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pontapé inicial
18/05/2022
• Ambev (ABEV3)
• Itaú (ITUB4)
• OdontoPrev (ODPV3)
• BB Seguridade (BBSE3) Sergio Oba, CNPI
• Alupar (ALUP11) Raphael Bueno, CNPI
A seguir, apresentamos brevemente cada nome, assim como o nível de valuation atual sob a ótica
relativa (versus seu próprio histórico).
Ambev (ABEV3)
Um dos casos mais emblemáticos de sucesso de uma corporação brasileira, dona de um amplo
portfólio e tocada por um time de alta qualidade, a Ambev (assim como seus pares e nomes de
outros setores) enfrentou um passado recente altamente desafiador.
Entretanto, as adversidades ajudaram a acelerar projetos que provavelmente demorariam muito mais
tempo para ganharem tração e terem a escala que apresentam hoje: um portfólio de marcas
equilibrado, com boa proposta de valor em qualquer que seja o posicionamento da marca (premium,
core, core+ ou valor).
Adicionalmente, o viés de inovação se encontra no DNA do atual time de gestão: novos canais de
venda, como Zé Delivery (D2C) e Bees (B2B), e campanhas pontuais (marketing). Atacando os desafios
(e aprendendo com os erros do passado), a companhia volta a recuperar parcialmente o terreno
perdido para a concorrência (market share). Do lado da lucratividade (entre os principais pontos de
atenção), a Ambev vem focando nos aspectos internos (de que tem controle) para compensar a
pressão da alta dos preços das matérias-primas (alumínio, açúcar, cevada, entre outros), embalagens,
giro do ativo, canais de venda.
Enquanto isso, a forte resiliência do lado da demanda vai turbinando sua geração de caixa.
Após anos de correção, ABEV3 nos parece oferecer um bom ponto de entrada. Nos preços atuais,
vemos o preço sobre lucro (P/L) na casa de 18 vezes em um dividend yield (DY) próximo a 4,5% ao
ano.
26
24
22
20
18
16 Atual: 18
Média: 21,7
14 Média +1DP: 24
Média -1DP: 19,4
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DP = Desvio Padrão
Fontes: Bloomberg e Vitreo
2
Carteira de dividendos: EQUITY RESEARCH
pontapé inicial
DY: ABEV3
Em %
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DY estimados pelo mercado para os próximos 12 meses.
Fontes: Bloomberg e Vitreo
Itaú (ITUB4)
O maior entre bancos tradicionais privados no mercado local (cuja equipe de administração se
destaca entre as melhores da história do país) traz consigo um excelente histórico, superando os
cenários mais adversos possíveis (desde disrupções setoriais até crises econômicas).
Sua sólida posição de capital no balanço nos leva a vislumbrar dividendos e proventos crescentes ao
longo do tempo.
Entre os grandes incumbentes na atividade de crédito (saber dar crédito no Brasil é uma característica
longe de ser trivial, como temos visto nas fintechs que tentaram entrar nesse segmento), vemos o
Itaú mantendo seu protagonismo especialmente durante o ciclo de aumento de juro (em
andamento), que trabalha a favor das margens, também conhecido como spread bancário. Aqui, já
vemos os níveis de retorno de volta aos patamares pré-pandemia, com o retorno sobre patrimônio
líquido (RSPL) superior a 20%.
Apesar das boas perspectivas, ITUB4 negocia a comprimidos 8 vezes P/L, 1,5 vez seu valor patrimonial
(P/VP) e oferece um atrativo DY da ordem de 5% ao ano, além da recompra de ações – que funciona
como um provento “disfarçado”, maximizando o retorno dos acionistas.
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10
7
Atual: 7,9
Média: 8,9
6 Média +1DP: 9,8
Média -1DP: 8
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DP = Desvio Padrão
Fontes: Bloomberg e Vitreo
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Carteira de dividendos: EQUITY RESEARCH
pontapé inicial
DY: ITUB4
Em %
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DY estimados pelo mercado para os próximos 12 meses.
