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Data: 06/02/2017 Cirurgia Bucal 1

Capitulo 1 : Anamnese e avaliação física.

Aula: Pré- operatório e condições sistêmicas de interesse especial.

A anamnese é a base da consulta inicial, pois além de fornecer informações


importantes para o diagnóstico, ajuda a estabelecer o perfil do paciente que será
tratado. Também é um dos principais pré-requisitos para a escolha da solução
anestésica e para prescrição de medicamentos. Relatos de experiências
desagradáveis ocorridas em tratamentos anteriores, como complicação com
anestesias, reações de hipersensibilidade ou histórico de hemorragia ajudam a
prevenir recorrências.
Informação relevante: O uso de antidepressivos tricíclicos podem interagir
com os vasoconstritores adrenérgicos contidos em soluções anestésicas locais,
propiciando o aumento brusco da pressão arterial sanguínea.

EXAME FÍSICO

Consiste, sobretudo, na pesquisa dos sinais da doença, que aliada a história


dos sintomas obtidas na anamnese, completam os elementos necessários para
diagnóstico, as vezes com o auxilio de exames complementares.
As principais manobras no exame físico são : a inspeção(visual), a
palpação(textura), a percussão e a auscultação.
Inspeção: geral e local. Na geral se incluem fatores como cor, tamanho e
desenvolvimento dos ossos da face e tecido subcutâneo, tonicidade e mobilidade da
musculatura, expressão dos olhos, aspecto geral, biótipo do paciente e etc. Na local
dirigida somente para cabeça e pescoço devem ser observados todos os desvios de
normalidade que possam constituir dados clínicos de interesse.
Palpação: quando houver acesso a qualquer estrutura relacionada
diretamente ou indiretamente com a boca, ossos maxilares, ATM e glândula
salivares, devem ser palpadas.

AVALIAÇÃO DOS SINAIS VITAIS

Deve ser feita em toda consulta inicial. Os valores relativos ao pulso arterial,
frequência respiratória, pressão sanguínea arterial e temperatura devem constar no
prontuário clínico.
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PA: 130x80 mmHg, a partir de 180/209x110/119 procedimentos cirúrgicos


não são seguros.
FC: 60 à 110 bpm
FR: H: 16 a 18mpm, M: 18 a 20mpm, C: 20 a 25mpm
Temp: Baixa: 37,5 a 37,9 c Médio: 38 a 39 c Alta: acima de 39c

ETAPAS DA ANAMNESE
1: Queixa principal: O que motivou o paciente à procurar o médico. Deve ser
colhida usando as palavras do paciente
2: História da doença atual: Descrição profissional em palavras adequadas
considerando a doença em si (citar localização, tempo de evolução, sinais e
sintomas)
3: História familiar: Conjunto de informações relacionado a fatos e doenças
ocorridas com parentes próximos (doenças que tenham relação com a doença atual)
4: História Patológica Pregressa (HPP): Descrição de todas doenças prévias
ou existentes ( cardiopatias, asma, etc.), história de cirurgias prévias ( se positivo,
houve complicações?), história de internação hospitalar (clinico ou cirúrgico?),
tratamento médicos recentes ou atuais, histórico de sangramentos (possíveis
distúrbios hematológicos), Uso regular de medicamentos, fenômenos alérgicos e etc

SISTEMA DE ASA

Exames complementares: Imagem (radiografias, tomografias


computadorizadas, ressonância magnética e ultrassonografia.), laboratoriais
(coaguloma, hemageoma, glicose, ureia e creatina) e urina.
Pareceres médicos: Avaliação profissional de algo.
Informações relevantes: Neutrófilos (relacionados a infecções agudas),
Monócitos (relacionados a infecções crônicas). Uma neutropenia pode ser causada
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por anemia, leucemia, linfomas e etc. Uma neutrocitose(muitos neutrófilos) pode ser
causada por uso prolongado de antibióticos, analgésicos, AINES, quimioterápicos e
etc.
Doenças e condições sistêmicas de interesse especial
Cardiopatias, aginas, arritmias, hipertensão arterial, hipertireoidismo,
disfunção hepática e renal, epilepsia, gravides, coagulopatias e etc.
OBS: dose máxima de adrenalina (vasoconstritor) para cardiopata é de
0,01mg, para hipertensos é 0,1mg e para pacientes saudáveis é 0,2 mg.

Prescrição pré-operatória
Profilaxia medicamentosa (preventiva)
Controle de ansiedade: benzodiazepínicos ou ansiolíticos 1h antes do
procedimento
Antibióticos (paciente com risco de infecção ou infecção em curso,
endorcadite bacteriana prévia, doença e má formação congênita e etc)
Amoxilina: 500 mg, 1 cápsula, 1 hora antes da cirurgia
Clindamicina: 300mg, 2 cápsulas, 1 hora antes da cirurgia
Azitromicina: 500mg, 1 cápsula, 1 hora antes da cirurgia
Anti-inflamatórios
Dexametasona: 4mg, 2 comprimidos, 1 hora antes da cirurgia
Ibuprofeno: 600mg, 1 comprimido, 1 hora antes da cirurgia
Nimesulida: 100 mg, 1 comprimido, 1 hora antes da cirurgia
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Data: 13/02/2017 Cirurgia Bucal 1


Capítulo: 2 – Farmacotécnica
Aula: Antibióticoterapia aplicada a cirurgia bucal.

