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Letícia Marinho - Cirurgia

Avaliação Pré-operatória, Diagnóstico e


Plano de Tratamento
1 Avaliação Pré-operatória: Angina Asma
Infarto do miocárdio DPOC
1.1 Exame Clínico:
Sopros cardíacos Hepatite
- Anamnese + Exame físico
Cardiopatia reumática DSTs
1.1.1 Anamnese: Distúrbios hemorrágicos/ Diabetes
+ História Médica: uso de anticoagulantes Uso de corticoesteroides
+ Dados Biográficos: Distúrbios convulsivos AVC
- Nome Completo, endereço residencial, idade, sexo, profissão. Alergias a anestésicos locais, aspirina e penicilina
- Analisa a confiabilidade dos dados apresentados e do histórico Possível estado de gravidez
médico. Prótese implantada como articulação artificial e válvulas
+ Queixa principal: cardíacas
- Ajuda a estabelecer prioridades durante a obtenção do histórico
+ Revisão dos Sistemas:
e do planejamento do tratamento.
- Método sequencial e detalhado de conferir os sintomas do paciente órgão
+ Histórico da queixa principal:
por órgão.
+ O paciente deve descrever o histórico da queixa:
- Pode revelar condições de saúde que não foram diagnosticadas.
- Primeira aparição;
- Quando conduzida pelo cirurgião-dentista antes da cirurgia bucal deve
- Mudanças desde a primeira aparição e sua influência sobre
ser guiada por respostas pertinentes obtidas por meio do histórico.
outros fatores.
- Se controladores de ansiedade estiverem nos planos e forem
Data de início febre adicionados, como sedação intravenosa ou inalatória, os sistemas
Intensidade calafrio cardiovascular, respiratório e nervoso devem ser sempre checados.
Duração letargia + Revisão de rotina das Regiões da Cabeça, pescoço e Maxilofacial:
Local e radiação anorexia • Geral: Febre, calafrios, sudorese, perda de peso, fadiga, mal-estar, perda
mal-estar outros de apetite.
+ Histórico Médico: • Cabeça: Dor de cabeça, tontura, desmaio, insônia.
- Utilizar respostas pertinentes para conduzir perguntas; • Ouvidos: Diminuição da audição, tinido (zumbido), dor.
- Escrito de forma clara, sucinta e sem muitos termos técnicos; • Olhos: visão turva, visão dobrada, excesso de lágrimas, secura, dor.
- Confidencialidade das informações; • Nariz e seios paranasais: rinorréia, epistaxe, problemas em respirar pelo
+ Doenças/condições que tendem a alterar o tratamento nariz, dor, mudança em sentir cheiro.
odontológico: • Área da articulação temporomandibular: Dor, ruído, limitação nos
movimentos mandibulares,travamento.
• Bucal: Dor nos dentes ou sensitividade, irritação nos lábios ou na
mucosa, problemas em mastigar, problemas em falar, mau hálito,
obturações soltas, irritação na garganta, ronco alto.
• Pescoço: Dificuldade em engolir, mudanças na voz, dor, rigidez.
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- O clínico deve escutar problemas na fala, sons da articulação
+ revisão dos Sistemas Cardiovascular e respiratório: temporomandibular e habilidade de respiração.
• Cardiovascular: Desconforto no peito em momentos de esforço, de + Região da Articulação Temporomandibular:
repouso ou quando come; palpitações; desmaios; edema no tornozelo; • Palpar e auscultar as articulações.
falta de ar (dispneia) durante esforço; dispneia quando se está em posição • Medir a variação de movimento da mandíbula e o padrão de abertura.
supina (ortopneia ou dispneia paroxística noturna); hipotensão postural; + Região Nasal e Paranasal:
fadiga; câimbra no músculo da perna. • Fechar cada narina, individualmente, para checar patência.
• Respiratória: Dispneia durante esforço, sibilo, tosse, produção excessiva de • Inspecionar mucosa nasal anterior.
escarro; tosse com sangue (hemoptise). + Boca:
• Retirar todas as próteses removíveis.
1.1.2 Exame Físico: • Inspecionar a cavidade oral em busca de lesões nas mucosas dental, bucal
e da faringe.
- Observa atentamente a cavidade oral e, em menor
+ Olhar as tonsilas e a úvula:
intensidade, toda região maxilofacial.
• Segurar a língua fora da boca com uma gaze seca enquanto as bordas
- Anotar os resultados do exame físico deve ser um exercício de descrição
laterais são inspecionadas.
precisa em vez de uma lista de suspeitas diagnósticas.
• Palpar a língua, os lábios, o assoalho da boca e as glândulas salivares
+ Deve começar com a medição dos sinais vitais:
(checar a saliva).
- Aferição da pressão arterial/frequência cardíaca;
• Palpar o pescoço para checar o tamanho dos linfonodos e da glândula
- Frequência respiratória;
tireóide. Inspecionar as veias jugulares.
- Temperatura corporal;
+ Inspeção:
+ Classificação do Estado Físico:
- Cabeça e rosto: Forma geral, simetria, distribuição de cabelo
ASA I: Paciente normal, saudável
- Ouvido: Reação normal a sons (examinar com otoscópio, se indicado)
ASA II: Paciente com doença sistêmica leve ou com um significante risco
- Olho: Simetria, tamanho, reatividade das pupilas, cor da esclera e da
de saúde
conjuntiva, movimento, teste de visão
ASA III: Paciente com doença sistêmica grave que não é incapacitante
- Nariz: Septo, mucosa, permeabilidade
ASA IV: Paciente com doença sistêmica grave que oferece risco de vida
- Boca: Dentes, mucosa, faringe, lábios, tonsilas
constante
- Pescoço: Tamanho da glândula tireoide, distensão venosa jugular
ASA V: Paciente moribundo que provavelmente não sobreviverá sem a
+ Palpação:
operação
- Articulação temporomandibular: Crepitação, sensibilidade
ASA VI: Paciente com morte cerebral declarada que está passando por
- Paranasal: Dor nos seios paranasais
remoção de órgãos para doá-los
- Boca: Glândulas salivares, assoalho da boca, lábios, músculos da
mastigação
- Pescoço: Tamanho da glândula tireoide, linfonodos
+ Percussão:
- Paranasal: Ressonância nos seios paranasais (dificuldade em avaliar)
- Boca: Dentes (horizontal e vertical)
+ auscultação.
- Articulação temporomandibular: Cliques, crepitação
- Pescoço: Sons da carótida
2 Protocolo Geral de Redução de Ansiedade:

+ Breve exame maxilofacial: 2.1 Antes da Cirurgia:


- o cirurgião-dentista deve examinar visualmente a forma geral e a + Agente hipnótico para estimular o sono na noite anterior à cirurgia;
simetria da cabeça e do esqueleto facial, o movimento dos olhos, a cor da + Agente sedativo para diminuir a ansiedade na manhã da cirurgia;
esclera e da conjuntiva e a habilidade de audição. + Consulta matinal agendada para reduzir o tempo na sala de recepção;
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2.2 Durante a Cirurgia: - Tranquilização adicional
- Analgésicos eficazes
+ Meios não Farmacológicos de Controle de Ansiedade:
- Informar quem o paciente pode contatar se qualquer problema aparecer
- Tranquilização verbal frequente
- Telefonar para a casa do paciente durante a noite após a cirurgia para
- Conversa para distrair o paciente
conferir se há algum problema
- Sem surpresas (o médico avisa o paciente antes de fazer qualquer coisa
que possa causar ansiedade)
- Sem barulhos desnecessários 3 Desenvolvendo um Diagnóstico cirúrgico:
- Instrumentos cirúrgicos longe do campo de visão do paciente - A maior parte das decisões importantes concernentes ao procedimento
- Música de fundo relaxante cirúrgico deve ser feita antes da administração da anestesia.
+ Meios farmacológicos de Controle de Ansiedade:
- Anestésicos locais de duração e intensidade suficientes 1 - O cirurgião-dentista identifica vários sinais e sintomas e
- Óxido nitroso
informações históricas relevantes.
- Ansiolíticos intravenosos
+ Medidas para:
2 - Usando dados científicos do paciente e raciocínio lógico com base em
- Controlar sangramento
- Diminuir a chance de infecção experiência, o cirurgião-dentista estabelece o relacionamento entre os
- Evitar situações de emergência problemas específicos.

2.3 Após a Cirurgia: 3 - Avaliação pré-cirúrgica é a coleta de dados pertinentes e precisos

- Instruções breves para cuidados no pós-operatório (Entrevistas com o paciente, exames de imagem, laboratoriais e físicos).
- Informar o paciente sobre sequelas pós-cirúrgicas que são esperadas
(ex.inchaço ou leve gotejamento de sangue) 4 - Quando indicado o procedimento cirúrgico os dois requerimentos
principais são: 1 → Visibilidade adequada e 2 → Assessoramento.
Visibilidade adequada depende de: 1. Acesso adequado, 2. Luz adequada, 3.
Um campo cirúrgico livre de excesso de sangue e outros fluidos.
Assessoramento: o assistente deve estar suficientemente familiarizado
com os procedimentos realizados para antecipar a necessidade do
cirurgião-dentista.

4 Técnica Asséptica:
- Inclui minimizar a contaminação do corte através de micróbios
patogênicos.

5 Ambiente Cirúrgico:

5.1 Tipo de Material:


- Antissepsia.
- Materiais esterilizados.
- lavagem das mãos.
- Paramentação.
- Campos
cirúrgicos.
- Proteção de
periféricos.
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Reparação Tecidual
1 Lesões Teciduais: - Cicatrização por 2ª intenção.
- Aproximação de bordas inadequada ou impossível.
1.1 Lesões de Origem Física:
- Perda de tecido.
- Incisão. - Maior migração epitelial e deposição de colágeno.
- Ferimentos corto contusos.
- Esmagamento.
- Resfriamento.
- Queimadura.
- Irradiação.

