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ADIMPLEMENTO

1-Conceito:
1.1Pelo devedor
1.2Por terceiros
1.3Pelo estado
1.4Alcance do escopo
2-Natureza jurídica
3-Pagamento por terceiro interessado (art.304)
4-Pagamento por terceiro não interessado (art.305/306)
. Adimplemento e pagamento podem ser utilizados como sinônimos.
. Adimplemento possui um antônimo – inadimplemento; e pagamento não
possui.
. Pagamento ou adimplemento é a entrega da prestação devida.
. Quem vai entregar a prestação devida é o devedor (principal interessado no
pagamento).

PAGAMENTO POR TERCEIROS


. Para que haja pagamento é necessário que haja alguns requisitos:
1° Que haja uma dívida/obrigação
. Sem isso não há pagamento.
Obs: quem paga uma dívida prescrita está realizando um pagamento.
2° Entrega da prestação devida
. Se entregar coisa diversa da devida não é pagamento
. Se for acertado entre devedor e credor coisa diversa da devida, não é
pagamento é da ação em pagamento.
. Não interessa se foi o devedor ou o credor que pagou.
3° Não é requisito do pagamento o “animus solvendi” – a intenção de pagar (a
autonomia privada). No suporte fático não é conteúdo do cerne do pagamento.
. Pagamento é um ato fato jurídico
. Só precisa da entrega da prestação
Obs: toda obrigação tem caráter transitório
. Quando o estado pega o dinheiro da conta há entrega da prestação devida?
Não houve entrega, não foi feito um pagamento.
Obs: pagamento pelo estado não existe, a não ser que o estado seja o próprio
devedor.
Meios satisfatórios: mesmo sem pagamento o credor sai satisfeito.
. Estado entrega para o credor o objeto da prestação, não há prestação. Mas é
uma ação satisfatória.
Meios não satisfatórios: credor não sai satisfeito.
1.4 – Alcance do escopo: fazenda possui um igarapé e por causa da seca
galhos represam o rio. É contratada uma empresa para tirar eles de lá, mas na
noite anterior a chuva leva os galhos e o escopo é alcançado (perda do objeto
da obrigação sem culpa); desfazimento do negócio jurídico com eficácia ex
tunc (devolve o dinheiro).

PAGAMENTO FEITO POR TERCEIRO INTERESSADO


. “Solvens” quem efetua o pagamento não é o devedor.
. “Acipiens” aquele que recebe o pagamento
. Art.304, caput, parágrafo único - fala de terceiro interessado e terceiro não
interessado.
. Terceiro = todo aquele que não está no polo ativo e nem no polo passivo da
relação jurídica

TERCEIRO INTERESSADO E TERCEIRO NÃO INTERESSADO


. Pai paga a dívida do filho (moral), esposa paga a dívida do marido
(solidariedade conjugal) – algum interesse tem.
. Interesse jurídico: ocorre quando o terceiro tem que suportar de maneira
direta as consequências do inadimplemento, a ausência de pagamento lhe
afeta de maneira direta, caso o devedor não efetue o pagamento. A presença
do interesse jurídico define o terceiro interessado.
. Ex: “A” alugou uma casa para “B”, parte do imóvel que “A” alugou para “B”, “B”
subloca uma parte para terceiro. “B” não pagou os aluguéis, está inadimplente.
“A” move uma ação de despejo que afeta o terceiro e “B”. O terceiro que não
tem nada a ver com o contrato de “A” e “B” paga a dívida, para não ser
prejudicado.
. Outro exemplo de interesse jurídico seria o do fiador.
Obs: todo outro caso que não seja por interesse, pagamento feito por terceiro
não interessado.

- Pagamento feito por terceiro não interessado


. A-----B – Terceiro vai entrar no lugar de “A”
O
. 3°----B
O

- Pagamento feito por terceiro não interessado


. A----B
O
- Quando se trata de um terceiro não interessado, que realizou pagamento para
o credor. Essa primeira relação vai ser extinta e depois se forma uma relação
jurídica nova (princípio que veda o enriquecimento sem causa). O terceiro
precisa ser ressarcido das despesas.
. A----B (Dá como garantia da dívida uma hipoteca);
O
. Se for um terceiro interessado ele vai poder hipotecar ela. Caso seja um
terceiro não interessado ele não vai poder hipotecar ela, uma vez que a antiga
relação jurídica é extinta e vai ser feita uma nova.

- Artigo 304
. O artigo 304 permite que não apenas o devedor pague a dívida, mas qualquer
um.
. Caso o credor não queira receber o dinheiro da dívida, o terceiro pode entrar
com uma ação para que ele receba o pagamento. (ação de consignação e
pagamento e todas as ações para forçar o credor a receber).
. Se o terceiro for interessado, ele sempre pode pagar e o pagamento sempre
gera sub-rogação (nome).
. Pagamento feito por terceiro não interessado não gera sub-rogação – Se
divide em duas espécies:
1° Nome
2° Conta
Ex: Terceiro que fez pagamento em nome e conta do devedor, não pode
reembolsar-se do que pagou, ou seja, fez uma doação. Pagamento extingue a
relação jurídica obrigacional e não nasce uma nova.
Ex: Pagar uma dívida em nome do devedor (doação). Terceiro sem interesse.
. Pagamento feito por terceiro não interessado, que paga a dívida em nome
dele. A nova relação que vai nascer, vai possuir um objeto diferente.
A---B - A---B
O O´
Obs: o terceiro só pode cobrar do devedor aquilo que ele terceiro foi
beneficiado no pagamento.
Ex: A---B - 3° ----B
O (pagar 10 mil) O” (só pagou 9 mil, só tem direito a receber 9
mil).