Antissépticos:
Iodopovidona 10% em solução aquosa com 1% de iodo ativo: Apresenta as
mesmas propriedades do iodo, sendo menos alergênico e irritante. Atua oxidando os
fosfolipídios da parede celular e organelas dos microorganismos. Potente germicida
que evita infencções por bactérias e outros microorganismos.
Clorexidina: Atua na membrana plasmática da bactéria, provocando perda
de conteúdo celular. 10 ml do enxaguatório por 1 minuto.
Cloreto de cetilperidínico a 1:2000: Não apresenta a mesma eficácia que o
clorexidina.
Associação de timol, eucaliptol, salicilato de metila e mentol: Previne
acumulo de placa dental supragengival ou como antisséptico bucal, no período pós-
operatório. Inibe enzimas bacterianas e desorganiza a membrana celular bacteriana.
Não apresenta a mesma eficácia que o clorexidina.

Antibióticos
Função de inibir o crescimento de microorganismos patogênicos.
Bactericidas: Morte dos organismos sensíveis ( destrói a bactéria)
Bacteriostáticos: inibem o crescimento e a multiplicação dos
microorganismos sensíveis, sem destruí-los.
OBS: nunca utilizar os dois juntos, pois o bactericida terá sua ação diminuída.

Espectro de ação
Eficácia terapêutica contra determinadas espécies de microorganismos
Contra bactérias GRAM-positivas(ex:estreptococos): Penicilinas G, penicilinas
V, macrolídeos, lincosaminas, rinfamicina, vancomicina.
Contra bactérias GRAM-negativas(ex:prevotelas e porfiromas):
Aminoglicosídeos (gentamicina) e as floxacinas (ciprofloxacina).
Contra GRAM- e GRAM+(amplo espectro): Ampicilina, amoxicilina,
cefalosporinas, tetraciclinas, cloranfenicol.
Contra bactérias anaeróbicas: penicilinas, lincosaminas, tetraciclinas,
cloranfenicol e metronidazol.
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Contra espiroquetas: penicilinas, cefalosporinas e tetraciclinas.


Contra fungos: nistatinas, anfotericina B, cetoconazol e outros derivados
triazólicos.
Outros microorganismos: Tetraciclinas e cloranfenicol.

CLASSIFICAÇÃO DOS MECANISMOS DE AÇÃO


O antibiótico ideal é aquele com a máxima toxicidade seletiva, exercendo
sua ação atingindo apenas o microorganismo invasor sem danos no hospedeiro.
1: Antibióticos que atuam sobre a parede celular
Como parede celular é uma estrutura exclusiva das bactérias, este tem
grande importância no que diz respeito a toxicidade seletiva
Ex: Penicilinas e cefalosporinas
2: Antibióticos que atuam na síntese de proteínas
Atuam de duas formas: dificultando a tradução da informação proteica( ação
bacteriostática) e provocando a formação de proteínas defeituosas( ação
bactericida).
3: Antibióticos que atuam sobre a síntese dos ácidos nucléicos
Atuam por 3 maneiras: Interferindo da síntese do DNA, Interferindo na
síntese do RNA ou interrompendo a síntese de DNA.
4: Atuam sobre a membrana citoplasmática

RESISTÊNCIA BACTERIANA
Quando a bactéria sobrevive a concentrações superiores àquelas atingidas
nos tecidos ou no sangue.
CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS ANTIBIÓTICOS
PENICILINAS
Atuam inibindo a síntese da parede celular. São bactericidas. São os
antibióticos menos tóxicos em uso devido o local que atuam. São grandes indutores
de alergias. São elas Benzilpenicilina (penicilina G), fenoximetilpenicilina (penicilina
V), ampicilina e amoxicilina, oxacilina, e etc.
Penicilinas resistentes às penicilinases (beta-lactamases) : estafilococos
resistentes a penicilinas: Nafcilina e meticilina são altamente seletivas, indicado para
este tipo de infecção.
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CEFALOSPORINAS
Agem da mesma forma que as penicilinas, porém são nefrotóxicas se
empregadas em altas doses. Ação bactericida. Podem ser uma opção para alérgicos
a penicilina.
MACROLÍDEOS
Agem inibindo a síntese proteica bacteriana. São bacteriostáticos que
dependendo da dose se tornam bactericidas. Ação em GRAM + e -. São elas
Eritromicina, azitromicina, claritromicina e etc.
LINCOSAMINAS
Inibe a síntese proteica bacteriana através de ligação aos ribossomos 50s.
Bacteriostática porem bactericida em altas doses. A reação adversa mais comum é a
diarreia. Muito bem absorvida por via oral e biotransformada no fígado. Ex:
Clindamicina.
TETRACICLINAS
Inibem síntese proteica bacteriana, amplo espectro, bacteriostáticos com
boa absorção via oral. Podem causar distúrbios gastrointestinais, ulcerações na boca
e irritação na região perianal. São hepatotóxicas. Ex: Doxiciclina e Minociclina.
METRONIDAZOL
Muito bem absorvido via oralo, bactericida, reduz grupamento nitro que
interrompe a síntese de DNA bacteriano. Efeitos adversos como gosto metálico e
dor estomacal, pode potencializar efeito de anticoagulantes. Ex: Metronidazol e
Benzoilmetronidazol.
AMINOGLICOSÍDEOS
Fixam-se ao ribossoma bacteriano provocando distorção no RNA.
Bactericida. Ototóxicos e nefrotóxico. Ex: Gentamicina e amicacina, indicadas em
associação a penicilina no tratamento de infecções graves, por via parenteral em
ambiente hospitalar.
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Data: 20/02/2017 Cirurgia bucal 1


Aula: Instrumentais usados em cirurgia oral menor

*COLOCAÇÃO DE CAMPO CIRÚRGICO


Deve manter o campo cirúrgico preso com uma pinça tipo Backhaus.

