Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
- Instruções breves para cuidados no pós-operatório (Entrevistas com o paciente, exames de imagem, laboratoriais e físicos).
- Informar o paciente sobre sequelas pós-cirúrgicas que são esperadas
(ex.inchaço ou leve gotejamento de sangue) 4 - Quando indicado o procedimento cirúrgico os dois requerimentos
principais são: 1 → Visibilidade adequada e 2 → Assessoramento.
Visibilidade adequada depende de: 1. Acesso adequado, 2. Luz adequada, 3.
Um campo cirúrgico livre de excesso de sangue e outros fluidos.
Assessoramento: o assistente deve estar suficientemente familiarizado
com os procedimentos realizados para antecipar a necessidade do
cirurgião-dentista.
4 Técnica Asséptica:
- Inclui minimizar a contaminação do corte através de micróbios
patogênicos.
5 Ambiente Cirúrgico:
Reparação Tecidual
1 Lesões Teciduais: - Cicatrização por 2ª intenção.
- Aproximação de bordas inadequada ou impossível.
1.1 Lesões de Origem Física:
- Perda de tecido.
- Incisão. - Maior migração epitelial e deposição de colágeno.
- Ferimentos corto contusos.
- Esmagamento.
- Resfriamento.
- Queimadura.
- Irradiação.
2 Regeneração X Reparo:
- Regeneração: Tecido novo sem diferença estrutural do tecido de origem.
- Fígado e ósseo.
- Reparo: Restituição tecidual através da formação de tecido fibrótico.
2.2 Etapas do Reparo Tecidual:
→ Organizada sequência de respostas bioquímicas e celulares direcionadas
células lábeis: constante renovação (epiderme e epitélio da mucosa
a restaurar a integridade do tecido e a sua capacidade funcional.
oral).
células estáveis: proliferação em resposta à lesão. DIferenciação de - etapa inflamatória → etapa proliferativa → etapa de remodelação.
células mesenquimais pluripotentes.
células permanentes: não se dividem durante a vida pós-natal (nervos 2.2.1 Etapa Inflamatória:
e músculo cardíaco.
- 3-5 dias.
→ A fase inflamatória desenvolve-se nos primeiros 5 dias e
2.1 Fatores Influenciadores: caracteriza-se por uma resposta vascular na qual se observa o processo de
+ Natureza da ruptura do tecido: hemostasia e formação do coágulo, que representa o substrato para a
- Incisão, trauma, infecção. sucessiva organização de fibras.
+ Fase vascular:
+ Tipo de fechamento da ferida: - Vasoconstrição (hemostasia).
- Cicatrização por 1ª intenção. - Vasodilatação (extravasamento plasmático).
- Aproximação de bordas (sutura). + Fase celular:
- Sem perda de tecido. - Migração de neutrófilos, monócitos e macrófagos.
- Mínima formação de cicatriz. → A ferida tem pouca resistência adquirida durante essa fase.
→ Pouca deposição de colágeno.
Letícia Marinho - Cirurgia
2.2.2 Etapa Proliferativa ou Fibroblástica: - Proliferação bacteriana.
- Lesão tecidual.
- Início no 3º dia e duração de 3 semanas.
- Angiogênese.
- Tecido de granulação.
+ Deiscência da ferida.
- Colágeno tipo III (abundante e desorganizado.
* Mais rápida na mucosa do que na pele.
→ Aumento da resistência e muita deposição de colágeno.
→ A fase proliferativa ocorre em 5- 14 dias e consiste em uma
regeneração epitelial e conjuntiva.
2.2.3 Etapa de Remodelação:
- 3 semanas a meses/anos. - Abertura parcial ou total.
- Colágeno tipo III → tipo I. - Sutura com muita tensão.
- Contração da ferida. - Tecido inviável.
-80 - 85% da resistência inicial. - Suturar novamente? (no início sim).
- Cicatrização por 2ª intenção.
+ Cicatriz hipertrófica/quelóide.
- Hipervascularização.
- hipercelularidade.
- Superprodução de colágeno.
- Injeções de corticoides.
- Cirurgia revisional.