1.2 Lesões de Origem Química: - Cicatrização por 3ª intenção.


- pH não fisiológico. - Cicatrização secundária + fechamento primário tardio.
- Ação de proteases. - Cura de feridas com enxertos de tecido.
- Vasoconstritores.
- Agentes trombogênicos.

2 Regeneração X Reparo:
- Regeneração: Tecido novo sem diferença estrutural do tecido de origem.
- Fígado e ósseo.
- Reparo: Restituição tecidual através da formação de tecido fibrótico.
2.2 Etapas do Reparo Tecidual:
→ Organizada sequência de respostas bioquímicas e celulares direcionadas
células lábeis: constante renovação (epiderme e epitélio da mucosa
a restaurar a integridade do tecido e a sua capacidade funcional.
oral).
células estáveis: proliferação em resposta à lesão. DIferenciação de - etapa inflamatória → etapa proliferativa → etapa de remodelação.
células mesenquimais pluripotentes.
células permanentes: não se dividem durante a vida pós-natal (nervos 2.2.1 Etapa Inflamatória:
e músculo cardíaco.
- 3-5 dias.
→ A fase inflamatória desenvolve-se nos primeiros 5 dias e
2.1 Fatores Influenciadores: caracteriza-se por uma resposta vascular na qual se observa o processo de
+ Natureza da ruptura do tecido: hemostasia e formação do coágulo, que representa o substrato para a
- Incisão, trauma, infecção. sucessiva organização de fibras.
+ Fase vascular:
+ Tipo de fechamento da ferida: - Vasoconstrição (hemostasia).
- Cicatrização por 1ª intenção. - Vasodilatação (extravasamento plasmático).
- Aproximação de bordas (sutura). + Fase celular:
- Sem perda de tecido. - Migração de neutrófilos, monócitos e macrófagos.
- Mínima formação de cicatriz. → A ferida tem pouca resistência adquirida durante essa fase.
→ Pouca deposição de colágeno.
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2.2.2 Etapa Proliferativa ou Fibroblástica: - Proliferação bacteriana.
- Lesão tecidual.
- Início no 3º dia e duração de 3 semanas.
- Angiogênese.
- Tecido de granulação.
+ Deiscência da ferida.
- Colágeno tipo III (abundante e desorganizado.
* Mais rápida na mucosa do que na pele.
→ Aumento da resistência e muita deposição de colágeno.
→ A fase proliferativa ocorre em 5- 14 dias e consiste em uma
regeneração epitelial e conjuntiva.
2.2.3 Etapa de Remodelação:
- 3 semanas a meses/anos. - Abertura parcial ou total.
- Colágeno tipo III → tipo I. - Sutura com muita tensão.
- Contração da ferida. - Tecido inviável.
-80 - 85% da resistência inicial. - Suturar novamente? (no início sim).
- Cicatrização por 2ª intenção.

+ Cicatriz hipertrófica/quelóide.

- Hipervascularização.
- hipercelularidade.
- Superprodução de colágeno.
- Injeções de corticoides.
- Cirurgia revisional.

→ Na fase de remodelação, que começa depois de 14 dias, inicia-se o 4 Fatores Interferentes:


fenômeno da contração tecidual, na qual os fibroblastos são substituídos → Fatores locais e sistêmicos podem impedir a cicatrização, e o cirurgião
por células semelhantes, mas com capacidades contráteis, denominadas pode, quando possível, redirecionar esforços no manejo da ferida, de
miofibroblastos. modo positivo para que a cicatrização ocorra de tal modo que o reparo possa
3 Complicações: progredir normalmente.
+ Infecção.

- Potencialmente contaminado
- Mediadores inflamatórios.
- Hipoxia da lesão.
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5 Cicatrização Nervosa: - 10 a 16 dias: calo ósseo duro, consolidação de fratura.
- 21 a 35 dias: processo de remodelação e o calo ósseo passa a ser
→ A resposta de cicatrização depende da gravidade e da extensão da lesão.
reabsorvido.
+ Neuropraxia:
- Sem perda de continuidade axonal.
+ Cicatrização Direta:
- Recuperação espontânea de 3 a 4 semanas.
- Reposicionamento cirúrgico dos segmentos fraturados, gerando pouco ou
nenhum espaço interfragmentário.
- Sem formação do calo ósseo.

+ Axonotmese:
- Ruptura do axônio.
- Células de Schwann intactas.

+ Neurotmese:
- Ruptura do tronco nervoso. 6.1 Complicações:
- Células de Schwann sofrem degeneração valeriana. + Causas:
- Recuperação espontânea é rara. - Infecção.
- Proliferação de células → Neuroma. - Movimentação interfragmentária.
- Deslocamento excessivo.
- Álcool e fumo.
- Alterações sistêmicas.

6 Cicatrização Óssea: 6.1.1 Má União:

- Vários tipos possíveis de carga aplicados ao osso. - Devido à uma não intervenção ou intervenção falha/não suficiente.
+ Etapas: Inflamação → Proliferação → Remodelação → Calcificação* - Há cicatrização óssea em lugar diferente.

6.1.2 Não União/Pseudoartrose:


- Os segmentos da fratura não entram em contato.
- Tecido fibroso entre os fragmentos.
+ Ossificação endocondral:
- 3 primeiros dias: resposta inflamatória imediata e intensa com a
formação do hematoma.
- 5 a 10 dias: formação do calo ósseo, calo amolecido com objetivo de
evitar que haja a movimentação interfragmentária.
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6.1.3 Osteomielite:
- Mais prevalente na mandíbula devido a menor vascularização e
densidade óssea.
- Associada a fraturas expostas.

7 Alvéolo Dentário:
→ A cicatrização alveolar é por segunda intenção.
+ 1ª semana:
- Preenchimento por coágulo.
- Angiogênese e fibroplasia.
- Migração epitelial e tecido de granulação.
- Acúmulo de osteoclastos na crista óssea.

+ 2ª semana:
- tecido de granulação abundante.
- Deposição de osteóide imaturo.

+ 3ª semana:
- Reabsorção alveolar.
- Formação de osso novo trabecular.
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Princípios de Exodontia
1 Indicações: 4 Sequência de Extração:
- Cáries. 1 - Maxila (tempo de anestesia mais rápido).
- Necrose pulpar. → Molares com exceção dos 1º M.
- Doença periodontal. → Dentes anteriores com exceção dos Caninos.
- Razões ortodônticas. → 1º molares.
- Dentes mal posicionados. → Caninos.
- Dentes extruídos, fraturados, inclusos, supranumerários. 2 - Mandíbula
- Associação com patologias. → Molares e pré-Molares.
- Dentes em linha de fratura. → Dentes anteriores com exceção dos Caninos.
- Radioterapia. → Caninos.

2 Contraindicações:
+ Locais:
- Radioterapia.
- Dentes envolvidos em tumores malignos.
- Pericoronarite aguda.
- Abscesso dentoalveolar agudo**

+ Sistêmicas:
- Doenças metabólicas severas não controladas (diabetes, doença renal em
fase terminal, leucemia e linfoma não controlados, doenças cardíacas,
hemofilia, coagulopatias).
- Gravidez (1º e 3º trimestre).
- Uso de corticoides, imunossupressores e bisfosfonatos.

3 Princípios Mecânicos:
- Alavanca (extratores).
- Cunha (extratores e fórceps) (pressão apical-Fórceps).
- Roda e eixo (extratores).

→ Classificação das técnicas:


+ Graziani (1968):
- Técnica primeira: fórceps.
- Técnica segunda: alavancas.

+ Hupp et al (2018):
- Técnica fechada.
- Técnica aberta: a retalho.
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Incisões e Retalhos
1. Introdução: 3 Princípios de desenvolvimento e manejo do retalho:
+ Técnicas de remoção de dentes: - Função de dividir o tecido mole;
+ Técnica Fechada: - Delimitado por uma incisão;
- não necessita de um retalho para execução. - Contém seu próprio suprimento sanguíneo;*
+ Técnica aberta: - Proporciona acesso aos tecidos profundos;
- Necessita de um retalho para o procedimento. - Pode ser recolocado em posição original;
+ Amplitude: Possibilitando visibilidade ao campo operatório e menor
2 Incisões: trauma tecidual no afastamento.

+ Deve ser usada uma lâmina afiada de tamanho apropriado;


- Cabo de bisturi tamanho 3 com lâmina 15 (mais usado).
- Lâminas 10, 12, 15 e 15C.

+ Base Ampla: Irrigação do retalho (base > ápice).


- Maximizar o suprimento sanguíneo para evitar necrose tecidual.

+ O cabo deve ser segurado com um leve ângulo com o dente;

+ Incisão Relaxante:
+ Sentido da incisão: Posterior para anterior; - SEM incisão relaxante: 2 dentes anteriores e 1 dente posterior.
- COM Incisão relaxante: 1 dente anterior e 1 dente posterior.

+ Margem óssea adequada de osso saudável:


+ Movimento contínuo e suave: - Boa cicatrização tecidual e evita lacerar tecidos.

