou condição que dura de três (03) meses ou mais tempo e aguda aquela que é
desenvolvida em tempo menor (NCHS, 2012). Segundo o Consenso de Desnutrição (ASPEN, 2012)
para a identificação de desnutrição, faz-se necessário a identificação de duas ou mais das seguintes
situações a seguir:

- Ingestão insuficiente de energia;


- Perda de peso;
- Perda de massa muscular;
- Perda de gordura subcutânea;
- Acúmulo de fluido localizado ou generalizado que em algumas ocasiões pode mascarar a
perda de peso;
- Capacidade funcional diminuída medida pela força de aperto de mão.

Após a triagem e diagnóstico nutricional de desnutrição, o nutricionista deverá definir


a etiologia e classificação da mesma seguindo orientações do algoritmo apresentado na figura 2.
Esta classificação deverá ser reavaliada em intervalos frequentes durante toda estadia do paciente
no hospital.
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6.4 Classificação do nível assistencial
Após realizada triagem nutricional os pacientes são classificados pelo nível de
assistência de nutrição, conforme Quadro 33. Em seguida é realizado o plano de atendimento
nutricional conforme Quadro 34.

Quadro 33. Critérios para classificação dos níveis de assistência de Nutrição.


Nível Descrição
Primário - Pacientes cuja doença de base ou problema não exija cuidados dietoterápicos
específicos (pneumonia, gripe, conjuntivite, varicela).
- Pacientes que não apresentam risco nutricional.
Secundário - Pacientes cuja doença de base ou problema não exija cuidados dietoterápicos
específicos, porém apresentam riscos nutricionais.
- Pacientes cuja doença de base exija cuidados dietoterápicos, mas não
apresentam risco nutricional (disfagia, diabetes, alergia à proteína do leite de vaca,
hipertensão, diarreia crônica).
Nível Descrição
Terciário - Pacientes cuja doença de base exija cuidados dietoterápicos especializados
(prematuridade, baixo peso ao nascer, erros inatos do metabolismo) e que
apresentam risco nutricional.
Fonte: ASBRAN, 2014

Quadro 34. Plano de atendimento de nutrição a pacientes internados e ambulatoriais segundo


nível de assistência de nutrição.
Nível Descrição
Nível primário de assistência em nutrição
Pacientes internados -Visita admissional, em até 24h
- Avaliação do estado nutricional e diagnóstico de nutrição
-Verificação da prescrição médica
- Planejamento dietético
- Registro do atendimento em prontuário
- Retorno em até 7 dias
- Reavaliação do estado nutricional a cada 7 dias
- Orientação nutricional na alta hospitalar
Pacientes - Orientação nutricional sobre alimentação saudável
ambulatoriais - Registro em prontuário
- Alta em nutrição
Nível secundário de assistência em nutrição
Pacientes internados -Visita admissional, em até 24h
- Avaliação do estado nutricional e diagnóstico de nutrição
- Verificação da prescrição médica
- Planejamento dietético
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- Evolução clínica e nutricional
- Orientação nutricional durante a internação
- Retorno em até 72 horas (3 dias)
- Reavaliação do estado nutricional a cada 7 dias
- Registro do atendimento em prontuário
- Orientação nutricional na alta hospitalar
- Pediatria: Aferição do peso 2x/semana

Continuação do Quadro 34. Plano de atendimento de nutrição a pacientes internados e


ambulatoriais segundo nível de assistência de nutrição.
Nível Descrição
Nível secundário de assistência em nutrição
Pacientes - Anamnese e elaboração do diagnóstico de nutrição
ambulatoriais - Orientação nutricional com base no diagnóstico de nutrição
- Registro do atendimento em prontuário
- Programação do retorno ou alta da nutrição
Nível terciário de assistência em nutrição
Pacientes internados - Visita admissional, em até 24 horas
- Avaliação do estado nutricional e diagnóstico de nutrição
- Verificação da prescrição médica
- Planejamento dietético
- Evolução clínica e nutricional
- Orientação nutricional durante a internação
- Retorno em até 48 horas (2 dias)
- Reavaliação do estado nutricional a cada 7 dias
- Registro do atendimento em prontuário
- Orientação nutricional na alta hospitalar
- Pediatria: Aferição do peso 2x/semana
Pacientes - Anamnese e elaboração do diagnóstico de nutrição
ambulatoriais - Orientação com base no diagnóstico de nutrição
- Encaminhamento para outros profissionais caso necessário
- Acompanhamento de acordo com a evolução, verificação das
dúvidas junto ao paciente e reforço das orientações
- Registro do atendimento em prontuário
- Programação do retorno ou alta da nutrição
Fonte: ASBRAN (2014)
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7. TRATAMENTO INDICADO E PLANO TERAPÊUTICO
7.1 Necessidades nutricionais