- Artigo 307
. Pagamento feito pela transmissão da propriedade
. Venda a non domino – venda de quem não é o dono (suporte fático suficiente
eficiente)
Obs: um dos atributos da propriedade é a faculdade que o proprietário tem de
onerar e se desfazer das coisas.
. O vendedor se compromete a transferir a propriedade (compra e venda) –
promessa de transferência.
. Art.475: inadimplemento – quando se vende um carro que não é seu para
outra pessoa, “B” vendendo o veículo (dono), “C” quer comprar do dono e
vender para outra pessoa, “D” compra de “C” e não recebe o produto, visto que
“B” desfez o negócio entra o 475°.

- A quem se deve pagar


1° Ao credor (art.308), 2° ao representante do credor, 3° ao credor putativo
(art.309), 4° pagamento ao credor incapaz (art.310), 5° crédito penhorado
(art.312), 6° prova de pagamento (art.320).
. Quem paga mal, paga duas vezes. Por isso, as regras precisam ser seguidas.
. Ocorre a representação toda vez que alguém tiver poderes para agir em nome
de outrem. Poderes dados pela lei. Ex: representação legal, os pais tem o
poder para representar os filhos menores. Advogado atuando no processo,
curatela.
. Pessoa jurídica é presentada (não tem representante).
. 2° Ao representante do credor – aquele a quem o credor der poderes para
receber em nome dele.
Ex: advogado tenha poderes para receber em nome do cliente.
Adjuctus solutions causa – 3° nomeado pelo credor, para ajudar ou facilitar no
processo de pagamento. Pessoa de confiança das partes ou do credor. Ex:
vizinho que recebe um cavalo de presente para outrem.
Obs: o pagamento só possui dois planos o da existência e o da eficácia. Não
existe pagamento válido ou inválido.
. 3° Pagamento feito ao credor putativo (art.309). Parece o credor, mas não é.
Ex: sujeito deve alguém que morreu, filho vem cobrar e ele paga. Mas depois
descobre que ele não é o herdeiro. Conflito de interesse entre o credor e o
devedor que agiu de boa fé.
. 4° Pagamento ao credor incapaz (art.310)
. Quitação = prova de pagamento (recibo), ato jurídico strictu sensu (autonomia
privada/vontade é conteúdo do cerne do suporte fático).
. Devedor que efetua pagamento ao credor tem direito a obter a quitação, caso
o credor se negue a prestar a quitação o devedor pode reter o pagamento.
. Menor de 16 anos não tem como dar quitação (não tem voz), quitação dada
por um absolutamente incapaz é nula ou anulável.
. Ex; paguei para um menor e ele reverteu em benefício dele – ajudou na
escola, em casa – não precisa pagar de novo. Agora se ele gastou por exemplo
na balada precisa pagar de novo.
. 5° Crédito penhorado
. Devo para Joana, mas vem uma ação judicial me mandando pagar para “x”,
então devo pagar para ele pela justiça.
. Fazer o que o oficial mandou fazer e não pagar para o antigo credor.
. 6° Prova de pagamento (art.320)
Requisitos da quitação:
1) Valor 4) Tempo
2) Espécie da dívida quitada 5) Lugar do pagamento
3) Nome do devedor (ou 6) assinatura do credor ou do representante
de quem por este pagou)
Ex:
Eu, Amanda, recebi de Anastácio a quantia de 10 mil reais referente a compra
de 4 mil sacas de café do tipo “A”. Feito no dia 10/08/2022 em Rio Branco,
Acre. Assinatura do credor ou representante.
Obs: não importa o valor da dívida o padrão é o mesmo (recibo particular); não
existe recibo verbal

Exceções importantes presentes no pagamento


. Mesmo o pagamento não tendo sido feito ao credor, ao representante do
credor ou ao adjuctus solutions, ele vai existir e ser eficaz em duas hipóteses.
1° Quando o credor ratificar o pagamento – quando não é pago ao credor, ao
representante legal e nem ao adjuctus solutions e mesmo assim ele recebe.
Ex: pagou a namorada.
2° Se ele não ratifica, mas fica com o dinheiro (credor usufrui do dinheiro),
apesar de não ter sido recebido por um deles foi revertido em benefício do
credor. Então o devedor não precisa pagar de novo.

CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
1 – Conceito
2 – Objeto
2.1 – Imóveis
2.2 coisas indeterminadas (art. 342)
3 – Suporte fático (art.335)
4 – Como deve ser feito (art.336)
. Falência = para o empresário ou empresa
. Insolvência = para as demais pessoas (sem dinheiro para pagar as dívidas,
devedor pode escolher quem pagar).
Ocorrem geralmente quando o patrimônio fica negativo. Mais dívidas e menos
patrimônio.

