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CURSO DE ALERGIAS ALIMENTARES NA INFÂNCIA

CURSO GRATUITO DE ALERGIAS


ALIMENTARES NA INFÂNCIA

AULA 4

• Alimentos Alergênicos
• Introdução Complementar nas Alergias
Alimentares
• Janela Imunológica

PhD Mari Lana

Há três possibilidades de um alimento se tornar


ALIMENTOS ALERGÊNICOS capaz de induzir reações

• Alérgenos alimentares – quando o alimento é ingerido ou há contato com a pele ou o


trato respiratório;
• Define-se como alérgeno, qualquer substância
capaz de estimular uma resposta de – quando, pela reatividade cruzada, houve produção de IgE
hipersensibilidade. específica e sensibilização antes mesmo do contato com o
alimento;
• Os alérgenos alimentares sao na sua maior
parte representados por glicoproteinas – quando há reatividade cruzada entre um alérgeno inalável
hidrossolúveis.
(ex. polens, látex) responsável pela sensibilização e produção
de IgE e ingestão do alimento.

PhD Mariana Lana


Mestre e Doutora em Saúde da Criança e Adolescente – UFMG
Especialista em Nutrição Humana e Saúde– UFLA
CURSO DE ALERGIAS ALIMENTARES NA INFÂNCIA

Exceção: Alérgenos compostos por


carboidratos

• Etiopatogenia ainda não e muito conhecido;

• Fucoses ou xiloses: inespecificas e se ligam a glucanas


presentes em uma serie de frutas e invertebrados.

• Alfa-gal (nome completo: Gal-a1-3Gal-s1- 3GlcNAc): trata-se


de um açúcar presente na carne de todos os mamíferos

PhD Mariana Lana


Mestre e Doutora em Saúde da Criança e Adolescente – UFMG
Especialista em Nutrição Humana e Saúde– UFLA
CURSO DE ALERGIAS ALIMENTARES NA INFÂNCIA

Alergia Molecular

• Complexidade dos alimentos (ex: diversas proteínas);

• Estudos atuais que buscam uma possibilidade de


fracionar o alérgeno e entender alguns de seus
componentes como de potencial importância para
definição de risco de reação clínica, reatividade
cruzada ou mesmo de persistencia da alergia!

Reatividade cruzada entre alérgenos

• Varios alérgenos podem produzir reações cruzadas


entre os alimentos.

• As reações cruzadas ocorrem quando duas proteínas


alimentares compartilham parte de uma sequência de
aminoácidos que contém um determinado epítopo
(parte na proteína que se liga a Ig) alergenico.

• Tropomiosina do camarão ou
profilinas de plantas são
exemplos de alérgenos com
ampla distribuição, facilitando a
reatividade cruzada.

PhD Mariana Lana


Mestre e Doutora em Saúde da Criança e Adolescente – UFMG
Especialista em Nutrição Humana e Saúde– UFLA
CURSO DE ALERGIAS ALIMENTARES NA INFÂNCIA

Situações clínicas de reatividade cruzada que Síndrome Látex-Fruta ou Látex-


devem ser consideradas:
Alimento
• Leite de vaca apresentam elevadas taxas de • O látex de borracha natural (LBN) — utilizado em luvas
reatividade a leites de outros mamiferos, com de látex de borracha, roupas, bocais de garrafa,
destaque para cabra, ovelha e bufala. brinquedos infantis de borracha, faixas elásticas e
muitos outros artigos no ambiente — contêm muitas
proteínas que podem ser altamente alergênicas.
• Alérgicos a proteínas de ovo de galinha reagem a
clara de ovo de outras aves.
• Estima-se que entre 30% e 50% dos alérgicos ao látex
apresentem reatividade clínica a algumas frutas, mas
• Alérgicos a gema, podem apresentar reação a carne somente 11% dos pacientes que apresentam reações a
de frango; frutas desenvolverão alergia ao látex.

