Você está na página 1de 69

Caso Clinico

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


Identificação: H.R.A, 48 anos, masculino,
comerciante, natural e morador no RJ.

Queixa Principal: “Dor na boca do estômago, fezes


pretas e mal estar”

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


HDA: Refere início do quadro ± 2 meses com epigastralgia em

queimação, de moderada intensidade, sem irradiação, acompanhada


de náuseas, plenitude pós-prandial e alguns episódios de azia. A dor
piorava com o jejum e apresentava certo alívio com a alimentação
leve sem gorduras e uso de antiácidos. Há 01 semana houve piora
dos sintomas após uso de aintiinflamatórios não hormonais para
tratamento de uma bursite. Hoje pela manhã sentiu mal estar com
sensação de desmaio, náuseas e episódio de fezes pretas, de odor
fétido. Refere emagrecimento de 3Kg nos últimos 2 meses devido a
restrição alimentar com medo de sentir dor com a alimentação.
R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


HPP: Gastrite em 2012 onde realizou endoscopia digestiva alta que
revelou gastrite enantematosa leve associada ao H. pylori +
(positivo). Na época fez tratamento com bloqueador H2 da histamina
(ranitidina) com melhora clínica.

H. Social: Tabagismo de ½ maço de cigarros/dia desde os 18 anos,


etilismo social ± 3 cervejas nos fins de semana. Boas condições de
habitação e alimentação.

H. Familiar: Pai morto de câncer de pâncreas, mãe viva com gastrite


e 2 irmãos saudáveis. R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


EXAME FÍSICO:

Lúcido, orientado no tempo e espaço. Hidratado, hipocorado ++/4+


anictérico, acianótico em bom estado geral.
PA = 110/60 mmHg – FC = 98 bpm – FR = 16 irpm. Exame da cabeça
e pescoço sem anormalidades. RCR 2T – BNF (bulhas
normofonéticas).
Exame pulmonar - normal. Peristalse presente. Abdome flácido,
doloroso a palpação profunda em epigástrio, sem visceromegalias.
Membros inferiores sem alterações.
R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


DESCREVA O DIAGNÓSTICO
SINDRÔMICO?

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


QUAL(S) A (S) HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS
(S) (DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL)?

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


QUAL A CONDUTA DIAGNÓSTICA?

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


FUNDAÇÃO TÉCNICO EDUCACIONAL SOUZA MARQUES

18ª Enfermaria – Serviço do Prof. J.Galvão Alves

H. PYLORI

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


H. pylori

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


Helicobacter pylori
• Bactéria Gram negativa espiralada e flagelada

• Produtora da UREASE – regulação pH local

• Associada a baixo status sócio-econômico

• Aquisição primariamente na infância

• Transmissão
• Fecal-oral
• Oral-oral
R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


Descobridores do H. pylori
Premio Nobel de Medicina em 2005

Robin Warren Berry Marshal

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


Gastrite causada pelo Helicobacter pylori

Quando ocorre uma infecção pelo H. pylori, ocorre


invariavelmente processo inflamatório no estômago.

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


Gastrite causada pelo Helicobacter pylori

Este processo, caracterizado como gastrite aguda, ocorre no


corpo e mais intensamente no antro gástrico.

Acredita-se que a maioria dos pacientes permanece


assintomática durante esta fase aguda da infecção, mas alguns
podem apresentar dor epigástrica e vômitos.

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


Gastrite crônica causada pelo Helicobacter pylori

Por motivos ainda não muito bem estabelecidos,

•a persistência da infecção do H. pylori levaria a um quadro de


gastrite crônica.

•Presença de lesão celular e um infiltrado de células


inflamatórias na mucosa gástrica, como neutrófilos,
plasmócitos, linfócitos e eosinófilos na lâmina própria.
R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


GASTRITE

GASTRITE = presença de infiltrado inflamatório


leucocitário na mucosa gástrica

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


Gastrite x Gastropatias

GASTRITE
Lesão celular da mucosa gástrica, com processo regenerativo e
infiltração inflamatória acrescida da presença de folículos linfóides
relacionados à infecção pelo H. pylori.

GASTROPATIAS
Lesão celular da mucosa gástrica, sem um correspondente
processo inflamatório. São produzidas por AINES, hipovolemia,
estresse, isquemia, álcool, refluxo biliar e congestão passiva
crônica.