O aporte energético e de nutrientes deve ser individualizado e baseado na avaliação


atual e passada, na composição corporal e funcional e na condição clínica do paciente (SBNPE;
ASBRAN, 2011).

-Necessidade energética

No HDT-UFT/EBSERH foi estabelecido a utilização da fórmula de bolso para cálculo


das necessidades calóricas dos pacientes internados.

Quadro 35. Fórmula de bolso para cálculo de necessidade calórica em adultos.


Pacientes Calorias/Kg de Peso/dia
Obesidade:
Peso ideal ou 22-25kcal/kg
IMC entre 30-50Kg/m² do peso atual 11-14kcal/kg
IMC >50Kg/m² peso ajustado 20kcal/kg
Perda de Peso 20-25kcal/kg
Sem risco ou para manutenção 25-30kcal/kg
Adulto (não grave e/ou sem risco síndrome da 25-35kcal/kg
realimentação)
Ganho de peso 30-35kcal/kg
Sepse 30-35kcal/kg
HIV assintomático 30-35kcal/kg
HIV sintomático 35-40kcal/kg
DPOC 30-45kcal/kg
Lesão Renal Aguda (LRA) 20-30Kcal/kg de Peso Seco (Peso Ideal em
Em estresse grave obesidade ou muito baixo peso)
20-25kcal/kg
Úlcera por pressão 35-40Kcal/kg
DRC
Conservador 25-35Kcal/kg
Diálise 35Kcal/kg
Pancreatite aguda 25Kcal/kg
Fonte: SBNPE; ASBRAN, 2011, MATINS; CARDOSO, 2000; WAITZBERG 2018; BRASPEN, 2021.
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- Necessidade energética Pediátrico
Quadro 36. Estimativa da necessidade calórica em pacientes 0 a 1 ano (cálculo direto).
Kcal/ Kg de Peso/dia*
Idade Substituto do leite Alimentação mista ou
Leite Materno
materno desconhecida
Masculino
1 – 2 Meses 106 121 113
3 – 4 Meses 87 95 91
5 – 6 Meses 79 85 81
7 – 12 Meses 78 82 80
Feminino
1 – 2 Meses 102 119 110
3 – 4 Meses 86 96 91
5 – 6 Meses 79 86 82
7 – 12 Meses 77 81 79
*Calculado a partir do Gasto energético total + Deposição energética.

Quadro 37. Estimativa da necessidade calórica em pacientes pediátricos (cálculo direto).


Idade Kcal/ Kg de Peso/dia
0 a 1 ano 90 a 120
1 a 7 anos 75 a 90
7 a 12 anos 60 a 75
12 a 18 anos 30 a 60
18 a 25 anos 25 a 30

-Necessidade energética Gestante e Nutriz

Quadro 38. Fórmula de bolso para cálculo de necessidade calórica em gestantes.


Estado nutricional da gestante Calorias/Kg de Peso/dia + adicional energético
Eutrófica 30-35kcal/kg de PPG + 200-300Kcal/dia (a partir do 2º
trimestre)
Excesso de peso 24kcal/kg de PPG + 200-300Kcal/dia (a partir do 2º trimestre)
Baixo peso 40kcal/kg de PPG + 200-300Kcal/dia (a partir do 1º trimestre)
Gestação gemelar Seguir recomendações acima 50g/ptn/dia (a partir da 20ª
semana) + 1000kcal/dia

Outra forma de calcular as necessidades energéticas da gestante se dá por meio da


fórmula (FAO/WHO, 2004):
VET= GE (Sendo GE =TMB X NAF) + adicional energético
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VET: valor energético total; GE: gasto energético; TMB: taxa metabólica basal; NAF: Nível
de atividade física

Quadro 39. Fórmula para cálculo de taxa metabólica basal para gestantes adultas e nutrizes.
Faixa etária TMB (kcal/dia) *
18-30 (14,81 x peso (kg) + 486,6)
30-60 (8,126 x peso (kg) + 845,6)
*Utilizar o peso pré-gestacional para gestantes com PPG eutrófico, para gestantes com baixo peso utilizar o peso ideal
(IMC= 21,0 kg/m²) e para aquelas com sobrepeso ou obesas utilizar o PPG e evitar a perda de peso (NRC, 1989).