*SERINGA COM REFLUXO CARPULE


* AGULHA METÁLICA DESCARTÁVEL
Tamanho: Longa (32 – 35mm) Curta (20 – 25mm)
Calibre: 25g e 27g
*INCISANDO OS TECIDOS
Intrumento básico: Bisturi
Cabo + lâmina estéril descartável
Na cirurgia é comum usar lâmina numero 3
Lâmina 10: Pele
Lâmina 11: Pequenas incisões e drenar abcessos
Lâmina 12: Mucogengivais, áreas de tuberosidade
e face distal
Lâmina 15: Intra-bucal e pele da face
*ELEVANDO O MUCOPERIÓSTEO
Deslocador de periósteo tipo MOLT numero 9 (ponta pontiaguda)
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*INTRUMENTOS PARA AFASTAMENTO DOS TECIDOS MOLES(bochecha,


língua e retalho)
Afastador de Austin

Afastador de minessota

Afastador de Seldin - afastar tecidos moles da boca


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Afastador de weider (afasta língua)

*APREENSÃO DE TECIDOS MOLES


Pinça de Adson

Adson: pode ter ou não dentes


Allis: Para pegar grande quantidade de tecido, porém nunca usada em
tecido que permanecerá na boca
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Pinça de stilles – utilizada para parte posterior da boca

*REMOÇÃO ÓSSEA
Pinça goiva- Remoção de osso em cirurgia dentoalveolar e para retirada de
espículas ósseas entre os dentes.

*BROCA E PEÇA DE MÃO


Utilizada na remoção do osso em exodontia. Brocas usadas: 702, 703 ou
zecryer nas odontosecções e as brocas esféricas 06 e 08 em osteotomia.
A peça de mão deve estar esterilizada.
ENFISÊMA SUBCUTÂNEO
É o acumulo de ar entre as fáscias musculares, raro, leva de 2 – 3 semanas à
2 meses. Tratamento com antibióticos por 7 dias.
*MARTELO E CINZEL
Usados na remoção de tórus lingual
Martelo
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Cinzel

*LIMA PARA OSSO


Utilizada para nivelamento ósseo no final da cirurgia.

*REMOÇÃO DE TECIDOS MOLES DAS CAVIDADES ÓSSEAS


Usadas para remoção de granuloma, pequenos cistos, lesões periapicais e
remoção de pequenas quantidades de restos de tecido de granulação e
detritos do alvéolo dentário.

Cureta de lucas
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Cureta periapical

*ASPIRAÇÃO
- Mangueira de aspiração – borracha ou silicone
- Pontas de aspiração
- Sugador descartável
- Cânula com desentupidor
*IRRIGAÇÃO
- Pode ser água ou soro fisiológico estéril
- Antes de suturar fazer irrigação
- Deve-se utilizar uma seringa de plástico e agulha calibre 18 romba
*EXTRAÇÃO DENTÁRIA
Alavancas dentárias são os mais importantes instrumentos, que fazem a
luxação do elemento dentário. Os três principais componentes da alavanca
são: cabo, haste e lâmina. A lâmina deve sempre estar voltada para o
elemento a ser extraído.
TIPOS DE ALAVANCA:
RETA: a mais utilizada é a 301

304 : possui a ponta ativa mais larga


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Apexo (303): Haste com angulação ideal para dentes posteriores

Alavanca reta numero 2: ideal para restos radiculares

TRIANGULAR
Utilizada para raízes que permaneceram no alvéolo e para terceiros molares.

ALAVANCA DE POTTS
Usada mais em dentes posteriores devido a sua haste ser angulada e maior.
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ALAVANCA APICAL
Utilizada para remoção de raízes residuais

*ELEVADOR DE ÁPICE RADICULAR


Instrumento de luxação de pequenos ápices dentários, não se deve fazer
movimento de alavanca ou roda-eixo

*PERIÓTOMOS
Utilizados para extração dentário, muito usado para finalidade de implante,
corta alguns ligamentos periodontais, facilita a remoção. Preserva o alvéolo
dentário.

*FÓRCEPS DE EXTRAÇÃO
Utilizado para remoção do dente do osso alveolar, seus componentes são:
cabo, dobradiça e parte ativa
FÓRCEPS PARA DENTES SUPERIORES
Fórceps 150 Incisivos, caninos e pré-molares superiores.
Fórceps 18L Molares superiores do lado esquerdo.
Fórceps 18R Molares superiores do lado direito.
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FÓRCEPS PARA DENTES INFERIORES


Fórceps 151 Incisivos, caninos e pré-molares inferiores.
Fórceps 16 Molares inferiores com extensa destruição coronária.
Fórceps 17 Molares inferiores.
Fórceps 23 Molares inferiores com furca baixa.
RAÍZES RESIDUAIS
Fórceps 65 Raízes residuais superiores.
Fórceps 69 Raízes residuais inferiores.

*SUTURAS
Porta agulha mayo-hegar

Porta agulha mathieu

*TESOURAS
Standard: Corte de fio
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Goldman fox: Corte de fio e tecido.

Metzenbaum: Divulsão de tecido.

Iris: corte de tecidos e fios de sutura.

Dean: corte de tecido.

*MATERIAIS AUXILIARES
Bloco de mordida: Usado para apoiar a mandíbula.
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Cuba: para colocação de clorexidina 0.2% para antissepsia da face.

