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CP, 

Art. 107 - Extingue-se a punibilidade:

I - pela morte do agente;

II - pela anistia, graça ou indulto;

III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;

IV - pela prescrição, decadência ou perempção;

V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação


privada;

VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;

IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.

Notitia criminis de cognição imediata: pela própria polícia em suas atividades rotineiras;


Notitia criminis de cognição mediata: através de terceiros;
Notitia criminis coercitiva: através do auto de prisão em flagrante;
Delatio criminis: a própria vítima comunica o crime;
Notitia criminis inqualificada:  disque-denúncia (apócrifa - anônima (procede-se uma VPI -
verificação de procedência de informação))

Caveiras, primeiramente vamos destrinchar os

elementos do crime culposo

1) Imprudência

– Falta de reflexão ou precipitação em

tomar atitudes diferentes daquelas aprendidas ou

esperadas

2) Imperícia

– Falta de conhecimento ou habilidade

específica para o desenvolvimento de uma atividade

científica ou técnica

3) Negligência

– Falta de cuidado e desleixo em

determinada situação.

Após esse resumo, já notamos que a assertiva está


errada, pois informa que o autor é um “renomado

cientista que estava realizando uma atividade

habitual” e relacionou o crime à imperícia

A imperícia, como vimos, é a falta de habilidade técnica,

o que não houve no caso.

Temos, portanto, que o cientista agiu com negligência,

pois devido à sua pressa, acabou agindo de modo

desleixado

Quando duas ou mais pessoas cometem um crime em

conjunto, estamos diante de um concurso de agentes.

A doutrina elenca 04 requisitos para a sua configuração,

vejamos:

1) Pluralidade de agentes e de condutas: A existência

de diversos agentes, que empreendem condutas

relevantes (não necessariamente iguais), é o requisito

primário do concurso de pessoas. A atuação reunida dos

agentes contribui de alguma forma para a cadeia causal,

fazendo com que os vários concorrentes respondam pelo

crime.

2) Relevância causal das condutas: É necessário que

cada uma das condutas empreendidas tenha relevância

causal. Se algum dos agentes praticar um ato sem

eficácia causal, não haverá concurso de pessoas (ao

menos no que concerne a ele). 3) Liame subjetivo entre os agentes: É também

necessário que todos os agentes atuem conscientes de

que estão reunidos para a prática da mesma infração. 4) Identidade de infração penal: Para
que se configure

o concurso de pessoas, todos os concorrentes devem

contribuir para o mesmo evento.

O professor Rogério Sanches ensina que, muito embora


seja necessário o liame subjetivo entre os agentes, isso não se compara ao prévio ajuste entre
os agentes.

Partícipe, segundo a doutrina, é aquele que, embora não

execute a ação nuclear exigida pelo tipo penal, induz,

instiga ou presta auxílio material ao autor para que

execute o crime.

Vejamos cada uma dessas formas de participação:

1) Induzimento

– O partícipe faz surgir na cabeça do

autor a ideia de cometer o crime;

2) Instigação

– O partícipe reforça a ideia já existente na

cabeça do autor de cometer o crime;

3) Auxílio material

– O partícipe presta auxílio material

ao autor para que cometa o crime. Pode ser emprestando

a arma do crime, o veículo utilizado no transporte, etc.

Na assertiva acima, notamos que Aline, por ter instigado

sua amiga Clara, poderá responder como partícipe caso

Clara venha a cometer o crime

Caveiras, esse é um tema bastante importante, fiquem atentos. Inicialmente, precisamos


relembrar a diferença entre crime progressivo e progressão criminosa. De acordo com o autor
Rogério Sanches, temos o seguinte: Crime progressivo - O agente, para alcançar o resultado de
um crime, passa, obrigatoriamente por outro crime menos grave. Exemplo: No delito de
disparo de arma de fogo (Art. 15, Lei 10.826/03) o agente tem que passar, necessariamente,
pelo delito de porte de arma de fogo (Arts. 14 ou 16, Lei 10.826/03); Progressão criminosa - O
agente deseja, inicialmente, praticar um crime menor e o consuma. Depois, deliberadamente,
decide praticar um crime maior. Exemplo: O agente que quer lesionar um desafeto seu (Art.
129, CP), mas após consumar seu intento, muda de ideia e decide matar seu inimigo (Art. 121,
CP). Em ambos os casos, aplica -se o princípio da consunção, respondendo o agente por
apenas 01 dos crimes. O caso narrado pela questão nos remete ao fenômeno da progressão
criminosa, onde Alex queria apenas lesionar Lúcio e, após consumar sua intenção, muda de
ideia e decide matá -lo. A assertiva erra ao afirmar que Alex responderá por 02 crimes, sendo
certo que responderá apenas pelo crime mais grave, ou seja, a tentativa de homicídio.

Galera, de modo simplificado, vamos relembrar quais são

os 03 crimes contra a honra previstos no CP:


Calúnia

Art. 138

- Caluniar alguém, imputando

-lhe falsamente

fato definido como crime:

Pena

- detenção, de seis meses a dois anos, e multa

Difamação

Art. 139

- Difamar alguém, imputando

-lhe fato ofensivo à

sua reputação:

Pena

- detenção, de três meses a um ano, e multa

Injúria

Art. 140

- Injuriar alguém, ofendendo

-lhe a dignidade ou

o decoro:

Pena

- detenção, de um a seis meses, ou multa

Em regra, todos esses crimes são de ação penal privada

exclusiva, iniciada por queixa

-crime.

Porém, o próprio CP previu exceções. São elas:

1) Ação penal pública incondicionada

- Se a injúria

consiste em violência ou vias de fato, que, por sua


natureza ou pelo meio empregado, se considerem

aviltantes, resultando lesão corporal (Art. 145, CP);

2) Ação penal pública condicionada à requisição do

Ministro da Justiça

- Calúnia, difamação ou injúria

cometidas contra o Presidente da República, ou contra

chefe de governo estrangeiro (Art. 145, par. único);

3) Ação penal pública condicionada à representação

do ofendido

- Calúnia, difamação ou injúria cometidas

contra funcionário público, em razão de suas funções

(Art. 145, par. único); 4) Ação penal pública condicionada à representação

do ofendido

- Se a injúria consiste na utilização de

elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem

ou a condição de pessoa idosa ou portadora de

deficiência (Art. 145, par. único).

Diante disso, a assertiva erra ao afirmar que todos os

crimes contra a honra serão de ação penal privada exclusiva, independentemente de quem
seja sujeito

passivo (vítima).

Essa questão está correta e cobra a literalidade da lei

referente à extinção da punibilidade no crime de peculato

culposo.

Vejamos:

Art. 312

- Apropriar-se o funcionário público de dinheiro,

valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular,

de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá

-lo, em

proveito próprio ou alheio:

Pena
- reclusão, de dois a doze anos, e multa.

(...)

§ 2º

- Se o funcionário concorre culposamente para o

crime de outrem

Pena

- detenção, de três meses a um ano.

§ 3º

- No caso do parágrafo anterior, a reparação do

dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a

punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena

imposta

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