Quadro 40. Valores de nível de atividade física para pacientes adultas.


Categoria Nível de atividade física
Sedentário ou leve 1,4-1,69 (1,53)
Ativo ou moderadamente ativo 1,7-1,99 (1,76)
Intenso ou moderadamente intenso 2-2,4 (2,25)

Quadro 41. Categorias dos valores de nível de atividade física.


Categoria Nível de atividade física
Sedentário ou leve Indivíduos que não caminham longas distâncias, geralmente
usam veículo para transporte, não praticam exercício ou
esportes regularmente e gastam a maior parte do tempo de
lazer sentados ou parados, com pouco deslocamento
Ativo ou moderadamente Indivíduos com ocupação que envolve mais gasto energético
ativo que os descritos para estilos sedentários. Pessoas com atividade
ocupacional sedentária e que praticam regularmente atividades
físicas moderadas a vigorosas, durante parte da rotina diária.
Por exemplo, indivíduos que praticam diariamente 1 h de
exercício moderado, tais como corrida, ciclismo ou atividade
aeróbica.
Intenso ou moderadamente Indivíduos que realizam trabalhos intensos ou atividade de lazer
intenso intensa por várias horas. Mulheres com ocupação não-
sedentária que dançam ou nadam uma média de 2 horas por
dia, ou trabalhadores rurais que usam equipamentos manuais
por várias horas ao dia e caminham longas distâncias, muitas
vezes carregando peso.
Quadro 42. Adicional energético por trimestre de gestação e lactação de pacientes adolescentes e
adulta.
Categoria Kcal/dia
1º trimestre (<14 semanas) 85
2º trimestre (14 < 28 semanas) 285
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3º trimestre (> 28 semanas) 475
Formula para cálculo de NE em adolescente gestante: TMB (kcal/dia) = 13,384 x peso (kg)
+ 692,6
IMC pré-gestacional normal Peso = peso desejável ou pré-gestacional • Baixo IMC pré-
gestacional Peso = peso desejável • Sobrepeso ou obesidade pré-gestacional Peso = peso pré-
gestacional
Quadro 43. Valores de nível de atividade física para pacientes gestantes, segundo a idade materna
IDADE (ANOS) Atividade leve Atividade moderada Atividade pesada
10 – 11 1,45 1,70 1,95
11 – 12 1,50 1,75 2,00
12 – 13 1,50 1,75 2,00
13 – 14 1,50 1,75 2,00
14 – 15 1,50 1,75 2,00
15 – 16 1,50 1,75 2,00
16 – 17 1,50 1,75 2,00
17 – 18 1,45 1,70 1,95
Cálculo das necessidades nutricionais de nutrizes (FAO/WHO, 2004)):
VET para lactação = GE (TMB x NAF) + adicional energético para a lactação – energia para
a perda de peso
O adicional energético para a lactação: deve ser de 675 kcal/dia, principalmente nos
primeiros seis (06) meses de lactação

Necessidade de macronutrientes
Para cálculo das necessidades nutricionais dos macronutrientes serão utilizados os valores
dos quadros abaixo.
Quadro 44. Necessidades nutricionais de macronutrientes para adultos.
Nutriente Quantidade usual
Carboidratos 30-70%
Proteínas
Sem estresse 0,8 a 1,0 g/kg/dia
Com estresse 1,0 a 2,0 g/kg/dia
Lipídeos 15 a 35%
Ácido linoleico n-6 5 – 10%
Ácido linolênico n-3 0,6 – 1,2%
Fibras 15 a 30 g/dia (podendo chegar a 40g/dia)
Fonte: SBNPE; ASBRAN, 2011, MATINS; CARDOSO, 2000

Quadro 45. Estimativa de necessidade proteica em adultos.