Vencimento antecipado
. Devedor tem um certo prazo para pagar, ou seja, o tempo certo do
pagamento seria em uma data “x” e devido a uma dessas 3 situações a dívida
vai vencer bem antes, devendo o devedor pagar nesse novo momento a dívida
não podendo o devedor alegar que o dia do pagamento ainda não chegou.
1° Hipótese: devedor falido, concurso de credores (insolvência civil)
. Assegurar a chamada “par conditio creditorum” – igualdade entre todos os
credores. O objetivo da falência e da insolvência civil e do vencimento
antecipado.
Ex: No processo de falência se levanta os bens e dívidas do sujeito e vai ser
assegurado que todos os credores recebam um pouco do valor da dívida em
partes iguais.
Obs: Credores especiais precisam receber primeiro que os outros.
Ordem de coisas pagas na falência:
1) Dívidas trabalhistas 3) Credores com garantias reais
2)Impostos 4) Credores quirografados (tem como garantia
..... somente o papel).
Ex: Juiz decreta a falência e instaura o concurso de credores. Se um credor
tem uma dívida que vai vencer em 1 ano, ela vai ser antecipada para que
depois ela não fique sem pagamento. Pagamento fica para agora.
2° Hipótese: penhor, hipoteca e anticrese (direitos reais de garantia, um bem
em garantia de uma dívida).
Ex; banco pedir dinheiro emprestado, ele empresta, mas pede garantias.
1) Fidejunssórias: “fé” = acreditar; Dar em garantia de uma dívida o patrimônio
de outra pessoa. Ex: fiador.
2) Reais: Se entrega um bem, um patrimônio (hipoteca, penhor. Em garantia).
. Hipoteca: bens imóveis. Ex: fazenda, casa.
. Penhor: bens móveis. Ex: uma joia, em garantia. Esse bem vai estar
“empenhado” = bem móvel dado em penhor, não está penhorado. Oficial de
justiça – poder judiciário separa uma fração do patrimônio do devedor
expropriando-a dele, devedor perde o poder de alienação. Objeto serve para o
pagamento de dívida específica feito pelo poder judiciário).
Ex: devedor falido credor entra com uma ação judiciária contra ele e descobre
que ele tem uma fazenda hipotecada e vai até o juiz pedir o penhor e a fazenda
hipotecada fica empenhada e depois vai ser penhorada (quando a coisa vai ser
vendida).
Situação em que:
- Banco (1) --- dívida vai vencer em 1 ano; dívida no valor de 1 milhão e tem
como garantia uma hipoteca no valor de 2 milhões.
- Banco (H) --- dívida quirografia, no valor de 2 milhões.
. O vencimento antecipado assegura a garantia da hipoteca e do penhor para o
recebimento do valor. No processo que o banco “H” abriu o juiz vai penhorar a
casa e a dívida vai ser antecipada par que os dois possam receber, mas o
credor que possui a garantia da hipoteca tem prioridade para receber e o outro
recebe o que sobra.
. Credor hipotecário = hipoteca
. Credor pignoratício = penhor
3° Hipótese: garantias insuficientes, fiador acaba falindo. Garantia fidejunssória
se torna insuficiente; garantia real: casa destruída em um temporal. A garantia
ofertada ao credor era uma garantia boa e ele tinha plena consciência do
pagamento da dívida, mas elas se perderam (garantias se dissolvem).
. Fiador faliu, apresentar outro fiador; Imóvel deteriorado, apresentar outro
imóvel. Se o devedor não apresenta essas garantias a dívida vence
antecipadamente e o credor pode cobrar na hora.

CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
. Ação de consignação em pagamento (ação especial – características
próprias). Art.335
. Em regra geral, quem possui interesse no pagamento é o credor.
. O devedor também tem interesse em pagar e se ver livre da dívida, que a
obrigação seja desfeita (direito e dever de pagar).
. É um rol numerus apertus, muitas outras situações autorizam a consignação
não só as previstas no 335.
. Toda vez que o devedor não conseguir realizar um pagamento eficaz, cabe a
consignação em pagamento (procedimento judicial ou bancário que tem a
mesma eficácia do pagamento, não é pagamento).
Ex: quando o credor não quer receber e o devedor vai depositar em juízo o
valor da dívida.
Obs: consignação bancária (dívida em dinheiro, outras dívidas não podem ser
consignadas no banco).
Ex: venda de mil cabeças de gado, primeiro mês credor não pega o gado,
segundo mês credor ainda não pegou. Consigna a ação. Na prática não tem
como consignar.
. Todas as obrigações de dar podem ser consignadas, inclusive a obrigação de
dar coisa certa.
. Se a escolha couber ao credor e ele não comparecer, a coisa vai ser
escolhida pelo devedor sendo submetido ao credor a sua escolha.
Obs: Não é possível consignar a obrigação de fazer pura.
Ex: pintor faz um quadro (pode consignar)
Ex: cortar cabelo, fazer unha (obrigação pura, não dá para consignar).
. Devedor quer pagar somente uma parte da dívida e credor não quer receber,
possui um justo motivo devedor quer pagar coisa diversa da devida, credor não
é obrigado a receber
Ex: Quando o credor não pode dar a quitação (em coma), incapaz de receber.
Ocorre a consignação em pagamento.
. Obrigação segmentada em um ambiente cooperativo, cooperação econômica
em ambos os polos. Devedor não pode entrar com consignação sem averiguar
o motivo do credor não ter ido pagar a dívida.
. Quando não se sabe quem deve receber cabe a consignação
Ex: homem morreu e tinha uma esposa e uma amante seguradora não sabe a
quem pagar, então entra com uma ação de consignação em pagamento porque
quem paga mal paga duas vezes.
- Se pender litígio sobre o objeto do pagamento: como deve ser feita a ação de
consignação em pagamento (art.336)
(deve ter as mesmas coisas do pagamento)
1° Deve ter o mesmo local do pagamento
2° Mesmo réu
3° Mesmo tempo

