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Porque estamos aqui?

Estima-se que entre 15 e 25% dos pacientes diabéticos


irão desenvolver uma úlcera.

Previsão (2045): 20 milhões de diabéticos no Brasil.

% Incidência de LP:
62,5%

26,8%
FERNANDES, CALIRI, 2008.
ROGENSKI, KURCGANT, 2012.
Ministérios da Saúde (MS) e da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), 2019-2020.
Gwak et al. Efficacy of a povidone-iodine foam dressing (Betafoam) on diabetic foot ulcer. Int Wound J. 2020;17:91–99.
O que vai mudar na sua vida se você aprender
a avaliar e tratar feridas?
Não fazer a avaliação raciocinada

É preciso avaliar:
• Tipos de tecido presente no leito da ferida
• Avaliar as bordas da
• Avaliar as características do exsudato
• Sinais clínicos de infecção
• Indicadores do biofilme
Falar que vê fibrina no leito
da ferida
Foto microscópica da fibrina
FIBRINA é uma proteína fibrosa e insolúvel, que
participa da coagulação sanguínea.
Sua função é formar o coágulo juntamente com as
plaquetas e parar sangramentos.
Confundir esfacelo com
biofilme
Esfacelo x Biofilme
Esfacelo
Esfacelo é um tecido desvitalizado bem
hidratado, de consistência mucoide, coloração
que varia de esbranquiçada ou amarelada.

É composto por fibrina, elastina, colágeno,


leucócitos intactos, fragmentos celulares,
exsudato e grandes quantidades de DNA. Pode
ter a presença de microrganismos.

O esfacelo pode estar firme ou frouxamente


aderido no leito e nas bordas da ferida.
Biofilme
Descreve-se Biofilme como uma comunidade
estruturada de microorganismos ligados à
superfícies, encapsuladas em uma matriz
extracelular autoproduzida e tolerantes a
agentes antimicrobianos (isto inclui antibióticos
e antissépticos).

Sinais cllínicos do Biofilme:


Substância viscosa
Espessa
Brilhante
Amarelada ou esverdeada
Material gelatinoso que se reforma
rapidamente após a remoção (24-48 hrs)
Avaliar apenas a ferida
Avaliar apenas a ferida e não
gerenciar a causa

Você precisa fazer:


✓ Diagnóstico da causa
É preciso diagnosticar e gerenciar a causa da ferida.

✓ Identificar os fatores sistêmicos que atrasam a cicatrização


Identifique e minimize os fatores sistêmicos que interferem no
processo de cicatrização.
Principais Etiologias

• Pressão
• Insuficiência venosa
• Insuficiência arterial
• Neuropatia
• Umidade
Pular a etapa da Limpeza e
Desbridamento
Qual solução de limpeza?

Qual técnica de limpeza?


Escarotomia Técnica Square
Escarotomia
Escara = necrose de coagulação
Tomia = pequenos cortes

Escarotomia é uma técnica na utiliza-


se uma lâmina de bisturi para realizar
ranhuras (pequenos cortes e
superficiais) em cima da necrose.

O objetivo da escarotomia é facilitar a


penetração de correlatos no tecido
necrótico.
Técnica de Square
Utiliza-se uma lâmina de bisturi
para realizar incisões paralelas
em todo tecido necrótico.

Divide o tecido necrótico em


pequenos quadrados (2mm a
0,5cm) que vão sendo removidos
da lesão um a um, sem risco de
comprometimento tecidual mais
profundo.
Manter as bordas inviáveis
Maceração Descolamento

Hiperqueratose Epíbole
Avaliar a borda inviável

Realizar o remodelamento

World Union of Wound Healing Societies (WUWHS) Consensus Document. Wound exudate: effective assessment and management Wounds International 2019.
Epíbole: são as bordas enroladas.
E esse “enrolamento” ao redor da ferida pode acontecer
quando a borda não está nivelada com o leito.

Mas por que isso acontece?


Isso acontece porque as células epiteliais vão migrando
pelo caminho que elas encontram pela frente.
E se o leito não está preenchido com tecido de
granulação, a borda enrola-se ao redor da ferida e
forma a epíbole.
Resultado disso: a ferida fica aberta e a cicatrização
estagnada!

O que fazer?
O tratamento de primeira opção para a epíbole é a
AGUDIZAÇÃO das bordas, ou seja, causar uma nova
lesão e provocar novamente a fase inflamatória para
que a ferida volte a cicatrizar.
Essa “nova lesão” pode ser causada pelo desbridamento
instrumental fazendo “ranhuras” em cima da epíbole
com a lâmina de bisturi.
Fazer a indicação errada da
cobertura

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