Função renal normal
Manutenção 0,8-1,2g/kg
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Estresse moderado 1,3-1,5g/kg
Estresse severo 1,5-2,0g/kg
IMC 25-30 1,5 a 2,5g/kg
IMC 30-40 >2,0g/kg (peso ideal)
IMC >40 ≥ 2,5 g/kg (peso ideal)
HIV assintomático ou sintomático 0,8 a 1,25g/kg ou 1,5 a 2,0g/kg
DPOC 1,2-1,7/kg
Cirrose 1,5-2,0
Insuficiência renal
Conservador 0,8-1,2g/kg
Conservador G3-5 0,6-0,8g/kg
Hemodiálise 1,0-1,4g/kg
Diálise peritoneal 1,5-2,5g/kg
Em hemodiálise ou diálise peritoneal G5D 1,2g/kg
Lesão renal aguda (LRA)
Hipercatabólicos sem TRR 1,3-1,5g/kg
Em TRR intermitente Em torno de 1,5g/kg
TRR contínua 1,7-2,5g/kg/dia
Normocatabólicos s/ necessidade de TRR 0,8-1,0g/kg
Fonte: ASPEN, 2005, DITEN 2018, BRASPEN, 2021.

Quadro 46. Necessidade hídrica para pacientes com função renal e cardíacas normais.
Idade Fórmula
Jovem ativo (16 a 33 anos) 40ml/kg
Adultos (18 a 55 anos) 35ml/kg ou 1,0 a 1,5/kcal ou 2-4% do peso
Idosos até 75 anos 30ml/kg
Idosos > de 75 anos 25ml/kg
Febre + 350 mL/ºC >37,5
Fonte: Modificado de Aspen (1997) e de Waitzberg (2006)

- Necessidades de macronutrientes - Pediátrico

Quadro 47. Faixa de distribuição aceitável de carboidratos em pediatria.


Faixa etária Carboidratos Proteínas Lipídeos
0 – 6 Meses 60g (AI*) 9,1g (AI*) 31g (AI*)
7 – 12 Meses 95g (AI*) 13,5g (RDA*) 30g (RDA*)
1 – 3 Anos 45 – 65% 5 – 20% 30 – 40%
4 – 18 Anos 45 – 65% 10 – 30% 25 – 35%
AI: Ingestão Adequada; RDA: Ingestão dietética recomendada. Fonte: Coppini; Sampaio; Marco, 2011.

Quadro 48. Estimativa de necessidade proteica em pediatria.


Faixa etária Necessidade proteica (g/kg/dia)
Baixo peso ao nascer 3a4
Termo 2a3
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1 a 10 anos 1 a 1,2
Adolescente masculino 0,9
Adolescente feminino 0,8
Criança/ adolescente grave 1,5
Fonte: Coppini; Sampaio; Marco, 2011.

Quadro 49. Fórmula de Holliday-Segar, para o cálculo das necessidades hídricas do paciente
pediátrico
3-10Kg 100mL/kg
10-20Kg 1000 + 50mL/kg a cada kg acima de 10kg
20-30Kg 1500mL + 20mL/kg para cada kg acima de 20kg

- Necessidades de macronutriente Gestantes

Quadro 50. Ingestão dietética de macronutrientes para o período gestacional.


Proteína (PTN) 1g/Kg/dia sobre o peso pré-gestacional ou peso aceitável e adicionar: + 1
g/dia no 1º trimestre + 9 g/dia no 2º trimestre + 31 g/dia no 3º trimestre
Carboidratos (CHO) 55 – 75% do VET Fibras - > 25 g/dia Açúcar de adição - < 10% do VET
Lipídios (LIP) 15 a 30% do VET
Água 3 litros/dia
7.2 SUPORTE NUTRICIONAL

A terapia nutricional oral, enteral e parenteral é um conjunto de procedimentos


terapêuticos para manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente. No HDT-
UFT/EBSERH ainda não é realizada Nutrição parenteral, por isso, só estão descritos aqui as terapias
oral e enteral.

