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Contextualização

Nasceu na Maternidade Alfredo da Costa, em 1956. Aos 9 anos de idade,


mudou-se de Sintra para Leça da Palmeira. Dos seus 10 aos seus 16 anos, andou num
colégio de freiras espanholas. Já na Faculdade, licenciou-se em Germânicas na
Faculdade de Letras do Porto. Trabalhou como Professora Associada na Universidade
onde estudou, foi publicando livros de poemas e contos infantis, traduziu poetas,
recebeu prémios e ainda vive em Leça Da Palmeira.

Figurações do poeta
• A poeta revela um descentramento do sujeito quotidiano;
• Formas de enunciação ambíguas entre a ficção do “eu” e da sua figuração;
• Indeterminação da figuração do “eu” poético, que está “entre”, numa tensão
quase permanente.

Arte poética
• A sua poesia assenta, recorrentemente, na associação de termos que reportam a
ações familiares e simples do dia a dia e ao ato da criação artística.

Representação do contemporâneo
• Espaços, objetos e tarefas do espaço doméstico;
• Todas as divisões de uma casa, todas as tarefas domésticas;
• Presença de coisas e situações do quotidiano elevadas a objeto de atenção
poética.

Linguagem, estilo e estrutura


• Mobilidade do diálogo ou réplica no poema;
• Desprezo pela rigidez da forma impressa em rimas e métricas;
• Presença de vocabulário ligado à casa e à cozinha: “silêncios”, “armários”,
“cebolas perturbantes”, elevado do quotidiano comezinho do universo poético.
Poema “Inês e Pedro: quarenta anos depois” (página 209 do manual)
• O sujeito poético pretende demonstrar que, na realidade concreta, as coisas não
são tão belas como transmitem ser.
• Este título faz referência a duas personagens da História de Portugal – Inês de
Castro e D. Pedro. Fazendo uma mistura entre o real e o imaginário. Neste caso,
imagina-se o envelhecimento deste par, caso Inês não tivesse sido assassinada.
• Este poema remete o leitor para:
o O episódio de Inês de Castro em Os Lusíadas;
o Os versos lidos por Madalena na Cena I de Frei Luís de Sousa.
• O caráter inovador do poema:
o Referências ao quotidiano deste par amoroso envelhecido;
o A não-existência da intensidade, da paixão e da sensualidade na relação
entre Inês e Pedro;
o As maleitas da velhice que conferem um tom cómico ao texto e
contrastam com a seriedade histórica do episódio de Inês de Castro e da
sua relação com Pedro – uma espécie de paródia.
• A presença de falas/diálogos torna o discurso mais vivo e confere uma maior
credibilidade à representação das personagens como pessoas normais e comuns.

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