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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS E HUMANAS


CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS – MOSSORÓ-RN

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (2018)

O USO DE SISTEMAS DE CONTROLE NA DIOCESE DE MOSSORÓ

Layon Alcântara Cosme1, Thaiseany de Freitas Rego 2, Ítalo Carlos Soares do Nascimento3

Resumo: O estudo objetiva investigar se a Diocese de Mossoró possui um sistema de


controle de recursos que atenda às necessidades de prestação de contas e avaliação de
desempenho. Nesse contexto, segue os preceitos do método dedutivo e a abordagem
empírica e faz uso das estratégias descritiva e estudo de caso, para elucidar o problema de
pesquisa. Ademais, faz uso da análise de conteúdo e considera a adoção de um formulário
para coleta de dados junto aos membros da Diocese e de um checklist para examinar os
relatórios produzidos pela instituição e que propiciam a prestação de contas ou avaliação de
desempenho. Observou-se que os controles internos existentes contribuem para o melhor
aproveitamento e distribuição dos recursos, além de uma maior transparência das ações
desenvolvidas, proporcionando uma sustentabilidade econômica da Diocese, porém a
execução desses controles deixa a desejar. Com a análise dos indicadores, pode-se
perceber que a entidade não possui métodos de avaliação de desempenho.

Palavras-chave: Entidades religiosas. Sistemas de controle. Prestação de contas.


Avaliação de desempenho.

1 INTRODUÇÃO

A busca por novas formas de gerenciamento e sistemas de controle tem colocado,


em evidência, as entidades religiosas (ALBUQUERQUE, 2006). Um dos fatores que
contribuem para isso é a demanda por indivíduos que compreendam tanto o papel social da
Igreja, como os aspectos inerentes ao gerenciamento de recursos e práticas contábeis que
auxiliam no processo de tomada de decisão (OLIVEIRA JR, 2002; ALMEIDA; FERREIRA,
2007). Ademais, com a atenção dada pelos entes de fiscalização a essas entidades, cabe a
gestão coibir práticas amadoras e criar um ambiente em que a gestão possa se tornar mais
profissional (HOUTART, 1994).
Gattringer (2002) destaca que o uso de sistemas de controle interno garante a
disponibilidade de dados verídicos sobre a situação de uma entidade, ao mesmo tempo em
que transmite confiabilidade para a tomada de decisão dos diversos usuários da informação
produzida. Corroborando com isso, Medeiros e Machado (2013) apontam que um bom
sistema de controle requer a articulação de um conjunto de órgãos comprometidos com as
normas vigentes e a longevidade da entidade. Logo, assegura tanto a veracidade das
informações produzidas, como previne a entidade contra situações de inadequação a
norma, fraudes ou desvio de recursos.
Soldi et al. (2007) destacam que as entidades de interesse social ou do Terceiro
setor, possuem algumas peculiaridades que precisam ser levadas em consideração, quando