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


GASTRITE

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


Gastrite causada pelo Helicobacter pylori

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


• Principal causa de gastrite crônica no mundo

• Reação inflamatória persistente e sem cura espontânea

• Úlcera péptica em 10-15% dos infectados

• Adenocarcinoma gástrico (0,1 a 3%) e Linfoma MALT

(<0,01%)

• O desfecho clínico depende de:

• Virulência da bactéria (gene Vac-A, Cag-A)

• Suscetibilidade genética do hospedeiro


R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


H. pylori
Epidemiologia

• Países subdesenvolvidos e indivíduos de baixo nível


sócio-econômico e educacional

• Aglomerações domésticas

• Condições insalubres de vida

• Água ou alimentos contaminados

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


H. pylori
Epidemiologia

País %

México, Américas Central e 70-90


do Sul
África 70-90
Ásia 50-80
Europa Oriental 70
Europa Ocidental 30-50
EUA e Canadá 30
Austrália 20
R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


H. pylori

Fisiopatologia

Mecanismos de agressão direta :


Fatores Bacterianos

Mecanismos de agressão Indireta:


Fatores do Hospedeiro

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


H. pylori
Mecanismos de agressão direta

• Fatores bacterianos:

Estrutura (flagelos/ forma helicoidal)

Adesinas (ligam-se a lipídeos de


membrana e carboidrato para adesão)

Fatores de virulência (cagA, vagA, babA)

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


H. pylori
Enzimas:
Urease – Forma mais ativa das produzidas pela bactéria, vital para
a sobrevivência no meio ácido converte uréia em amônia e CO2 e depois
em HCO3

Catalase – Diminui a eficácia da peroxidação lipídica e protéica dos


neutrófilos

Mucinase – Degradação de muco

Fosfolipase A2 – Diminui a hidrofobicidade do muco

N-Metil-histamina – Potente secretagogo

Hemaglutinina – Importante na fixação às células epiteliais

Lipoproteínas – Inibem a ligação da laminina na matriz extra-celular,


rompendo a mucosa.
R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


H. pylori
• O H. Pylori , tal como outras bactérias patogênicas, causa danos aos tecidos pela
liberação de citocinas.

Virulência (cepas)
Ilha de Patogenicidade (Cag-A): reações celulares importantes ao
crescimento celular e à produção de citocinas (IL 8) pelas cels. epitelias gástricas;

Citotoxina Vacuolante VacA: cepas mais tóxicas, mais comumente isoladas de


pacientes com UP ou carcinoma gástrico; aumento da secreção de IL 8.

BabA: aumento da inflamação gástrica e do risco de UP e adenocarcinoma


gástrico.
R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


H. pylori
Mecanismos de agressão indireta
• Fatores do hospedeiro:

• Resposta inflamatória - Induz a liberação de interleucinas 1 e 8 fator


de necrose tumoral pelo epitélio e por células inflamatórias
(polimorfonucleares e macrófagos) ocasionando inflamação e lesão
tecidual

• Produção de anticorpos

•Genética (citocina pró-inflamatória IL 1Beta ): > risco de câncer

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


H. pylori FISIOPATOLOGIA

• A distribuição do H. pylori no estômago parece ser muito importante,


pois pode determinar o desfecho patológico da gastrite.

• Pacientes com predomínio de gastrite antral tendem a ter a secreção


ácida alta e parecem correr maior risco de desenvolver úlcera duodenal.

• Aqueles cujo corpo gástrico é mais colonizado estão sujeitos a


desenvolver inflamação, que pode evoluir para a gastrite atrófica e daí
para UG ou câncer.

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


H. pylori FISIOPATOLOGIA

• A infecção pelo H. pylori causa importantes


anomalias na secreção de hormônios poliptídeos
gastrointestinais do antro gástrico, e essas têm
consequências de longo alcance sobre a
fisiopatologia gástrica e as causas de úlcera péptica.

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


H. pylori FISIOPATOLOGIA

• A gastrina é um hormônio peptídeo produzido pelas células G


que se encontram sobretudo no antro gástrico.

• A gastrina estimula a secreção de ácido clorídrico e também


age como hormônio trófico sobre as células parietais
secretoras de ácido no corpo gástrico.

