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Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 4
ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA..................................................................... 5
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
CONDUÇÃO........................................................................................................................................ 11
CAPÍTULO 1
FENÔMENOS DA TRANSFERÊNCIA DE CALOR - NOÇÕES GERAIS............................................. 11
CAPÍTULO 2
EQUACIONAMENTO MATEMÁTICO DA TRANSFERÊNCIA DE CALOR POR CONDUÇÃO.............. 18
UNIDADE II
CONVECÇÃO E RADIAÇÃO................................................................................................................. 28
CAPÍTULO 1
FENÔMENOS DA TRANSFERÊNCIA DE CALOR POR CONVECÇÃO............................................ 28
CAPÍTULO 2
FENÔMENOS DA TRANSFERÊNCIA DE CALOR POR RADIAÇÃO................................................. 34
UNIDADE III
RESISTÊNCIA TÉRMICA E TRANSFERÊNCIA DE CALOR EM MEIOS DIVERSOS E ALETAS.............................. 43
CAPÍTULO 1
CONCEITOS E APLICAÇÕES DE RESISTÊNCIA TÉRMICA (RT) EM TRANSFERÊNCIA DE CALOR EM
MEIOS DIVERSOS..................................................................................................................... 43
CAPÍTULO2
ALETAS.................................................................................................................................... 51
UNIDADE IV
ESTUDOS DE CASO (EC)....................................................................................................................... 56
CAPÍTULO 1
EC1 – FREIO A DISCO E PASTILHA E FREIO A TAMBOR E LONA – FENÔMENOS DE TROCA DE
CALOR ENTRE ESSES ELEMENTOS: UMA BREVE DISCUSSÃO....................................................... 56
CAPÍTULO 2
EC2- TRANSFERÊNCIA DE CALOR NO CORPO HUMANO: A EQUAÇÃO DO CALOR-BIO............ 60
CAPÍTULO 3
EC3- GERAÇÃO DE POTÊNCIA TERMOELÉTRICA – EFEITO SEEBECK.......................................... 62
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 68
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
4
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
5
Saiba mais
Sintetizando
6
Introdução
Seja em qualquer situação cotidiana, o fenômeno da transferência de calor está
ocorrendo. Desde o momento em que você está dormindo até o momento em que você
está em extrema atividade, sempre haverá troca de calor. E não é só com você: sempre
que dois ou mais corpos estiverem em temperaturas diferentes, em contato ou não, a
transferência de calor será possível e ocorrerá.
Quando o material está no estado líquido ou gasoso transferirá calor por convecção,
esse processo consiste na propagação de calor por correntes quentes e frias que sobem
e descem, como se vê, a matéria em movimento é que realiza a distribuição de calor.
Quando colocamos um líquido para ferver, ele entra em ebulição quando o calor é
distribuído por igual em toda a parte líquida, a água entra em movimento e distribui
o calor.
Considere que você está próximo de uma lareira acesa, seu corpo recebe calor
proveniente do fogo sem ter de precisamente tocá-lo, é mágica? Não, é a energia na
forma de radiação. Como exemplo, o calor solar é responsável pela vida na Terra, se não
existisse a transferência de calor desse astro, morreríamos congelados.
Por sua vez, a transferência de massa, em sentido lato, poderá ser entendida como
o movimento espacial da matéria. Como exemplos, refira-se o movimento de um
fluido em uma conduta ou em torno de corpos. No entanto, “transferência de massa”
é geralmente entendida no seu sentido mais estrito, referindo-se ao movimento
de um componente específico (A, B…) em um sistema de vários componentes.
Existindo regiões com diferentes concentrações, ocorrerá transferência de massa
no sentido das zonas onde a concentração desse componente é mais baixa. Essa
7
transferência pode ocorrer pelo mecanismo da difusão molecular ou da convecção
(LABVIRTUAL, 2007).
Objetivos
» Permitir ao aluno a compreensão e o domínio dos conceitos e métodos
de Fenômenos de Transferência de Calor, de forma a efetuar a sua devida
aplicação na vida profissional e torná-lo capaz e hábil de projetar e
conduzir experimentos e interpretar resultados.
9
» Apresentar os conhecimentos de transferência de calor e avaliar os
fenômenos envolvidos, modelá-los e analisá-los matematicamente;
10
CONDUÇÃO UNIDADE I
CAPÍTULO 1
Fenômenos da transferência de calor -
noções gerais
11
UNIDADE I │ CONDUÇÃO
Logo, a temperatura é uma medida da energia cinética média das partículas que
compõem o corpo. Uma temperatura mais alta indica maior agitação das partículas e,
portanto, maior energia cinética média. Assim, será mais quente o corpo que apresentar
um valor médio maior para esse grau de agitação.