1
Bacharelando em Ciências Contábeis.
2
Professora Adjunta II da UFERSA, Doutora em Administração pela PUC-PR.
3
Professor substituto da UFERSA, Mestrando em Administração e Controladoria pela UFC.
se trata da avaliação de desempenho. Dentre os principais aspectos que devem ser
observados, tem-se a questão de não ser gerido por um proprietário, ter o papel de suprir as
demandas que o Estado não consegue atender em sua plenitude, ser uma unidade
econômica que goza de privilégios fiscais. Logo, percebe-se que essas entidades possuem
dois pontos que requerem cuidado especial, no qual observa-se de um lado o bem-estar
social e do outro o gerenciamento de recursos (KESSLER; CÂMARA, 1987).
Para Silva, Soares e Anjos (2016), a preocupação com as práticas contábeis
adotadas no Terceiro Setor, principalmente em entidades religiosas, ocorre em razão do
aumento do número de instituições comprometidas com questões sociais e de
espiritualidade, nos últimos anos. Isso, porque, as mesmas além de movimentarem um
grande volume de recursos em suas operações, também são beneficiadas com imunidades
ou isenções fiscais, que limitam a capacidade de arrecadação do Poder público. Nogueira
(2008) e Alves Jr. et al. (2009) também comentam que tudo isso leva a necessidade de
aprimoramento da Contabilidade e Prestação de contas das entidades religiosas, uma vez
que a promoção de seu papel social e espiritual, requer cuidados ou controle quanto a
alocação dos recursos disponível (MELO NETO, 2001).
Para Bugarim et al. (2008) e Bugarim et al. (2011), o uso de sistemas de controle em
entidades religiosas requer o estabelecimento de critérios e procedimentos específicos de
reconhecimento, mensuração e evidenciação de eventos que impactem no seu patrimônio.
Isso, porque, é por meio desses procedimentos, que a Contabilidade subsidia a prestação
de contas das atividades, ao mesmo tempo em que garante as condições necessárias para
avaliar o seu desempenho e garantir sua perpetuidade (AURELI, 2015). Logo, o presente
estudo se propõe a responder a seguinte questão de pesquisa: A Diocese de Mossoró
possui um sistema de controle de recursos que atenda às necessidades de prestação
de contas e avaliação de desempenho?
Ante ao exposto, o estudo objetiva investigar se a Diocese de Mossoró possui um
sistema de controle de recursos que atenda às necessidades de prestação de contas e
avaliação de desempenho. Nesse contexto, faz-se necessário identificar o perfil dos
gestores das Paróquias que compõem a Diocese de Mossoró, bem como detectar se as
Paróquias da Diocese de Mossoró possuem um sistema de controle de recursos. Ademais,
cabe verificar se as mesmas produzem informações que atendem às necessidades de
prestação de contas e avaliação de desempenho.
Considerando os pontos enumerados, destaca-se que o uso adequado de sistemas
de controle tende a contribuir com o processo de prestação de contas das entidades
religiosas (SOLDI et al., 2007; FARIA; REGO, 2014). Isso, porque, além dessas entidades
movimentarem a economia de forma indireta, também desenvolvem ações sociais que
impactam nas relações estabelecidas entre os membros da comunidade (CRUZ, 2002;
ALVES; SLOMSKI, 2006). Nesse contexto, quando se trata da captação e destinação de
recursos, observa-se uma maior preocupação não só com o seu gerenciamento, mas com o
resultado e credibilidade transmitidos por meio de ações vinculadas a Igreja (ALMEIDA;
FERREIRA, 2007; MILANI FILHO, 2009).

2 PERFIL DAS ENTIDADES RELIGIOSAS

Uma das referências das entidades religiosas é a Igreja Católica, que assim como as
demais Organizações Não Governamentais (ONG), se propõe a realizar atividades sociais,
filantrópicas, culturais, recreativas, religiosas e artísticas, sem a finalidade de lucro ou
superávit (BUGARIM et al., 2008; BUGARIM et al., 2011; MONSER et al., 2018). Nesse
contexto, destaca-se que em meados do século XX, surgiram as primeiras instituições
religiosas destinadas a prestar serviços de assistência social, saúde e educação (MELO
NETO, 2001). Atualmente, as mesmas se configuram como uma das entidades mais
importantes no contexto social e de cuidado com a espiritualidade, por compartilhar algumas

2
das responsabilidades do Poder Público, mediante a implementação de políticas públicas e
atuar como porta-voz de “movimentos sociais” (CARVALHO, 2006).
As entidades religiosas possuem uma hierarquia pautada em um estrutural
organizacional que detém divisões, departamentos ou ministérios da Igreja (MONZATTO,
2013). Nesse ínterim, salienta-se que esse tipo de estrutura é importante para reconhecer o
responsável por cada atividade executada na Igreja, ao mesmo tempo em que facilita a
identificação dos líderes de cada segmento e permite distribuir recursos humanos e
materiais entre os ministérios. Nesse contexto, as Dioceses caracterizam-se por uma
circuncisão eclesiástica dirigida pelo Bispo, também denominada de Bispado, e que
segundo o Código do Direito Canônico (2014), representa uma “porção do povo de Deus
confiada a um bispo”. Nesse mesmo ambiente também existe a chamada Cúria Diocesana,
na qual o Bispo gerencia a Pastoral (SANTOS, 2002), cuja principal função reside em
desenvolver ações missionárias e pastorais nas Paróquias.
Quando se observa as características desse tipo de instituição, nota-se que as
mesmas consideram como objetivo principal a assistência social, que não permite distribuir
lucros aos administradores ou proprietários (HUDSON, 1999). Em se tratando das questões
financeiras, o lucro, que na maioria das organizações é um fim almejado, representa um
meio ou instrumento essencial para a Igreja alavancar suas ações (MELO, 2001). Nesse
contexto, a mesma é hierarquicamente composta pelo Bispo Diocesano, Vigário Geral e
Ecônomo Diocesano, como listado no Quadro 1.

