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Dicionário de termos usados em Psicologia

Afeto- diz respeito aos sentimentos, emoções, valores e motivações ligados a ideias,
pessoas ou objetos.
Cognição- Conceito que inclui todas as formas de conhecimento, como a compreensão e
o raciocínio.
Culpabilidade- Sentimento doloroso de ter cometido uma falha, ligado a estados
depressivos e de autoacusação. É independente de uma real justificação (o sujeito pode
nunca ter cometido a falha ou ela não justificar tal sentimento). A culpabilidade acarreta,
muitas vezes, o desejo de castigo e pode levar à delinquência, fracasso e suicídio.
Extroversão- Indivíduo que exprime facilmente os seus sentimentos, gosta de comunicar
e está atento aos outros.
Desânimo aprendido (Learned helplessness) é um comportamento que ocorre quando
o sujeito suporta estímulos repetidamente dolorosos ou de outro modo aversivos dos
quais é incapaz de escapar ou evitar. Após essas experiências, o organismo muitas vezes
não consegue aprender ou aceitar “fuga” ou “evitação” em novas situações em que tal
comportamento é provável que seja eficaz. Em outras palavras, o organismo aprendeu
que é indefeso. Nas situações em que há presença de estímulos aversivos, aceitou-se
que perdeu o controle e, portanto, desiste de tentar, mesmo quando as circunstâncias
mutáveis oferecem um método de alívio dos referidos estímulos. Tal organismo é dito ter
adquirido o desamparo aprendido. A teoria do desânimo aprendido é a perspetiva de que
a depressão clínica e doenças mentais podem resultar da tal ausência real ou percebida
de controle sobre o resultado de uma situação.
Dislexia- Perturbação grave no domínio da leitura que consiste na troca de letras e de
sílabas, supressão de sons, mutilação das frases e das palavras e inversão de números.
Empoderamento (Empowerment): O termo empoderamento refere-se a medidas
destinadas a aumentar o grau de autonomia e autodeterminação nas pessoas e nas
comunidades, a fim de capacitá-las a representar os seus interesses de maneira
responsável e autodeterminada, agindo sob sua própria autoridade. É o processo de se
tornar mais forte e confiante, especialmente no controle da vida e na reivindicação dos
direitos. O empoderamento como ação refere-se tanto ao processo de autocapacitação
quanto ao apoio profissional das pessoas, o que lhes permite superar seu sentimento de
impotência e falta de influência e reconhecer e usar seus recursos. 
Enurese- Perturbação frequente que se caracteriza por uma emissão involuntária de
urina.
Esquizofrenia- Designação de um grande grupo de psicoses caracterizadas por
alterações graves no pensamento, nas emoções e no comportamento. O termo significa
“mente dividida”, dissociada, porque nesta doença os pensamentos e sentimentos não se
relacionam entre si de uma forma lógica e harmoniosa. É uma doença incapacitante de
evolução prolongada, com uma prevalência média de 1%. Inicia-se, geralmente, entre os
15 e os 25 anos.
Esquizoide (Personalidade)- Dificuldades de relacionamento com os outros e de bom
desempenho nas atividades sociais. As pessoas com traços esquizoides de
personalidade são usualmente descritas como solitárias, esquisitas e têm poucos amigos
ou até nenhum. São pouco simpáticas e nutrem pouco afeto e respeito pelos outros,
podendo ser inconstantes e desinteressadas nas atividades do dia-a-dia.
Extroversão- Significa “voltado para o exterior”. O extrovertido exprime facilmente os
seus sentimentos, gosta de comunicar e está atento aos outros.
Fobia- Medo persistente e irracional de um dado objeto ou situação e que motiva um
comportamento de evitamento perante os mesmos. As fobias simples podem envolver
medo de certos animais (cobras, aranhas, ratos, etc.) ou de certas situações específicas
(espaços fechados, alturas, andar de avião). A fobia social é o medo de enfrentar
situações sociais e de se expor ao exame e à crítica dos outros.
Frustração- Estado emocional desagradável que advém do facto de não se conseguir o