Novação
1-Conceito 3.1 – Objetiva (art.360)
2-Requisitos 3.2 - Subjetiva
2.1 Dívida anterior 4 - Eficácia
Obrigações nulas (art.367) 4.1 – Insolvência (art.363)
2.2 Dívida nova 4.2 – Solidariedade (art.365)
Modificações secundárias 4.3 – Fiadores (art.366)
2.3 Animus novandi (art. 361) 4.3 Garantias (art.364)
3 – Espécies
. Novação é a extinção de uma obrigação para a criação de uma nova. Quando
se tem determinada relação jurídica e vai ser criada uma nova. Antiga vai ser
morta, nova só foi criada para matar a antiga relação de interdependência entre
elas. O objetivo da morte da relação jurídica é criar uma nova.
. Novação hoje em dia é um instituto pouco utilizado, já no direito romano a
novação gozava de muitos prestígios. O estabelecimento do nexo dependia de
todo um ritual e quando nascia o nexo o devedor ficava ligado ao credor e o
credor ao devedor.
. Desse modo, ocorria em Roma resistência a transferência do débito para
quem não participou do ritual, de modo que para o crédito poder circular ocorria
a novação (se extinguia a relação antiga e se criava uma nova).

Requisitos para que haja novação


1)Dívida antiga (anterior ou novada), se não tem o que matar não tem como
fazer nascer uma nova
Problema: se tem como novar dívida material (a princípio), não tem o elemento
responsabilidade, não pode ser cobrada no poder judiciário.
Problema: Obrigação nula pode ser novada? Não pode, porque ela não pode
ser confirmada. Mas a obrigação anulável pode ser novada, pode ser ratificada,
confirmada.
2) Criação de uma dívida nova
. Criação de uma nova obrigação deve ser substancialmente diferente da
anterior
Obs: taxa de juros diferente, prazo aumentado e troca do local de pagamento
não vai ser novação.
3)Animus novandi (acordo entre as partes para que ocorra novação)
. Acordo entre devedor e credor, para extinguir a relação antiga e se criar uma
nova.
. Precisa ter a intenção de novar, novação não se presume, animus novandi
precisa estar na forma expressa (escrita) ou tácita. Sem novação a dívida é
continuada.

TIPOS DE NOVAÇÃO
. 1) Novação objetiva (art.360): em que há modificação do objeto da obrigação
(ex: trocar a obrigação de dar, pela de fazer), sem alteração nos elementos
subjetivos, ou seja, mesmas partes.
Obs: Negócio jurídico alterativo do objeto, diferente de novação. Se for mudado
somente o objeto não vai ser uma relação nova se a antiga não morreu.
. 2) Novação subjetiva:
2.1 ativa – quando a nova relação que nasce possui um credor diferente
2.2 passiva – quando a nova relação jurídica que nasce possui um devedor
diferente
2.2.1 passiva por expromissão: o credor pode fazer sem o consentimento do
devedor (ele pode ser inclusive contra).
2.2.2 passiva por delegação: ocorre com a permissão do devedor
. Caso a relação jurídica antiga seja extinta e seja criada uma nova, o devedor
antigo passa a não ter nenhuma responsabilidade com a dívida, mesmo que o
novo devedor não a pague.
Obs: caso uma relação que tenha um fiador seja extinta, ele não vai
automaticamente ser fiador da nova relação. É necessário o consentimento
dele para isso.
Obs: Caso uma relação jurídica antiga que possua uma hipoteca, a nova não
vai possuir ela também ainda que seja ressalvada.
3)confusão (devedor e credor passam a ser a mesma pessoa)
1- Conceito (art.380)
2- Espécies (art.382)
3 – Solidariedade (art.383)
4 – Fim da confusão (art.384)
Ex: dívida do filho com o pai e ele falece, dívida extinta (extingue a obrigação
sem pagamento)
. Confusão total: toda a dívida se confunde; confusão parcial: só uma parte se
confunde não extingue a dívida toda, mas uma parte dela.
. Filho que mata o pai não tem direito a herança, perde o direito, portanto, fim
da confusão.
REMISSÃO (BILATERAL)
. Vem do verbo remitir é o perdão do credor, perdoa a dívida do devedor.
. Perdão da dívida precisa da aprovação do devedor (bilateral)
Presunção de remissão – 3 espécies
1)remissão expressa (escrita ou pela fala)
2)remissão tácita (adota um comportamento de quem perdoou a dívida)
3)Remissão presumida (art.386/387)
. No penhor se o objeto penhorado fica na posse do credor, caso o objeto seja
devolvido, ocorre a remissão do penhor, ou seja, o credor renuncia da garantia
real e não há dívida.

