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O que nos reserva a comunicação dos anos 2020?

Aqui vão 6
tendências irreversíveis
Agilidade, humanização, metrificação, responsabilidade... O B2B e o B2C ganham a
companhia poderosa do P2P, a comunicação People to People

O que nos reserva a comunicação dos anos 2020? Aqui vão 6 tendências irreversíveis
(Foto: alvarez via Getty Images)
Você se lembra como era a sua comunicação em 2010? Qual
rede social você usava? Como você se compartilhava
informações pessoais e notícias com os colegas de trabalho? Se
recorda como andava a hoje combalida, embora mais necessária
do nunca, imprensa do Brasil?
Em 2010 você já tinha um smartphone ou este era um luxo de
poucos amigos?

Pois é, 10 anos a um ritmo 4.0 parecem 100 e, se você puxar


pela memória, tenho certeza, você irá se surpreender.

SAIBA MAIS
Resultado justo é a única métrica que você não pode contestar
Da periferia para o mundo. As lições do empreendedor que começou
entregando marmitas
Nem tudo era mato uma década atrás, é verdade. O WhatsApp,
por exemplo, já existia, assim como todas as grandes redes que
hoje dominam o mercado: Facebook, LinkedIn, Twitter e
Instagram (que nascia em 2010).

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Em uma década, vimos milhares de startups revolucionarem a


maneira como nos comunicamos e produzimos, especialmente
no mundo do trabalho. E morrerem também.

A revolução na comunicação começou bem antes, obviamente.


Durante praticamente todo o século 20, vivemos a era da
Comunicação 1.0 ou “primeira onda”, que concentrou seu poder e
inovação nas mídias de massa da época: rádios, jornais, revistas
e TVs. As informações top down configuravam uma espécie de
“eu falo, você senta e escuta”.

A segunda onda ou Comunicação 2.0 surgiu nos anos 1990,


quando o consumidor passou a ter as suas opiniões levadas em
conta. Algo como “fala que eu te escuto” – o que se mostrou
primordial, uma vez que as necessidades e desejos destes
mesmos consumidores, finalmente, foram escutadas.

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para você chegar superpreparado
A Comunicação 3.0 ou “terceira onda” surgiu em meados dos
anos 2000, com a democratização das redes sociais:
colaborativa, ágil e compartilhada, com conversas inspiradoras e
cada vez menos barreiras ou hierarquia.

Mas e a “quarta onda”? O que nos reserva a Comunicação 4.0 ou


aquela que reinará nos anos 2020, que começam em algumas
semanas?

Elenquei 6 tendências irreversíveis da próxima década em


comunicação e as divido com você:
P2P
A comunicação B2C e B2B (destinada ao consumidor e entre as
empresas) seguirá firme, mas, cada vez mais, pessoas
precisarão de pessoas. Logo, ganhará força a comunicação
People to People – de humano para humano. Direta, ágil,
empática, humanizada e efetiva.
Curadoria
Se, no milênio passado, tínhamos os veículos de massa, um
telefone e, vá lá, uma secretária eletrônica para nos impactar, as
conversas hoje são outras. Nossa atenção está pulverizada nas
24 horas do dia. Curar ou selecionar aquilo que vamos
internalizar ou exteriorizar será o primeiro passo para uma
comunicação assertiva.
Experiência
Não basta comunicar, é preciso impactar. Sim, nos anos 2020, se
você não agregar ao interlocutor, seja ele quem for,
provavelmente não será lembrado em uma próxima. Promover
experiências verdadeiras passa por transformar aquele momento
comunicacional em algo relevante e que permaneça no tempo.
Mensuração
Não basta ofertar, é necessário saber por que, como, para quem
e quais os efeitos dessa oferta. A metrificação, a coleta de dados
e seu uso quase infinito serão uma realidade presente em todos
os níveis da comunicação dos anos 2020. Será, a partir deles,
que promoveremos e transformaremos a maioria das nossas
experiências.
Assistência
“Os smartphones geraram grandes mudanças, mas a próxima
revolução da indústria vai ser impulsionada pela combinação de
marketing e machine learning”, diz o vice-presidente Sênior de
Publicidade e Negócios do Google, Sridhar Ramaswamy. E a
próxima novidade depois do mobile atende por “assistência”.
Estar apenas presente não fará diferença. A expectativa será
interagir e conhecer os públicos-alvo.
Responsabilidade
Se nos anos 2020 todo colaborador será embaixador da empresa
para qual trabalha e da sua marca pessoal, se todo cliente será
advogado da marca, se toda interação virará experiência e
causas darão vida a movimentos, recairá sobre a comunicação o
peso da responsabilidade – afinal, “comunicação não é o que
você fala, e sim o que o outro entende”.
Mas atenção: você terá total participação nisso.

*Marc Tawil é empreendedor e comunicador multiplataforma. É


head da Tawil Comunicação, Nº 1 LinkedIn Brasil Top Voices &
Live Broadcaster e apresentador do podcast Autoperformance, na
Rádio Jovem Pan. É também autor de HarperCollins Brasil,
editora pela qual publica, em 2020, o livro “Seja Sua Própria
Marca”.

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