MAGEE, B. Capítulo 3. In _______. As ideias de Popper. São Paulo: Cultrix, Ed.
Da Universidade de São Paulo, 1974.
● “Segundo a concepção tradicional, concepção indutivista, os cientistas
buscam, acerca do mundo, enunciados que encerrem o máximo grau de probabilidade, em termos de evidência disponível”. P. 41. ● “[...]. A probabilidade encerrada por enunciados dessa espécie é máxima porque o conteúdo informativo neles presente é mínimo. ” P. 41. ● “[...]. E quanto mais específico tornarmos nosso enunciado, [...] mais provável será que ele se mostre errôneo, mas, ao mesmo tempo, mais informativo e, se verdadeiro, mais útil ele será [...]. ” P. 42. ● “[...]. O que desejamos são enunciados de alto conteúdo informativo e, consequentemente, de baixa probabilidade, o quais, não obstante, se aproximem da verdade. São precisamente esses os enunciados pelos quais se interessam os cientistas. ” P. 42. ● “[...]. Teorização destemida [...] é mais fácil de mostrar-se errônea. ” P. 44. ● “[...] ‘ A concepção errada da ciência trai-se no seu anseio pela certeza’”. P. 44. ● “[...]. Todavia, segundo Popper, o falseamento total ou parcial é o destino que podemos antecipar para todas as hipóteses; [...]. ” P. 45. ● “[...] conteúdo-verdade, sendo essa a expressão que Popper usa para denominar a classe de enunciados verdadeiros que decorrem de uma teoria. ” P 47-48. ● “[...]. Todo enunciado falso tem indefinido número de consequências verdadeiras [...]. ” p. 48. ● “Ainda assim, esse tipo de conteúdo-verdade poderá decorrer em maior escala de um enunciado falso do que de um enunciado verdadeiro. ” P. 48. ● “[...]. E, ao nível metodológico, não devemos, diz ele, fugir sistematicamente à refutação, através de uma reformulação contínua da teoria ou da evidência, com o objetivo de mantê-las concordes. Isso é o que fazem muitos marxistas e psicanalistas. Assim, estão substituindo a ciência pelo dogmatismo, enquanto proclamam proceder cientificamente.”. P. 49 (grifo meu). ● “[...] uma teoria genuinamente científica se coloca permanentemente em risco”. P. 49. ● “A refutabilidade é o critério de demarcação entre a ciência e a não- ciência. ” P. 49. Grifo meu. Informação central do capítulo. ● A teoria de Freud mostrou-se não científica para Popper porque ela se propunha, segundo ele, a explicar tudo, ou seja, ela não se submetia ao critério da refutabilidade. P. 50. ● Já os marxistas “[...] se recusavam a admitir a refutação e reformulavam incessantemente a teoria (e a evidência), para afastar a refutação. ” P. 50. ● “[...] de um ponto de vista histórico, todas- ou quase todas- as teorias científicas se originaram de mitos e que um mito pode incluir importantes antecipações de teorias científicas. ” P. 52. ● “A primeira interpretação errônea dada à obra de Popper, propagada amplamente e ainda hoje objeto de divulgação, consistiu em vê-la como propositora da falseabilidade como critério de demarcação não, [...] entre a ciência e não-ciência, mas entre o significativo e o destituído de significado. ” P. 52.