A Lei Zero da Termodinâmica diz que, “se dois corpos estão em equilíbrio térmico com
um terceiro corpo, então esses corpos estão em equilíbrio térmico entre si” OU “dois
corpos estão em equilíbrio térmico quando têm a mesma temperatura”! (CARRON;
GUIMARÃES, 2006, p.267).
A quantidade de calor (Q) por unidade de tempo que atravessa um corpo chama-se
fluxo de calor (JQ), é, da forma mais simples, assim expresso:
Q
JQ = [cal / s ]
∆T
Matéria e energia (calor) são transportadas de um corpo para outro, de um espaço para
outro, de um ponto para outro, desde que EXISTAM DIFERENÇAS (GRADIENTES)
DAS GRANDEZAS EM TRANSPORTE ENTRE DOIS PONTOS, a saber:
O transporte de calor por condução pode ocorrer tanto em substâncias gasosas quanto
em líquidas e sólidas. A Figura 1 nos mostra como isso ocorre.
12
CONDUÇÃO │ UNIDADE I
Nos sólidos, por sua vez, a condução de calor se deve ao fato da existência de vibrações
do reticulado cristalino associado ao intenso fluxo de elétrons livres na estrutura do
material.
Sempre que há diferença de temperatura entre dois corpos que trocam calor, há uma
tendência ao estado de equilíbrio, ou seja, se o corpo (1) está na temperatura T1, e o
corpo (2) na temperatura T2, com T1 ǂ T2, há uma tendência para que as temperaturas
se igualem e T1 = T2.
Uma relação comum que expressa o fluxo de calor (JQ) em função dessas variáveis é a
seguinte:
K . A.∆T
JQ =
L
Ainda quanto à Figura 2, você já vivenciou a seguinte situação: logo após um período
de intenso calor, na transição entre o verão e o inverno, ou seja, no outono, é comum
ocorrer a chegada de uma “frente fria” que, subitamente, baixa a temperatura externa
obrigando você a usar um agasalho para sair de casa; como até então estava calor,
embora a temperatura externa esteja baixa, dentro de casa você ainda consegue ficar só
de camiseta. Porém, se a “frente fria” se prolonga por alguns dias, o interior da sua casa
tem a temperatura diminuída, exigindo que você fique de agasalho mesmo dentro de
casa e até durma de edredom! Quando a “frente fria” vai embora, a rua torna-se um lugar
de temperatura agradável e você não precisa sair de agasalho,mas, mesmo com a ida da
“frente fria”, o interior da casa permanece frio durante certo tempo, obrigando você a
usar agasalho dentro de casa mesmo tendo sol do lado de fora! As coisas só melhoram
quando os ambientes (externo e interno) conseguem equilibrar suas temperaturas ou
próximo desse equilíbrio!
14
CONDUÇÃO │ UNIDADE I
» convecção forçada;
Nessa maneira de convecção, imagine uma fôrma retangular que foi retirada de um
forno a altas temperaturas. Ao ser colocada em uma base (apoio), a fôrma (ou placa
como mostrado na Figura 4) emitirá calor (é como se você aproximasse dessa placa
suas mãos) – você sentirá um calor emanando naturalmente da placa aquecida.
15
UNIDADE I │ CONDUÇÃO
Nessa outra forma de convecção, imagine a mesma placa aquecida retirada do forno.
Ao aproximarmos um ventilador (por exemplo), o calor emanado da placa deixa de fluir
naturalmente e passa a ser orientado (direcionado) na mesma direção do vento emitido
pelo ventilador.
16
CONDUÇÃO │ UNIDADE I
17
CAPÍTULO 2
Equacionamento matemático da
transferência de calor por condução
» F = m.a (Newton)
» E = m.c2 (Einstein)
18
CONDUÇÃO │ UNIDADE I
Em que:
J = Fluxo da propriedade.
Li = Coeficiente cinético.
F = Força termodinâmica ou força motriz.
A taxa de calor por unidade de área, ou fluxo de calor, depende da área que ele cruza,
portanto possui uma natureza vetorial (vide equação I).
19
UNIDADE I │ CONDUÇÃO
Em que:
dF
é a taxa de variação da força F na direção x, ou o gradiente da força F na direção x.
dx
Lembrando que x é a direção do fluxo de energia.
dF
Como estamos tratando da transferência de calor, o gradiente dx da equação (II) pode
ser substituído pelo gradiente de temperatura (ou seja, pela variação da temperatura e,
consequentemente, do calor, na direção x), assim:
dT
J = Li.( ) (III)
dx
A = Área (m2)
dT ∆T
=
dx ∆x
Em que:
q
A taxa de calor por unidade de área ( A ), que cruza uma superfície cuja normal é n (na
direção x), é função do griente térmico, dT/dx, e da constante de proporcionalidade, k
(condutividade térmica).