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


H. pylori FISIOPATOLOGIA
• A hipergastrinemia prolongada, secundária a infecção pelo H.
pylori, pode resultar em aumento do número de células
parietais.

• Sabe-se, há muito tempo, que este aumento está presente


nos pacientes com Ulcera duodenal.

• A síntese e a liberação de gastrina das células G são feitas


pelo controle inibitório da somatostatina liberada pelas
células D. R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


H. pylori FISIOPATOLOGIA

• A erradicação do H. pylori leva a cura da gastrite e

ao retorno ao padrão histológico normal da mucosa.

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


GASTROPATIA CAUSADA POR AINEs

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


DOENÇA PÉPTICA POR AINES

• Número significativo de internações por complicações


devido ao uso amplo e indiscriminado (30 milhões de
pessoas no mundo usam diariamente AINEs).

• Lesões mucosas, especialmente em antro:

• Hemorragia subepitelial (2%), petéquias

• Erosões (30 a 50%)

• Ulcerações (10-15%)

• Sintomas dispépticos em 50% dos usuários


R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


AINES
• Inibidores da Cicloxigenase (COX 1) - Prostaglandinas
(PGE1, PGE2 e PGI2):
• Produção muco e bicarbonato
• Viscosidade do muco – maior difusão de H+
• Fluxo sanguíneo mucoso (isquemia)
• Regeneração epitelial

• A inibição da atividade da COX pelos AINES impede a

produção de PGs da mucosa gástrica e vários


mecanismos de defesa da mucosa ficam prejudicados
(↓ da produção de mucina, ↓ HCO3, ↑ HCl) R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


DOENÇA ÚLCERO PÉPTICA

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


ULCERA PÉPTICA

DOENÇA ÚLCERO-PÉPTICA

Corresponde à perda de continuidade da mucosa


maior que 5mm em diâmetro, e que necessariamente
atinge a muscularis mucosae em sua profundidade .

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


ULCERA PÉPTICA

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


ULCERA PEPTICA

• Lesão se estende através da muscular da


mucosa e acomete a submucosa

• Diferente das erosões, úlceras curam


deixando cicatriz

• Apresentam, em geral, diâmetro maior que


5mm.

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


DOENÇA ULCERO PÉPTICA

INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA

•Nos EUA: 500.000 novos casos/ano; 4 milhões de


recorrências

•10% da população adulta

•Difícil estimar real prevalência (subjetividade dos sintomas,


confusão com outros quadros dispépticos)

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


Doença Úlcero-Péptica

EPIDEMIOLOGIA

•♂ > ♀ (1.3:1)

•Qualquer grupo etário

•Úlcera Duodenal: 30 – 55 anos

•Úlcera Gástrica: 55 – 70 anos

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


Doença Úlcero-Péptica

LOCALIZAÇÃO

•Úlcera duodenal > úlcera gástrica (5:1)

•Duodeno: 95% - bulbo ou piloro

•Estômago: 60% - antro (pequena curvatura)

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


Doença Úlcero-Péptica

Etiologia
• Infecção por H. pylori.
• Antiinflamatórios não hormonais

Outras causas < 5-10% de todas as úlceras


• Síndrome de Zollinger-Ellison
• Neoplasias (carcinoma, linfoma, leiomioma)
• Infecções (tuberculose, sífilis, herpes simples, citomegalovírus)
• Doença de Crohn

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


H. pylori

Bactéria espiralada Gram-negativa


Habitat no epitélio gástrico

Casos de
úlcera duodenal 95 %

Casos de
80 %
úlcera gástrica

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


Úlcera duodenal (H. pylori) - Fisiopatologia
Infecção do antro gástrico
↑ da liberação de gastrina e inibição
das céls produtoras de somatostatina

Hipersecreção ácida

Desenvolvimento ou ampliação de áreas preexistentes de metaplasia


gástrica no duodeno

Colonização do H. p. no duodeno

DUODENITE ÚLCERA DUODENAL


R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


ÚLCERA GÁSTRICA

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


DOENÇA ÚLCERO-PÉPTICA

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


ÚLCERA PÉPTICA

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


ÚLCERA SANGRANTE

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


DOENÇA ÚLCERO-PÉPTICA

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


DUP - SINTOMAS
• Sintomas dispépticos – plenitude, náuseas, eructações

• Dor epigástrica em queimação, periódica e rítmica por vários

dias

• Úlcera duodenal – em 3 tempos (dói, come, passa)