2.1 Princípios de Incisão:


1 - Lâmina afiada.
2 - Movimento firma e contínuo.
3 - Evitar seccionar estruturas vitais.
4 - realizar incisões com lâmina perpendicular.
5 - Todas as incisões realizadas no interior da cavidade bucal devem ser
posicionadas adequadamente. + Cuidados com estruturas anatômicas:
- Nervo Lingual: - Nervo mentual:
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+ Local de incisão:
- Atravessa a margem gengival livre sem atingir a papila e sem ser
diretamente na face vestibular do dente (zenit). + Deiscência do Retalho:
- A deiscência (separação) da margem do retalho é prevenida pela
aproximação das bordas do retalho sobre o osso saudável, ao manusear
gentilmente as bordas do retalho, e não colocando o retalho sob pressão.
- Não deve ser necessário usar nenhuma força significativa para unir os
tecidos enquanto se sutura um corte. A deiscência expõe o osso subjacente
e outros tecidos, produzindo dor, perda óssea e aumento da cicatriz.

3.1 Planejamento do Retalho e Prevenções: + Dilaceração do Retalho:


- Retalhos cirúrgicos são feitos para conseguir acesso cirúrgico a uma área - retalho é uma complicação comum do cirurgião-dentista inexperiente
ou para mover o tecido de um local para outro. que tenta realizar um procedimento usando um retalho que ofereça acesso
- Vários princípios básicos de projeto de retalho devem ser seguidos para insuficiente.
prevenir as complicações da cirurgia de retalho: necrose, deiscência e - Uma incisão longa devidamente reparada cicatriza tão rápido quanto
dilaceração. uma incisão curta, é preferível criar um retalho no começo da cirurgia
que seja grande o suficiente para o cirurgião-dentista evitar rompimento
+ Necrose do Retalho: forçado ou interromper a cirurgia para estender a incisão.
+ pode ser evitada se o cirurgião-dentista atender a quatro princípios
básicos do projeto de retalho:
1 - O cume (ponta) do retalho não deve nunca ser maior que a base, a não
ser que a artéria principal esteja presente na base;
- Retalhos devem ter lados paralelos um ao outro ou, preferencialmente,
convergir movendo da base para o cume do retalho;
2 - Geralmente, o comprimento de um retalho deve ter não mais que duas 4 Tipos de Retalhos Mucoperiosteais:
vezes a largura da base; - Passa por tecido mucoso e periósteo para ter acesso ao tecido ósseo.
- Preferencialmente, a largura da base deve ser maior que o comprimento - Acesso e visualização.
do retalho;
- Em geral, o comprimento do retalho não deve jamais exceder a largura.
4.1 Retalho do tipo Envelope:
3 - Quando possível, um fornecimento de sangue axial deve ser incluído
na base do retalho. Por exemplo, um retalho no palato deve ser feito em - Incisão através do sulco gengival.
relação à maior artéria palatina, quando possível. - Não combinada a incisão relaxante
4 - A base dos retalhos não deve ser excessivamente torcida, esticada ou - Permite um bom acesso à área cirúrgica.
apertada com qualquer coisa que possa danificar os vasos, pois essas - Utilizada em pacientes edêntulos.
manobras podem comprometer a alimentação de suprimento de sangue e
drenar o retalho, assim como os delicados linfáticos.
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4.6 Retalho de Maruel:

4.2 Retalho de Newmann - Estende-se do túber/trígoo retromolar até a porção vestíbulo-mesial do


1º molar.
- Retalho do tipo 3 cantos ou triangular: incisão sulcular + relaxante
- Indicada para extração de 3º molares;
- Permite maior acesso com pequena incisão sulcular, principalmente na
- Sem incisão relaxante;
direção apical.
- Excelente para exodontia de 3º molar maxilar.

4.7 Retalho de Mead:


4.3 Retalho Novak, Peter ou Newmann - Intrasulcular + relaxante.
Modificado. - Do túber/ Trígono retromolar até a porção vestíbulo-mesial do 1º molar
terminando com uma relaxante;
- Do tipo 4 cantos ou quadrangular: incisão sulcular + 2 incisões
relaxantes.
- Raramente utilizado: o retalho newmann é mais utilizado.
- Excelente para acessos periapicais.

4.8 Retalho de Avellanal:

4.4 Retalho do tipo Semilunar ou de Partsch:


- Incisão semilunar;
- Evita trauma à papila e à margem gengival: 3 mm acima da cervical;
- Indicada para cirurgia periapical de extensão/acesso limitado; 4.9 Retalho em Y ou Duplo U
- Remoção de tórus palatino.
- Extensão anterior da incisão (menor sangramento).

4.5 Retalho de Wassmund ou Trapezoidal:


- Incisão horizontal com preservação da papila;
5 Reposição do Retalho para a posição original

através de suturas:

5.1 Funções das Suturas:


- Coaptar as margens da ferida;
- Permitir uma cicatrização por primeira intenção;
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- Promover Hemostasia; - Manutenção do coágulo no alvéolo dental (sutura em 8);


- Promover a manutenção do retalho sobre o osso (evita a desvitalização
do osso subjacente);

Etapas da Exodontia
1 Diérese: - Incisão do ligamento periodontal, permitindo a desinserção das fibras
que circundam o dente.
- 1º tempo cirúrgico.
+ Instrumentos utilizados:
- Via de acesso.
→ incisão, sindesmotomia/descolamento, divulsão, afastamento.
- Sindesmótomo

1.1 Incisão:
- O instrumento básico para fazer incisões é o bisturi, composto por um
cabo reutilizável e por uma lâmina afiada, esterilizada e descartável.
- Os bisturis também estão disponíveis em bisturis de uso único com um 1.3 Descolamento:
cabo de plástico e lâmina fixa. - Quando é feita uma incisão através do periósteo, de preferência, este deve
- O cabo mais comumente usado para a cirurgia oral é o de nº 3. ser rebatido a partir do osso cortical subjacente em uma única camada, com
um descolador periosteal.
+ Instrumentos utilizados:
- Descolador de Molt nº 9.

- A lâmina de bisturi mais comumente usada para a cirurgia intraoral é a


de nº 15.
- A lâmina de bisturi é cuidadosamente colocada no cabo que prende a
lâmina com um porta-agulha (Isso diminui a chance de lesionar os
- Descolador de Freer.
dedos).

1.4 Afastamento dos tecidos moles:


- Permite um bom acesso e boa visão, que são essenciais para executar uma
excelente cirurgia.
- Quando se utiliza o bisturi para fazer uma incisão, o cirurgião-dentista - Os afastadores possuem funções específicas de acordo com o tipo de tecido
segura-o normalmente como se fosse uma caneta, para permitir o a ser afastado (bochecha, língua e retalho mucoperiosteal).
controle máximo da lâmina durante a incisão. + Instrumentos utilizados:
* Respeito a estruturas nobres. - Afastador de Minessota: possui várias funções como afastar bochecha e
retalhos mucoperiosteais simultaneamente.
+ Incisão Mucoperiostal:
- A lâmina deve ser pressionada para baixo, firmemente, de modo que a
incisão penetre a mucosa e o periósteo, com o mesmo movimento

1.2 Sindesmotomia:
- Abaixador de língua: possui vários tipos e formas.
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- Pinça dente de rato.

- Afastador de Farabeuf: afastamento de pele, subcutâneo e músculos em


plano superficial.

2 Exérese:

2.1 Remoção de Osso/Osteotomia:


- Alveolotomo: Mais utilizado para remoção de osso em uma cirurgia
dentoalveolar. Pode ser inserido nos alvéolos para remoção de osso
1.5 Apreendendo Tecido Mole: inter-radicular e também para remover margens cortantes do osso.

- Vários procedimentos cirúrgicos orais requerem uma compressão sobre o


tecido mole pelo cirurgião-dentista para realizar uma incisão, parar o
sangramento, ou para passar uma agulha de sutura.
- Compressão dos tecidos sem dilacerá-los.
+ Instrumentos utilizados:
- Pinça de Adson:

- Broca e peça de mão: Usam-se brocas como as de fissura de nº 557 ou de


nº 703 e as brocas esféricas de nº 8. Quando grandes quantidades de osso
são removidas, tal como na redução de torus, usa-se uma grande broca de
osso semelhante a uma broca de acrílico. brocas esféricas (nº 2, 4 ou 6) e,
- Pinça de Stillies superior e inferior: boas para região posterior da boca.
prioritariamente, deve ser realizada na região vestibular, circundando o
dente.

* Em alguns tipos de cirurgia, especialmente quando se removem grandes


quantidades de tecido ou se fazem biópsias, como em um epúlide fissurada,
necessita-se de pinças com travas nos cabos e dentes que vão apreender o
tecido firmemente.
- Martelo e cinzel: Ocasionalmente, a remoção óssea é realizada
- Pinça de Allis: utilizada apenas para tecidos que serão removidos pois são utilizando um martelo e um cinzel. O martelo e o cinzel são usados
dilacerados com a ponta da pinça. frequentemente na remoção do tórus lingual.
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2.2.1 Luxação Dentária:
- Uso de alavancas a fim de afrouxar os dentes do alvéolo antes da
aplicação do fórceps dental.
- Também atua na expansão da cortical óssea vestibulocervical.
+ Instrumentos utilizados:
- Extratores:
- Lima para osso: Usado para realizar o nivelamento final do osso - Requer a aplicação do conceito de cunha, de roda-eixo e de
(remoção de pequenas quantidades de osso). alavanca.
- O extrator é colocado entre o dente e o tecido ósseo,
permitindo a expansão do tecido ósseo e a criação de ângulo para
amplitude de movimento.

- Cureta de Lucas: Usada para remover o tecido mole de defeitos ósseos.


Remoção de granulomas/pequenos cistos de lesões periapicais e também - Com um movimento de roda-eixo, a ponta ativa do
pequenas quantidades de restos de tecido de granulação e detritos do instrumento estará em posição perpendicular e realizará o
alvéolo dentário. movimento de deslocamento do dente, movimentando-o em
um sentido de extrusão e remoção dentária.