7.2.1 Terapia Nutricional Oral


A terapia nutricional oral é indicada para:
- Grupos especiais: pacientes idosos, gestantes e crianças, cardiopatas, oncológicos, quando
necessário;
- Pacientes desnutridos (perda involuntária > 10% nos últimos 3 a 6 meses, IMC <18,5 kg/m 2 ou
IMC <20 kg/m2 + perda de peso involuntária > 5% ao longo dos últimos 3-6 meses;
- Pacientes com ingestão alimentar inferior a 70% das recomendações em até 5 dias
consecutivos, com expectativa de melhoria da ingestão;
- Pacientes que apresentam hiporexia ou anorexia;
- Pacientes com dentição insuficiente e com ingestão alimentar reduzida;
- Pacientes com disfagia;
- Doenças gastrointestinais, diabetes e insuficiência renal, quando necessário;
- Pré e pós-operatório de cirurgias gastrointestinais, cardíacas, artroplastia quando desnutridos;
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- Síndrome do intestino curto;
- Gastrectomia total;
- Fístulas digestivas;
- Pacientes em risco de desnutrição e que permanecerão por pelo menos 5 dias internados após
o início da TNO;
- Pacientes desnutridos que recusam alimentação por sonda;
- Úlcera por pressão, feridas extensas e/ou fasciotomias, queimaduras 2o e 3o grau.

7.2.2 Terapia Nutricional Enteral

A terapia nutricional enteral é indicada conforme indicação da Equipe


Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN) e encontra-se no Protocolo de Indicação e
desmame da TNE do HDT-UFT/EBSERH.

8. CRITÉRIOS DE INTERNAÇÃO
Não se aplica uma vez que o cuidado nutricional prestado é dispensado ao paciente
já internado.

9. CRITÉRIOS DE MUDANÇA TERAPÊUTICA/MONITORAMENTO

O acompanhamento dos pacientes internados no HDT-UFT/EBSERH será realizado


conforme quadros 33 e 34. Serão monitorados quanto a ingestão alimentar e o resultado
transformado em percentual. Será considerado satisfatório que o paciente receba 80% ou mais da
oferta calórica prescrita (Heyland et al., 2014).

Pacientes sob suporte nutricional devem ser monitorados seguindo os critérios


descritos abaixo (NICE, 2006; ESPEN, 2006; ESPEN, 2009, ASPEN, 2009; Waitzberg, 2009; Dhaliwal
et al., 2014):

- Verificar a variabilidade das medidas antropométricas (peso, circunferências e dobras


cutâneas);
- Avaliar a capacidade funcional;
- Exame físico: hidratação, coloração da pele, astenia, presença de edema, avaliação do
abdome;
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- Dados laboratoriais (hemograma, leucograma, glicemia, ureia, creatinina, Na, K, Ca, Mg,
P, TGO, TGP, bilirrubinas, triglicerídeos, proteinograma completo, glicosúria, relação
albumina/globulina, proteína C reativa);
- Volume urinário, perdas gastrointestinais, etc.;
- Ingestão atual de alimentos e líquidos (oral, enteral), apetite, preferências alimentares,
alterações organolépticas;
- Confirmar capacidade de comer e beber e resolver ou amenizar quaisquer problemas
físicos, por exemplo, disfagia, dentaduras;
- Checar medicamentos utilizados, assim como interação fármaco-nutriente;
- Checar tolerância gastrointestinal: frequência, consistência e coloração das fezes,
presença de sangue nas fezes, dor ou distensão abdominal, desconforto pós-prandial, saciedade
precoce, dor epigástrica, pirose, vômitos, aspecto e quantidade do volume residual gástrico, débito
da ostomia.
- Para pacientes em uso de sondas, deverá ser alimentado a planilha de “Planilha de
indicadores de qualidade em terapia nutricional” (Figura 1), com o volume, carboidrato e proteína
infundido da dieta, bem como a meta calórica e proteica, intercorrências, desperdício de dieta
enteral, velocidade de infusão da dieta e etc.).
- Exame físico (avaliação do TGI - cavidade oral; mastigação; deglutição; anorexia/hiporexia;
náuseas e vômitos; dor abdominal; diarreia; constipação; duração, intensidade e frequência dos
sintomas) e capacidade funcional (por pelo menos um método);
-Realizar triagem e diagnóstico nutricional semanalmente.
- Realizar registro em prontuário do monitoramento e da conduta nutricional conforme
tópico a seguir.
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Figura 1: Planilha de indicadores de qualidade em terapia nutricional dos pacientes internados, HDT-
UFT/EBSERH.

9.1. Registro de atendimento nutricional – evolução e conduta nutricional

O registro do atendimento nutricional deve ser feito no AGHU e na sua


impossibilidade em formulário da equipe multiprofissional próprio do HDT-UFT/EBSERH,
carimbado, assinado e disponibilizado no prontuário do paciente. No caso do registro no formulário
de equipe multiprofissional o nutricionista deve identificar a data e a categoria profissional, no caso,
“Nutrição”. Logo em seguida, iniciar o registro.

