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Paciente do sexo feminino, 55 anos, casada, 4 filhos, natural e procedente de Carpina. Chega ao
ambulatório de Nutrição encaminhada pelo Serviço de Cardiologia com o diagnóstico de
Hiperlipidemia Mista, não apresentando outras co-morbidades. Apresenta problemas de mastigação
aceitando apenas consistência branda.
Do lar, Casada, 4 filhos. É tabagista, fuma 1 maço de cigarros por dia e bebe de quatro a cinco
xícaras de café por dia e não faz atividade física. Alimentação: Ingere bastante frituras, doces e no
momento utiliza um suplemento vitamínico (2 comprimidos/dia) recomendado pela vizinha, não
refere aversões ou alergias alimentares.
MEDICAMENTOS
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA
Altura: 1,66 m; peso atual: 72 Kg; CB: 35 cm; PCT: 26 mm; CC: 77 cm; CQ: 95 cm.
Determine:
Paciente apresenta sobrepeso com alto risco de progressão para obesidade grau 1, sendo isto
evidenciada através dos dados antropométricos. Apresenta Hipertrigliceridemia isolada, devido ao
seu alto triglicerídeos. Ela possui HDL normal (quase no limite) devido ao tabagismo e possui
ausência de anemia. Em sua alimentação relata o consumo excessivo de alimentos (frituras, doces e
café) que corroboram para a sua condição de saúde e a ausência de atividade física é prejudicial
para o seu estado.
A paciente apresenta atualmente 72 kg, possuindo um IMC de sobrepeso. Desse modo, a redução
de peso é essencial para a regulação da sua hipertrigliceridemia, associada com uma mudança no
estilo de vida. Assim, ao calcular o peso ideal da paciente, tomando como base o IMC desejável de
24,9, vê-se que é necessário reduzir aproximadamente 3kg, para obter-se como resultado 69kg.
Sendo assim, as necessidades nutricionais calculadas com a fórmula de bolso, tomando como base
a ingestão de 18 kcal por peso desejável, é de 1.242 kcal por dia. Essa necessidade energética total
deve ser distribuída em 50% de carboidratos, 20% de proteínas e 30% de lipídeos, sendo fracionada
nas 6 refeições do dia: o desjejum, o lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia.
Lanche da manhã 124,20 kcal 62,10 kcal 24,84 kcal 37,26 kcal
Lanche da tarde 124,20 kcal 62,10 kcal 24,84 kcal 37,26 kcal
Jantar 310,50 kcal 155,25 kcal 62,10 kcal 93,12 kcal
3. Resumo da patologia
4. Conduta dietoterápica
A alimentação de pacientes com algum tipo de dislipidemia deve ser acompanhada por um nutricionista
para a regulação desta patologia. É muito importante haver uma moderação de gorduras na dieta, a
eliminação de ácidos graxos trans, o controle do consumo de ácidos graxos saturados e a priorização de
alimentos com ácidos graxos poli-insaturados e monoinsaturados, assim como a redução de açúcares e a
inclusão de carnes magras, frutas, grãos e hortaliças, principalmente em casos de hipertrigliceridemia,
como a paciente. Dessa forma, analisando a história da paciente em questão, é necessário a aplicação
de uma dieta branda, visto que ela não consegue ingerir uma dieta normal, sendo esta hipocalórica,
hiperproteica, normolipídica e normoglicídica.
5. Interação droga-nutriente
A interação entre droga e nutriente pode ser benéfica ou indesejável, sendo capaz de facilitar a
absorção ou diminuindo seus efeitos colaterais ou ela pode impedir tal absorção, diminuindo sua
eficácia e comprometendo o tratamento de determinada enfermidade, respectivamente. No caso das
hiperlipidemias, o seu tratamento tem grande impacto na redução da ingestão de ácidos graxos
saturados e de ácidos graxos trans e a ingestão de fitoesteróis. A ingestão de fibras solúveis
apresenta impacto menor, mas também se mostra efetiva na redução do colesterol. Resultados
menos expressivos são obtidos com aumento da atividade física, redução do peso e ingestão de
proteínas de soja. Já no tratamento da hipertrigliceridemia, tem grande impacto a redução do peso,
da ingestão de bebidas alcoólicas, de açúcares simples e do consumo de carboidratos. O aumento
da atividade física e a substituição dos ácidos graxos saturados pelos mono e poli-insaturados
apresentam impacto moderado nos níveis séricos de triglicérides. O tratamento das dislipidemias
depende do grau de risco em que o paciente se encontra. Para os pacientes de risco moderado ou
baixo, o tratamento será iniciado apenas com as mudanças do estilo de vida, com a associação, em
uma segunda etapa, de medicamentos, se necessário, para obtenção das metas definidas de LDL-C.
Já em pacientes de muito alto ou alto risco cardiovascular, o tratamento deve incluir medicamentos já
em associação com as modificações do estilo de vida. Não é possível entender a interação entre
droga e nutriente nesse caso em específico, uma vez que a paciente não possui indicação de
nenhum fármaco, ou pelo menos não foi relatado.
DESJEJUM
LANCHE DA MANHÃ
ALMOÇO
JANTAR
CEIA
– Ingerir saladas cozidas, carnes frescas cozidas, assadas ou grelhadas, vegetais cozidos no forno,
água, vapor e refogados, ovo frutas, torradas, biscoitos e sopas.
– Ingerir bastante água.
– Reduzir o consumo de alimentos processados e evitar os ultraprocessados.
– Evitar uma grande adição de gorduras nas preparações.