→ Odontosecção:
- É a divisão programada do dente com finalidade de diminuir o volume e
a resistência do dente, facilitando sua remoção. - Também pode-se aplicar o conceito de alavanca, onde o
- É necessária nos casos onde a incisão/sindesmotomia e luxação não são instrumento é inserido entre o dente e o tecido ósseo e
suficientes para que o dente seja removido. aplica-se uma força de elevação do dente.
- Utilizada para reduzir a quantidade de tecido ósseo removido,
prevenindo fraturas.
- Pode ser realizada no sentido longitudinal do dente (dividindo-o em
uma parte mesial e outra distal) ou no sentido coroa-raiz (dividindo o
dente em porção coronária e porção radicular).
- Utiliza-se a broca Zecrya.

+ Tipos de Extratores:
- Tipo reto: Mais comum, usado para deslocar raízes dos alvéolos e luxar
2.2 Extração Dentária
dentes mais espaçados.
Letícia Marinho - Cirurgia

- Tipo triangular: Utilizado em pares (direito e esquerdo), utilizado para


restos radiculares e o dente e alvéolo adjacente está vazio. a ponta é
colocada no alvéolo com haste da alavanca apoiada na cortical óssea
+ Indicações Maxilares:
vestibular.
Nº 1 → Incisivos e Caninos.

Nº 65 → Incisivos e Raízes.

- Tipo apical: Usado para remover raízes. Necessita da criação de um ponto


de apoio criado através da osteotomia. A ponta afiada também pode ser
usada sem a preparação de um ponto de apoio ao envolver o cemento ou a
bifurcação do dente Nº 69 → Raízes superiores e inferiores.

Nº 150 → Incisivos, Caninos e Pré-molares.

- Periótomo: Utilizados para extrair dentes preservando a anatomia do Nº 18 R → Molares superiores direitos.
alvéolo do dente. O princípio geral da sua utilização é cortar alguns dos
ligamentos periodontais do dente a fim de facilitar sua remoção

2.2.2 Remoção do Dente do Osso Alveolar:


Nº 18 L → Molares superiores esquerdos.
+ Fórceps dentários:
- São utilizados após a luxação dentária dos extratores.
- Podem ser utilizados para luxação e expansão do osso após a correta
movimentação.

+ Indicações Mandibulares:
Nº 151 → Incisivos, Caninos e Pré-molares.
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Nº 68 → Raízes inferiores.

Nº 69 → Raízes superiores e inferiores.

Nº 16 → Molares com destruição coronária.


* Ao realizar movimentos com fórceps e alavancas, a mão oposta do
cirurgião dentista deverá criar apoio tanto maxilar quanto mandibular.

3 H emostasia:
- Quando acontece incisão dos tecidos, pequenas artérias e veias também
são incisadas, o que causa sangramento.
Nº 17 → Molares inferiores. - Geralmente manter a pressão sobre a ferida já é suficiente para controlar
o sangramento, mas caso isso não ocorra, é útil o uso de instrumentos
hemostatos.
- Uma boa hemostasia é sempre o complemento de toda técnica cirúrgica.

+ Hemostasia preventiva:
- Vasoconstrição (isquemia transitória).
+ Etapas de utilização dos fórceps:
- Medicações anti-fibrinolíticas.
1 - Adaptar o mordente na face palatina/lingual, seguido pelo - Sedação mínima.
posicionamento vestibular. - Hipotensão induzida.
2 - Impulsão/pressão apical. - Posição de Trendelemburg (posição mais inclinada da mesa).

3 - Luxação vestibular e palatina/lingual.


+ Hemostasia curativa:
4 - Rotação (em dentes uniradiculares). - Compressão com gaze.
- Uso de gelo no pós operatório.
5 - Tração e remoção do elemento dentário.
- Medicações anti-fibrinolíticas.
- Agentes hemostáticos (esponjas de fibrina).
→ Montagem da mesa:
- Compressão óssea com instrumental rombo.
- Cera para osso.
- Eletrocauterização.
- Pinçamento de vasos ou ligadura de vasos.
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3.1 Tempos da H emostasia: + Fisioterapia com frio → Pós operatório (nas primeiras 24 horas pós
cirurgia e cuidado para evitar queimadura ou lesão pelo frio).
1 - Parietal:
+ Pinçamento de vasos:
- Vasoconstrição reflexa seguida de adesão e agregação plaquetária (tampão
- Pinça mosquito → prende a um vaso ou tecido e deixa-lo preso.
plaquetário que cobre ou obstrui o vaso lesado).
- Pode ser reta e curva.
2 - Plasmático:
- Formação do coágulo, formação da tromboplastina, trombina e fibrina,
através das vias intrínseca e extrínseca.
3 - Trombodinâmico:
- O coágulo formado sofre retração (fase constitutiva) e posterior lise de
fibrina ou fibrinólise (fase destrutiva), ocorre em 72 horas após a formação
do coágulo.

3.2 Classificação das H emorragias: + Cimento cirúrgico: material protetor que pode ser aplicado sobre feridas
devido a manobras cirúrgicas periodontais, mantendo a adaptação dos
3.2.1 Segundo as Características Clínicas:
retalhos e osso adjacente, promovendo maior conforto e comodidade ao
+ Externas: paciente na situação de pós-operatório.
- Quando o sangue se exterioriza na superfície da área lesada.
+ Internas:
- Quando ocorre em uma cavidade natural do organismo. 3.3.2 Substâncias H emostáticas:
+ Uso local:
3.2.2 Segundo a Natureza do Vaso Lesado: - Esponja de Fibrina → Fibrinol (trombina + fibrinogênio).
- Esponja de gelatina absorvível.
+ Arterial:
- Celulose oxidada.
- Hemorragia pulsátil, o sangue flui em jatos intermitentes e sincrônicos
- Colágeno microfibrilar.
com a pulsação arterial (coloração → vermelho vivo).
- Cera óssea não reabsorvível.
+ Venosa:
* No alvéolo deve ser evitada a colocação de substâncias para promover
- Hemorragia contínua (coloração → vermelho escuro).
hemostasia, devido ao atraso no processo de reparo.
+ Capilar:
- Hemorragia em lençol, o sangue flui de maneira difusa e contínua (mais
comum em cirurgia oral).

3.2.3 Segundo a Etapa Cirúrgica ou Tratamento:


+ Primárias:
- No transoperatório ou durante o trauma.
+ Secundárias:
- No pós operatório ou após o trauma.
+ Recorrentes ou repetitivas: + Uso sistêmico:
- Resultantes de técnicas hemostáticas imperfeitas ou alterações no - Vitamina K: Age na síntese hepática dos fatores II, VII, IX e X. Deve ser
mecanismo de coagulação. indicada somente na diminuição da oferta de vitamina K (geralmente
associada com disfunção hepática).
3.3 Manobras Cirúrgicas de H emostasia: - Ampola de 10 mg: adultos 1 a 2 ampolas intramuscular 2 dias
3.3.1 H emostasia Mecânica: antes da cirurgia.

+ Compressão ou tamponamento com gaze (hemorragias capilares).


+ Esmagamento de trabéculas ósseas (hemorragias intraósseas).
Letícia Marinho - Cirurgia
- Etansilato (dicinone): Diminui a permeabilidade capilar e aumenta a - Cicatrização de feridas através do uso de tecido para cobrir grandes
adesividade plaquetária, indicado em diminuição da resistência capilar feridas e reduzir ou eliminar o espaço entre as margens.
(diabetes, nefropatias e arteriosclerose).
- Comprimidos de 250 mg, ampola de 250 mg: adultos 1000 mg 3.4.3 Classificação da Ferida Cirúrgica:
intramuscular 5 min antes da cirurgia, 1000 mg via oral 1 hora
+ Tipo I → superficial: não necessita de sutura.
antes da cirurgia, 500 mg 6/6 horas intramuscular ou via oral
+ Tipo Ia → profunda: necessita de sutura.
após a cirurgia.
+ Tipo Ib → profunda e larga: necessita de enxertos, retalhos e sutura.
- Drogas antifibrinolíticas: em casos de hemorragias tardias impedem a
ação da plasmina e aumentam a concentração de fator I, V e VIII.
3.4.4 Reparo das Feridas:
- Ácido épsilon aminocapróico: comprimidos 500 mg, 2 cmp 3
vezes ao dia. + Primeira intenção:
- Ácido Tranexâmico: comprimidos/ampola 250 mg, adultos, 500 - Feridas profundas, em derme e planos profundos.
mg intramuscular ou intraoral a cada 6 horas. - As bordas são aproximadas e mantidas justapostas.

+ Segunda intenção superficial:


3.4 Feridas Cirúrgicas:
- Bordas não se aproximam, há perda do tecido da epiderme.
3.4.1 Causas do dano tecidual: - Fechamento por epitelização (ex.: escarificação).
+ Agressões físicas:
- Incisão, esmagamento, extremos de temperatura, irradiação, desidratação + Segunda intenção profunda:
e obstrução do influxo arterial ou do efluxo venoso. - Bordas não se aproximam.
+ Agressões químicas: - Ocorre granulação, contração e epidermização (ex.: queimaduras de 3º
- Com pH ou tonicidade não fisiológicos, aquelas que perturbam a grau, extração dental).
integridade de proteínas e aquelas que causam isquemia ao produzirem
constrição vascular ou trombose. 4 Síntese:
+ Tem a função de reposicionar as estruturas anatômicas que foram
3.4.2 Cicatrização por Primeira, Segunda e Terceira rompidas ou interrompidas durante o ato cirúrgico (incisão e/ou
Intenções: descolamento):
- Favorece a imobilização dos tecidos;
+ Primeira intenção:
- Criam condições para estabilização do coágulo;
- As margens as quais não houve perda de tecido são posicionadas e
- Deverá ser asséptica e atraumática;
estabilizadas, essencialmente na mesma posição anatômica que possuíam
- Tensão suficiente para manter o retalho em posição, mas não deverá ser
antes da lesão e, desse modo mantidas, permitindo sua cicatrização.
excessiva, pois reduz a microcirculação regional e pode acarretar necrose
- Ocorre rapidamente, com menor risco de infecção e o reparo ocorre com
tecidual;
formação mínima de cicatriz.
- As bordas cruentas dos retalhos devem ser reposicionadas e os tecidos
- Ex.: Cicatrização após sutura dos tecidos.
homólogos devem ser unidos plano a plano.