Quadro 1: Organização hierárquica da Diocese


Organização
Finalidade
hierárquica
Bispo Diocesano Dar normas mais determinadas, no âmbito do Poder executivo da Igreja.
Exercer o Poder executivo que pertence por direito ao Bispo diocesano, a fim
Vigário Geral de executar todos os atos administrativos, exceptuados os que o Bispo se
tiver reservado ou que por direito requeiram mandato especial do Bispo.
Administrar os bens da diocese, sob a autoridade do Bispo, e com as
Ecônomo Diocesano receitas da diocese satisfazer as despesas autorizadas pelo Bispo ou por
outros pelo mesmo legitimamente deputados.
Fonte: Adaptado de Código de Direito Canônico (2014).

Como entidades, as instituições religiosas caracterizam-se como pessoa jurídica de


direito privado e que deve cumprir todas as exigências legais e fiscais aplicáveis às pessoas
jurídicas, dentre as quais destacam-se: as previdenciárias, fundiárias, trabalhistas, em
especial às exigências da Contabilidade e outras atribuídas a qualquer tipo de pessoa
jurídica, sem fins econômicos e lucrativos que se enquadrem nas exigências da lei.
(BUGARIM et al., 2008; BUGARIM et al., 2011; MONSER et al., 2018). Logo, necessitam de
recursos financeiros para financiar suas ações e propiciar a realização de serviços que
sejam pautados no bem-estar social e no cuidado espiritual dos indivíduos (KESSLER,
1987). Nesse contexto, a adoção de sistemas de controle de recursos torna-se essencial
para essas entidades garantir as condições mínimas para prestar contas de suas ações e
avaliar seu desempenho diante dos recursos recebidos e atividades que se propõe a
executar em favor do bem-estar da sociedade.

2.1 SISTEMAS DE CONTROLE DE RECURSOS

Apesar dos diversos sinônimos atribuídos as Organizações do Terceiro setor


(OTS’s), todas elas focam no bem-estar social (OLAK; SLOMSKI; ALVES, 2008). Logo,
complementam as funções que o Estado atende de forma precária e absorve parte de suas
obrigações, o que lhes garante alguns benefícios fiscais e a possibilidade de angariar
3
recursos públicos, por meio de convênios, contratos, subvenções sociais (IMETON, 2008).
Segundo Alves e Azevedo (2005), o controle interno envolve o plano de uma empresa e o
conjunto classificado dos artifícios e medidas, seguidos pela organização, para resguardar
seu patrimônio, examinar a restrição e a fidedignidade de seus dados contábeis, solicitar a
eficácia operacional e encorajar a adesão a política traçada pela administração.
Segundo Parzianello (2013), o controle interno é constituído com o intuito de proteger
os ativos da empresa, bem como obter informações adequadas, promover a eficiência
operacional e estimular a obediência ou respeito às políticas institucionais. Para Pereira
(2004), o controle interno tem como objetivo a potencialização o processo decisório, uma
vez que implica aumento no número de benefícios socioeconômicos, com vias a gerar
retornos sociais ou ambientais. Nesse contexto, o controle interno ultrapassa as barreiras do
retorno financeiro (PEREIRA, 2004).
De modo geral destaca-se que as atividades assumidas pelas OTS’s exigem a
adoção de sistemas de controle que garantam a eficiência no uso dos recursos e
operacionalização de suas atividades de atendimento as demandas. Nesse contexto, as
mesmas também devem direcionar seus esforços tanto para a eficiência operacional, como
para transformar vidas e criar um ambiente de bem-estar social (MILANI FILHO, 2009).
Logo, compreender suas peculiaridades e as diferenciar das empresas privadas torna-se
algo imprescindível para o adequado gerenciamento dos recursos, como pode ser
visualizado no Quadro 2.