INADIMPLEMENTO
1-Conceito
2-Espécies
3-Inadimplemento e dignidade humana

INADIMPLEMENTO ABSOLUTO (ART.389)


1-Conceito
2-Espécies
. Fato relativo ao objeto da prestação
. Perda do interesse na prestação

INADIMPLEMENTO FORTUITO (ART.393)


4- Contratos benéficos e onerosos
. Inadimplemento – falta da prestação devida; devedor não fez a prestação.
1-Espécies: absoluto, relativo e violação positiva do contrato.
. Absoluto: não é mais possível prestar, prestação não foi feita no tempo, lugar,
que era devida. Ex: Passagem para assistir a copa do mundo, caso seja
cancelada a viagem e depois forem arrumar a copa já vai ter passado. Tutela
reparatória, ressarcitória. Devedor não tem mais como prestar o que era devido
e se torna uma obrigação de perdas e danos: Não é mais possível ao devedor
prestar.
. Relativo: Tutela específica, jurídica executiva, para o credor contra o devedor
(acesso a uma ordem jurídica efetiva).
. Mora ou inadimplemento relativo: demora na realização da prestação,
devedor não realizou a prestação, mas o credor ainda possui interesse na
prestação do serviço ainda que atrasado. Prestação continua sendo útil ao
credor.
. Violação positiva do contrato: não é o descumprimento da prestação, não
tem conexão com o objeto da prestação. É o descumprimento do princípio da
Boa fé objetiva. Fez a prestação de maneira defeituosa, descumpre os direitos
de cooperação, informação, garantias, etc. Prestação principal é cumprida, mas
os deveres não.
Obs: Boa fé objetiva alarga o conceito do que deve ser feito e inadimplemento
e de inadimplemento o que não foi feito.
3- Inadimplemento: forma que deve acontecer sua tutela executiva. Direito
fundamental do crédito (receber o quanto é devido) e a dignidade do devedor.
Credor busca a satisfação de direitos patrimoniais e o devedor busca direitos
existenciais. A atividade do estado é restritiva, encontra limites.
Inadimplemento absoluto:
. ocorre quando a prestação devida não foi feita e não pode mais ser feita.
Circunstâncias impedem a prestação de ser feita.
1° Fato relativo ao objeto da prestação (objeto se perdeu)
Ex: Vaca mimosa morre e não tem mais como ser entregue (objeto se torna
inviável).
2° Perda do interesse do credor na prestação
Ex: Entrega de um bolo de casamento, depois do casamento (não interessa
mais ao devedor). Apesar do objeto ainda ser viável, o credor perde o interesse
na prestação.
. Credor que deve dizer se teve ou não perda do interesse, no entanto a perda
do interesse deve ser aferida e verificada de acordo com o princípio da Boa fé
objetiva (razões justas, legítimas, justificadas ao caso concreto).
Responde o devedor por:
. 1° perdas e danos (dano emergente e lucro cessante)
. 2° juros (acréscimo)
. 3° atualização monetária (recomposição do poder de compra da moeda). Não
é um extra, preserva a equidade.
Ex: Se a inflação for de 10 % e Maria me deve 100 reais, ela deve me pagar
110 para compensar (atualização monetária).
.4° Honorários advocatícios.
Inadimplemento fortuito:
. Todo inadimplemento só ocorre por meio de fato imputável ao devedor (tanto
relativo, quanto absoluto).
. O devedor não precisa ser o culpado, basta que ocorra o inadimplemento por
fato imputável a ele.
Ex: Bandidos entram na casa e roubam o dinheiro do aluguel (se tem
inadimplemento, mesmo sem culpa).
Obs: se a falta da prestação devida não puder ser atribuída ao devedor não
ocorreu o inadimplemento.
Caso fortuito e força maior: excluem a imputabilidade, não são
inadimplemento.
. Força maior: atos de Deus, força maior que a humana – terremotos, tsunamis.
. Caso fortuito: atos do ser humano que impedem o devedor de prestar
Ex: greves.
. Fortuito externo: exclui a imputabilidade.
Ex: Acaba a energia.
. Fortuito interno: inerente pela própria atividade desenvolvida pelo devedor
(próprio da atividade).
Ex: Greve de funcionários, ônibus funde o motor e não pode mais ir, lâmpada
queima.
4° Contratos benéficos e onerosos
. Benéfico: beneficia uma das partes somente uma tem prestação.
Ex: Doação, carona.
. Onerosos: benefício para ambas as partes.
Ex: compra e venda, aluguel.
Princípio: que 'certat de damno vitando, que certat de lucro captando.
. Tradução: é preferível evitar um prejuízo do que assegurar o lucro. Código
prefere evitar o prejuízo (art.392).
Ex: contrato de gratuito: carro na casa e é feita a doação para Maria,
descobrem que o carro é roubado, mas o dono anterior não sabia e agiu com
boa fé, carro tomado pela polícia, ela não pode exigir outro porque causaria
prejuízo ao doador.
MORA:
1.Conceito (art.394)
2. Espécie
2.1 Debitoris ou solvendi
2.2 Mora ex re e ex persona
2.3 Mora do credor
2.4 concomitante e sucessiva