+ Segunda intenção:
+ Objetivos:
- Um espaço é mantido entre as suas margens devido a perda de tecido na
- Manter o retalho em posição, evitando a deiscência por separação do
ferida, o que impede a aproximação das margens.
tecido ao osso e/ou exposição do osso subjacente, que atrasará a reparação
- A cicatrização é demorada e produz mais tecido cicatricial.
tecidual (cicatrização por segunda intenção).
- Ex.: alvéolos após extração, fraturas mal reduzidas, úlceras profundas.
- Nos casos de exodontias, manter o coágulo dentro do alvéolo.
- Prevenir a penetração de microrganismos da ferida.

+ Terceira intenção:
+ Qualidades de uma boa síntese:
Letícia Marinho - Cirurgia
- Sutura asséptica. agulha na sua porção forte para impedir a curvatura dela ou perda do corte
- Sutura atraumática. na ponta.
- Tensão exercida deve ser suficiente para manter o retalho em posição
(tensões excessivas podem resultar em necrose).
- Promover sutura plano a plano de tecidos homólogos (de mesma
natureza).
- Proporcionar bordas nítidas e regulares com os tecidos íntegros.
- Manter a vitalidade dos tecidos através de bordas cruentas (estabelecer
microcirculação).
- Ausência de hematomas. 4.1.2 Porta Agulha:
- Ausência de corpos estranhos (remanescente dentário, osso, restauração)
- É um instrumento com um cabo com trava e uma ponta curta e romba.
→ requer boa inspeção, limpeza e, em alguns casos, curetagem.
- A face de uma ponta de um porta-agulha tem ranhuras cruzadas a fim de
permitir um aperto positivo da agulha de sutura.
4 .1 Materiais Utilizados:

4.1.1 Agulha de Sutura:


- Deve ser pequena, de formato semicírculo ou 3/8 de círculo.
- É curva para permitir que passe através de um espaço limitado, onde uma
agulha reta não pode atingir, e a passagem pode ser feita com uma torção
do pulso.
- As pontas das agulhas de sutura ou são afiadas como agulhas de costura,
+ Posição:
ou têm pontas triangulares que permitem que sejam agulhas de corte.
- O polegar e o dedo anelar são inseridos através dos anéis.
- Uma agulha de corte vai passar através do mucoperiósteo mais facilmente
- O dedo indicador é mantido ao longo do comprimento do porta-agulha
em comparação com uma agulha cônica
para estabilizá-lo e direcioná-lo.
- Os tipos de agulha normalmente acompanham os tipos de fios de sutura.
- O segundo dedo auxilia no controle do mecanismo de bloqueio.
- O dedo indicador não deve ser colocado através do anel de dedo, porque
isso irá resultar na diminuição dramática do controle.

4.1.3 Fios de Sutura:


+ São classificados de acordo com alguns aspectos:
+ Diâmetro do fio:
- Varia de 7-0 (sete zeros) ao 0, 1, 2, 3, 4, 5.
- Nomenclatura a partir da quantidade de zeros após a vírgula.
- Ex.: 3-0 → 0,0001.
- A agulha curva é mantida a cerca de dois terços da distância entre a - quanto mais zeros → mais finos.
ponta e a base da agulha. Isto permite que o suficiente da agulha seja
exposto e passe através do tecido, permitindo ao porta-agulha agarrar a
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+ Capacidade de reabsorção. 4.1.4 Tesouras:
- Absorvíveis: Catgut simples, catgut cromado, pds, monocril, vicryl,
- Cada tipo de tesoura é destinada para uma função específica.
vicryl lapid e vicryl plus irgacare.
+ Tesoura de sutura→ tesoura íris curva.
- Não absorvíveis: Seda, nylon e prolene.
- Utilizada apenas para o corte de fios de sutura.

+ Tesoura Metzenbaum:
- Utilizada para divulsão dos tecidos moles.
- Pode ser curva ou reta e de ponta romba ou afiada.
- Não deve ser utilizada para cortar fios de sutura ou outros
materiais.

+ Tesoura Goldman Fox:


+ Material de fabricação.
- Utilizada para corte de tecido.
- Naturais: catgut simples, catgut cromado e seda.
- Não deve ser utilizada para corte de fio de sutura ou outros materiais.
- Sintéticos: pds, monocril, vicryl, vicryl rapid, vicryl plus irgacare,
nylon e prolene.

+ Estrutura filamentar.
- Monofilamentado: pds, monocryl, nylon e prolene.
- Multifilamentado: catgut simples, catgut cromado, vicryl, vicryl rapid,
vicryl plus irgacare e seda. 5 Campo Cirúrgico:
+ Antissepsia intra e extraoral:
+ Reação Tissular. - Bochecho com digluconato de clorexidina a 0,12% por 30 segundos.
- Alta reação tissular: catgut simples, catgut cromado - Gaze presa à pinça Foerster com digluconato de clorexidina a 2% ou
- Significativa reação tissular: seda. solução de PVPI com 1% de iodo ativo (movimentos lineares da linha
- Baixa reação tissular: pds, monocril, vicryl, vicryl rapid, vicryl plus média à região pré-auricular dos 2/3 inferiores da face.
irgacare.
-Mínima reação tissular: nylon e prolene

+ Revestimento.
- Alguns fios podem ser revestidos com material ceroso (ex.: alguns fios
de seda).
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+ Apreensão do campo cirúrgico:


- o campo cirúrgico estéril é colocado e preso com o auxílio da pinça
backaus.

Técnicas Cirúrgicas de Exodontia


1.1 Liberação dos Tecidos Moles:
1 Técnica Cirúrgica Fechada: + Sindesmotomia → separação do tecido mole.
- Usada em exodontia simples. - permite a adaptação do extrator e/ou fórceps.
- O conservadorismo da técnica fechada aumenta a possibilidade da → sindesmótomos e descoladores (molt e freer).
remoção de grandes de osso pela técnica fechada (pode causar muito
trauma). 1.2 Inserção do Extrator:
- Realização do movimento de cunha.

* O movimento de roda e eixo só é realizado pelos extratores seldin.

1.3 Luxação Dentária:


+ Etapas da técnica fechada: + Luxação do dente com o fórceps → expansão óssea e rompimento dos
ligamentos periodontais.
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+ A maior parte da força é direcionada para o osso mais fino (na - Hipercementose (principalmente em pacientes idosos).
mandíbula o osso lingual é mais fino).
+ Força lenta e constante.

1.4 Fatores que Dificultam a Técnica Fechada:


+ Dente não bem luxado antes da fratura.
+ Dentes com hipercementose.
+ Raiz com dilaceração severa. - Raízes divergentes.

- Irrigação abundante + aspiração com ponta fina (aspiração da raiz). - Raízes com dilacerações.
- Inserção de extrator apical no espaço do LP.

- Raízes próximas ao seio maxilar.

2 Técnica Cirúrgica Aberta:


+ Indicações para realização:
- O cirurgião antecipa a possibilidade de força excessiva.
- Após tentativas iniciais de extração a fórceps (evitar forças adicionais).
- Casos de avaliação pré-operatória revelando osso denso (dificuldade de
expansão óssea com técnica fechada - pacientes idosos). - Dentes com cáries extensas e com restaurações (parte da força é aplicada à
- Pacientes portadores de hábitos parafuncionais (Osso mais denso e coroa).
ligamentos periodontais mais fortes).

+ Etapas da técnica cirúrgica aberta:


2.1 Correta Visualização:
+ Confecção de retalho tipo envelope estendido (2 dentes para mesial e 1
dente para distal.
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- Inserção do fórceps o mais apicalmente possível no espaço do ligamento - Utilização de extrator da palatina para deslocar o dente no sentido
periodontal → elimina a necessidade de osteotomia. vestibular.

+ Incisão relaxante (1 dente para mesial ao sítio de extração).


- Utilização de extratores → penetram entre o dente e o osso alveolar,
expandindo o espaço do ligamento periodontal (extrator reto ou apical).

- Na dificuldade de remoção→ confecção de um ponto de apoio na raiz


com broca na porção mais apical da remoção óssea.

* Apoio do dedo no dente vizinho para impedir movimentos exacerbados


que possam dilacerar tecidos.

- Remoção cirúrgica de osso sobre a área do dente (uso de brocas 2.2 Odontosecção:
cirúrgicas).
- Transforma um dente multirradicular em unirradicular.
- Facilita a remoção dentária.
- Pode ser realizada sem remoção óssea (necessita de uma boa visualização
da região).

* Largura mesiodistal do dente e altura de 1/2 a 2/3 do comprimento do


dente.
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2.4 Irrigação com Solução Salina 0,9%:


+ Irrigação com soro fisiológico.
- Também podem ser utilizados a clorexidina 0,12% e o iodo polvidine.
- A clorexidina tem maior resultado, porém o soro fisiológico é mais
acessível.

2.5 Sutura dos Tecidos

2.6 Remoção da Raiz no Terço Apical (4 a 5 mm):


+ Técnica Fechada → sem retalho e remoção óssea.
+ Ausência de coroa: + Técnica aberta → segunda tentativa.
- Utilização de extratores retos ou de seldin → elevação das raízes. * Necessita de boa iluminação, boa irrigação e aspiração efetiva.