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CONDUÇÃO │ UNIDADE I
Material K (W / m.oC)
Alumínio 230
Aço 47
Concreto 1,74
Tijolo maciço 0,81
Fibrocimento 0,76
Água 0,64
Palha 0,12
Lã de Vidro 0,036
Poliestireno expandido 0,035
Espuma de poliuretano 0,023
Ar 0,023
Podemos resumir as unidades das variáveis envolvidas no fluxo (ou transporte) de calor
da seguinte maneira:
J W
Unidade de Fluxo (JQ): 2
=
s.m s
21
UNIDADE I │ CONDUÇÃO
J W
Condutividade Térmica (K): =
s.K .m K .m
Uma observação: a condutividade térmica (K) é inversamente proporcional à
temperatura que, no Sistema Internacional (SI), é dada em graus Kelvin (K); quando
dada em graus Celsius (oC), recomenda-se fazer a conversão para Kelvin!
Estamos, até agora, assumindo um fluxo de calor (JQ) unidirecional (direção x), porém,
em um modelo “mais realista”, o calor de dissipa (flui) ao longo de diversas direções.
Vamos ver a seguir o exemplo do fluxo de calor em duas direções (x,y) (Figura 11).
Sendo que:
dT
J Q i = J QX = − K
dx
dT
J Q j = J Qy = − K
dy
22
CONDUÇÃO │ UNIDADE I
Resumindo:
A Figura 12 a seguir nos mostra, de uma forma bem simplificada, como é realizado o
balanço de energia de um sistema (pode-se fazer uma analogia com a contabilidade
salarial de uma pessoa).
Por outro lado, podemos ter um caso especial: o regime estacionário (Figura 13).
ΔU = Q - W
Calor (q) e Trabalho (WS) possuem sinais convencionados que obedecem à seguinte
convenção (Figura 14):
23
UNIDADE I │ CONDUÇÃO
Exemplo 1.
Figura 15. Placa separando dois meios de temperaturas diferentes (ilustração do Exemplo 1 – Cap 2).
Fonte: Elaboração própria do autor.
SOLUÇÃO:
Nesse exemplo, foi solicitado o cálculo de quantidade de calor por unidade de área
(q/A). Então, vamos aos cálculos.
K = 0,19 W/m.K
L = 38 mm = 0,038 m
T1 = 38 oC = 38 + 273 = 311 K
T2 = 25 oC = 25 + 273 = 298 K
24
CONDUÇÃO │ UNIDADE I
ΔT = T2 – T1 = 298 - 311 = - 13 K
Assim:
dT ∆T ∆T −13 W
−K.
JQ = −K.
= −K.
= −0,19.(
= )=
65 2
dx ∆x L 0, 038 m
W q
Lembre-se de que 65 2
= é a quantidade de calor por unidade de área.
m A
Exemplo 2.
Considerando a mesma situação do Exemplo 1, porém sabendo que a placa tem uma
área de seção transversal igual a 1,50 m2, calcule o fluxo de calor por meio dessa placa.
Solução.
q J
= 65 → q = 65. A = 65.1, 5 = 97, 5 = 97, 5W
A s
Exemplo 3.
Considere uma parede de concreto com 9,0 m2 de área e 10 cm de espessura (Figura 16).
Sabendo que a diferença de temperatura entre as duas faces da parede é de 7oC, pede-se:
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UNIDADE I │ CONDUÇÃO
Solução:
Foram dados:
Área = 9,0 m2
Espessura = 10 cm
ΔT = -7oC
Assim:
∆T −7 W
−K.
JQ = −1, 74.( ) =
= 121,8 2
L 0,1 m
q J
JQ = = 121,8 → q = 121,8. A = 121,8.9 = 1096, 2W = 1096, 2
A s
26
CONDUÇÃO │ UNIDADE I
Nesse caso:
Assim:
J J
=J Q 1096,
= 2 1096, 2 = x600 s 657.720 J 657, 72kJ
s s
Suponha que você tenha uma placa de área total A1 (em m2) e de espessura L1 (em
m), que separa duas regiões de temperaturas T1 e T2, T1 > T2, essa placa é feita de um
determinado material M que propicia a ocorrência de um fluxo de calor igual a JQ1 .
Caso queiramos triplicar o fluxo de calor usando uma placa desse mesmo material M,
mantendo as temperaturas T1 e T2, o que pode ser feito?
27
CONVECÇÃO E UNIDADE II
RADIAÇÃO
CAPÍTULO 1
Fenômenos da transferência de calor
por convecção
Dois exemplos clássicos de convecção estão ilustrados na Figura 19. Imagine uma sala (a
da sua casa, por exemplo) em duas épocas do ano: verão e inverno. No verão, acionamos o
ar-condicionado posicionado na parte superior da sala, ele gera ar frio de alta densidade,
refrescando o ambiente. No inverno, por sua vez, desligamos o ar-condicionado e ligamos
o aquecedor, que faz com que o ar quente suba e aqueça o ambiente nessa estação do ano!