- Potencialmente contaminado
- Mediadores inflamatórios.
- Hipoxia da lesão.
Letícia Marinho - Cirurgia
5 Cicatrização Nervosa: - 10 a 16 dias: calo ósseo duro, consolidação de fratura.
- 21 a 35 dias: processo de remodelação e o calo ósseo passa a ser
→ A resposta de cicatrização depende da gravidade e da extensão da lesão.
reabsorvido.
+ Neuropraxia:
- Sem perda de continuidade axonal.
+ Cicatrização Direta:
- Recuperação espontânea de 3 a 4 semanas.
- Reposicionamento cirúrgico dos segmentos fraturados, gerando pouco ou
nenhum espaço interfragmentário.
- Sem formação do calo ósseo.
+ Axonotmese:
- Ruptura do axônio.
- Células de Schwann intactas.
+ Neurotmese:
- Ruptura do tronco nervoso. 6.1 Complicações:
- Células de Schwann sofrem degeneração valeriana. + Causas:
- Recuperação espontânea é rara. - Infecção.
- Proliferação de células → Neuroma. - Movimentação interfragmentária.
- Deslocamento excessivo.
- Álcool e fumo.
- Alterações sistêmicas.
- Vários tipos possíveis de carga aplicados ao osso. - Devido à uma não intervenção ou intervenção falha/não suficiente.
+ Etapas: Inflamação → Proliferação → Remodelação → Calcificação* - Há cicatrização óssea em lugar diferente.
7 Alvéolo Dentário:
→ A cicatrização alveolar é por segunda intenção.
+ 1ª semana:
- Preenchimento por coágulo.
- Angiogênese e fibroplasia.
- Migração epitelial e tecido de granulação.
- Acúmulo de osteoclastos na crista óssea.
+ 2ª semana:
- tecido de granulação abundante.
- Deposição de osteóide imaturo.
+ 3ª semana:
- Reabsorção alveolar.
- Formação de osso novo trabecular.
Letícia Marinho - Cirurgia
Princípios de Exodontia
1 Indicações: 4 Sequência de Extração:
- Cáries. 1 - Maxila (tempo de anestesia mais rápido).
- Necrose pulpar. → Molares com exceção dos 1º M.
- Doença periodontal. → Dentes anteriores com exceção dos Caninos.
- Razões ortodônticas. → 1º molares.
- Dentes mal posicionados. → Caninos.
- Dentes extruídos, fraturados, inclusos, supranumerários. 2 - Mandíbula
- Associação com patologias. → Molares e pré-Molares.
- Dentes em linha de fratura. → Dentes anteriores com exceção dos Caninos.
- Radioterapia. → Caninos.
2 Contraindicações:
+ Locais:
- Radioterapia.
- Dentes envolvidos em tumores malignos.
- Pericoronarite aguda.
- Abscesso dentoalveolar agudo**
+ Sistêmicas:
- Doenças metabólicas severas não controladas (diabetes, doença renal em
fase terminal, leucemia e linfoma não controlados, doenças cardíacas,
hemofilia, coagulopatias).
- Gravidez (1º e 3º trimestre).
- Uso de corticoides, imunossupressores e bisfosfonatos.
3 Princípios Mecânicos:
- Alavanca (extratores).
- Cunha (extratores e fórceps) (pressão apical-Fórceps).
- Roda e eixo (extratores).
+ Hupp et al (2018):
- Técnica fechada.
- Técnica aberta: a retalho.
Letícia Marinho - Cirurgia
Incisões e Retalhos
1. Introdução: 3 Princípios de desenvolvimento e manejo do retalho:
+ Técnicas de remoção de dentes: - Função de dividir o tecido mole;
+ Técnica Fechada: - Delimitado por uma incisão;
- não necessita de um retalho para execução. - Contém seu próprio suprimento sanguíneo;*
+ Técnica aberta: - Proporciona acesso aos tecidos profundos;
- Necessita de um retalho para o procedimento. - Pode ser recolocado em posição original;
+ Amplitude: Possibilitando visibilidade ao campo operatório e menor
2 Incisões: trauma tecidual no afastamento.
+ Incisão Relaxante:
+ Sentido da incisão: Posterior para anterior; - SEM incisão relaxante: 2 dentes anteriores e 1 dente posterior.