• Úlcera gástrica – em 4 tempos (bem, come, dói, passa)

• Dor noturna aliviada por alimentos e anti-ácidos (úlcera

duodenal)

• Dor contínua e mais intensa – sugere perfuração

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


Úlcera péptica

Complicações
35% pacientes

Hemorragia 25 %
Perfuração 7%
Obstrução pilórica 3%

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


Úlcera péptica

Complicações

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


Úlcera péptica

Complicações

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


Úlcera péptica
Diagnóstico

História (anamnese)

Endoscopia digestiva alta + Biópsia gástrica

Pesquisa H. pylori

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


Úlcera péptica
Diagnóstico

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


H. pylori
Diagnóstico

• Histologia

• Cultura

• Teste de urease

• Testes respiratórios com uréia marcada

• Testes sorológicos

• Determinação de antígenos fecais

•Testes moleculares
R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


H. pylori - HISTOLOGIA
• Biópsias endoscópicas do antro e corpo gástricos
coradas por hematoxilina-eosina, Giemsa ou Prata

• Sensibilidade de 90%

• Especificidade de 90%

• Informações adicionais:

• Intensidade da gastrite

• Presença de alterações pré-malignas da mucosa


gástrica – atrofia, metaplasia intestinal e displasia.
R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


H. pylori - HISTOPATOLÓGICO

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


H. pylori
TESTE DA UREASE

•H. pylori produz a enzima urease.


•A urease nos fragmentos desdobra a uréia presente no meio
utilizado em amônia.
•A amônia formada eleva o pH através da redução da acidez alterando
a cor do teste de amarelo para vermelho.

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


H. pylori – TESTE DA UREASE

Biópsia gástrica
(com HP e urease)

Meio rico em uréia e Amônia + CO2


sensível à elevação do pH (mudança de cor)

• A amônia formada eleva o pH, alterando a cor do


teste de amarelo para rosa

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


H. pylori – TESTE RESPIRATÓRIO
• Coleta de amostra do ar expirado antes e 30 minutos depois da ingestão de solução
contendo uréia marcada com átomo de carbono ( 14C ou 13C )

Líquido com 13C ou


14
C-uréia

Estômago com HP e Amônia + 13CO2 ou


14
urease CO2
• O 14CO2 ou 13
CO2 rapidamente atravessam a mucosa atingindo a corrente sanguínea

• O 14CO2 ou 13CO2 expirados podem ser facilmente detectados por um espectrômetro


de cintilação líquida

• É método padrão ouro para controle de tratamento da infecção

• Sensibilidade e especificidade de 95% a 100%

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


H. pylori
TESTES RESPIRATÓRIOS COM URÉIA MARCADA

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


H. pylori
CULTURA BACTERIANA

•As biópsias são colocados em meio de cultura.


•A sensibilidade e a especificidade desse exame são 95% e
80%-90%, respectivamente.
•O H.pylori não é fácil de cultivar, e esse método é
demorado e caro.
•Esse método é indicado quando for necessário determinar
a sensibilidade da bactéria a antibióticos como, por
exemplo, após um curso fracassado de terapia de
R. B
erradicação.
SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia
H. pylori – cultura de fragmentos

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


Erradicação do H. pylori
INDICAÇÕES DE TRATAMENTO

•Úlcera gastroduodenal.

•Linfoma MALT de baixo grau.

•Pós-ressecção de câncer gástrico precoce ou avançado.

•Gastrite histológica erosiva intensa

•Familiares de primeiro grau de portadores de câncer gástrico

•Uso crônico de AINES ou aspirina em portadores de H. pylori.

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


Erradicação do H. pylori

TRATAMENTO

INIBIDOR DE BOMBA PROTÔNICA + CLARITROMICINA 500MG +

AMOXICILINA 1000MG

(2X / dia durante 7 dias x 14 dias).

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia


Erradicação do H. pylori

R. B

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO JANEIRO - Instituto de Gastroenterologia

Você também pode gostar