O procedimento cirúrgico só poderá iniciar após a conferencia de todo


material, completo e organizado.
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Data: 06/03/2017 Cirurgia bucal 1


Aula: Princípios da exodontia
Capítulo: 12 - protocolos farmacológicos em cirurgia bucal

Devemos saber se temos informações suficientes para realizar este


procedimento, e devemos definir a exata área anatômica que receberá o
procedimento.
A exodontia está fundamentada nos princípios da física, não requer força,
requer jeito, treinamentos, conhecimento e habilidade.
Caminho à ser traçado:
1: Avaliação específica
2: Avaliação por imagem
3: Posicionamento adequado
Raízes
Devemos avaliar as seguintes características das raízes: tamanho, forma,
número, divergência e curvatura.
Raízes curtas e cônicas são mais fáceis de serem removidas.
ANTIBIÓTICOS (pré-operatório)
Priorizar o uso da amoxicilina 500 mg, 4 cápsulas (2g), 1 hora antes da
cirurgia, caso o paciente tenha algum problema com o uso desta pode optar
por clindamicina 300mg, 2 cápsulas, 1 hora antes da cirurgia ou azitromicina
500 mg.
ANTIINFLAMATÓRIO (pré-operatório)
1 – dexametasona 4 mg – 2 comprimidos – 1 hora antes do procedimento
2 – Ibuprofeno 600 mg – 1 comprimido – 1 hora antes do procedimento
3 – nimesulida 100mg – 1 comprimido – 1 hora antes do procedimento
Fundamentos básicos para o inicio da exodontia
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1 – posicionamento do paciente – maxila x mandíbula , posição da cadeira,


plano oclusal.
2 – procedimentos de assepsia e antissepsia – Clorexidina 0,2% :
face/bochecho/CD/Área
3 – Anestesia
4 – Sindesmotomia - Deslocamento do tecido gengival inserido ao redor do
dente (usar sindesmótomo ; descolador de molt)
5 – luxação – “soltar” o dente do osso circunjacente, principal etapa da
exodontia, alavanca ou fórceps
6 – Remoção
7 – toalete de cavidade alveolar – Remover todo o resto alveolar e toda a
“sujeira”.
8 – sutura
Uso das alavancas
- Dentes inacessíveis ao uso do fórceps ( raízes fraturadas, raíes
seccionadas, remanescentes radiculares abaixo da crista alveolar
Auxiliam na adaptação do fórceps em caso de: dentes com cáries extensas,
dentes tratados endodônticamente.
Contra indicações da alavanca: exodontias que podem ser realizadas apenas
com o uso do fórceps e dentes adjacentes com ponto de contato.
As alavancas devem ser empunhadas no sentindo digito-palmar, com o dedo
indicador repousando sobre sua haste. A parte ativa da alavanca deve ser
aplicada entre o tecido ósseo do alvéolo e o elemento a ser extraído.
IMPORTANTE: movimento lento de progressivo, normalmente posicionado
na parede vestibular (exceto molares inferiores)
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Cuidados na utilização do fórceps


Seleção e apreensão correta do fórceps, não segurar o fórceps junto ao
mordente, mordente paralelo ao longo eixo do dente, apreender estatura
sadia e sempre aplicado ao cemento, antes de firmar o fórceps ao dente,
introduzi-lo o mais apical possível, os dedos polegar e indicador da mão
oposta que segura o fórceps repousam sobre a junção mordente (fórceps)
durante o movimento de luxação.
PLANEJAMENTO DE MÚLTIPLAS EXODONTIAS
1- A) SUPERIORES
B) INFERIORES
2 – A) DENTES POSTERIORES
B) DENTES ANTERIORES
18 17 16 15 14 13 12 11
1º 2º X 3º 4º X 5º 6º
7º 8º

1º Dentes posteriores exceto o 1º molar


2º Dentes anteriores exceto o canino
CONDUTA PÓS-OPERATÓRIA
ANTIBIÓTICOS
Apenas casos com risco de infecção ou problemas durante a cirurgia.
ANTI-INFLAMATÓRIO
1º Dexametasona 4mg – 1 comprimido – 12 hrs após o procedimento
2º Ibuprofeno 600mh – 1 comprimido – 6/6 hrs durante 2/3 dias
3º Nimesulida 100mg – 1 comprimido de 12/12 hrs durante 2/3 dias
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ANALGÉSICOS OU ANTISSÉPTICO
1º dipirona sódica 500mg/ml 40 gts de 6/6 horas
2º Paracetamol 750mg – 1 comprimido de 6/6 horas
3º Clorexidina 0,12% 3x ao dia, por 1 minuto durante 7 dias ( iniciar em 48
horas)
Cuidados e instruções pós-operatórias
- Compressa gelada de 1/1 hora por 20 minutos
- Dieta líquida/pastosa fria ou gelada (pelo menos por 2 dias)
- Não praticar atividades físicas por pelo menos 24hrs
- Não fumar
- Orientar o paciente a não cuspir
- Deitar com travesseiro um pouco elevado
- Evitar abaixar a cabeça
- Compressa com gaze gelada em caso de sangramento
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Data: 13/03/2017 Cirurgia Bucal 1


Aula: Analgésicos e anti-inflamatórios
Capítulo: Prevenção e controle da dor

Todo processo cirúrgico resulta em uma reação inflamatória aguda, quanto


maior o traumatismo tecidual, maior a intensidade da dor e da resposta
inflamatória.
MECANISMOS PREVENTIVOS E CONTROLADORES DA DOR INFLAMATÓRIA
AGUDA:
- Benzodiazepínicos
- Anestésicos locais
- Analgésicos
- Anti-inflamatórios
Principal objetivo do processo inflamatório : Identificar e eliminar o agente
agressor. Também realiza reparos do tecido sobrevivente, e seu sítio é nos
tecidos conjuntivos vascularizados.
5 SINAIS CARDINAIS DA INFLAMAÇÃO
- Calor : Aumento da vascularização = maior temperatura
- Tumor: Edema
- Rubor: Fluxo sanguíneo maior = vermelhidão
- Dor: Ativação de receptores
- Função lesada= Função fisiológica da área afetada/prejudicada
Ativação de receptores para dor = nociceptores = dor e processo
inflamatório
Mediadores químicos da inflamação: Sorotonina, Histamina, Bradicinina e
K+²(POTÁSSIO) ATP(trifosfato de adenosina).
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METABOLISMO DO ÁCIDO ARAQUIDÔNICO