- COM Incisão relaxante: 1 dente anterior e 1 dente posterior.
+ Local de incisão:
- Atravessa a margem gengival livre sem atingir a papila e sem ser
diretamente na face vestibular do dente (zenit). + Deiscência do Retalho:
- A deiscência (separação) da margem do retalho é prevenida pela
aproximação das bordas do retalho sobre o osso saudável, ao manusear
gentilmente as bordas do retalho, e não colocando o retalho sob pressão.
- Não deve ser necessário usar nenhuma força significativa para unir os
tecidos enquanto se sutura um corte. A deiscência expõe o osso subjacente
e outros tecidos, produzindo dor, perda óssea e aumento da cicatriz.
através de suturas:
Etapas da Exodontia
1 Diérese: - Incisão do ligamento periodontal, permitindo a desinserção das fibras
que circundam o dente.
- 1º tempo cirúrgico.
+ Instrumentos utilizados:
- Via de acesso.
→ incisão, sindesmotomia/descolamento, divulsão, afastamento.
- Sindesmótomo
1.1 Incisão:
- O instrumento básico para fazer incisões é o bisturi, composto por um
cabo reutilizável e por uma lâmina afiada, esterilizada e descartável.
- Os bisturis também estão disponíveis em bisturis de uso único com um 1.3 Descolamento:
cabo de plástico e lâmina fixa. - Quando é feita uma incisão através do periósteo, de preferência, este deve
- O cabo mais comumente usado para a cirurgia oral é o de nº 3. ser rebatido a partir do osso cortical subjacente em uma única camada, com
um descolador periosteal.
+ Instrumentos utilizados:
- Descolador de Molt nº 9.
1.2 Sindesmotomia:
- Abaixador de língua: possui vários tipos e formas.
Letícia Marinho - Cirurgia
2 Exérese:
→ Odontosecção:
- É a divisão programada do dente com finalidade de diminuir o volume e
a resistência do dente, facilitando sua remoção. - Também pode-se aplicar o conceito de alavanca, onde o
- É necessária nos casos onde a incisão/sindesmotomia e luxação não são instrumento é inserido entre o dente e o tecido ósseo e
suficientes para que o dente seja removido. aplica-se uma força de elevação do dente.
- Utilizada para reduzir a quantidade de tecido ósseo removido,
prevenindo fraturas.
- Pode ser realizada no sentido longitudinal do dente (dividindo-o em
uma parte mesial e outra distal) ou no sentido coroa-raiz (dividindo o
dente em porção coronária e porção radicular).
- Utiliza-se a broca Zecrya.
+ Tipos de Extratores:
- Tipo reto: Mais comum, usado para deslocar raízes dos alvéolos e luxar
2.2 Extração Dentária
dentes mais espaçados.
Letícia Marinho - Cirurgia
Nº 65 → Incisivos e Raízes.
- Periótomo: Utilizados para extrair dentes preservando a anatomia do Nº 18 R → Molares superiores direitos.
alvéolo do dente. O princípio geral da sua utilização é cortar alguns dos
ligamentos periodontais do dente a fim de facilitar sua remoção
+ Indicações Mandibulares:
Nº 151 → Incisivos, Caninos e Pré-molares.
Letícia Marinho - Cirurgia
Nº 68 → Raízes inferiores.
3 H emostasia:
- Quando acontece incisão dos tecidos, pequenas artérias e veias também
são incisadas, o que causa sangramento.
Nº 17 → Molares inferiores. - Geralmente manter a pressão sobre a ferida já é suficiente para controlar
o sangramento, mas caso isso não ocorra, é útil o uso de instrumentos
hemostatos.
- Uma boa hemostasia é sempre o complemento de toda técnica cirúrgica.
+ Hemostasia preventiva:
- Vasoconstrição (isquemia transitória).
+ Etapas de utilização dos fórceps:
- Medicações anti-fibrinolíticas.