Quadro 2: Diferença entre entidades do Terceiro setor e Empresas privadas


Terceiro setor Empresas privadas
Missão Prestação de serviço Lucro
Valores Sem fins lucrativos Tem fins lucrativos
Advém de donativos, subsídios, Resulta da venda de mercadorias,
Recursos venda de produtos e prestação de venda de produtos ou prestação de
serviços serviços
Legislação Lei n.º 13.019/2014 Lei n.º 13.303/2016
Pessoal Figura do voluntário Contratado ou prestador de serviço
Governança Funções sociais Cultura Corporativa
Complexidade
Definição de objetivos Estratégias Competitivas
organizacional
Fonte: Adaptado de Imeton (2008).

Ao se considerar as diferenças entre as entidades que compõem o Terceiro setor e


as Empresas privadas, destaca-se que as mesmas requerem o uso de sistemas de controle
que auxilie a equipe de gestão tonar suas atividades operacionais eficientes (ALMEIDA;
PARISI; PEREIRA, 2001). Isso, porque, conforme aponta Almeida (2008), o uso de
mecanismos de controle garante uma maior confiabilidade sobre os procedimentos,
métodos e rotinas administrativas. Nesse contexto, o Instituto de Auditores Internos do Brasil
(AUDIBRA, 1992), esclarece que a adoção de práticas adequadas de controle interno é o
que garante a eficiência da gestão e o sucesso do empreendimento, seja ele público,
privado ou de interesse social.
Diante disso, o presente estudo considera que a presença do controle interno afere
precisão e gera confiabilidade sobre as informações elaboradas pela Contabilidade
(BONACIM et al., 2011). Logo, compreende-se que toda e qualquer entidade precisa de um
sistema de controle adequado ao tamanho e ordem jurídica sob a qual a entidade foi
constituída. Assim, com um bom controle, as entidades tendem a reunir elementos
adicionais para o planejamento, organização e proteção do patrimônio (PEREZ JR, 2006),
ao mesmo tempo em que favorece a atividade de gerenciamento (PEREIRA, 2004), como
disposto no Quadro 3.

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Quadro 3: Tipos de controle interno
Tipo de controle Foco Fonte
 Conferência, aprovação e autorização; Padoveze (2004),
 Orçamento; Pascoal (2008),
Contábil
 Controle físico dos ativos; Ribeiro e Timotéo
 Auditoria interna. (2012)

 Lucratividade por linha de produto;


 Controle de qualidade; Assaf Neto
Administrativo (2009), Ribeiro e
 Treinamento de pessoal; Timotéo (2012)
 Análise dos valores orçados e incorridos.
 Recrutamento e seleção;
Gestão de recursos  Treinamento; Chiavenato
humanos  Desenvolvimento; (2014)
 Supervisão.
Instalações e
 Verificar instalações e equipamentos. Marion (2004)
equipamentos
Fonte: Dados da pesquisa.

Considerando os pontos enumerados destaca-se que a maior preocupação da


equipe de gestão deve ser direcionada para o cumprimento dos objetivos sociais e captação
de recursos que viabilizem a sustentabilidade econômica (DRUCKER, 2002). Nesse sentido,
a utilização de controles dentro das OTS’s contribui com o processo de captação de
recursos, ao mesmo tempo em que auxilia na elaboração da prestação de contas e
avaliação de desempenho da instituição (HUDSON, 1999). Isso, porque, o uso de sistemas
de controle pode elucidar possíveis falhas ocorridas no uso dos recursos ou que possam vir
a ocorrer na execução da missão da entidade.
Nascimento (2004) comenta que a ausência de um sistema de controle interno nas
entidades religiosas, tende a torna-las sujeita a fraudes e erros que comprometem suas
atividades e até limita o acesso a recursos financeiros. Logo, como assumem Schmidt e
Santos (2006), a adoção de políticas de controle interno propicia a gestão de riscos ao
mesmo tempo em que torna todas as informações fornecidas pela Contabilidade mais
confiáveis. Sendo, assim, quando as entidades religiosas adotam práticas de controle
interno, as mesmas assumem uma postura comprometida com a sustentabilidade
(RIBEIRO; TIMÓTEO, 2012).