- Primeira evolução
Deverá conter:
- Data, hora e número do código do procedimento;
- Identificação do paciente (salvo se tal já tiver sido feito anteriormente);
- História da doença atual (HDA) e pregressa (HPP) /comorbidades;
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- Investigação dietética (informações relevantes do hábito de alimentar, aversões, alergias
ou intolerâncias alimentares, alteração da ingestão alimentar atual e ingestão hídrica);
- Avaliação nutricional;
- Exame físico (avaliação do TGI - cavidade oral; mastigação; deglutição; anorexia/hiporexia;
náuseas e vômitos; dor abdominal; diarreia; constipação; duração, intensidade e frequência dos
sintomas) e capacidade funcional;
- Antropometria (deve conter medidas antropométricas, índices e perda ponderal);
-Avaliação bioquímica (conforme relevância de cada caso);
- Resultado da ASG/MNA-SF/NRS 2002/ STRONG KIDS;
- Diagnóstico Nutricional (DN);
- Identificação do nível de assistência de nutrição;
-Conduta Nutricional (CN) – Valor Energético Total (VET); consistência, macro e
micronutrientes mais importantes para o caso clínico; fracionamento; assinatura seguida de
carimbo, número e região da inscrição no CRN do nutricionista responsável pela prescrição)

- Evolução subsequentes

O registro da evolução nutricional deve constar no prontuário do paciente, a alteração da


ingestão alimentar, avaliação da tolerância digestiva, exame físico, antropometria, capacidade
funcional e avaliação bioquímica.
Na evolução de alta nutricional, deve ser registrado a orientação final fornecida ao
paciente.

10. CRITÉRIOS DE ALTA

A programação de alta hospitalar dos indivíduos acompanhados pela nutrição deve


contemplar a orientação sobre a transição do ambiente hospitalar para o domicílio. O fornecimento
de orientações nutricionais por escrito deve contemplar pacientes que se beneficiem da
dietoterapia. A alta hospitalar nutricional deve ser realizada, preferencialmente, com antecedência
de 24h, para organizar a ida do usuário ao domicílio, encaminhamento ambulatorial sempre que
necessário, reorientar o cuidador/ responsável e conferir as boas práticas de manipulação de
alimentos/terapia nutricional.
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11. FLUXOGRAMAS

Figura 2. Algoritmo para triagem do paciente hospitalizado no HDT-UFT/EBSERH.

Figura 3. Algoritmo para tomada de decisão do peso de adultos e idosos hospitalizados (Adaptado
de Carvalho, 2016).
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12. REFERÊNCIAS

SBRAN- Associação Brasileira de Nutrição. Manual Orientativo: Sistematização do Cuidado de Nutrição – São
Paulo: Associação Brasileira de Nutrição, 2014. 66p.
ASPEN – American Society of Parenteral and Enteral Nutrition.White JV, Guenter P, Jensen G, Malone A,
Schofield M; Academy Malnutrition Work Group; A.S.P.E.N. Malnutrition Task Force; A.S.P.E.N. Board of
Directors. Con- sensus statement: Academy of Nutrition and Dietetics and American Society for Parenteral
and Enteral Nutrition: characteristics recommended for the identification and documentation of adult
malnutrition (under nutrition). JPEN J 2012 May; 36 (3):275-83.
BRASIL. Resolução CFN nº 304/2003. Dispõe sobre critérios para prescrição dietética na área de nutrição
clínica e dá outras providências, Brasília, 2003.
CARVALHO, A. P. P. F., et al. Protocolo de atendimento nutricional do paciente hospitalizado. Goiânia: Gráfica
UFG, 2016. 171 p. (Adulto / Idoso; v. 2).
CARVALHO, A. P. P. F., et al. Protocolo de atendimento nutricional do paciente hospitalizado. Goiânia: Gráfica
UFG, 2016. 111 p. ((Paciente gestante, nutriz, criança e adolescente; v. 1).
CUPPARI, L. Nutrição Clínica no adulto. Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar. São Paulo:
UNIFESP/Escola Paulista de Medicina, 2002.
DUARTE, A. C. Avaliação nutricional: aspectos clínicos e laboratoriais. 1. ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2007.
639 p.
FRISANCHO, A. R. Anthropometric standards for the assessment of growth and nutritional status.University
of Michigan, 1990.189 p.
FRISANCHO, A. R. New noms of upperlimb fat muscle áreas for assessment of nutritional status. American J
Clinic Nutr, v. 34, p. 2540-2545, 1981.
GUIGOZ, Y.; VELLAS, B.; GARRY, P.J. Assessing the nutritional status of the elderly: the mini nutritional
assessment aspart of the geriatric evaluation. Revista de Nutrição, v.54. p. 59-65, 1996.
LEE, R.d.; NIEMAN, D. C. Nutritional assesment. 2 ed. St. Louis: Mosby, 1995.
LOHMAN T. G.; ROCHE A. F.; MARTORELL R. Anthropometric standardization reference manual. Human
Kinetics: Cham- paign, 1988.
MARTINS C. Avaliação do Estado Nutricional e Diagnóstico de Pacientes Enfermos Graves, 2010; 23p.
REZENDE, F. A.C., PEREIRA, R. J. Bases para o planejamento dietético. EDUFT: Palmas-TO, 2014, 240p
WAITZBERG, D. L. Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica. 4. Ed. São Paulo: Atheneu.2009.348p.
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13. ANEXOS
Anexo 1. Mini avaliação nutricional versão reduzida (MNA-SF).