1 - Adaptar o mordente na face palatina/lingual, seguido pelo - Sedação mínima.
posicionamento vestibular. - Hipotensão induzida.
2 - Impulsão/pressão apical. - Posição de Trendelemburg (posição mais inclinada da mesa).
3.2 Classificação das H emorragias: + Cimento cirúrgico: material protetor que pode ser aplicado sobre feridas
devido a manobras cirúrgicas periodontais, mantendo a adaptação dos
3.2.1 Segundo as Características Clínicas:
retalhos e osso adjacente, promovendo maior conforto e comodidade ao
+ Externas: paciente na situação de pós-operatório.
- Quando o sangue se exterioriza na superfície da área lesada.
+ Internas:
- Quando ocorre em uma cavidade natural do organismo. 3.3.2 Substâncias H emostáticas:
+ Uso local:
3.2.2 Segundo a Natureza do Vaso Lesado: - Esponja de Fibrina → Fibrinol (trombina + fibrinogênio).
- Esponja de gelatina absorvível.
+ Arterial:
- Celulose oxidada.
- Hemorragia pulsátil, o sangue flui em jatos intermitentes e sincrônicos
- Colágeno microfibrilar.
com a pulsação arterial (coloração → vermelho vivo).
- Cera óssea não reabsorvível.
+ Venosa:
* No alvéolo deve ser evitada a colocação de substâncias para promover
- Hemorragia contínua (coloração → vermelho escuro).
hemostasia, devido ao atraso no processo de reparo.
+ Capilar:
- Hemorragia em lençol, o sangue flui de maneira difusa e contínua (mais
comum em cirurgia oral).
+ Segunda intenção:
+ Objetivos:
- Um espaço é mantido entre as suas margens devido a perda de tecido na
- Manter o retalho em posição, evitando a deiscência por separação do
ferida, o que impede a aproximação das margens.
tecido ao osso e/ou exposição do osso subjacente, que atrasará a reparação
- A cicatrização é demorada e produz mais tecido cicatricial.
tecidual (cicatrização por segunda intenção).
- Ex.: alvéolos após extração, fraturas mal reduzidas, úlceras profundas.
- Nos casos de exodontias, manter o coágulo dentro do alvéolo.
- Prevenir a penetração de microrganismos da ferida.
+ Terceira intenção:
+ Qualidades de uma boa síntese:
Letícia Marinho - Cirurgia
- Sutura asséptica. agulha na sua porção forte para impedir a curvatura dela ou perda do corte
- Sutura atraumática. na ponta.
- Tensão exercida deve ser suficiente para manter o retalho em posição
(tensões excessivas podem resultar em necrose).
- Promover sutura plano a plano de tecidos homólogos (de mesma
natureza).
- Proporcionar bordas nítidas e regulares com os tecidos íntegros.
- Manter a vitalidade dos tecidos através de bordas cruentas (estabelecer
microcirculação).
- Ausência de hematomas. 4.1.2 Porta Agulha:
- Ausência de corpos estranhos (remanescente dentário, osso, restauração)
- É um instrumento com um cabo com trava e uma ponta curta e romba.
→ requer boa inspeção, limpeza e, em alguns casos, curetagem.
- A face de uma ponta de um porta-agulha tem ranhuras cruzadas a fim de
permitir um aperto positivo da agulha de sutura.
4 .1 Materiais Utilizados:
+ Tesoura Metzenbaum:
- Utilizada para divulsão dos tecidos moles.
- Pode ser curva ou reta e de ponta romba ou afiada.
- Não deve ser utilizada para cortar fios de sutura ou outros
materiais.
+ Estrutura filamentar.
- Monofilamentado: pds, monocryl, nylon e prolene.
- Multifilamentado: catgut simples, catgut cromado, vicryl, vicryl rapid,
vicryl plus irgacare e seda. 5 Campo Cirúrgico:
+ Antissepsia intra e extraoral:
+ Reação Tissular. - Bochecho com digluconato de clorexidina a 0,12% por 30 segundos.