28
CONVECÇÃO E RADIAÇÃO │ UNIDADE II
(a) (b)
a. Disponível em: <http://www.geocities.ws/saladefisica5/leituras/brisa10.jpg>. Acesso em:2 fev. 2019. b. Disponível em: <http://www.
geocities.ws/saladefisica5/leituras/brisa20.jpg>. Acesso em: 2 fev. 2019.
O fenômeno da brisa do mar ocorre nas manhãs quentes, em que a areia da praia se
aquece mais rapidamente que a água do mar, fazendo com que haja um deslocamento
da massa de ar quente da praia para cima e um deslocamento de ar frio do mar para a
praia. À noite, ocorre o inverso, a areia da praia resfria mais rapidamente que a água
do mar (que à noite permanece quente por mais tempo), assim há um deslocamento de
massa de ar quente do mar para cima e um deslocamento de ar frio da praia para o mar.
µ
ν=
ρ
k
α=
ρ .Cp
Nota: os valores desses parâmetros são tabelados em diversos livros de
termodinâmica!
30
CONVECÇÃO E RADIAÇÃO │ UNIDADE II
As relações para cálculo de taxa de calor (q) e fluxo de calor (JQ) são similares às
utilizadas no estudo de transferência de calor por condução, ou seja:
=q h.(TS − T∞ ). A
q
J Q= = h.(TS − T∞ )
A
=h h( ρ , µ , Cp, k , TS − T∞ ,ν , geometria)
Nota: como, em geral, TS> T∞ nos estudos de transferência de calor por convecção,
e, nesse caso, JQ> 0, é possível situações em que T∞> TS, aí JQ< 0, a equação toma a
seguinte forma:
JQ = h.(T∞ - TS)
Gases 25 – 250
Convecção Forçada
Líquidos 100 – 2.104
Sendo assim, vamos considerar um fluido que esteja escoando em uma direção
paralela a uma superfície (imagine, por exemplo, uma rajada de vento – unidirecional,
por hipótese – fluindo paralelamente a uma superfície asfáltica de uma rodovia).
Consideremos que o fluido esteja a uma temperatura T∞ e a superfície a uma
temperatura TS. A Figura 23 nos mostra o perfil de velocidade (devido à interação
fluido – superfície).
31
UNIDADE II │ CONVECÇÃO E RADIAÇÃO
Figura 23. Perfil de velocidade (v) entre um fluido escoando paralelo a uma superfície S.
Figura 24. Perfil de temperatura associado ao deslocamento do fluido paralelo a uma superfície.
32
CONVECÇÃO E RADIAÇÃO │ UNIDADE II
33
CAPÍTULO 2
Fenômenos da transferência de calor
por radiação
Algo que precisa ficar bem claro para nós é a diferença entre radiação e irradiação.
É bem simples: radiação é transmissão de energia por meio do espaço, enquanto a
irradiação é exposição à radiação (MUNDO EDUCAÇÃO, 2019).
Com base na definição e na Figura 25, os significados das duas palavras são muito
parecidos, porém com sentidos diferentes:
34
CONVECÇÃO E RADIAÇÃO │ UNIDADE II
II. radiação ionizante: que tem alto teor de energia e é capaz de arrancar
elétrons do átomo do qual pertencem.
A única diferença existente entre a radiação e a luz é a frequência com que ocorre a
radiação nos corpos. Toda a luz que vemos nada mais é que a propagação do calor.
Irradiação, por seu turno, é a propagação da energia (calor) sem que haja a necessidade
de um meio material para que isso aconteça. De acordo com Carron e Guimarães (2006,
p.275), “irradiação térmica é o processo de transferência de calor por meio de ondas
eletromagnéticas, denominadas ondas de calor ou calor radiante”.
Embora muito criticado, o efeito estufa (terrestre) tem seu lado benéfico e seu lado
prejudicial. O lado benéfico é que, dentro dos limites toleráveis, o efeito estufa auxilia o
planeta a manter a temperatura favorável à sobrevivência humana. O lado prejudicial
refere-se à maior concentração de CO2 e de vapor d´água, que geram um “escudo” e
elevam substancialmente a temperatura do planeta!
35
UNIDADE II │ CONVECÇÃO E RADIAÇÃO
Isolantes térmicos
Quando falamos de transferência de calor, algo que jamais podemos desprezar nos
estudos são os materiais isolantes térmicos.
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CONVECÇÃO E RADIAÇÃO │ UNIDADE II
Espuma elastomérica
A espuma elastomérica é um isolante térmico flexível indicado para isolamento térmico
de temperaturas entre -50ºC e 105ºC. Sua estrutura celular fechada proporciona menor
condutividade térmica e maior resistência à difusão do vapor de água.
Por ser altamente flexível, de forma que possa ter diversas espessuras e tamanhos, a
espuma elastomérica pode ser encontrada em vários formatos, sendo eles: tubos ou
mantas de borracha elastomérica, standard ou autoaderentes, fitas autoadesivas,
cintas, etc., além de ser usada também como cola e revestimentos especiais.