MINI AVALIAÇÃO NUTRICIONAL VERSÃO REDUZIDA - MAN

TRIAGEM

A. Nos últimos 3 meses houve redução da ingesta E. Problemas neuropsicológicos:


alimentar por perda de apetite, problemas digestivos 0 = demência ou depressão graves
ou dificuldade para mastigar ou deglutir? 1 = demência ligeira 2 = normal
0 = grave 1 = moderada 2 = sem diminuição
F.1 Índice de Massa Corporal:
B. Perda de peso nos últimos 3 meses: 0 = IMC < 19 1 = 19 ≤ IMC < 21
0 = ↑ a 3Kg 1 = não sabe 2 = 21 ≤ IMC < 23 3 = IMC ≥ 23
2 = 1 – 3Kg 3 = não
SE O CALCULO DO IMC NÃO FOR POSSÍVEL, SUBSTITUA O
C. Mobilidade: F1 PELA F2. NÃO PREENCHA A QUESTÃO F1 SE A F2 JÁ
0 = leito ou cadeira de rodas ESTIVER SIDO COMPLETA
1 = deambula, mas não é capaz de sair de casa
2 = normal F.2 Circunferência da panturrilha:
0 = CP <31 3 = CP ≥ 31
D. Passou por algum stress psicológico ou doença
aguda nos últimos 3m?
0 = sim 2 = não

Pontuação da Triagem (subtotal, máximo de 14 pontos)


12-14: normal 8-11: sob risco de desnutrição 0-7: desnutrido
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Anexo 2. Avaliação Subjetiva Global (ASG).
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Continuação do Anexo 2. Avaliação Subjetiva Global (ASG).
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Anexo 3. Nutritional Risk Screening (NRS 2002)
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Anexo 4. Screening Tool Risk Nutritional Status And Growth (Strong Kids)

Nome Paciente: _______________________________________________________________ Idade: ____________


Data da Avaliação: ____/___/____ Leito: ___________ Enfermaria: _________ Sexo: F ( ) M ( )

Aplicação recomendada: uma vez por semana entre 1 mês e 18 anos


Classificação Pontuação .