- Alta reação tissular: catgut simples, catgut cromado - Gaze presa à pinça Foerster com digluconato de clorexidina a 2% ou
- Significativa reação tissular: seda. solução de PVPI com 1% de iodo ativo (movimentos lineares da linha
- Baixa reação tissular: pds, monocril, vicryl, vicryl rapid, vicryl plus média à região pré-auricular dos 2/3 inferiores da face.
irgacare.
-Mínima reação tissular: nylon e prolene
+ Revestimento.
- Alguns fios podem ser revestidos com material ceroso (ex.: alguns fios
de seda).
Letícia Marinho - Cirurgia
+ A maior parte da força é direcionada para o osso mais fino (na - Hipercementose (principalmente em pacientes idosos).
mandíbula o osso lingual é mais fino).
+ Força lenta e constante.
- Irrigação abundante + aspiração com ponta fina (aspiração da raiz). - Raízes com dilacerações.
- Inserção de extrator apical no espaço do LP.
- Inserção do fórceps o mais apicalmente possível no espaço do ligamento - Utilização de extrator da palatina para deslocar o dente no sentido
periodontal → elimina a necessidade de osteotomia. vestibular.
- Remoção cirúrgica de osso sobre a área do dente (uso de brocas 2.2 Odontosecção:
cirúrgicas).
- Transforma um dente multirradicular em unirradicular.
- Facilita a remoção dentária.
- Pode ser realizada sem remoção óssea (necessita de uma boa visualização
da região).
Fraturada da Raiz:
- Confecção de retalho + osteotomia.
+ Presença de coroa:
- Extrator e/ou fórceps para remoção das partes seccionadas do dente.
- Confecção de retalho + confecção da janela óssea.
+ Odontosecção em molares inferiores:
- Direção da odontosecção → vestíbulo-lingual.
+ Prevenção: + Tratamento:
- Criação de tamanho adequado de descolamento do tecido para evitar - Prevenção de infecção (cuidados com a higiene).
excesso de tensão. - A cicatrização pode ocorrer por segunda intenção.
- Uso de quantidade controlada de força para retração do retalho. - Casos de sangramento intenso → hemostasia com pressão direta com
- Criação de incisões relaxantes, quando indicado. gaze.
* Se uma laceração ocorre no retalho, este deve ser cuidadosamente 2.3 Abrasão ou Esgarçamento:
reposicionado. - Fricção causada pela rotação da haste da broca no tecido mole.
- Contato de um afastador de metal com tecidos moles.
+ Tratamento:
- Sutura.
+ Tratamento:
+ Área de mucosa oral:
- Manutenção da área limpa (clorexidina 0,12%).
- Cicatrização irá ocorrer de 4 a 7 dias, sem deixar cicatrizes.
+ Pele:
- Manter a área coberta com uma pomada antibiótica (Sulfato de
Neomicina + bacitracina → Nebacetin).
- Levam de 5 a 10 dias para cicatrizar.
- Cicatrizes ou descoloração permanente da pele afetada podem ocorrer.
+ Prevenção:
- utilização de força controlada.
2.4 Enfisema:
- Especial atenção ao uso de dedo de apoio ou suporte do lado oposto,
- Acúmulo de ar entre as fáscias musculares.
antecipando o deslizamento.
- Mais raro.
- Pode persistir por até 2 meses, porém normalmente cede entre a 2ª e a 3ª
semana.
- Antibioticoterapia.
Letícia Marinho - Cirurgia
5 Fratura de Agulha:
- Se a abertura for grande (7 mm ou mais) deve ser reparada com um - Acontecimento raro.
procedimento cirúrgico com retalho. + Pode ocorrer devido:
- Posicionamento de um retalho de espessura total sobre a comunicação - Escolha de seu tamanho e calibre.
através dos retalhos bucal, palatal, lingual ou pedículo do corpo adiposo da - Técnica inadequada.
bochecha. - Condição psicológica do paciente.
- Topografia da região a ser anestesiada.
- Compressão do nervo.
- Recuperação deve ocorrer em poucos dias.
6.2 Axonotmese:
- Lesão com perda de continuidade do axônio.
- Preservação do endoneuro.
- recuperação entre 2 e 6 meses.