Figura 28. Produtos de espuma elastomérica: (a) Manta isolante; (b) Tubos de espuma.
(a) (b)
37
UNIDADE II │ CONVECÇÃO E RADIAÇÃO
Lã de rocha
A lã de rocha é fabricada a partir de rochas basálticas especiais e de outros minerais que,
aquecidos a cerca de 1.500ºC, são transformados em filamentos e que, aglomerados a
soluções de resina orgânicas, permitem a fabricação de produtos leves e flexíveis a até
muito rígidos, dependendo do grau de compactação.
Os produtos à base de lã de rocha podem ser: feltros, isotubos, jaquetas térmicas (são
isolantes removíveis e reutilizáveis, compostos de material resistente ao fogo), mantas,
painéis, flocos amorfos (constituídos por fibras em lã de rocha THERMAX, isentos
de resinas e materiais orgânicos, possuem diâmetro médio entre 6 e 7 mícrones) e
feltros leves (revestidos em uma das faces com uma folha de alumínio impermeável,
proporcionando uma barreira contra a condensação superficial e a penetração de
umidade no interior do isolante).
Lã de vidro
É uma massa de fibras de vidro, semelhante, na aparência, à lã, utilizada como isolante,
material de embalagem e filtros de ar.
Poliestireno (isopor)
Isopor é um polímero de estireno minúsculo resultante de pérolas que, submetidas
à expansão de vapor d’água, aumentam em até 50 vezes seu tamanho original,
fundindo-se e moldando-se em um material de excelente poder de isolamento, tanto de
calor quanto, principalmente, de frio, devido à grande quantidade de células fechadas e
cheias de ar em seu interior.
38
CONVECÇÃO E RADIAÇÃO │ UNIDADE II
Figura 30. Produtos de isopor (a) Placa de isopor expandido moldado em placas rígidas; (b) Telhas termoacústicas.
(a) (b)
Poliuretano
Poliuretano é uma espuma rígida predominantemente utilizada na técnica
da isolação térmica, resultado da reação química de um poli-isocianato que,
juntamente com o gás expansor, é responsável pelo alto fator de isolamento
térmico, principalmente para superfícies operando a baixas temperaturas,
consequência da baixa massa especifica aparente (densidade) e do baixo
coeficiente de condutibilidade térmica do poliuretano.
O poliuretano pode ser utilizado na forma de produto injetável. Por esse sistema,
a mistura dos componentes que compõem o poliuretano é diretamente injetada
por maquinário apropriado em cavidades previamente preparadas. Ao reagirem
os componentes, o material expande enchendo totalmente a cavidade e aderindo
firmemente às paredes dela.
39
UNIDADE II │ CONVECÇÃO E RADIAÇÃO
Sendo assim, outro exemplo de para que serve o silicato de cálcio para o isolamento
térmico são as situações como o revestimento de estruturas destinadas a servirem como
suporte para a circulação de veículos ou funcionários.
40
CONVECÇÃO E RADIAÇÃO │ UNIDADE II
A radiação que é emitida pela superfície tem origem na energia térmica dessa superfície,
a taxa na qual é liberada por unidade de área (W/m2) é denominada de “poder emissivo
– E” da superfície. Segundo a Lei de Stefan-Boltzmann:
E = σ.TS4
Em que:
Para um radiador ideal, o fluxo de calor (JQ) por ele emitido é menor que o emitido pelo
“corpo negro” à mesma temperatura.
Em que:
0≤ε≤1
Em uma superfície, quando é irradiada por uma fonte de radiação, uma fração dessa
irradiação é absorvida, aumentando a energia térmica do material da superfície.
A taxa na qual a energia radiante é absorvida por unidade de área é avaliada a partir de
um parâmetro α conhecido como “absorvidade” Assim:
0≤α≤1
41
UNIDADE II │ CONVECÇÃO E RADIAÇÃO
Vamos aqui fazer um breve resumo de uma situação exposta por DeWitt et al. (2014,
p.7), segundo os quais um caso particular que ocorre com frequência é a troca de
radiação entre uma pequena superfície a temperatura TS e uma superfície isotérmica
muito maior, que envolve completamente a menor. A vizinhança poderia ser, por
exemplo, as paredes de uma sala ou de um forno, cuja temperatura Tviz seja diferente
daquela da superfície contida no seu interior, isto é, Tviz ǂ TS. Se a superfície for tal
que α = ε (característico de uma superfície cinza), a taxa líquida de calor saindo da
superfície expressa por unidade de área será:
Essa expressão fornece a diferença entre a energia térmica, que é liberada em razão da
emissão de radiação, e aquela ganha devido à absorção de radiação.