Numa cirurgia odontológica, o “disparo do gatilho” após a lesão tecidual é
dado pela ativação de uma enzima chama fosfolipase A². Como seu próprio
nome já diz, esta enzima irá atuar nos fosfolipídeos das membranas das
células envolvidas no processo inflamatório (residentes ou que migram para
os vasos sanguíneos) liberando o ácido araquidônico no citosol. Porém, por
ser muito instável, o ácido araquidônico rapidamente sofre a ação de outros
dois sistemas enzimáticos, o da cicloxigenase( 1 2 e 3 ) e o da lipoxigenase.
Via cicloxigenase = COX 1 E COX 2
COX 1 = encontrada em grandes quantidades nas plaquetas, rins e mucosa
gástrica. Na presença de estímulos fisiológicos, a ação desta sobre o acido
araquidônico irá gerar prostaglandinas que estão envolvidas com processos
biológicos como proteção da mucosa gástrica, regulação da função renal e
agregação plaquetária.
COX 2 = é a forma induzida, pois é encontrada em menor quantidade nos
tecidos, mas sua concentração é aumentada em cerca de 80 vezes sob
estímulos inflamatórios.
A presença de neutrófilos significa presença de doença com resposta
inflamatória aguda. Também significa que há liberação de enzimas
proteolíticas, que há síntese de metabólitos do ácido araquidônico, presença
de células suicidas e geração de substâncias quimitáticas.
ANALGÉSICOS
Tem como objetivo abolir reflexos dolorosos.
Analgesia preemptiva: Antes do estímulo nocivo, profilaxia medicamentosa
Analgesia preventiva: Imediatamente após lesão tecidual antes do inicio da
sensação dolorosa.
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Analgesia perioperatória: Antes da lesão e mantida no período pós-


operatório imediato.
Analgésicos não opióides: ação periférica, derivados do ácido salicílico
Analgésicos opióides: analgésicos de ação central, derivadas do ópio. São
empregadas no controle da dor aguda de grande intensidade.
Derivados do ácido salicílico
Aspirina/diflunisal
Analgésico 500 à 650 mg/dia
Anti-inflamatório 4 à 5 g/dia
Antiagregante plaquetário 40 à 100 mg/dia
Demoram a fazer efeito, Absorção nível intestinal, de 4/4 horas pois
apresentam meia vida de 2,5 horas, Aumentam concentração plasmática,
tempo de sangramento aumentado, podem causar gastrite e ulcera.
Derivados do paraminofenal
- Tylenol 750mg
- Paracetamol 750mg
Até 12 anos: 10 à 15mg/kg até 4/4hrs / máximo de 35 gotas
Acima de 12 anos: 500 à 1000mg 4/4 horas / 35 à 55 gotas
- Baixa toxicidade
- Baixa atividade inflamatória
- facilmente absorvido
- fraco inibidor de clicoxigenase
- Irritação gástrica muito leve
- Seguro em dose terapêutica
- hepatotóxico relativo ( aumenta com uso de álcool)
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DERIVADOS DE PIRAZOLONA (DIPIRONA)


Primeira escolha em termos de analgésicos pós-operatórios
- ANADOR
- BUSCOPAN
- DORFLEX
- DIPIRONA SÓDICA
Posologia
Até 12 anos: 1gt/kg de 4/4hrs (atenção crianças de peso elevado)
Acima de 12 anos: 500mg à 1g de 4/4hrs (1g recomendado para dor
cirúrgica para pct acima de 12 anos de 4/4hrs ou 6/6hrs em caso de dor)
Maior atividade analgésica
Menos atividade anti-inflamatória
Precauções
-O uso constante pode causar agranulocitose induzida pela dipirona
-possibilidade de respostas anafiláticas
CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE FÁRMACOS
- Toxicidade relativa
- Experiência acumulada pelo profissional
- Diferenças farmacocinéticas que influenciam o esquema terapêutico
- Respostas positivas apresentadas previamente pelo paciente
Os analgésicos não opióides apresentam um efeito máximo (teto), o
aumento da dose não determina um efeito analgésico adicional.
INDICAÇÕES PARA ANALGÉSICOS DE AÇÃO CENTRAL (OPIÓIDES)
-Dores agudas moderadas à intensas que não respondem a analgésicos
comuns
-Dores crônicas = uso prolongado = causa maior tolerância e maior
dependência.
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Dor intensa= morfina, adaptação a cada caso e a cada paciente