6.3 Neurotmese:
- Lesão com perda de continuidade do axônio e endoneuro.
- Recuperação dificilmente ocorre.
9 H emorragia Transoperatória:
7 Luxação de ATM :
- Acidente comum.
- Paciente fica impossibilitado de fechar a boca.
+ Sangramento não controlado causa:
- Diminuição na visibilidade do campo operatório.
- Formação de hematomas.
- Atua como um meio de cultura potencializando o desenvolvimento de
uma infecção.
- Manobra de Nelaton.
9.1 Prevenção:
+ Obter histórico de sangramento:
- Quimioterapia.
- Alcoolismo.
- Hepatopatias.
- Fundamental a comunicação com o médico. - O alvéolo dentário aparenta estar vazio, com perda parcial ou total do
coágulo sanguíneo.
+ Utilização de técnicas cirúrgicas atraumáticas. - Algumas superfícies do alvéolo estão expostas (fonte da dor).
+ Obter boa hemostasia durante a cirurgia: - A área alveolar tem odor ruim, e o paciente frequentemente reclama de
- Manejo cuidadoso do tecido mole. um gosto desagradável.
- Espículas ósseas cortantes ou afiadas devem ser suavizadas ou removidas.
> Complicações:
1 Equimose:
- Sangramento entre as fáscias musculares.
- Comum em idosos e em pacientes de pele clara. - Lise do coágulo sanguíneo.
- Difícil de evitar, mas não há perigo. - Exposição óssea.
- Tendo a certeza de não ser um processo infeccioso, proceder com terapia - ocorrência de aproximadamente 2% pós exodontias.
com calor.
+ Infecções subclínicas:
- Capacidade de produzir enzimas fibrinolíticas.
- Pacientes com higiene oral insatisfatória apresenta 3x mais chances de
desenvolver alveolite.
- Necessidade de profilaxia antibiótica (?).
+ Mucosa:
- Edemaciada.
- Hiperêmica.
+ Alvéolo: + Tratamento:
- Tecido ósseo exposto. - Anestesia à distância.
- Recoberto por um coágulo sanguíneo em fase avançada de - Curetagem.
desorganização - Preenchimento do alvéolo com sangue.
- Sutura.
- Antibioticoterapia.
+ Fatores contribuintes:
- Pacientes fumantes: O coágulo é desalojado por sucção e pressão
negativa. A nicotina é um vasoconstritor potente.
- Sexo feminino. 3 Dor:
- Fazer uso de contraceptivos orais. - Experiência sensorial e emocional desgradável, associada a uma injúria
- Utilização de antipsicóticos e antidepressivos. tecidual ou outro tipo de injúria.
- Pouca experiência profissional. - Atua como um sinal de aviso de lesão iminente ou real de algum órgão
- Pouca irrigação durante o ato operatório. ou tecido.
- Curetagem excessiva. - Após extrações a dor é mais intensa nas primeiras 12 horas, atingindo
seu máximo de intensidade em 6-8 horas a cirurgia.
+ Prevenção: - Os fatores desencadeadores da dor pós operatória são complexos.
- Minimizar o trauma e a contaminação bacteriana na área da cirurgia. - processo inflamatório.
- Irrigação abundante com grande quantidade de soro sob pressão.
- Bochechos com clorexidina, tanto no pré-operatório quanto no
4 Edema:
pós-operatório.
- Uma das complicações mais comuns.
- Inchaço causado pelo excesso de líquidos nos tecidos do corpo.
+ Tratamento:
- Relacionado com fatores do processo inflamatório iniciado pelo ato
- Resolução dos sintomas.
cirúrgico.
- Anestesia à distância.
- Geralmente aparece no segundo dia do pós-operatório e desaparece pelo
- Irrigação com soro fisiológico aquecido.
quinto ou sétimo dia.
- Curativo com alveolsan ou alveolex (eugenol e benzocaína).
+ Para minimizar o edema, utilização do gelo:
- Não curetar (aumenta a quantidade de osso exposto de dor).
- Traz conforto.
- Laserterapia.
- A bolsa de gelo deve ser mantida por 20 minutos e retirada por 29 min.