Ainda segundo DeWitt et al. (2014, p.7), em muitas aplicações é conveniente expressar
a troca líquida de calor por radiação na forma:
42
RESISTÊNCIA TÉRMICA
E TRANSFERÊNCIA UNIDADE III
DE CALOR EM MEIOS
DIVERSOS E ALETAS
CAPÍTULO 1
Conceitos e aplicações de resistência
térmica (RT) em transferência de calor
em meios diversos
De forma geral, para uma quantidade de calor q transferida de um meio para outro,
podemos escrever:
q = ΔT/RT
Em que:
RT = Resistência térmica.
Quando temos o caso de uma parede de espessura L separando dois meios com
temperaturas T1 e T2, sendo T1 > T2, vimos que o fluxo de calor (JQx), unidirecional na
direção x, é dado por:
43
UNIDADE III │ RESISTÊNCIA TÉRMICA E TRANSFERÊNCIA DE CALOR EM MEIOS DIVERSOS E ALETAS
Existe uma analogia entre difusões de calor e de carga elétrica, isto é, da mesma forma
que uma resistência elétrica está vinculada à condução de eletricidade, uma resistência
térmica está associada à condução de calor.
Assim, teremos as seguintes definições de resistência térmica (RT) para cada modo de
transferência de calor:
a. Condução (RTcond):
b. Convecção (RTconv):
c. Radiação (RTrad):
Figura 32. Transferência de calor através de uma parede plana (ou placa plana). (a) Distribuição da temperatura;
(b) Circuito térmico equivalente.
44
RESISTÊNCIA TÉRMICA E TRANSFERÊNCIA DE CALOR EM MEIOS DIVERSOS E ALETAS │ UNIDADE III
RT1 = 1 / h1.A
RTp = L / K.A
RT2 = 1 / h2. A
qx = (T1∞ - T1)/ (1/h1.A) = (T1 – T2) / (L/K.A) = (T2 – T2∞) / (1/h2.A) = constante.
RTtotal = R1 + Rp + R2
No caso da parede (ou placa) plana que vimos na Figura 32, podemos observar que a
temperatura sofre uma variação entre o ambiente (1) de temperatura T1 e o ambiente
(2) de temperatura T2 (ambas na superfície da parede), como indicado na própria
figura.
A Figura 32 nos mostrou a transferência de calor através de uma parede simples. Vamos
ver agora como fica a transferência de calor em um sistema de paredes compostas.
45
UNIDADE III │ RESISTÊNCIA TÉRMICA E TRANSFERÊNCIA DE CALOR EM MEIOS DIVERSOS E ALETAS
Podemos escrever que o calor “qx”, unidirecional, é dado globalmente pela relação:
Em que:
qx = U.A.ΔT
46
RESISTÊNCIA TÉRMICA E TRANSFERÊNCIA DE CALOR EM MEIOS DIVERSOS E ALETAS │ UNIDADE III
Logo:
U = (1/RTtotal). (1/A)
Assim:
qx = (1/ΣRT).(1/A).A.ΔT
qx = (ΔT/ΣRT)
Sendo Kef = condutividade térmica efetiva (que leva em consideração o material sólido
Ks e o fluido Kf).
47
UNIDADE III │ RESISTÊNCIA TÉRMICA E TRANSFERÊNCIA DE CALOR EM MEIOS DIVERSOS E ALETAS
Sendo que:
Consideraremos que Ks > Kf, sendo assim, podemos ter dois valores para Kef: um valor
mínimo (Kefmin) e um valor máximo (Kefmx), tal que:
No entanto, para não ficar na dúvida entre usar Kefmin ou Kefmx, Maxwell estabeleceu
a seguinte relação para cálculo de Kef para um meio poroso:
48
RESISTÊNCIA TÉRMICA E TRANSFERÊNCIA DE CALOR EM MEIOS DIVERSOS E ALETAS │ UNIDADE III
Considerando o regime estacionário, sem geração de calor e sem perdas de calor pelas
paredes laterais (isolantes), a taxa de transferência de calor na direção “x” é constante,
podemos escrever que:
qx.ʃdx/A(x) = - ʃK.dT
Integrando, obtemos:
qx.Δx /A = - K. ΔT
Fluido
QuenteT1∞
Para as condições de estado estacionário, sem geração de calor, podemos escrever que:
(1/r).d(K.r.dt/dr)/dr = 0
qr = - K.A.dT/dr = - K.(2πrL).dT/dr
49
UNIDADE III │ RESISTÊNCIA TÉRMICA E TRANSFERÊNCIA DE CALOR EM MEIOS DIVERSOS E ALETAS
Em que:
Vamos considerar que a taxa de transferência de calor por condução “qr” no cilindro
(não confundir com fluxo térmico de calor JQ) é constante na direção radial.