2.7 Técnicas Abertas de Remoção da Porção

Fraturada da Raiz:
- Confecção de retalho + osteotomia.

+ Presença de coroa:
- Extrator e/ou fórceps para remoção das partes seccionadas do dente.
- Confecção de retalho + confecção da janela óssea.
+ Odontosecção em molares inferiores:
- Direção da odontosecção → vestíbulo-lingual.

+ Odontosecção em molares superiores:


- Odontosecção em T → mésio-vestibular e na porção vestibular corte
vestíbulo-lingual (secção das 3 raízes).
- Separação e luxação das partes com os extratores e remoção com fórceps.
3 Permanência de Resto Radicular no Alvéolo:
+ Deve-se considerar alguns fatores:
- Impossibilidade de execução da técnica fechada de remoção.
- Quando risco > benefício.

+ Condições para permanência do resto radicular:


- O fragmento radicular deve ser pequeno (não maior que 4 ou 5 mm).
- Raiz profundamente inserida no osso (evita reabsorção por exposição ou
2.3 Regularização do Rebordo: interferência por prótese).
- Utiliza-se os instrumentais: lima para osso, broca ou pinça-goiva - Ausência de infecção local (não deve haver radiolucidez adjacente ao
(alveolotomo). resto radicular.
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Acidentes e Complicações em Cirurgia


Ambulatorial
> Acidentes:
1 Fatores a Serem Levados em Consideração:
2 Lesões a Tecido Mole:
- Pré-operatório inadequado.
+ Resultado da manipulação incorreta dos tecidos, do tipo e tamanho do
- Diagnóstico incorreto.
retalho utilizado:
- Falta de Planejamento.
- Laceração de tecido mucoso.
- Indicação incorreta.
- Perfurações.
- Mau uso de instrumentos.
- Abrasão.
- Aplicação de força excessiva.
- Falta de visualização ampla do campo operatório.
2.1 Laceração de Tecido Mole:
- Despreparo do profissional.
- Lesão mais comum ao tecido mole.
+ Acidentes: - Dimensionamento inadequado para descolamento (força além da
- Eventos que ocorrem durante o ato cirúrgico capacidade do retalho.
- Esgarçamento das extremidades da incisão.
+ Complicações:
- Eventos que ocorrem no pós-operatório.
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+ Prevenção: + Tratamento:
- Criação de tamanho adequado de descolamento do tecido para evitar - Prevenção de infecção (cuidados com a higiene).
excesso de tensão. - A cicatrização pode ocorrer por segunda intenção.
- Uso de quantidade controlada de força para retração do retalho. - Casos de sangramento intenso → hemostasia com pressão direta com
- Criação de incisões relaxantes, quando indicado. gaze.

* Se uma laceração ocorre no retalho, este deve ser cuidadosamente 2.3 Abrasão ou Esgarçamento:
reposicionado. - Fricção causada pela rotação da haste da broca no tecido mole.
- Contato de um afastador de metal com tecidos moles.
+ Tratamento:
- Sutura.

2.2 Perfuração do Tecido Mole:


- Manobras intempestivas com instrumentos cortantes.

+ Tratamento:
+ Área de mucosa oral:
- Manutenção da área limpa (clorexidina 0,12%).
- Cicatrização irá ocorrer de 4 a 7 dias, sem deixar cicatrizes.

+ Pele:
- Manter a área coberta com uma pomada antibiótica (Sulfato de
Neomicina + bacitracina → Nebacetin).
- Levam de 5 a 10 dias para cicatrizar.
- Cicatrizes ou descoloração permanente da pele afetada podem ocorrer.
+ Prevenção:
- utilização de força controlada.
2.4 Enfisema:
- Especial atenção ao uso de dedo de apoio ou suporte do lado oposto,
- Acúmulo de ar entre as fáscias musculares.
antecipando o deslizamento.
- Mais raro.
- Pode persistir por até 2 meses, porém normalmente cede entre a 2ª e a 3ª
semana.
- Antibioticoterapia.
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3 Lesões à Estruturas Ósseas: - Pneumatização do seio maxilar → Área de fragilidade.

3.1 Fratura do Processo Alveolar:


- falha no processo de expansão óssea para exodontia.
- Uso de força excessiva com o fórceps.

3.4 Comunicação Bucossinusal:


- Qualquer abertura que se forma entre o seio maxilar e a cavidade bucal,
+ Prevenção: podendo ocorrer no transoperatório ou pós-operatório.
- Exame minucioso pré-operatório clínico e radiográfico.
- Não utilizar força excessiva.
- Usar técnicas cirúrgicas para reduzir a força requerida.
- Levar em consideração a idade do paciente.
+ Tratamento:
- O osso tiver sido removido do alvéolo dentário junto com o dente não
deverá ser reimplantado. + Diagnóstico:
- Deve-se suavizar as bordas afiadas, que podem ter sido causadas pela - Procedimentos clínicos e radiográficos.
fratura. - Realização da Manobra de Valsalva.
- Cuidado no manejo do tecido mole remanescente.
+ Principais sequelas:
3.2 Fratura de Mandíbula: - Sinusite pós-operatória.
- Formação de fístula crônica oroantral.
- Acidente raro.
- As sequelas estão associadas com o tamanho da comunicação oroantral e
- Aplicação incorreta e exagerada de força para extrair o 3º molar.
a conduta após a exposição do seio.
- Experiência do cirurgião.
- Presença de um cisto ou tumor em torno de um terceiro molar
impactado.
- Alteração do metabolismo ósseo.
- Exame pré-operatório inadequado.

+ Fatores que afetam a incidência e a etiologia das fraturas mandibulares:


- Grau de impactação dos dentes. + Tratamento:
- Tipo de angulação. - Depende do tamanho.
- Comprimento das raízes. - O tratamento ideal é o fechamento imediato.
- Idade do paciente. - Se a comunicação for pequena (2mm ou menos de diâmetro), nenhum
tratamento cirúrgico adicional será necessário.
3.3 Fratura da Tuberosidade Maxilar: - Os pacientes devem ser advertidos em evitar assoar o nariz, espirrar
- Ocorre devido ao mau planejamento e às forças excessivas aplicadas ao violentamente, sugar canudos ou fumar.
dente no ato da extração. - Se a abertura for de tamanho moderado (2 a 6 mm), medidas adicionais
- Molares superiores retidos na maxila, em que a reabsorção do osso nas devem ser tomadas.
regiões vizinhas já ocorreu. - Para ajudar a garantir a permanência do coágulo na área, uma sutura
- 3º molar com raízes divergentes ou com hipercementose. em forma de X deve ser realizada acima do alvéolo dentário.
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- Alguns cirurgiões-dentistas também colocam algumas substâncias + Sintomas:


indutoras de coágulo (gelfoan). - Dor forte, constante e localizada.
- Sensibilidade dolorosa nos dentes junto ao seio maxilar.
- Existência de secreção nasal que pode ser muco purulento.
- Dificuldades na respiração.

5 Fratura de Agulha:
- Se a abertura for grande (7 mm ou mais) deve ser reparada com um - Acontecimento raro.
procedimento cirúrgico com retalho. + Pode ocorrer devido:
- Posicionamento de um retalho de espessura total sobre a comunicação - Escolha de seu tamanho e calibre.
através dos retalhos bucal, palatal, lingual ou pedículo do corpo adiposo da - Técnica inadequada.
bochecha. - Condição psicológica do paciente.
- Topografia da região a ser anestesiada.

+ Medicações para reduzir o risco de sinusite maxilar:


- Antibióticos.
- Spray descongestionante nasal. + técnicas para localizar corpos estranhos em tecidos moles:
- Tomografia computadorizada.
4 Fraturas em Dentes Adjacentes: - Ressonância magnética.
- Ultrassom.
- Fraturas de dentes adjacentes.
- Detectores de metal.
- Fraturas de restaurações de dentes adjacentes.
- Luxação de dentes adjacentes.
- exodontia do dente errado. 6 Lesões de Nervos Adjacentes:
- Em todos os casos, é comum a perda de sensibilidade.
4.1 Lesão do Dente em Questão: + Disestesia:
- Enfraquecimento ou alteração na sensibilidade dos sentidos.
+ Fratura da coroa e fratura radicular:
- Acidente mais comum e frequente em exodontias.
+ Parestesia:
- Inadequada aplicação dos fórceps.
- Sensações desagradáveis, de caráter transitório ou permanente, que
- Utilização do fórceps errado.
frequentemente se associam à dor e sintoma de formigamento.
- Cáries extensas.
- Curvaturas radiculares.
+ Tratamento:
- Excesso de força.
- ETNA → 1 Ampola IM 1x ao dia/3 dias, seguida de 1 a 2 cápsulas 3x ao
dia/30 a 60 dias.
+ Deslocamento de fragmentos radiculares:
- Laser de baixa potência.
- Deslocamento acidental de fragmentos ou dentes infectados para o seio
maxilar pode predispor ao paciente o surgimento de sinusite maxilar
aguda. 6.1 Neuropraxia/Parestesia:
- Lesão sem perda de continuidade do axônio.
Letícia Marinho - Cirurgia

- Compressão do nervo.
- Recuperação deve ocorrer em poucos dias.

6.2 Axonotmese:
- Lesão com perda de continuidade do axônio.
- Preservação do endoneuro.
- recuperação entre 2 e 6 meses.

6.3 Neurotmese:
- Lesão com perda de continuidade do axônio e endoneuro.
- Recuperação dificilmente ocorre.

9 H emorragia Transoperatória:
7 Luxação de ATM :
- Acidente comum.
- Paciente fica impossibilitado de fechar a boca.
+ Sangramento não controlado causa:
- Diminuição na visibilidade do campo operatório.
- Formação de hematomas.
- Atua como um meio de cultura potencializando o desenvolvimento de
uma infecção.