que se deseja, e sobre o qual, se tinham expectativas positivas. As reações são diversas,
embora a agressividade seja a mais frequente.
Imagem Corporal- É representação afetiva que se faz do próprio corpo. Esta
representação está relacionada com afetos gerais de auto- confiança e com a auto-
estima (alta ou baixa) que cada um tem. Esta imagem é marcada por fatores emocionais
(a forma como os outros nos representam) e fatores sócio- culturais como a moda e os
padrões de beleza.
Introversão- Tendência a desinteressar-se pelos outros e pelo mundo, centrando a
atenção em si próprio.
Motivação é a razão para as ações, disposição e objetivos das pessoas. A motivação é
derivada da palavra motive na língua inglesa que é definida como uma necessidade que
requer satisfação. Essas necessidades também podem ser desejos que são adquiridos
através da influência da cultura, sociedade, estilo de vida, etc. ou geralmente inatos. A
motivação é a direção de alguém para o comportamento, ou o que faz com que uma
pessoa deseje repetir um comportamento, um conjunto de forças que age por trás dos
motivos. A motivação de um indivíduo pode ser inspirada por outros ou eventos
(motivação extrínseca) ou pode vir de dentro do indivíduo (motivação intrínseca).  A
motivação tem sido considerada como uma das razões mais importantes que inspiram
uma pessoa a avançar na vida.  A motivação resulta da interação de fatores conscientes e
inconscientes. Dominar a motivação para permitir a prática sustentada e deliberada é
fundamental para os altos níveis de realização, por exemplo, no mundo do desporto,
medicina ou música.
Neurose- É o nome dado a um conjunto de distúrbios psicológicos em que, por muito
graves que sejam os sintomas, os doentes permanecem dentro da realidade e têm
consciência mórbida mantida.
Obsessivo (Personalidade)- Perturbação caracterizada pelo excessivo apego ao
método, ordem e limpeza. Domina a necessidade de pontualidade e credibilidade.
Personalidade é definida como o conjunto característico de comportamentos, cognições
e padrões emocionais que evoluem a partir de fatores biológicos e ambientais.  Embora
não haja uma definição geral de personalidade, a maioria das teorias concentra-se na
motivação e nas interações psicológicas com o ambiente. Teorias de personalidade
baseadas em traços, como aquelas definidas por Raymond Cattell, definem personalidade
como os traços que predizem o comportamento de uma pessoa. Por outro lado,
abordagens mais comportamentais definem personalidade através da aprendizagem e
hábitos. No entanto, a maioria das teorias considera a personalidade relativamente
estável.
A psicologia da personalidade tenta explicar as tendências subjacentes às diferenças de
comportamento. Muitas abordagens foram adotadas para estudar a personalidade,
incluindo as teorias biológicas, cognitivas, de aprendizagem e baseadas em traços, bem
como abordagens psicodinâmicas e humanísticas. A psicologia da personalidade é
dividida entre os primeiros teóricos, com algumas teorias influentes sendo postuladas por
Sigmund Freud, Alfred Adler, Gordon Allport, Hans Eysenck, Abraham Maslow e Carl
Rogers.
Distúrbio de Personalidade – Hipersensibilidade a eventuais situações de rejeição,
humilhação ou vergonha, cujo temor afeta toda a vida. Estas pessoas interpretam a
atitude mais inocente como uma agressão e não fazem amigos com facilidade. A sua
autoestima é muito reduzida, desvalorizando sistematicamente aquilo que realizam de
bom, podendo apresentar formas mais ou menos graves de fobia social.
Paranoide (Personalidade)– Perturbação caracterizada pela desconfiança e suspeição
contínua que se reflete na tendência a interpretar as ações dos outros como
intencionalmente hostis e agressivas.
Psicose– Distúrbio mental grave em que o indivíduo perde o contacto com a realidade,
quer da vida interior, quer do ambiente exterior do doente. Os sintomas mais
característicos são as alterações do pensamento e da perceção: ideias delirantes, perda
do controle do pensamento, alterações da capacidade de raciocínio e julgamento, ilusões
e alucinações.