Alimentos Frequentemente Síndrome Pólen-fruta


Relatados na Alergia Alimentar ao Látex
• Raramente descrita no Brasil.
• Abacate • Maracujá
• Banana • Tomate • Sensibilização ocorre durante a inalação de pólens,
• Mandioca • Nabo e que as proteinas presentes nestas plantas podem
• Anona • Abobrinha apresentar reatividade cruzada com algumas frutas,
• Castanha • Pimentão especialmente se esta fruta for ingerida em sua
• Kiwi • Aipo forma crua.
• Manga • Batata
• Mamão • Fruta do conde • As reações ocorrem basicamente de duas maneiras:
edema e urticária em mucosa oral, caracterizando a
síndrome da alergia oral ou reações sistêmicas.

Academy of Nutrition and Dietetics, 2013, Chicago.

PhD Mariana Lana


Mestre e Doutora em Saúde da Criança e Adolescente – UFMG
Especialista em Nutrição Humana e Saúde– UFLA
CURSO DE ALERGIAS ALIMENTARES NA INFÂNCIA

Alérgenos Alimentares - Classificação


Aditivos alimentares Grupo Alimento Reação Reação Inclusão na lista de
fatal anafilática rotulagem
• Apesar de serem frequentemente relacionados com 1 Trigo Não Sim Sim
reacoes adversas, os relatos relacionados a alergia que 1 Outros Cereais Não Não Não
puderam ser confirmados são raros e descritos de maneira
isolada. 2 Crustáceos Sim Sim Sim
2 Moluscos Não Sim Não
• No presente momento, muitos dos mecanismos de reação 3 Ovos Sim Sim Sim
aos aditivos alimentares são pouco compreendidos.
4 Peixes Sim Sim Sim
• Os aditivos alimentares, tais como salicilatos, carmim
(extratos de cochonilha), corantes (como FD & C amarelo n°
5) e conservantes (como ácido benzoico, benzoato de sódio, 5 Amendoim Sim Sim Sim
hidroxianisol butilado [HAB], hidroxitolueno butilado (HTB),
nitratos, sulfitos e glutamato monossódico [GMS]) podem 5 Soja Sim Sim Sim
causar reações adversas em alguns indivíduos (Vojdani et
al., 2015).

Grupo Alimento Reação Reação Inclusão na lista de


fatal anafilática rotulagem
5 Outros legumes Não Sim Não
Introdução Complementar nas AAS
6 Leite Sim Sim Sim
• Atualmente a literatura descreve que a
7 Sementes (frutos Sim Sim Sim exclusão por tempo prolongado de alimentos
secos)
com potencial alergênico pode ser fator de
8 Sementes de Sim Sim Sim risco!
gergelim
8 Outras sementes Não Sim Não
9 Prunoidéias Não Sim Não
• A maior diversidade de alimentos na infância
(frutas com pode ter efeito protetor sobre a
polpa macia e sensibilizacao alimentar, bem como prevenir
semente dura)
a alergia alimentar clinica, mais tarde na
Aipo Não Sim Não
infância.
Arroz Não Não Não
Trigo Sarraceno Não Sim Não

PhD Mariana Lana


Mestre e Doutora em Saúde da Criança e Adolescente – UFMG
Especialista em Nutrição Humana e Saúde– UFLA
CURSO DE ALERGIAS ALIMENTARES NA INFÂNCIA

Introdução Complementar nas AAS Janela Imunológica - 2015


• E importante ressaltar que há falta de evidencias de • Estudos literários declinando sobre a um fase Oportuna,
benefícios para introduzir alimentos precocemente, após 6 mês para exposição de alimentos potencialmente
visando a prevenção de alergia alimentar alergênicos.

• Os estudos disponíveis enfocam a prevenção nas formas de • Estudo Reino Unido, 2015 (amendoim);
alergia mediadas por IgE, portanto, não se conhece o
efeito dessa introdução nas formas não-IgE mediadas.
• Guideline da American Academy of Pediatrics
(AAP) juntamente com o the National Institute of Allergy
• Recomenda-se então manter a norma da OMS: and Infectious Diseases (NIAID) e o the European Academy
of Allergy and Clinical Immunology (EAACI) foi publicado
• “aleitamento materno exclusivo ate o sexto mês e em setembro de 2015 para formalizar a mudança de
complementado saudável, balanceada e equilibrada) ate algumas orientações em relação à introdução alimentar de
dois anos ou mais”. alimentos considerados altamente alergênicos.

PhD Mariana Lana


Mestre e Doutora em Saúde da Criança e Adolescente – UFMG
Especialista em Nutrição Humana e Saúde– UFLA

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