. o Requisito caracterizador da mora é o tempo, lugar e forma devidos. O


elemento que realmente importa é o tempo.
. Não apenas o credor deve prestar, como é aconselhado e o credor espera
que ele preste.
. No inadimplemento absoluto o credor não tem como pedir o cumprimento da
obrigação. Na mora ele pode pedir o cumprimento da obrigação mais perdas e
danos, juros, atualização monetária e honorários advocatícios.
. A mora só acontece por fato imputável ao devedor.
. Responsabilidade contratual: responsabilidade civil emboscada em um
contrato. Uma das partes pode pedir a responsabilização, por não ter sido
cumprida de forma correta (contrato descumprido). Art.389, 395 e 475.
. Responsabilidade extra contratual (aquilioria), art.823, art.927. Quando é uma
responsabilidade que não tem contrato.
. Mora debitoris: Mora do devedor (ex re e ex persona)
Ex re (força das coisas): princípio “dies interpellat pro homine” = o dia
interpela (avisa) o homem. O devedor está ciente da data do pagamento
combinada entre as partes, chega-se ao dia do pagamento e ele não paga.
Devedor sujeito aos efeitos da mora (juros, correção monetária...)
Ex: Nos contratos de alienação fiduciária de veículos automotores, quando o
devedor não paga o contrato, o banco move uma ação de reintegração de
posse ou busca e apreensão. Em geral, mora ex re (já sabe a data).
Obs: não tem como provar fato negativo, banco precisa ir no cartório e fazer
uma notificação extrajudicial, então o banco dá um prazo e se não paga se tem
a busca e apreensão.
Ex persona: por força da própria pessoa, devedor não sabe o dia que precisa
pagar é necessário que ele seja notificado para realizar o pagamento se não,
não vai ter como pagar. Dívidas ilíquidas a princípio não tem como serem
pagas, mas quando a dívida é liquidada o devedor tem um prazo para pagar e
sem notificação não temos como falar em mora.
. É necessária uma notificação (interpelação, constitui o devedor em mora.
Pode ser do devedor para o credor, por uma conta (notificação particular), a
notificação pode ser feita no cartório de protesto, extrajudicial (agente entrega a
notificação ao devedor)
. Mora solvendi: Mora do credor.
. Mora accipiendi: credor não vem receber no tempo, no modo devido.
Autoriza a ação de consignação em pagamento, a imputabilidade é requisito
somente da mora do devedor.
Obs: não existe mora do devedor e do credor concomitante, mas pode ter mora
consecutiva.
O inadimplemento tem duas opções (uma coisa ou outra):
. 1° Resolução mais perdas e danos
2° Cumprimento mais perdas e danos
Obs: Resolução deve ser pedida principalmente nos casos de mora.

PAGAMENTO COM SUB-ROGAÇÃO


1.Conceito
2. Espécies
2.1 Real e pessoal
2.2 Legal e convencional
3- Diferença com a cessão de crédito
4- Sub-rogação legal (art.346)
5- Sub-rogação convencional (art.340)
6- Eficácia
6.1 Liberatória
6.2 translativa (art.349)
7- Sub-rogação parcial

Casos de sub-rogação legal:

1) Do credor que paga a dívida do devedor comum;

2) Do adquirente de imóvel hipotecado, que paga ao credor hipotecário - como


do terceiro que efetiva o pagamento para não ser privado de direito sobre
imóvel;

3) Do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser
obrigado, no todo ou em parte.
Casos de sub-rogação convencional:

1) Quando o credor recebe o pagamento de terceiro e expressamente lhe


transfere todos os seus direitos;

2) Quando a terceira pessoa empresta ao devedor a quantia precisa para


solver a dívida, sob a condição expressa de ficar o mutuante sub-rogado nos
direitos do credor satisfeito.