Em que:
RT = ln(r2/r1) / 2πLK
50
CAPÍTULO2
Aletas
51
UNIDADE III │ RESISTÊNCIA TÉRMICA E TRANSFERÊNCIA DE CALOR EM MEIOS DIVERSOS E ALETAS
Vamos admitir que “h” e (Tb - T∞) são uniformes (visto que Ao = constante) ao longo
da superfície da parede. Assim, o fluxo de calor (JQ) está distribuído uniformemente na
superfície e vale:
JQ = qox/Ao
Para facilitar nossos cálculos e análise, vamos admitir também que haleta = hparede,
lembrando, porém, que, nas aplicações reais, o coeficiente de transferência de calor por
convecção (h) das aletas tende a ser maior que o da superfície da parede sem aletas.
A presença de aletas provoca picos de fluxo de calor (nas regiões de contato superficial
e base da aleta - vide Figura 38.c), e o comportamento da adição de aletas sobre a taxa
de transferência de calor entre a superfície sólida e o fluido pode ser estimado pela
“efetividade εo” total da superfície, dada por:
Em que:
Sabendo que A0 = Aou + AAT (vide Figura 38.c), a transferência de calor total (q) na
superfície pode ser calculada a partir da soma da transferência de calor na porção
aletada (qA) com a porção não aletada restante. Assim:
q = qCA.AA + qSA.Aou
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RESISTÊNCIA TÉRMICA E TRANSFERÊNCIA DE CALOR EM MEIOS DIVERSOS E ALETAS │ UNIDADE III
Convecção(T∞;h)
P = perímetro
da seção
transversal da
aleta
Fluido
Aleta
A hipótese básica para esse tipo de análise é que a temperatura da aleta é função (única)
de “x” – vide gráfico da Figura 39.b, ou seja, T = T(x).
qb = - K.(dT/dx)x=0
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UNIDADE III │ RESISTÊNCIA TÉRMICA E TRANSFERÊNCIA DE CALOR EM MEIOS DIVERSOS E ALETAS
Em que:
(p.dx).h.(T - T∞) = taxa de transferência de calor por convecção da fatia com espessura
“dx” para o fluido a temperatura T∞.
Essa relação nos mostra que, para uma aleta com área de seção transversal Ae constante,
a taxa líquida de transferência de calor por condução na fatia “dx” da aleta é igual à taxa
de transferência de calor por convecção para o fluido através da superfície lateral da
fatia considerada, ou seja:
K.Ae.d2T/dx2 = p.h.(T - T∞)
Convecção(T∞;h)
Ac = Ac(x)
áreadaseção
transversal da
aleta
P=p(x)perímetroda
seção transversal da
aleta
qcv=h.(p.dx).(TT∞)
Fonte: (BEJAN,1996, p. 52).
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RESISTÊNCIA TÉRMICA E TRANSFERÊNCIA DE CALOR EM MEIOS DIVERSOS E ALETAS │ UNIDADE III
Para a parcela fatiada (dx) da aleta, aplicando a Primeira Lei da Termodinâmica, teremos:
O objetivo dessa análise em uma geometria especificada, Ae(x) e p(x), é obter a taxa de
transferência de calor da aleta para o fluido. Essa taxa é igual à taxa de transferência de
calor conduzido na base da aleta.
qb = - (K.Ae(x).dT/dx)x=0
η = qb/[h.Aexp.(T - T∞)]
Em que:
Aqui vale salientar que o rendimento (η) da aleta é um parâmetro adimensional que
descreve o comportamento da aleta e que, de forma genérica, é definido como:
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ESTUDOS DE CASO (EC) UNIDADE IV
CAPÍTULO 1
EC1 – Freio a disco e pastilha e freio
a tambor e lona – fenômenos de troca
de calor entre esses elementos:
uma breve discussão
Figura 41. Sistema de frenagem. (a) conjunto disco-pastilhas; (b) modelos de pastilhas.
(a) (b)
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ESTUDOS DE CASO (EC) │ UNIDADE IV
Disco: feito geralmente de ferro fundido (excelente condutor de calor), mas, em casos
especiais, pode ser de cerâmica.
As sapatas alojam as lonas de freio. As lonas feitas de amianto têm como característica
a sua estabilidade de atrito durante a vida útil, elas duram mais que as pastilhas de freio
e causam o mínimo de desgaste do material de fricção. Outra característica marcante
da lona de freio é a resistência ao Fade, que é a perda de eficiência em virtude de altas
temperaturas entre tambor e lona, esta consegue se recuperar rapidamente.
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UNIDADE IV │ ESTUDOS DE CASO (EC)
A função principal do tambor é formar a superfície de atrito com a qual a lona de freio
irá ser comprimida. O tambor também serve como tampa para o sistema evitando
entrada de poeira ou qualquer outro detrito, porém ele não é vedado e com certeza
será atingido em passagens inundadas. Rolamentos de roda também estão alojados
no tambor.
Tambor aletado: muito usado no passado e pouco atualmente, sua grande sacada é
ter aletas como nos motores a ar, que possuem a mesma função: refrigerar. Ele refrigera
pela sua área de troca de calor ser maior provendo um arrefecimento eficiente. A Figura
43 nos mostra um exemplo de tambor aletado.