2.2 PRESTAÇÃO DE CONTAS

Milani Filho (2009) comenta que com a prestação de contas das ações
desenvolvidas pelas entidades religiosas, as mesmas conseguem legitimar e trazer maior
credibilidade para a Igreja. Isso, porque, evidencia os valores institucionais dessas
entidades, ao mesmo tempo em que revela como a mesma financia e realiza cada uma de
suas atividades. Via de regra, a transparência das ações desenvolvidas por uma entidade
pode inspirar a confiabilidade, ao mesmo tempo em que se releva como um fator
fundamental para a continuidade da entidade (CRUZ, 2002). Logo, com o propósito de
trazer esse tipo de garantia, as Igrejas adotam práticas de controle interno que tornam toda
e qualquer informação divulgada útil para a tomada de decisão (RIBEIRO; TIMÓTEO, 2012).
De acordo com Cruz (2002), o processo de prestação de contas pode ser
compreendido como uma forma da entidade demonstrar para a sociedade como os recursos
foram obtidos e aplicados em uma ação ou atividade. Quando esse conceito se aplica as
instituições religiosas, o mesmo se direciona para a ideia de prestar contas e legitimar o

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papel que a Igreja assume diante da sociedade (FARIA; REGO, 2014). Entre os
instrumentos comumente utilizados com essa finalidade, destacam-se aqueles
desenvolvidos pela Contabilidade, como ilustrado no Quadro 4.

Quadro 4: Relatórios que propiciam a Prestação de contas em instituições religiosas


Relatórios Finalidade
Relatório de Reunir informações parciais ou totais sobre as atividades, experimentos,
atividades projetos, ações, pesquisas, ou outro evento finalizado ou em andamento.
Evidenciar, qualitativa e quantitativamente, a posição patrimonial e
Balanço Patrimonial
financeira da entidade.
Demonstração do
Evidenciar se as atividades desenvolvidas pela instituição geram superávit
Superávit ou Déficit
ou déficit, que auxiliam ou comprometem a gestão da entidade.
do Exercício
Demonstração dos É uma demonstração contábil que tem como função principal apresentar as
Fluxos de Caixa movimentações de entradas e saídas de recursos da entidade.
Demonstração das
Evidencia todas as movimentações realizadas durante o exercício social
Mutações do
nas contas que compõem o patrimônio social.
Patrimônio Social
Permitir a comparação do saldo de uma conta bancária de movimento com
Informações
uma informação externa à contabilidade (extrato bancário), de maneira que
bancárias
se possa ter certeza quanto à exatidão do saldo em análise, em
(conciliação)
determinada data.
Inventário
Permitir o controle dos bens em um determinado momento.
patrimonial
Parecer do Orientar os auditores independentes quanto a emissão do seu relatório
Conselho Fiscal sobre as Demonstrações contábeis das entidades.
Reunir informações e quadros analíticos que auxiliem na avaliação da
Notas Explicativas
situação e da evolução patrimonial da entidade.
Fonte: Adaptado de Bugarim et al. (2008), Bugarim et al. (2011), Monser et al. (2018) e Faria e
Rego (2014).

Ante ao exposto, salienta-se que as demonstrações elaboradas pela Contabilidade


são essenciais para promover a prestação de contas das entidades públicas, privadas e de
interesse social (BUGARIM et al., 2008; BUGARIM et al., 2011; MONSER et al., 2018),
assim como a emissão de relatórios adicionais. Isso, porque, são instrumentos que reúnem
informações úteis ao processo de tomada de decisão dos gestores e doadores de recursos
(OLIVEIRA JR, 2002; MACHADO, 2007). Ademais, garante o acesso de qualquer indivíduo
sobre como a entidade está sendo pensada e conduzida, ao angariar e aplicar seus
recursos, ao mesmo tempo em que assegura aos doadores ou investidores se os recursos
estão sendo aplicados adequadamente na atividade para a qual foram designados (CRUZ,
2002).