Dor moderada = Codeína, tramadol (tramal) e Tylex (Codeína 7,5mg +
paracetamol 500mg).
Precauções
-Tontura, euforia, apatia, alteração de humor, náuseas, etc.
- Depressão do Sistema nervoso central = sedativos
- Toxicidade, depressão respiratória e de consciência, rigidez torácica, etc.
- Hipotensão postural, sincope, bradicardia.
-Redução de secreção e mobilidade gástrica.
ANTI-INFLAMATÓRIOS
- Não esteroidais (AINES)= atuam via cox1 e cox2, interrompem a inflamação.
- Corticoesteroidais
AINES
- CRITÉRIOS DE ESCOLHA
Inibidores não seletivos inibem cox1 e cox2= Aspirina; Indometacina;
Piroxicam; ibuprofeno; cetorolco; diclofenaco.
Inibidores seletivos inibem preferencialmente a cox2= Nimesulida,
meloxicam e tenoxicam.
Inibidores específicos inibem quase que exclusivamente a cox2= Celecoxib,
etoricoxib e lumiracoxibe.
A ação analgésica e anti-inflamatória dos inibidores seletivos da cox2 não é
superior aos apresentados pelos inibidores não seletivos. Na prescrição de
qualquer inibidor da cox2, deve-se usar a menos dose efetiva pelo menor
tempo necessário. Uso concomitante de piroxicam, ibuprofeno ( e
provavelmente outros AINES) com a varfarina, um anticoagulante, pode
potencializar o efeito anticoagulante e provocar uma hemorragia.
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O uso concomitante dos AINES com certos anti-hipertensivos pode precipitar


uma elevação brusca da PA. Evitar a prescrição de inibidores da cox a
pacientes cardiopatas
ANTI-INFLAMATÓRIOS ESTEROIDAIS
Atua na inibição da enzima fosfolipases
Diminui a síntese de metabólitos pela via da cox2
Não interferem no mecanismo de homeostasia, ao contrário de alguns
AINES, que pela ação antiagregante plaquetária atumentam o risco de
hemorragia pós-operatória.
Provocam menos alergias
São mais seguros para serem empregados em gestantes ou lactantes, bem
como pacientes hipertensos, diabéticos.
Efeitos colaterais: Ação imunossupressora, retenção de água e sódio, facilita
a ação de vasossupresores, etc.
Precauções: Diabéticos, pacientes com úlcera ativa, gestantes e lactantes,
infecção prévia, herpes ativa, tuberculose, etc.

AINES CORTICOESTEROIDES
Mais específico Mais inespecífico
Maiores distúrbios gastrointestinais eSupressão de suprarenais
renais
Mais reações alérgicas Mais potente
Alteração de tempo de sangramento Não agem na cox1
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Data: 20/03/17 Cirurgia Bucal 1


Aula: técnicas anestésicas da maxila
Capítulo: 6 – anestesia local
A anestesia local é definida como um bloqueio reversível da condução
nervosa, determinando perda das sensações, em nível local, sem alteração
do nível de consciência.
Bases anatômicas para anestesia local em odontologia
Nervo trigêmeo = Oftálmico, maxilar e mandibular.
Tipos de injeção de anestésico local
Infiltração local = Pequenas terminações nervosas, a incisão deve ser feita no
local.
Bloqueio de campo = Incisão distante do local da anestesia.
Bloqueio de nervo = Próximo a um tronco nervoso principal, incisão distante
do local da anestesia. Também chamada de troncular.
TÉCNICAS ANESTÉSICAS EM MAXILA
INJEÇÃO SUPRAPERIOSTEAL OU INFILTRATIVA LOCAL
Nervos anestesiados: ramos terminais principais do plexo dentário, indicada
para áreas circunscritas. Mais utilizada para anestesia pulpar.
Área anestesiada: Polpa, áreas radiculares, perióstio vestibular e tecido
conjuntivo.
Técnica: é recomendada agulha nº 27. A área de introdução é na altura da
prega mucovestibular, acima do ápice do dente. A inserção da agulha curta
deve ser paralela ao longo eixo do dente. A área alvo é a região apical. O
bisel deve estar voltado para o osso. Depositar a solução anestésica próximo
ao ápice do elemento. Injetar lentamente 0,6ml ou 1/3 do tubete anestésico.
Aguardar 3 a 5 minutos.
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INJEÇÃO INTRALIGAMENTAR (LIGAMENTO PERIODONTAL)


Recomendada para auxiliar outras técnicas ou em caso de tratamentos
limitados, podendo ser realizada na maxila e na mandíbula. Requer cuidado
para não realizar pressão excessiva para não ocorrer quebra de agulha ou do
tubete anestésico de vidro. Excesso de anestésico pode causar extrusão.
Técnica: A agulha deverá ser introduzida através do sulco gengival e
ligamento periodontal e, então, injeta-se sob pressão pequena quantidade
as solução anestésica.
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BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLAR SUPERIOR POSTERIOR (TUBEROSIDADE


BAIXA)
Muito eficaz para molares EXCETO A RAIZ MESIOVESTIBULAR DO 1º MOLAR
O risco de complicação também deve ser considerado quando se realiza a
técnica ASP. A penetração da agulha muito distalmente poderá produzir a
formação de hematoma local, devendo-se considerar sempre o tamanho do
paciente para se analisar a quantidade de penetração nos tecidos moles.
Deve-se sempre realizar aspiração ou refluxo durante esta injeção
anestésica, a fim de evitar injeção intravascular inadvertida.
Áreas anestesiadas: Polpas dos terceiros, segundos e primeiros molares
superiores EXCETO A RAIZ MESIOVESTIBULAR DO 1º MOLAR. Também
anestesia tecido periodontal vestibular, tecido conjuntivo e membrana
mucosa vestibular
Técnica: Introduzir a agulha curta calibre 27 na prega mucovestibular acima
do segundo molar maxilar com o bisel da agulha voltado para o osso. Introduz-
se a agulha avançando lentamente para cima, para dentro e para trás em um
só movimento, formando um ângulo de 45° com o plano oclusal. Injetar
aproximadamente 0.9ml a 1,8ml de anestésico. Esperar 3 a 5 minutos.
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BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLAR SUPERIOR MÉDIO


Utilizado para pré-molares superiores, utilizado quando o bloqueio do nervo
infraorbitário não produziu anestesia pulpar distal ao canino.
Área anestesiada: primeiro e segundo pré-molares superiores, raiz
mesiovestibular do primeiro molar superior, tecidos periodontais, osso,
periósteo e mucosa vestibular adjacente à região anestesiada.
Técnica: recomenda-se agulha curta ou longa 27. A introdução da agulha
deve ser feita na altura da prega mucovestibular acima do segundo pré-
molar. A área alvo é o osso maxilar acima do ápice do 2º pré-molar. Injetar
uma quantidade de aproximadamente 0,9ml a 1,2ml de solução anestésica.
Aguardar 3 a 5 minutos. Ocorre parestesia do lábio superior.

BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLAR SUPERIOR ANTERIOR


Esse tipo de anestesia tem uma utilidade clínica para procedimentos
que envolvem dentes anteriores maxilares (incisivo central, incisivo lateral
e canino).
Nervo anestesiado: alveolar superior anterior
Áreas anestesiadas: Incisivo central, incisivo lateral e canino, maxilar,
tecidos periodontais, osso, periósteo, mucosa vestibular adjacente à
região anestesiada e lábio superior.

Técnica:Recomenda-se o uso de agulha curta de calibre 25 ou 27. Área


de puntura da agulha na prega muco-jugal acima do canino superior. Secar
a mucosa com gaze estéril e aplicar anestésico tópico. Bisel da agulha
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Voltado para a superfície óssea. Introduzir a agulha até que alcance uma
posição acima do ápice do canino superior. Injetar o anestesio lentamente
(realizando refluxo ou aspiração) na quantidade de aproximadamente 0,9
a 1,2ml de solução anestésica. Retirar agulha cuidadosamente. Aguardar 3
a 5 minutos para o efeito anestésico.

BLOQUEIO DO NERVO INFRAORBITÁRIO


O nervo infra orbital é o ramo terminal do nervo maxilar superior.
Nervos anestesiados: alveolar superior anterior e alveolar superior médio.
Áreas anestesiadas: incisivos superiores.
Técnica: Paciente colocado na cadeira de forma a que seu plano oclusal
forme 45° com o plano horizontal (solo). Localizar o forame infra-orbital.
Recomenda-se a utilização de agulha longa calibre 25 ou 27. Local de
penetração da agulha: A agulha poderá ser introduzida na altura prega
muco-jugal, aconselha-se a puntura da agulha em direção ao pré-molar,
visto ser esta região a que proporciona o menor trajeto até a área alvo.
Avançar com a agulha lentamente até que toque suavemente no osso, a
agulha deve ser paralela ao longo eixo do dente enquanto é avançada
para evitar contato prematuro com o osso. Injetar o anestésico
lentamente na quantidade de aproximadamente 0,9ml a 1,2ml de
anestésico, manter pressão firme com o dedo sobre o local de forma a
aumentar a difusão da solução anestésica para o forame infra-orbital,
manter pressão direta sobre o local da injeção durante 1 a 2 minutos após
a aplicação do anestésico. Aguardar 3 a 5 minutos para efeito.
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BLOQUEIO DO NERVO PALATINO MAIOR


A anestesia da porção posterior do palato duro é necessária para
procedimentos odontológicos que envolvam a manipulação dos tecidos
palatinos, como exemplo, as exodontias. Outro nome utilizado para esta
técnica é o bloqueio do nervo palatino anterior. As injeções na região
palatina são procedimentos traumáticos para muitos pacientes, sendo
imperativo que o profissional utilize técnicas para que este procedimento
torne-se o mais atraumático possível e diminua o desconforto do
paciente. Uma complicação importante associada a esta técnica
anestésica é a isquemia e necrose dos tecidos moles palatinos, causadas
geralmente pelo excesso da solução anestésica injetada ou também por
soluções com concentrações altas de vasoconstritor.
Áreas anestesiadas: Porção posterior do palato duro e tecidos moles
sobrejacentes até a região do 1º pré-molar e região medial do palato
duro.
Técnica: recomenda-se o uso de agulha curta calibre 27, Ponto de reparo:
forame palatino maior e junção do processo alveolar maxilar e osso
palatino. Área de introdução da agulha: região do forame palatino maior;
o forame palatino maior fica localizado entre os segundos e terceiros
molares superiores, aproximadamente a 1cm da margem gengival
palatina, no sentido da linha média. Posicionar a agulha de forma a que
faça um ângulo reto com a região palatina, para isto é importante que o
corpo da seringa esteja direcionado do lado oposto ao que será
anestesiado. Bisel orientado em direção aos tecidos palatinos. Injeta-se a
solução lentamente na quantidade 0,25 a 0,5ml de anestésico. Retirar a
agulha cuidadosamente. Aguardar 3 a 5 minutos para o efeito anestésico.
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BLOQUEIO DO NERVO NASOPALATINO