Fontes: Bloomberg e Vitreo
OdontoPrev (ODPV3)
No Brasil, o mercado de atuação segue pouco penetrado com cerca de 26 milhões de planos, na casa
de 14% da população total — o que traz uma grande avenida aberta de oportunidades. Entre as
principais qualidades do segmento destacamos o nível de sinistralidade relativamente baixo, devido
ao padrão dos procedimentos: previsibilidade (os procedimentos são previamente mapeados),
durabilidade (após realizado, o procedimento possui longa duração) e oferta abundante de mão de
obra (o Brasil é um dos países que mais formam dentistas por ano).
Seu perfil “asset-light” (leve de ativos no balanço e com baixa intensidade de capital) e de referência
tecnológica (alavancado por sua ampla base de dados) são suas principais vantagens competitivas.
Sobre o valuation, sob a ótica relativa do múltiplo P/L, ODPV3 negocia nos níveis mais comprimidos,
de 13,6 vezes. Além de um carrego (DY) de 6,5% e da expressiva recompra de ações ao longo dos
últimos tempos.
30
25
20
Atual: 13,6
Média: 23,3
15
Média +1DP: 26,7
Média -1DP: 19,8
10
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DP = Desvio Padrão 4
Fontes: Bloomberg e Vitreo
Carteira de dividendos: EQUITY RESEARCH
pontapé inicial
DY: ODPV3
Em %
7
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jan/20
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jul/19
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nov/19
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mai/22
mar/21
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set/19
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DY estimados pelo mercado para os próximos 12 meses.
Fontes: Bloomberg e Vitreo
BB Seguridade (BBSE3)
Líder nos segmentos de atuação e uma das maiores seguradoras do país, é controlada pelo Banco do
Brasil e conta com um acordo contratual (até meados de 2032) para explorar e ter exclusividade do
canal bancário (bancassurance) do BB para fomentar sua operação.
Referência no setor, possui histórico comprovado, com altos níveis de retorno (RSPL da ordem de
30%-40%) e uma grande diversificação das linhas de negócios.
De forma conjuntural, vemos uma onda de ventos favoráveis, como o nível de sinistralidade
caminhando à normalidade (após sua intensificação em meio à pandemia), taxas médias de juros mais
elevadas (favorecendo seu resultado financeiro), assim como a redução dos impactos de planos
previdenciários que no passado geraram descasamento entre ativo (indexado ao IPCA) e passivo
(indexado ao IGP-M).
Apesar das qualidades, BBSE3 negocia a menos do que 10 vezes P/L e oferece um gordo DY de 8,5%.
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DP = Desvio Padrão
Fontes: Bloomberg e Vitreo
Carteira de dividendos: EQUITY RESEARCH
pontapé inicial
DY: BBSE3
Em %
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DY estimados pelo mercado para os próximos 12 meses.
Fontes: Bloomberg e Vitreo
Alupar (ALUP11)
Inserida em um ambiente regulado (sendo sua principal linha de negócio a transmissão de energia),
sua resiliência natural transborda para resiliência nos níveis de retorno, e vem há um bom tempo
executando um ótimo trabalho de alocação de capital e entregando crescimento — se tornando
maior e melhor.
No setor, o segmento de transmissão é o que conta com um marco regulatório mais consistente:
longos prazos de concessão (35 anos) atrelados à inflação (IPCA e IGPM), extensão do prazo de
construção e baixo risco de inadimplência e volume (a transmissora é remunerada pela
disponibilidade da capacidade) são alguns dos diferenciais.
Resultado das linhas conquistadas no passado, a Alupar possui crescimento contratado (a níveis de
retorno bastante atrativos, que a fará maior e melhor).
De agora em diante, a companhia sairá de um ciclo de investimentos (capex) para geração de caixa (e
desalavancagem), que trará dividendos crescentes.
Nos preços atuais, ALUP11 oferece uma taxa interna de retorno (TIR) da ordem de 9% e um DY de
5,5%. Em termos de múltiplos, sob a ótica do valor da firma sobre o Ebitda (VF/Ebitda) negocia a 7,4
vezes.
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Carteira de dividendos: EQUITY RESEARCH
pontapé inicial
9,0
8,5
8,0
7,5
7,0
6,5
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DP = Desvio Padrão
Fontes: Bloomberg e Vitreo
DY: ALUP11
Em %
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Carteira de dividendos: EQUITY RESEARCH
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