Doença de alto risco nutricional ou cirurgia de grande porte prevista? ( ) Não ( ) Sim – 2
Avaliação nutricional subjetiva: a criança parece ter déficit nutricional ou
desnutrição? (diminuição da gordura subcutânea e/ou massa muscular e/ou face ( ) Não ( ) Sim – 1
emagrecida)
Ingestão alimentar e/ou perdas – apresenta alguns dos itens abaixo?
• Diarreia (>5 vezes por dia) e/ou vômito (>3 vezes por dia)?
• Redução da ingestão alimentar durante os últimos dias antes da internação (não
( ) Não ( ) Sim – 1
incluindo jejum para procedimento ou cirurgia eletivos)?
• Recomendação de intervenção nutricional preexistente?
• Incapacidade de ingestão alimentar adequada por causa de dor?
Perda de peso ou ganho insuficiente nas últimas semanas ou meses:
( ) Não ( ) Sim – 1
Perda de peso (crianças > 1 ano) ou não ganho (crianças <1 ano)
Total:_______
Risco de desnutrição e necessidade de intervenção
Score Risco Intervenção e acompanhamento
4a5 Necessário um diagnóstico completo. Orientação nutricional individual e acompanhamento
Elevado
pontos diário. Ponderar a prescrição de suporte nutricional até confirmação do estado.
1a3 Considerar uma intervenção nutricional. Monitorizar 2 vezes na semana peso e risco
Médio
pontos nutricional, ou sempre que possível.
0 Não é necessário intervenção nutricional. Monitorizar peso regularmente e avaliar o risco
Baixo
pontos semanalmente, ou sempre que possível.
Doenças Subjacentes que contribuem para o risco de desnutrição:
Anorexia nervosa Doença hepática crônica
Queimaduras Doença renal crônica
Displasia broncopulmonar (idade max. de 2 anos) Pancreatite
Doença celíaca Síndrome do intestino curto
Fibrose cística Doença muscular
Dismaturidade/prematuridade (usar idade corrigida até Doença metabólica
o sexto mês) Trauma
Doença cardíaca crônica Deficiência/ retardo mental
Doença infecciosa (Aids) Cirurgia de grande porte prevista
Doença inflamatória intestinal Não especificada (classificada por um médico)
Câncer
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Anexo 5. Formulário de anamnese nutricional – adulto, HDT-UFT/EBSERH.
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Anexo 6. Curva para avaliação e monitoramento da evolução ponderal em gestantes.


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Anexo 7.Gráfico em escore-z para meninos menores de 5 anos: peso por idade.
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Anexo 8. Gráfico em escore-z para meninos menores de 2 anos: peso por comprimento
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Anexo 9. Gráfico em escore-z para meninos de 2 a 5 anos: peso por estatura.
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Anexo 10. Gráfico em escore-z para meninos menores de 5 anos: comprimento/estatura por idade
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Anexo 11. Gráfico em escore-z para meninos menores de 5 anos: IMC por idade.
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Anexo 12. Gráfico em escore-z para meninos de 5 a 10 anos: peso por idade.
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Anexo 13. Gráfico em escore-z para meninos de 5 a 19 anos: estatura por idade
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Anexo 14. Gráfico em escore-z para meninos de 5 a 19 anos: IMC por idade.
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Anexo 15. Gráfico em escore-z para meninas menores de 5 anos: peso por idade.
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Anexo 16. Gráfico em escore-z para meninas menores de 2 anos: peso por comprimento
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Anexo 17. Gráfico em escore-z para meninas de 2 a 5 anos: peso por estatura.
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Anexo 18. Gráfico em escore-z para meninas menores de 5 anos: comprimento/estatura por idade
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Anexo 19. Gráfico em escore-z para meninas menores de 5 anos: IMC por idade.
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Anexo 20. Gráfico em escore-z para meninas de 5 a 10 anos: peso por idade.
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Anexo 21. Gráfico em escore-z para meninas de 5 a 19 anos: estatura por idade
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Anexo 22. Gráfico em escore-z para meninas de 5 a 19 anos: IMC por idade.
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VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA ALTERAÇÃO


1 03/02/17 Versão Inicial.
2 16/09/2021 Atualização segundo modelo Sequali
Inclusão de curvas de crescimento da OMS; curva para
acompanhamento de peso de gestante recomendações para
gestantes; formulários de triagem.
Alteração de formulário de anamnese, quadro de exames, atualização
de dados conforme novas recomendações.

Elaboração:
Alinne Aurélio Carneiro Teixeira
Data: 03/02/2017
Déborah Patrícia Leal Oliveira
Ludmilla Moema Lopes de Sousa

Revisão:
Genice Oliveira de Souza
Data: 14/09/2021
Rosângela Santos de Jesus
Alinne Aurélio Carneiro Teixeira

Validação Data: 17/11/2021


Setor de Gestão da Qualidade Processo SEI: 23761.006178/2021-91

Aprovação Data: 18/11/2021.


Genice Oliveira de Souza -Chefe da Unidade de Nutrição Clínica Processo SEI: 23761.006178/2021-91
Marcos Antônio Silva Batista - Chefe Substituto do Setor de
Apoio Diagnóstico e Terapêutico

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte

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