Pode ser denominado também de bloqueio do nervo incisivo ou bloqueio
do nervo esfenopalatino. Esta técnica está indicada quando da
necessidade de manipulação dos tecidos palatinos da região anterior
maxilar durante tratamentos odontológicos, como nas exodontias.
Pega de canino à canino.
Nervos anestesiados: nervos nasopalatinos bilaterais.
Áreas anestesiadas: porção anterior do palato duro desde a face medial
do primeiro pré-molar superior esquerdo ao primeiro pré-molar superior
direito.
Técnica (injeção única): Recomenda-se agulha curta de calibre 27. Pontos
de reparo: papila incisiva e incisivos centrais superiores. Posicionar o
paciente de forma a que fique com a boca aberta e a cabeça ligeiramente
inclinada para uma melhor visualização da papila incisiva. Secar a mucosa
palatina e aplicar anestésico tópico. Pode-se nessa técnica também utilizar
a compressão local mencionada na técnica do bloqueio do nervo palatino
maior. A área de introdução inicial é a mucosa palatina imediatamente
lateral à papila incisiva. Esta área é menos sensível que a região da papila
incisiva, e esta manobra visa à promoção de uma leve isquemia local com
o objetivo de diminuir a dor durante a inserção da agulha. Introduzir a
agulha lateralmente à papila incisiva, depositar uma pequena quantidade
de anestésico, remover a agulha e observar a isquemia na região da papila
incisiva. Reintroduzir imediatamente a agulha, agora direcionada para a
papila incisiva. A agulha deverá penetrar formando um ângulo de
aproximadamente 45° em direção à papila palatina. Penetrar a agulha na
profundidade de 5mm. Injetar lentamente uma pequena quantidade de
solução anestésica. Retirar a agulha cuidadosamente. Aguardar 3 a 5
minutos para o efeito anestésico.
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Técnica (Multiplas perfurações da agulha)

Nessa técnica pode também ocorrer isquemia e necrose dos tecidos moles
da região anterior do palato, causadas pelo excesso de solução anestésica
injetada ou soluções com concentrações altas de vasoconstritor.

BLOQUEIO DO NERVO MAXILAR


O bloqueio do nervo maxilar ou segunda divisão de trigêmeo é um
método eficaz para produzir anestesia profunda de toda uma hemimaxila.
Torna-se útil em procedimentos que envolvam a manipulação de todo um
quadrante maxilar, nos casos de cirurgias extensas, quando uma infecção
local ou outras condições patológicas tornam inexequível a realização de
bloqueio dos ramos terminais maxilares ou também com finalidade de
diagnóstico de neuralgia da segunda divisão do nervo trigêmeo.
Nervos anestesiados: o nervo maxilar e todas as suas divisões periféricas
em relação ao local de injeção.
Áreas anestesiadas: região temporal anterior e zigomática; pálpebra
inferior; asa do nariz; lábio superior; dentes superiores da hemimaxila;
osso alveolar e estruturas adjacentes; palato duro e mole; tonsila; parte
da faringe; septo e assoalho nasal.
Técnica da tuberosidade alta: Recomenda-se o uso de agulha longa de
calibre 25. Área de puntura da agulha na altura da prega muco-jugal acima
da face distal do segundo molar superior, sendo a área alvo da anestesia o
nervo maxilar no ponto onde ele atravessa a fossa pterigopalatina. Bisel
voltado para o osso. Tencionar os tecidos no local da injeção. Secar a
mucosa com gaze estéril e aplicar anestésico tópico. Introduz-se a agulha
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avançando lentamente para cima, para dentro e para trás em um só


movimento formando um ângulo 45° com o plano oclusão. A
profundidade da injeção da agulha é de aproximadamente 30mm (não se
deve encontrar resistência à penetração da agulha). Injetar o anestésico
lentamente (realizando refluxo ou aspiração) na quantidade de
aproximadamente 1,8ml de solução anestésica. Retirar a agulha
cuidadosamente. Aguardar 3 a 4 minutos para o efeito anestésico.

Técnica pelo canal palatino maior: Recomenda-se utilização de agulha


longa calibre 25. Área de introdução da agulha: tecidos moles região do
forame palatino maior. A área alvo é o nervo maxilar no ponto em que
atravessa a fossa pterigopalatina, sendo que a agulha deverá atravessar o
canal palatino maior para alcançar a fossa pterigopalatina. Bisel da agulha
voltado para os tecidos moles palatinos. Medir o comprimento de uma
agulha longa desde a ponta até o canhão (aproximadamente
32mm). Posicionar o paciente em decúbito dorsal, com a boca aberta e a
cabeça distendida para posterior a fim de evidenciar adequadamente a
região posterior do palato. Localizar o forame palatino maior (mesma
técnica descrita para a anestesia do nervo palatino maior).Secar a mucosa
palatina e aplicar anestésico tópico. Posicionar a agulha da forma a que
faça um ângulo reto com a região palatina, para isto é importante que o
corpo da seringa esteja direcionado de lado oposto ao que será
anestesiado. Introduzir a agulha lentamente na profundidade média de
5mm e injeta-se a solução lentamente na quantidade de 0,25 a 0,5ml de
anestésico para o bloqueio do nervo palatino maior. Retirar a agulha,
aguardar alguns minutos e reintroduzi-la para iniciar, então, o bloqueio do
nervo maxilar. A agulha deve ser mantida em ângulo de 45° com a
superfície palatina, para facilitar a entrada no forame maior. Após localizar
o forame, avançar a agulha lentamente no canal palatino maior até uma
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profundidade de 30mm. Em 5% a 15% dos canais palatinos maiores


podem existir obstruções ósseas que impeçam a passagem da agulha;
nestes casos, nunca force a agulha contra a resistência óssea, retire a
agulha e tente introduzi-la em um ângulo diferente. Injeta-se solução
lentamente (realizando aspiração ou refluxo) na quantidade de 1,8ml de
anestésico. Retirar a agulha cuidadosamente. Aguardar 3 a 5 minutos para
o efeito anestésico.

Essa técnica possui alta taxa de sucesso (maior que 95%) e minimiza o
número de perfurações e o volume total da solução anestésica
necessários para a realização de bloqueios isolados de todos os ramos do
nervo maxilar. Contudo, pode haver riscos de hemorragia local o acesso
pela técnica da tuberosidade alta pode ser de difícil localização, e pelo
canal palatino maior que pode ser traumático.

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