- Manobra de Nelaton.

9.1 Prevenção:
+ Obter histórico de sangramento:
- Quimioterapia.
- Alcoolismo.
- Hepatopatias.

+ Utilização de medicações que possam interferir na coagulação:


8 Deglutição ou Aspiração do Dente e Instrumentais: - Anticoagulantes.
- Antiagregante plaquetário.
- Acidente incomum.
- Gera grandes transtornos.
+ Solicitação de exames laboratoriais:
- Pode levar ao óbito.
- INR (razão normalizada internacional).
- Status normal de anticoagulação (de 2 a 3)
- É aceitável realizar extrações nos pacientes que têm INR de 2,5 ou menos,
sem reduzir a dose do anticoagulante.
- Avaliar o custo benefício.
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- Fundamental a comunicação com o médico. - O alvéolo dentário aparenta estar vazio, com perda parcial ou total do
coágulo sanguíneo.
+ Utilização de técnicas cirúrgicas atraumáticas. - Algumas superfícies do alvéolo estão expostas (fonte da dor).
+ Obter boa hemostasia durante a cirurgia: - A área alveolar tem odor ruim, e o paciente frequentemente reclama de
- Manejo cuidadoso do tecido mole. um gosto desagradável.
- Espículas ósseas cortantes ou afiadas devem ser suavizadas ou removidas.

+ Promover excelentes instruções para o paciente.


+ Tamponamento com gaze por 30 min.
+ Esponja de fibrina absorvível (Gelfoam):
- É colocado no alvéolo da extração e mantido no lugar por uma sutura
em forma de oito acima do alvéolo.

+ Celulose oxidada regenerada (Surgicel).


+ Cera para osso.
+ Sutura oclusiva em massa.
+ Fármacos anti-fibrinolíticos:
- Fármacos tranexâmico 250 mg (Transamin).
- Em caso de emergência, ministrar 1 ampola de 5 ml, mantendo por via
oral 2 comprimidos a cada 8 horas, por 2 dias. + Causas:
- Não totalmente esclarecida.
- Resulta de altos níveis de atividade fibrinolítica dentro ou ao redor do
10 H emorragia Pós-operatória:
alvéolo.
- Orientar realização de tamponamento com gaze.
- Voltar se possível ao consultório onde realizou o procedimento.
- Caso a hemorragia persistir, procurar um serviço de urgência com um
bucomaxilo de plantão.

> Complicações:

1 Equimose:
- Sangramento entre as fáscias musculares.
- Comum em idosos e em pacientes de pele clara. - Lise do coágulo sanguíneo.
- Difícil de evitar, mas não há perigo. - Exposição óssea.
- Tendo a certeza de não ser um processo infeccioso, proceder com terapia - ocorrência de aproximadamente 2% pós exodontias.
com calor.
+ Infecções subclínicas:
- Capacidade de produzir enzimas fibrinolíticas.
- Pacientes com higiene oral insatisfatória apresenta 3x mais chances de
desenvolver alveolite.
- Necessidade de profilaxia antibiótica (?).

2 Alveolite (Osteíte Alveolar):


+ Inflamação do espaço da medula óssea:
- Atraso na cicatrização (não associada a infecção). - Trauma decorrido da exodontia.
- Dor moderada a intensa, surgindo no 3º ou 4º dia pós exodontia.
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- Liberação de ativadores teciduais diretos que mediam a fibrinólise.


- Cirurgia mais complicada → maior chance de alveolite.

+ Mucosa:
- Edemaciada.
- Hiperêmica.

+ Alvéolo: + Tratamento:
- Tecido ósseo exposto. - Anestesia à distância.
- Recoberto por um coágulo sanguíneo em fase avançada de - Curetagem.
desorganização - Preenchimento do alvéolo com sangue.
- Sutura.
- Antibioticoterapia.
+ Fatores contribuintes:
- Pacientes fumantes: O coágulo é desalojado por sucção e pressão
negativa. A nicotina é um vasoconstritor potente.
- Sexo feminino. 3 Dor:
- Fazer uso de contraceptivos orais. - Experiência sensorial e emocional desgradável, associada a uma injúria
- Utilização de antipsicóticos e antidepressivos. tecidual ou outro tipo de injúria.
- Pouca experiência profissional. - Atua como um sinal de aviso de lesão iminente ou real de algum órgão
- Pouca irrigação durante o ato operatório. ou tecido.
- Curetagem excessiva. - Após extrações a dor é mais intensa nas primeiras 12 horas, atingindo
seu máximo de intensidade em 6-8 horas a cirurgia.
+ Prevenção: - Os fatores desencadeadores da dor pós operatória são complexos.
- Minimizar o trauma e a contaminação bacteriana na área da cirurgia. - processo inflamatório.
- Irrigação abundante com grande quantidade de soro sob pressão.
- Bochechos com clorexidina, tanto no pré-operatório quanto no
4 Edema:
pós-operatório.
- Uma das complicações mais comuns.
- Inchaço causado pelo excesso de líquidos nos tecidos do corpo.
+ Tratamento:
- Relacionado com fatores do processo inflamatório iniciado pelo ato
- Resolução dos sintomas.
cirúrgico.
- Anestesia à distância.
- Geralmente aparece no segundo dia do pós-operatório e desaparece pelo
- Irrigação com soro fisiológico aquecido.
quinto ou sétimo dia.
- Curativo com alveolsan ou alveolex (eugenol e benzocaína).
+ Para minimizar o edema, utilização do gelo:
- Não curetar (aumenta a quantidade de osso exposto de dor).
- Traz conforto.
- Laserterapia.
- A bolsa de gelo deve ser mantida por 20 minutos e retirada por 29 min.
- Não devem ser feitas por mais de 24 horas.
2.1 Alveolite Purulenta:
- Acontece após a alveolite seca, devido à infecção do alvéolo, com a
5 Trismo:
produção de secreção purulenta.
+ Dor muscular:
- Injurias às fibras musculares vindas de múltiplas injeções anestésicas
quando penetram nos músculos mastigatórios.
- Tempo prolongado para a realização da exodontia.
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- Hematoma e infecção pós-operatória. - Não são tomados cuidados necessários após a extração.
- Mau planejamento ou falha de planejamento para o ato cirúrgico.
+ Características clínicas:
- Dificuldades para a abertura parcial ou total da boca. + Fatores predisponentes:
- Idade do paciente.
- Estado de saúde geral.
- Grau de impactação dental.
- Tempo de cirurgia.
- Grau de experiência do cirurgião.
- Presença de infecção pré-operatória.
- Fumo.
+ Tratamento do trismo: - Contraceptivo oral.
- Varia de acordo com o fator que ocasionou a dificuldade de abertura
bucal bucal.
- Fisioterapia.
- Aplicação de compressas quentes e úmidas. 7.1 Celulite:
- Administração de relaxantes musculares. - Infecções graves, de rápida progressão, que devem ser tratadas com
imediatismo, pois podem levar o paciente a desenvolver sérias
6 Deiscência da Ferida Cirúrgica: complicações.
- Separação das bordas das feridas. - Sem a presença de ponto de flutuação.
+ Principais causas:
- Se o retalho de tecido mole é recolocado e suturado sem adequado ajuste
ósseo.
- Sutura das bordas da ferida sob muita pressão.
- Dor intensa a partir do terceiro ou quarto dia do pós-operatório.
- Odor e gosto desagradável.

7.2 Abscesso:
- Infecção local que dá origem à produção e formação de pus, formando
uma cavidade delimitada por uma membrana de tecido inflamatório.

+ Tratamento:
- Anestesia à distância.
- Curetagem e raspagem do osso necrótico.
- Abundante lavagem com soro fisiológico. - Drenagem.
- Sutura.
7.3 Angina de Ludwig:
7 Infecção: - Celulite tóxica, aguda e firme.
+ Pode acontecer quando: - Envolve os espaços fasciais.
- Ocorre a quebra da cadeia asséptica. - Submandibular e sublingual bilateral.
- Espaço submentoniano.
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- Pacientes imunocomprometidos sistêmicos e imunossuprimidos.

+ Tratamento:
- Diagnóstico precoce.
- Manutenção das vias aéreas.
- Antibioticoterapia intensa e prolongada.
- Drenagem cirúrgica.
- retirada do fator causal da infecção.

8 Mediastinite Necrosante Descendente:


- Quando não tratado e o paciente não vai a óbito, a angina de Ludwing
pode evoluir para a Mediastinite descendente necrosante.
- A taxa de mortalidade da Mediastinite é de 40%.