- Não devem ser feitas por mais de 24 horas.
2.1 Alveolite Purulenta:
- Acontece após a alveolite seca, devido à infecção do alvéolo, com a
5 Trismo:
produção de secreção purulenta.
+ Dor muscular:
- Injurias às fibras musculares vindas de múltiplas injeções anestésicas
quando penetram nos músculos mastigatórios.
- Tempo prolongado para a realização da exodontia.
Letícia Marinho - Cirurgia
- Hematoma e infecção pós-operatória. - Não são tomados cuidados necessários após a extração.
- Mau planejamento ou falha de planejamento para o ato cirúrgico.
+ Características clínicas:
- Dificuldades para a abertura parcial ou total da boca. + Fatores predisponentes:
- Idade do paciente.
- Estado de saúde geral.
- Grau de impactação dental.
- Tempo de cirurgia.
- Grau de experiência do cirurgião.
- Presença de infecção pré-operatória.
- Fumo.
+ Tratamento do trismo: - Contraceptivo oral.
- Varia de acordo com o fator que ocasionou a dificuldade de abertura
bucal bucal.
- Fisioterapia.
- Aplicação de compressas quentes e úmidas. 7.1 Celulite:
- Administração de relaxantes musculares. - Infecções graves, de rápida progressão, que devem ser tratadas com
imediatismo, pois podem levar o paciente a desenvolver sérias
6 Deiscência da Ferida Cirúrgica: complicações.
- Separação das bordas das feridas. - Sem a presença de ponto de flutuação.
+ Principais causas:
- Se o retalho de tecido mole é recolocado e suturado sem adequado ajuste
ósseo.
- Sutura das bordas da ferida sob muita pressão.
- Dor intensa a partir do terceiro ou quarto dia do pós-operatório.
- Odor e gosto desagradável.
7.2 Abscesso:
- Infecção local que dá origem à produção e formação de pus, formando
uma cavidade delimitada por uma membrana de tecido inflamatório.
+ Tratamento:
- Anestesia à distância.
- Curetagem e raspagem do osso necrótico.
- Abundante lavagem com soro fisiológico. - Drenagem.
- Sutura.
7.3 Angina de Ludwig:
7 Infecção: - Celulite tóxica, aguda e firme.
+ Pode acontecer quando: - Envolve os espaços fasciais.
- Ocorre a quebra da cadeia asséptica. - Submandibular e sublingual bilateral.
- Espaço submentoniano.
Letícia Marinho - Cirurgia
+ Tratamento:
- Diagnóstico precoce.
- Manutenção das vias aéreas.
- Antibioticoterapia intensa e prolongada.
- Drenagem cirúrgica.
- retirada do fator causal da infecção.
+ 3 características da dor que ocorre após uma extração de dente de rotina: - Dieta de alta caloria, líquida ou pastosa, é melhor nas primeiras 12 a 24
1 - A dor não é intensa usualmente e pode ser manejada com horas.
- Nas 12 primeiras horas, a comida deve ser pastosa e fria → ajuda a
analgésicos leves.
manter o local da extração confortável. ex.: sorvetes e milk-shakes (sem
uso do canudo).
- Se o paciente passou por extrações múltiplas em todas as áreas da boca,
2 - O pico da dor ocorre aproximadamente 12 horas após a extração e
uma dieta pastosa é recomendada por vários dias após o procedimento
diminui rapidamente após esse período. cirúrgico.
3 - Dor significante resultante da extração raramente persiste por mais - Pacientes diabéticos devem ser encorajados a retomar sua ingestão
de 2 dias após a cirurgia. calórica e esquema de insulina o mais cedo possível.
- Podem ser utilizadas bolsas térmicas geladas para ajudar a minimizar o - O uso apropriado de antibióticos profiláticos requer uma administração
edema e fazer o paciente se sentir mais confortável. em um período menor, ao contrário do uso terapêutico, logo
- Gelo não deve ser colocado diretamente sobre a pele, sendo preferencial possivelmente reduzindo a quantidade total de antibióticos usados pela
colocar uma camada de pano seco entre o tecido e o gelo, para prevenir população.
dano do tecido superficial. - Quando antibióticos são administrados, algumas dessas bactérias são
- O gelo/bolsa térmica deve ser utilizado no local por 20 minutos e eliminadas, permitindo o crescimento de bactérias resistentes aos
afastado por 20 minutos, por 12 a 24 horas. antibióticos e talvez mais patogênicas, que podem então causar infecção.