.Sub-rogação é o fenômeno jurídico de substituição do sujeito ou do objeto em


determinada relação jurídica obrigacional.
. No pagamento com sub-rogação existe um pagamento, o credor recebeu o
seu crédito.
. Na cessão o credor vende o crédito que ele tinha. Não vai receber
pagamento. Vai ser cedido o crédito. Transfere o que se tem para o outro.
Recebe um valor para ceder o crédito. Caráter especulativo.
. Art. 346 (III) – regra geral do pagamento com sub-rogação. Não esgota as
possibilidades da sub-rogação legal.
1° hipótese de sub-rogação: credor que paga a dívida do devedor comum.
Ex: Relação jurídica entre A----B, com uma hipoteca no valor de 1 milhão, como
garantia de uma dívida de 500 mil. No entanto, existe outra relação jurídica
entre B---C no valor de 700 mil, sem a garantia hipotecária. Para evitar o
prejuízo paga a dívida de “B” com “A”. E vai sub-rogar o crédito e pode pedir a
casa.
Obs: não se deve comprar um imóvel hipotecado, porque ele continua sendo
garantia de uma dívida independente do dono.
.Ex: C pega 100 mil do banco, para não perder a casa, não sabia que ela
estava hipotecada.
C----B, “c” é o dono e tem como garantia a hipoteca que ele é o dono, então a
garantia não é eficiente diferente do inciso I, sub-rogação não eficiente. Sem
vantagem.
. Ocorre sub-rogação legal toda vez que tiver pagamento por terceiro
interessado.
. Sub-rogação convencional, ocorre por vontade das partes nas hipóteses em
que a lei não deter a sub-rogação legal.
. Negócio jurídico formal (escrito), entre o terceiro e o devedor
1° Hipótese: 3° não interessado (não tem sub-rogação), acordo para que seja
um acordo com sub-rogação do credor que transfere para o terceiro todos os
direitos (pagamento com sub-rogação convencional). Devedor não precisa
concordar com o credor e com o terceiro.
2° Hipótese: terceiro faz negócio com o devedor. Terceiro não interessado.
Acordo para que se tenha sub-rogação.
Obs: Nas duas hipóteses o terceiro vira o credor.
Eficácia:
. Pagamento normal tem eficácia extintiva, extingue a dívida.
. Eficácia liberatória: do devedor em relação ao credor primitivo.
. Eficácia translativa: terceiro assume a posição que o credor primitivo possuía.
. O devedor não pode ser prejudicado; O credor primitivo não pode cobrar além
do que desembolsou para ter a sub-rogação.
. Pagamento com sub-rogação não tem caráter especulativo.
. Credor primitivo tem preferência
Ex: Dívida entre A---B, no valor de 300 mil e tem como garantia uma hipoteca
no valor de 200 mil. Terceiro pagou 150 mil da dívida “A” continua com 150 mil.
“A” recebe os 150 mil e o terceiro recebe o que sobrou, os 50 mil.
Imputação em pagamento: conjunto de regras que nos permite saber qual
dívida está sendo paga. Imputar pagamento, que seja feita em uma dívida pré-
determinada.

IMPUTAÇÃO EM PAGAMENTO
.1° Pluralidade de dívidas se só tiver uma se paga aquela.
Obs: Devedor tem duas dívidas, uma de 500 mil e outra de 1 milhão. Caso ele
entregue 500 mil, ele vai estar pagando a dívida de 500 mil e não metade da
dívida de 1 milhão. Não se deve receber em partes aquilo que se convencionou
a receber por inteiro.
. 2° Duas dívidas com o mesmo credor
.3° O pagamento deve ser capaz de pagar uma ou algumas dívidas, mas não
todas
1-Conceito
2-Requisitos
2.1Pluralidade de débitos
2.2Identidade de partes
2.3Igualdade das dívidas
3-Imputação pelo devedor (art.352)
4-Imputação pelo credor (art.353)
5-Imputação legal
. Não se pode imputar uma dívida ilíquida que não se sabe o valor.
. Direito de imputar é do devedor.
. No momento do pagamento caberia ao devedor fazer a imputação, caso não
faça não pode mais reclamar.
. Imputação legal: Nem o devedor, nem o credor fizeram a imputação então a
lei vai fazer.
. imputação feita nas dívidas mais antigas, caso todas sejam da mesma data
vai ser a mais onerosa.
Dos juros:
. Primeiro se imputa o pagamento dos juros e depois do principal.

DA AÇÃO EM PAGAMENTO
. Negócio Jurídico bilateral, precisa de duas vontades. Exige a entrega de uma
coisa para pagamento. Caso não seja entregue não vai ser.
Ex: Trocar um carro por 100 mil e se entrega o carro depois do acordo é da
ação em pagamento.
1-conceito
2-Natureza jurídica
3-Requisitos
3.1-Dívida anterior
3.2- Negócio jurídico (acordo de vontade entre devedor e credor) – em receber
coisa diversa da devida
3.3 Prestação diversa da devida.
. Da ação em pagamento diferente de pagamento não é ato fato jurídico –
extingue o débito (a relação jurídica), eficácia extintiva igual à do pagamento,
devedor liberado.
Obs: da ação em pagamento diferente de negócio jurídico alterativo do objeto
da obrigação.
. Evicção; perda da coisa transferida. Carro roubado é vendido para outrem que
não sabia, polícia vai buscar e entrega para o dono se estabelece a obrigação
primitiva.

