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REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DO INTERIOR
SERVIÇO PENITENIÁRIO
DIRECÇÃO PRONVICIAL DO SERVIÇO PENITENCIÁRIO
ESTABELECIMENTO PENITENCIÁ RIO DE LUANDA
SECÇÃ O DE ASSISTÊ NCIA E REABILITAÇÃ O PENITENCIÁ RIA

VISTO

O DIRECTOR

PARECER PSICOLÓGICO PARA EFEITO DE LIBERDADE CONDICIONAL

O presente relató rio psicoló gico tem como principal objectivo a avaliaçã o
psicoló gica do recluso abaixo mencionado para efeito de Liberdade
Condicional. Realizada pela Á rea de Intervençã o Psicossocial do
Estabelecimento Penitenciá rio de Luanda.

Nome: José Antó nio


Data de Nascimento: 20/07/1990
Idade: 32 Anos
Sexo: Masculino
Filiaçã o: Quintinha Armando Antó nio
Estado civil: Solteiro
Naturalidade: Luanda
Residência antes de preso: Luanda, Bairro da Camuxiba/ Mabunda, Distrito
Urbano da Samba
Nível de escolaridade/ 10ª Classe
Religiã o: Adventista do Sétimo dia
Contacto Telefó nico/correio electró nico: 934052800/935855327
Condiçã o carcerá ria: Condenado
Processo nº nº1919/13-DTPLDA
Motivo da detençã o: Homicídio Voluntario Simples
Histó rico Carcerá rio: Réu primá rio
O recluso em causa, foi submetido a sete sessõ es de acompanhamento
psicoló gico no Estabelecimento Penitenciá rio de Luanda realizado pela Á rea
de Intervençã o psicossocial, com duraçã o de aproximadamente duas horas
por cada sessã o no período de 12-05 a 16-06-2022, voltado ao universo do
indivíduo, com base em entrevista de ANAMNESE, Observaçõ es direitas e
indirectas técnica e métodos psicoló gicos para avaliaçã o Psicoló gica, e como
instrumento auxiliar no processo de avaliaçã o psicoló gica, utilizou-se o
Manual de Diagnostico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM V).

Durante o período de avaliaçã o psicoló gica, procurou-se avaliar de forma


holística os seguintes componentes: Biológico, psicológico e social,
considerando que estes sã o os três comandos que direccionam a conduta do
individuo na sociedade.
 Do ponto de vista biológico, das observaçõ es feitas e de acordo com a
Avaliaçã o clínica prestada pelo Posto Médico local o recluso em
referência aparentou estar bem de saú de, nã o apresentou sinais de
agressõ es física ou corporal no momento da avaliaçã o, fisicamente
aparentou estar saudá vel e em boas condiçõ es.
 Concernente a componente psicológica, da observaçã o feita identificou-
se que durante o período de avaliaçã o psicoló gica, o recluso apresentou-
se Higiénico, Contacto fá cil e pró ximo comunicativo e com boa fluência
verbal, bom estado de humor, educado está vel do ponto de vista
emocional, apresentou coerência entre o pensamento e a linguagem,
memó ria recente e remota estã o preservadas, sua orientaçã o
alopsiquica e autopsiquica nã o estã o perturbadas.
 Do ponto de vista social, observou-se o grau de sociabilidade do recluso
durante o período de reclusã o, identificou-se que o mesmo, interage
com outros co-reclusos de forma saudá vel, é participante assíduo em
actividades religiosa e recreativa, gosta de praticar desportos colectivos,
como por exemplo futebol, é chefe de família tem dois filhos e vivia
antes de preso maritalmente com a esposa, e constatou-se que o mesmo
nutre sentimentos de afectividade para com a sua família e o sentimento
aparenta ser recíproco pela quantidade de vezes que o mesmo é visitado
bem como pelo relato da família no período do inquérito social.
 Diagnostico psicoló gico: a realidade carcerá ria por nã o ser um ambiente
natural do homem habitar, e ser um lugar onde pessoas privadas de
liberdade, internam para o cumprimento das respectivas penas
legalmente estatuídas por ó rgã os competentes do estado, considerando
as suas peculiaridades pode acarretar aos homens acometidos por esta
realidade, cormobidades de fó rum mental.
 De acordo com as observaçõ es feitas ao recluso, e com o auxílio do
DSMV, estamos perante um cliente com probabilidades de Ansiedade
leve.
 Apresentaçã o do Prognó stico (Favorá vel).

Tendo cumprido os períodos estabelecidos no có digo penal, e por


mostrar capacidade e vontade de se adaptar a vida honesta, atendendo a
sua contribuiçã o positiva ao longo do cumprimento da pena e em funçã o
do acima exposto para estabelecer contacto com a sociedade, em
conformidade com o artigo 80º da lei 8/8 de 29 de Agosto nã o vimos
nenhum inconveniente que o mesmo seja posto em liberdade.

ÁREA DE INTERVENÇÃO PSICOSSOCIAL DO ESTABELECIMENTO


PENITENCIÁRIO DE LUANDA, EM LUANDA AOS 30 De AGOSTO DE 2022

O PSICÓLOGO
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Manuel F. Alberto Miguel
* Subinspector Prisional *

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