2.3 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

De acordo com Bateman e Snell (1998), a adoção de sistemas de controle auxilia os


gestores com o cumprimento das metas organizacionais, principalmente no que concerne ao
planejamento, execução e controle das atividades. Esse tipo de comportamento também é
observado nas Igrejas, ao se preocuparem com a disponibilidade de dados para garantir a
prestação de contas e, sobretudo, a avaliação de desempenho de suas ações, sejam elas
desenvolvidas de forma conjunta ou independente (ALBUQUERQUE, 2006). Em termos
gerais, destaca-se que a avaliação do desempenho das entidades religiosas é necessária,

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uma vez que permite identificar, obter e proporcionar dados e informações essenciais a
continuidade da entidade e tomada de decisão (AGUILAR; ANDEREGG, 1994).
No que concerne à avaliação de desempenho, salienta-se que a mesma serve para
indicar qual a situação econômica, financeira e patrimonial de uma entidade, ao mesmo
tempo em que aponta qual a sua inter-relação com o meio ambiente e a sociedade
(BERNSTEIN,1999). Quando se trata de entidades que compõem as OTS’s, o foco volta-se
para o que se almeja em termos de bem-estar social e os objetivos organizacionais que
efetivamente foram atingidos (TENÓRIO, 2002; CORRÊA; HOURNEAUX JR, 2006). O foco
central da missão das entidades sem fins lucrativos consiste em provocar mudanças sociais
transformadoras (DRUCKER, 2002).
Segundo Baptista (2000), a avaliação de desempenho assegura as partes
interessadas, o acesso a informações sobre as ações, processos e resultados almejados e
efetivamente executados. Nesse contexto, Aguilar e Ander-Egg (1994) apontam a avaliação
de desempenho como um processo sistemático e planejado, capaz de valorar ou julgar as
estratégias organizacionais. Para Silva (2004), essa perspectiva de valoração precisa
considerar todos os elementos envolvidos na determinação de cada indicador, de modo a
mensurar e avaliar comportamentos, como apresentado no Quadro 5.

Quadro 5: Indicadores de avaliação de desempenho


Indicadores Finalidade
Estão relacionados à produtividade hora/colaborador. Ou seja, estão
Produtividade
ligados ao uso dos recursos da entidade.
Ajudam a entender qualquer desvio ou não conformidade que ocorreu
Qualidade
durante o processo.
Capacidade Medem a capacidade de resposta de um processo.
Auxiliam na orientação de como a empresa se encontra com relação aos
Estratégicos
objetivos que foram estabelecidos anteriormente.
Fonte: Adaptado Endeavor Brasil (2018).

Para Dias e Rodrigues (2002), cada vez mais as organizações do terceiro setor
enfrentam o desafio de apresentar seus resultados e seu desempenho para seus potenciais
financiadores. Da mesma forma, Maximiano (1995) aponta que a avaliação deve ter como
objeto a crítica aos objetivos estabelecidos e aos resultados alcançados, separando os
objetivos em duas abordagens: quantitativa e qualitativa. Para Tenório (2002), as avaliações
de impacto sobre o bem-estar social são complexas, pois fica difícil conhecer a própria
demanda e a expectativa dos envolvidos.
Considerando os pontos enumerados, Barney (1991), Paton (2003) e Alves e
Slomski (2006) destacam o uso de medidas financeiras e não financeiras, como formas de
avaliação de desempenho adequadas para as entidades de interesse social. No entanto,
Avina (2002) defende que a adoção de uma postura multi-índice pode ser perigosa se não
priorizar o uso de indicadores financeiros como medidas determinantes para alocação dos
recursos. Isso, porque, as mesmas funcionam, prioritariamente, com o uso de fundos
advindos de terceiros e nem sempre tem à disposição profissionais devidamente
qualificados para cada função (HUDSON, 1999).
Para Valarelli (2001), as limitações referentes aos sistemas de mensuração
financeira como forma de avaliar o sucesso ou o fracasso de uma entidade, é capaz de
apontar qual o desempenho da entidade e se a mesma consegue criar valor em suas
relações. Nesse contexto, o uso de sistemas de controle propicia não só uma prestação de
contas adequadas, mas permitem ter as condições mínimas necessárias para avaliar o
desempenho da entidade, diante das metas já estabelecidas (CRUZ, 2012). Logo, dentre as
vantagens que podem ser trazidas com a avaliação de desempenho financeiro e não
financeiro, destacam-se: monitoramento de projetos sociais, garante suporte ao processo
decisório na organização e a influencia diretamente o comportamento social corporativo das
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empresas, pois as que têm um bom desempenho financeiro podem aplicar recursos na
dimensão social (PAVIE, 2008).