PRESUNÇÃO DE PAGAMENTO
1) Entrega do título (art.324 e 321)
2) Quotas periódicas (art.322)
3) Juros (art.323)
LUGAR DO PAGAMENTO
1.Dívida quesível (art.327)
2. Dívida portável (art.323)
3- Transferência de imóveis (art.328)
4 – Sorretio (art.330)
. O devedor que deve provar o pagamento se solicitado, deve apresentar de
prontidão a quitação. O ônus de prova é dele (devedor). A prova maior é a
quitação, sendo possível provar por outros meios.
Presunção: a ilação de que algo que ocorreu. Devido a um fato se presume
algo sem precisar da certeza, quem tem uma presunção tem a noção de que
um fato ocorreu de fato. Pode ser classificada de duas formas.
1)Presunption homini: presunções feitas pelos homens em uso do raciocínio
com inferência da dedução. Presumindo a ocorrência ou a veracidade de algo.
2) Presunption legis:
2.1) Iuris tantem (presunção relativa): A pessoa que sofre presunção tem a
faculdade de apresentar prova que torne a presunção ilegítima.
2.2) Iuris et iuris (presunção absoluta): Não admite prova em contrário são
absolutas, palavras da lei.
. A presunção inverte o ônus de prova, transfere a carga de prova. O devedor
deve provar que pagou, caso a presunção seja a seu favor o credor que tem
que provar que não foi pago.
. Artigo 324: o que é título? É um documento? Por exemplo uma nota
promissória que apenas fica na posse do credor durante a obrigação, durante a
dívida. No dia da cobrança o credor vai ao devedor que paga e recebe do
credor a nota (título) novamente.
. A entrega do título ao devedor firma a presunção de pagamento. Art.321.
. No caso em que o credor perder o título, o devedor deve solicitar ao credor
uma declaração que anule o título e narre o pagamento para que
posteriormente este não seja duplamente cobrado.
Art.322: presume-se pagamento da quota periódica anterior. Ex: A é locador de
B, este pagou o mês de maio, abril, março, fevereiro, mas não possui o recibo
de janeiro, no entanto presume-se que janeiro já está pago porque B não teria
aceito fevereiro se janeiro não tivesse quitado. Devemos distinguir das quotas
periódicas feitas por boletos bancários das feitas pagamento diretamente ao
credor.
JUROS: (ART.323)
. Se os juros foram pagos, presume-se que o capital foi pago. Se o principal foi
pago, presume-se que os juros também foram pagos, uma vez que se cobra
primeiro os juros.
LUGAR DO PAGAMENTO
1.Dívida quesível (art.327): Também chamamos de dívidas queroble. O que é?
O art.327 diz de um modo tanto incorreto. É dívida que deve ser paga no
domicílio do devedor, no dia do pagamento cabe ao credor se dirigir a casa do
devedor para que se efetue o pagamento. O credor deve ir à casa do devedor
cobrar o pagamento. Como regra geral, as dívidas são quesíveis em virtude do
“favor debitoris” sempre favorecer o devedor. Obs: essa é uma norma
dispositiva podem as partes estabelecerem diferente.
2. Dívida portável: Também chamada de dívida portable. É a dívida em que o
devedor deve ir até o credor executar o pagamento, em seu domicílio. O
devedor deve levar o pagamento ao credor. O pagamento de impostos por
determinação da lei é dívida portável, o devedor deve pagar. Tal como dívida
de alimentos, pensão alimentícia, o menor não vai cobrar a pensão o devedor
deve levar o pagamento.
3. Transferência de imóveis (art.328)
. O pagamento da dívida deve ocorrer no local do bem.
4. Surretio (art.330)
. Um dos institutos do princípio da Boa fé objetiva. Quando as partes
reiteradamente adotam um comportamento contratual que faça com que a
outra parte crie confiança de que o procedimento será agora desta forma feito.
A outra parte não pode mudar por quebra de confiança deve-se agir com a boa
fé.
. O comportamento reiterado altera os termos do contrato criando um vínculo
de confiança deste modo de cumprimento de contrato. Pode mudar desde o dia
do pagamento até o local do pagamento.
TEMPO DO PAGAMENTO
1.Tempo a favor de quem?
2. Pagamento a vista (art.332)
3. Vencimento antecipado (art.333)
. O tempo do pagamento em regra geral se nada for falado é um pagamento à
vista. Pagamento à termo é o pagamento a prazo que ocorrerá em momento
posterior. O prazo pode ser estabelecido em favor do credor ou do devedor ou
de ambos ao mesmo tempo.
. No prazo estabelecido em favor do devedor, o credor não pode cobrar o
pagamento antes de acabar todo o tempo. O devedor tem a possibilidade de
renunciar ao tempo do pagamento, antecipando o pagamento. Logo o credor é
obrigado a aceitar, pois é estabelecido em favor do devedor podendo pagar
antecipadamente ou no último dia.
. No prazo estabelecido em favor do credor, o devedor não pode antecipar o
pagamento. O credor pode negar recebimento antes do prazo, pois o tempo foi
estabelecido em favor dele. O credor pode exigir o pagamento a qualquer
tempo.
. No prazo em favor do credor e do devedor ao mesmo tempo, o devedor não
pode pagar antes e nem o credor é obrigado a receber antes a menos que
ambos concordem com isso. O credor também não pode exigir o vencimento
antecipado a não ser que seja do consenso de ambos.

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