Vejamos um caso específico: uma lona de freio (Figura 44) é pressionada contra um
tambor rotativo de aço. Supondo que o fluxo de calor é gerado na superfície de contato
tambor-lona na taxa de 200 W/m2 e que 90% do fluxo de calor gerado passa para o
tambor de aço, o restante passa pela lona. O projetista quer determinar o gradiente
térmico no ponto de contato tambor-lona.
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ESTUDOS DE CASO (EC) │ UNIDADE IV
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CAPÍTULO 2
EC2- Transferência de calor no corpo
humano: a equação do calor-bio
Este segundo estudo de caso, extraído do livro de DeWitt et al. (2014, p.109), traz uma
explicação importante dos fenômenos de transferência de calor aplicados ao corpo
humano. Tal estudo tem grande importância, por exemplo, nas áreas médias e de
bioengenharia, áreas essas distintas das que estamos acostumados a trabalhar como
engenheiros.
A geração de calor metabólica e a troca de energia térmica com o sangue podem ser
vistas como efeitos de geração de energia térmica. Consequentemente, podemos
reescrever a equação (d2T/dx2 + q/k = 0) para levar em conta essas duas fontes de
calor na seguinte forma:
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ESTUDOS DE CASO (EC) │ UNIDADE IV
Pennes propôs uma expressão para o termo da perfusão supondo que, no interior de
qualquer pequeno volume de tecido, o sangue que escoa nos pequenos capilares entra
com a temperatura arterial Ta e sai com a temperatura do tecido local T. A taxa na qual
o calor é ganho pelo tecido é igual à taxa na qual o calor é perdido pelo sangue. Sendo
a taxa de perfusão ω (m3/s de escoamento volumétrico de sangue por m3 de tecido),
a perda de calor do sangue pode ser calculada com base em uma unidade de volume
assim expressa:
qp = ω.ρs.cs.(Ta – T) (II)
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CAPÍTULO 3
EC3- Geração de potência
termoelétrica – efeito Seebeck
Este terceiro estudo de caso, também extraído do livro de DeWitt et al. (2014, p.111-114),
mostra-nos que os fenômenos de transferência de calor podem estar presentes em casos
diversos, tal como em um circuito eletrônico ou elétrico projetado para gerar potência.
Vejamos esse caso muito particular e interessante.
(V1 – V2) = S.(T1 – T2) → S = (V1 – V2) / (T1 – T2) = ΔV/ΔT [Volts/kelvin]
Em que:
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ESTUDOS DE CASO (EC) │ UNIDADE IV
Figura 47. Circuito termoelétrico simplificado constituído por um par de pellets semicondutores.
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UNIDADE IV │ ESTUDOS DE CASO (EC)
Além de induzir uma corrente elétrica “i”, efeitos termoelétricos também induzem
a geração ou a absorção de calor na interface entre os dois materiais diferentes.
Esse fenômeno de fonte ou sumidouro de calor é conhecido como “efeito Peltier”, a
quantidade de calor absorvida “Qa” está relacionada aos coeficientes de Seebeck dos
materiais adjacentes por uma equação da forma:
Qa = i.(Sp – Sn).T
Em que:
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ESTUDOS DE CASO (EC) │ UNIDADE IV
O fator “2” fora dos colchetes leva em conta a transferência de calor nos dois pellets,
observe-se que:
OU
η = P/Q1
Em que:
Tm = (T1 + T2) / 2
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UNIDADE IV │ ESTUDOS DE CASO (EC)
JQ = - K.(dT/dx) = q/A
Considerando uma aproximação para regime estacionário (ou permanente), isso nos
leva à equação de balanço ou da conservação da energia, expressa na Primeira Lei da
Termodinâmica:
ΔU = Q – W
Não podemos esquecer que a convecção pode ser natural (ou livre), forçada e com
mudança de fases.
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ESTUDOS DE CASO (EC) │ UNIDADE IV
Lei de Stefan-Boltzmann
E = σ. Ts4 (ideal)
E = ε.σ.Ts4 (real)
A TC que estudamos é, por hipótese, unidirecional, mas isso não nos impede de verificar
a forma de TC em paredes simples e compostas, traçando o perfil de temperatura (ou
gradiente de temperatura).
Finalizamos com três estudos de caso (EC) que nos mostraram o quão variáveis são as
situações em que podemos aplicar os conceitos de transferência de calor!
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Referências
ALVES, L. Transferência de calor de um sistema.2019. Disponível em: <https://
brasilescola.uol.com.br/quimica/transferencia-calor-um-sistema.htm>. Acesso em: 6
jan. 2019.
BRUNETTI, F. Mecânica dos fluidos. 2. ed. rev. São Paulo: Pearson, 2008.
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REFERÊNCIAS
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