Reforço negativo – Punição.

Reforço e punição são os dois conceitos mais importantes da psicologia comportamental.


Falamos sobre o primeiro se procuramos aumentar a probabilidade de um
comportamento. Se, pelo contrário, queremos reduzi-lo, devemos nos referir à punição. O
reforço negativo envolve a retirada de um estímulo aversivo, ou seja, de um objeto ou
situação que é desagradável para a pessoa. Esta estratégia aumenta a probabilidade de
que um comportamento anterior se repita. Estamos enfrentando um caso de reforço
negativo quando uma mãe tira uma punição do seu filho para recompensá-lo por ter
passado toda a tarde estudando. O castigo é a apresentação de um estímulo negativo, o
que diminui a probabilidade de que um comportamento se repita. Daremos dois exemplos:
quando o nosso chefe impõe uma pequena penalidade por termos chegado tarde ou
quando a criança fica sem sobremesa por ter se comportado mal.

Antissocial – Tímido

Os comportamentos antissociais são aquelas ações perigosas ou prejudiciais para a


sociedade que geralmente envolvem danos a terceiros. Essas pessoas se sentem
rejeitadas ou têm dificuldades para viver em sociedade. Na verdade, o Transtorno da
Personalidade Antissocial (TAP) é uma patologia psiquiátrica atribuída a aqueles que
evitam as normas pré-estabelecidas e a lei. Eles podem até cometer crimes graves por
impulso mesmo sabendo da ilegalidade dos mesmos. No outro extremo está a timidez,
que não causa nenhum dano ou prejuízo para as outras pessoas. É um sentimento de
insegurança ou vergonha que a pessoa sente quando confrontada com novas situações
sociais.
Subconsciente – Inconsciente

Para desmembrar os dois conceitos, é necessário consultar o pai da Psicanálise,


Sigmund Freud. Embora atualmente haja a tendência de utilizá-los de forma
intercambiável, há diferenças sutis e importantes entre esses dois conceitos da psicologia.
O subconsciente é a mente emocional, que obedece aos gostos ou desejos. Por exemplo,
se mudarmos o cesto de roupas de lugar, levará alguns dias para nos acostumarmos com
a sua nova localização. Isso nos mostra que as conexões neurais subconscientes se
tornam mais fortes com o passar do tempo. Por outro lado, o inconsciente é o conteúdo
mental que escapa da consciência ou o que é difícil de alcançar através dela. É a mente
mais primitiva, fruto da potencialização genética através de anos de tentativa e erro. É
aquela que administra, por exemplo, a respiração.

Inveja – ciúme

A diferença entre estes dois termos é muito simples e é uma questão de quantidade e
posse. Para que haja inveja, são necessárias duas pessoas. Além disso, essa emoção
está associada a “não possuir”. Essa pessoa deseja o que outro tem e não quer que ele o
possua. Os ciúmes normalmente envolvem três ou mais pessoas e é uma questão de
“posse”. Eles aparecem quando alguém sente que um relacionamento importante está
ameaçado. São uma resposta emocional ao medo de perder algo muito valioso para nós.
Portanto, quando vemos que o nosso vizinho comprou um carro novo, sentimos inveja.
Quando nosso melhor amigo fica noivo, podemos sentir ciúmes porque a namorada
atrapalha o relacionamento que temos com ele, mas não sentimos inveja.

Sexo – Gênero

Sexo, de acordo com a última edição do manual de estilo da conhecida American


Psychological Association (APA, 2010), refere-se às diferenças biológicas existentes nas
pessoas. Por outro lado, o gênero está mais circunscrito às distinções sociais. O sexo é
determinado pela natureza, ou seja, uma pessoa nasce com o sexo masculino ou
feminino. O gênero pode ser aprendido e, portanto, mudado e manipulado.

Delírios – Alucinação

A confusão entre esses dois conceitos da psicologia pode ser determinada porque os
pacientes com alucinações auditivas (ouvir vozes) podem desenvolver delírios, como por
exemplo, acreditar que outras pessoas querem machucá-los. Mas, enquanto a alucinação
é uma experiência perceptiva totalmente inventada pela mente, o delírio implica distorcer
algum estímulo externo ou uma realidade existente. O delírio é uma crença mais ou
menos elaborada que é vivida com uma profunda convicção, apesar das evidências
objetivas apontarem em outra direção.

Sensação – Percepção

Os dois processos fazem parte do mesmo caminho que começa nos estímulos e termina
no cérebro. Mas, embora sejam frequentemente utilizados como sinônimos, eles não são
exatamente os mesmos. A luz solar é recebida através da retina e um som através das
células ciliadas da orelha interna. Ou seja, a pessoa recebe estímulos internos e externos
e capta-os graças a esses receptores. Portanto, a sensação é a fase inicial do processo
de percepção e é realizada através dos nossos cinco sentidos. A percepção é a próxima
fase. É o processo psicológico e biológico através do qual o cérebro interpreta e dá
sentido à informação que o atinge através dos sentidos.

Sintoma – Sinal

Embora ambos sejam indicadores de psicopatologia, os sintomas são subjetivos e os


sinais são, na maior parte, objetivos. Os primeiros são enumerados e explicados pelos
próprios pacientes a partir da sua própria perspectiva e percepção. Exemplos disso são:
sonolência, dor, fraqueza muscular ou tonturas. No entanto, os sinais são detectados por
profissionais médicos através das investigações psicofísicas pertinentes. Alguns são:
febre, edema, retardo psicomotor ou icterícia.

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