Controle Pós-Operatório do Paciente


- Evitar fumar nas 12 primeiras horas após o procedimento → A fumaça e
1 Controle da H emorragia pós-operatória: a nicotina interferem na cicatrização de feridas.
- Evitar cuspir nas primeiras 12 horas após a cirurgia (pressão negativa)
- A manobra inicial para controlar o sangramento pós-operatório é a
→ agitação mecânica
colocação de um pequeno pedaço de gaze diretamente sobre o alvéolo.
- A gaze deve estar preferencialmente úmida para que o sangue não
coagule nela e o coágulo seja deslocado no momento da remoção da gaze. 2 Dor e Desconforto:
- O paciente deve ser instruído a morder firmemente a gaze por pelo - Os pacientes que informam que esperam muita dor no pós-operatório
menos 30 min e não mastigá-la. não devem ser ignorados e recomendados a tomar um analgésico comum,
tendo em vista que esses pacientes têm chance de apresentar dor
pós-operatória.
- Todos os pacientes devem receber instruções no que se refere aos
analgésicos antes de serem liberados.
- Mesmo quando o cirurgião-dentista acredita que nenhum analgésico é
necessário, o paciente deve ser instruído a tomar ibuprofeno ou
- Os pacientes devem ser informados de que o local de uma extração pode acetaminofeno no pós-operatório para prevenir o desconforto inicial
apresentar extravasamento de uma pequena quantidade de sangue por até quando o efeito da anestesia se dissipar.
24 horas após o procedimento. * Para aqueles pacientes que provavelmente terão dor forte, uma
prescrição de analgésico para controle da dor deve ser dada.
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+ 3 características da dor que ocorre após uma extração de dente de rotina: - Dieta de alta caloria, líquida ou pastosa, é melhor nas primeiras 12 a 24
1 - A dor não é intensa usualmente e pode ser manejada com horas.
- Nas 12 primeiras horas, a comida deve ser pastosa e fria → ajuda a
analgésicos leves.
manter o local da extração confortável. ex.: sorvetes e milk-shakes (sem
uso do canudo).
- Se o paciente passou por extrações múltiplas em todas as áreas da boca,
2 - O pico da dor ocorre aproximadamente 12 horas após a extração e
uma dieta pastosa é recomendada por vários dias após o procedimento
diminui rapidamente após esse período. cirúrgico.
3 - Dor significante resultante da extração raramente persiste por mais - Pacientes diabéticos devem ser encorajados a retomar sua ingestão
de 2 dias após a cirurgia. calórica e esquema de insulina o mais cedo possível.

+ Primeira dose de analgésico: 4 Higiene Oral:


- deve ser dada antes dos efeitos da anestesia local diminuírem. - No pós-operatório do dia da cirurgia, os pacientes podem escovar
- A dor pós-operatória é mais difícil de manejar se a administração da gentilmente os dentes afastados do local da extração.
medicação da medicação analgésica for adiada até a dor se tornar intensa. - Eles devem evitar escovar os dentes adjacentes à área de extração para
prevenir um novo episódio de sangramento, evitar mexer nas suturas e
+ Potência do analgésico: induzir mais dor.
- Analgésicos potentes não são necessários na maioria dos - Deve ser realizado bochecho com clorexidina 0,12%.
pós-operatórios de extrações de rotina. - A maioria dos pacientes pode retomar suas medidas de higiene oral
- Um controle mais preciso da dor é alcançado quando o paciente pré-operatórias no terceiro ou quarto dia após a cirurgia.
participa ativamente do processo de escolha da quantidade de medicação - Fio dental deve ser usado da maneira usual nos dentes anterior e
necessária. posterior ao local de extração tão logo o paciente se sinta confortável para
* O uso de medicação narcótica excessiva vai levar à sonolência e a uma tal.
maior chance de desconforto gástrico.
- Foi demonstrado que ibuprofeno é uma medicação efetiva para o
5 Controle do Edema:
controle de desconforto após a extração de um dente.
- Extração de rotina de apenas um dente provavelmente não resultará em
- Analgésicos opioides raramente são utilizados isoladamente em
inchaço visível ao paciente, enquanto a extração de múltiplos dentes
prescrições para condições dentárias; em vez disso, eles são formulados
inclusos como reflexão de tecido mole e remoção de osso pode resultar em
com outros analgésicos, normalmente acetaminofeno.
inchaços moderadamente grandes.
- O inchaço chega ao máximo 36 a 48 horas após o procedimento cirúrgico.
Narcótico Oral → Dose Usual Começa a diminuir no terceiro ou quarto dia e some, usualmente, até o
final da primeira semana.
Dor leve Dor moderada Dor intensa
+ Orientações:
ibuprofeno codeína oxicodona - Dormir em uma posição mais ereta, com o uso de travesseiros extras, irá
400-800 mg q4h 15-60 mg 2,5-10 mg ajudar a reduzir o edema facial.
- Pacientes devem ser informados que um inchaço moderado é normal e é
acetaminofeno hidrocodona
uma reação saudável do tecido em resposta ao trauma cirúrgico.
500-1000 mg q4h 5-10 mg
- Os pacientes não devem ficar preocupados ou assustados com o edema,
pois ele se resolverá em poucos dias.
3 Dieta: * O inchaço que aumenta após o terceiro dia pode ser um sinal de infecção
- Os pacientes devem receber instruções específicas em relação à dieta no mais do que uma renovação do edema pós-operatório.
pós-operatório.
+ Crioterapia:
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- Podem ser utilizadas bolsas térmicas geladas para ajudar a minimizar o - O uso apropriado de antibióticos profiláticos requer uma administração
edema e fazer o paciente se sentir mais confortável. em um período menor, ao contrário do uso terapêutico, logo
- Gelo não deve ser colocado diretamente sobre a pele, sendo preferencial possivelmente reduzindo a quantidade total de antibióticos usados pela
colocar uma camada de pano seco entre o tecido e o gelo, para prevenir população.
dano do tecido superficial. - Quando antibióticos são administrados, algumas dessas bactérias são
- O gelo/bolsa térmica deve ser utilizado no local por 20 minutos e eliminadas, permitindo o crescimento de bactérias resistentes aos
afastado por 20 minutos, por 12 a 24 horas. antibióticos e talvez mais patogênicas, que podem então causar infecção.
- Em certas situações, o risco de infecção é tão baixo que o antibiótico não
+ Termoterapia: diminui significativamente a incidência de infecção.
- No terceiro e subsequentes dias pós-operatórios, a aplicação de calor
local pode ajudar a regredir o edema mais rapidamente. + Fatores que justificam a administração profilática dos antibióticos:
- Fontes de calor como garrafas de água quente ou bolsas térmicas são - O procedimento cirúrgico deve ter incidência suficiente de infecção.
recomendadas. 1 - O procedimento cirúrgico usual executado na boca raramente
- Os pacientes devem ser avisados a evitar altos níveis de calor por longos
envolve inoculação bacteriana suficiente para causar infecção, a menos
períodos de tempo, para prevenir lesões na pele.
que uma infecção aguda com celulite ou abscesso já esteja presente.
2 - A cirurgia que envolve um procedimento prolongado (Cirurgias
6 Prevenção e Reconhecimento da Infecção:
hospitalares e/ou com mais de 4 horas de duração).
- A medida mais importante na prevenção de infecção após a extração de
3 - A inserção ou presença de corpo estranho, mais comumente
rotina é o cirurgião dentista aderir aos princípios básicos de cirurgia.
- Alguns pacientes, especialmente aqueles com resposta imunodeprimida, implante dentário.
podem necessitar de antibioticoterapia para prevenir infecção. 4 - Se as defesas do paciente estão comprometidas.*
- Nesses pacientes, antibióticos devem ser administrados antes do início
do procedimento cirúrgico. + Tipos de pacientes imunocomprometidos:
- Antibióticos adicionais após a cirurgia não são usualmente necessários - Sob quimioterapia e/ou radioterapia.
para pacientes saudáveis numa extração de rotina. - Imunossuprimidos.
- Doença renal/em diálise.
+ Sinais e sintomas: - Diabéticos.
- Infecções após extrações de rotina não são comuns.
- Os sinais típicos são surgimento de febre, aumento do edema, eritema da + Escolha do antibiótico correto:
pele, gosto desagradável na boca, ou piora da dor três a quatro dias após a - Deve ser baseada nos seguintes critérios:
cirurgia.
1 - O antibiótico deve ser efetivo contra os organismos mais prováveis
- Feridas orais infectadas aparentam inflamação e algum grau de
de causar infecção na cavidade oral.
purulência está normalmente presente.
2 - O antibiótico deve ser de pequeno espectro (risco mínimo de alterar

6.1 Profilaxia Antibiótica: a flora).

- O uso de antibióticos para prevenção da infecção é menos amplamente 3 - O antibiótico deve ser o menos tóxico disponível para o paciente.
aceito. A seção final deste capítulo discute o uso de antibióticos para 4 - O antibiótico deve ser bactericida.
profilaxia de dois tipos distintos de infecção.
- Antibióticos profiláticos podem reduzir a incidência de infecção
* O antibiótico de escolha para profilaxia antibiótica antes da cirurgia
pós-operatória e, portanto, reduzem a morbidade pós-operatória. Quando
oral é a penicilina ou amoxicilina (Para pacientes alérgicos a penicilina, a
pacientes tornam-se infectados após a cirurgia, a cicatrização da ferida e a
melhor escolha é a clindamicina).
recuperação são substancialmente retardadas.
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- Os pacientes devem, no entanto, ser avisados de que equimose pode


acontecer, porque se acordarem no segundo dia de pós-operatório e virem
7 Trismo: lesões nas bochechas, área submandibular ou pescoço anterior, eles podem
se tornar apreensivos.
- O trismo resulta do trauma e da inflamação envolvendo os músculos da
mastigação.
- Também pode resultar de múltiplas injeções da anestesia local,
especialmente se as injeções penetraram em músculos.
- O músculo mais provável de estar envolvido é o Pterigoide Medial, que
pode ser penetrado pela agulha da anestesia local durante o bloqueio
neural alveolar inferior.
- O trismo normalmente não é severo e não atrapalha as atividades
rotineiras dos pacientes. No entanto, para prevenir alarde, os pacientes
devem ser avisados que esse fenômeno pode ocorrer e que deve se resolver
em uma semana.

8 Equimoses:
- Em alguns pacientes, sangue extravasa na submucosa e no subcutâneo,
aparentando uma lesão nos tecidos orais, na face ou em ambos.
- É vista normalmente em pacientes idosos graças ao seu tônus tecidual
diminuído, fragilidade capilar aumentada e aderência intercelular
diminuída.
- Não é algo perigoso e não aumenta a dor ou a chance de infecção.
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