- Em certas situações, o risco de infecção é tão baixo que o antibiótico não
+ Termoterapia: diminui significativamente a incidência de infecção.
- No terceiro e subsequentes dias pós-operatórios, a aplicação de calor
local pode ajudar a regredir o edema mais rapidamente. + Fatores que justificam a administração profilática dos antibióticos:
- Fontes de calor como garrafas de água quente ou bolsas térmicas são - O procedimento cirúrgico deve ter incidência suficiente de infecção.
recomendadas. 1 - O procedimento cirúrgico usual executado na boca raramente
- Os pacientes devem ser avisados a evitar altos níveis de calor por longos
envolve inoculação bacteriana suficiente para causar infecção, a menos
períodos de tempo, para prevenir lesões na pele.
que uma infecção aguda com celulite ou abscesso já esteja presente.
2 - A cirurgia que envolve um procedimento prolongado (Cirurgias
6 Prevenção e Reconhecimento da Infecção:
hospitalares e/ou com mais de 4 horas de duração).
- A medida mais importante na prevenção de infecção após a extração de
3 - A inserção ou presença de corpo estranho, mais comumente
rotina é o cirurgião dentista aderir aos princípios básicos de cirurgia.
- Alguns pacientes, especialmente aqueles com resposta imunodeprimida, implante dentário.
podem necessitar de antibioticoterapia para prevenir infecção. 4 - Se as defesas do paciente estão comprometidas.*
- Nesses pacientes, antibióticos devem ser administrados antes do início
do procedimento cirúrgico. + Tipos de pacientes imunocomprometidos:
- Antibióticos adicionais após a cirurgia não são usualmente necessários - Sob quimioterapia e/ou radioterapia.
para pacientes saudáveis numa extração de rotina. - Imunossuprimidos.
- Doença renal/em diálise.
+ Sinais e sintomas: - Diabéticos.
- Infecções após extrações de rotina não são comuns.
- Os sinais típicos são surgimento de febre, aumento do edema, eritema da + Escolha do antibiótico correto:
pele, gosto desagradável na boca, ou piora da dor três a quatro dias após a - Deve ser baseada nos seguintes critérios:
cirurgia.
1 - O antibiótico deve ser efetivo contra os organismos mais prováveis
- Feridas orais infectadas aparentam inflamação e algum grau de
de causar infecção na cavidade oral.
purulência está normalmente presente.
2 - O antibiótico deve ser de pequeno espectro (risco mínimo de alterar
- O uso de antibióticos para prevenção da infecção é menos amplamente 3 - O antibiótico deve ser o menos tóxico disponível para o paciente.
aceito. A seção final deste capítulo discute o uso de antibióticos para 4 - O antibiótico deve ser bactericida.
profilaxia de dois tipos distintos de infecção.
- Antibióticos profiláticos podem reduzir a incidência de infecção
* O antibiótico de escolha para profilaxia antibiótica antes da cirurgia
pós-operatória e, portanto, reduzem a morbidade pós-operatória. Quando
oral é a penicilina ou amoxicilina (Para pacientes alérgicos a penicilina, a
pacientes tornam-se infectados após a cirurgia, a cicatrização da ferida e a
melhor escolha é a clindamicina).
recuperação são substancialmente retardadas.
Letícia Marinho - Cirurgia
8 Equimoses:
- Em alguns pacientes, sangue extravasa na submucosa e no subcutâneo,
aparentando uma lesão nos tecidos orais, na face ou em ambos.
- É vista normalmente em pacientes idosos graças ao seu tônus tecidual
diminuído, fragilidade capilar aumentada e aderência intercelular
diminuída.
- Não é algo perigoso e não aumenta a dor ou a chance de infecção.
Letícia Marinho - Cirurgia