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Segundo Pádua (2000), os procedimentos metodológicos são essenciais para


enquadrar uma pesquisa como de cunho científico, por retratar os caminhos necessários
para responder ao problema de pesquisa proposto. Nesse contexto, o estudo segue os
preceitos do método dedutivo, que observa a lógica dos eventos para transformar
generalizações para situações particularizadas (OLIVEIRA, 1999). Isso, porque, faz uso da
associação do conhecimento teórico sobre prestação de contas e avaliação de
desempenho, para explicar como funciona, na prática, o sistema de controle de recursos da
Diocese de Mossoró.
Quanto a abordagem, o estudo faz uso do empirismo, uma vez que considera as
perspectivas vivenciadas no dia a dia dos membros da Diocese de Santa Luzia, para
responder ao problema de pesquisa proposto. Para Tartuce (2006), esse tipo de estudo só é
possível quando o objeto de análise possui uma face observável da realidade. Esse tipo de
tratamento é adequado quando se avalia aspectos do cotidiano, que podem ser
considerados na análise dos fatos.
No que concerne aos objetivos e procedimentos, o estudo se caracteriza como
descritivo e faz uso do estudo de caso, uma vez que caracteriza e permite um estudo
aprofundados sobre a Diocese de Mossoró, quanto a questão da prestação de contas e
desempenho. De acordo com Triviños (1987) esse tipo de estudo permite retratar fatos
vivenciados na prática, sendo pertinente quando se deseja conhecer um fenômeno de forma
intensa. Já o estudo de caso caracteriza-se pela especificidade, nível de profundidade e
detalhamento de um estudo, sendo comum quando se avalia o comportamento de uma
instituição ou indivíduos que a compõe (FONSECA, 2002).
A coleta de dados ocorre por meio da adoção de um formulário de pesquisa, aplicado
junto aos membros da Diocese de Mossoró e que contemplam questionamentos pertinentes
ao perfil sociodemográfico dos indivíduos, bem como a percepção quanto aos sistemas de
controle de recursos, como destaca o Tribunal de Contas da União (TCU, 2014), prestação
de contas (BUGARIM et al., 2008; BUGARIM et al., 2011; MONSER et al., 2018) e avaliação
de desempenho (BRAGA, 2014), como disposto no Apêndice A. De modo complementar, e
visando atender aos preceitos de triangulação pertinentes ao estudo de caso, foi elaboro um
checklist (BUGARIM et al., 2008; BUGARIM et al., 2011; MONSER et al., 2018), de modo a
subsidiar a avaliação dos relatórios produzidos pela instituição, quanto prestação de contas
e avaliação de desempenho, como apesentado no Apêndice B. Destaca-se que o uso
desses dois instrumentos é essencial para responder ao problema proposto, uma vez que
avalia a percepção e o que, efetivamente, os membros da Diocese conseguem desenvolver
em termos de controle.
A pesquisa também considera a adoção de um recorte temporal do tipo transversal e
de dados primários e secundários, por considerar a coleta de dados em um único momento
no tempo, com cada indivíduo que atua na atividade de gestão da Diocese e análise dos
documentos disponibilizados pala instituição. O recorte transversal considera a realização
de uma pesquisa em um único momento no tempo (SILVA; MENEZES, 2001). O uso de
dados primários considera a necessidade de avaliação da percepção dos indivíduos
envolvidos na atividade de gestão da Diocese e os dados secundários permite, por meio da
triangulação requerida pelo estudo de caso, identificar o que os mesmos, efetivamente,
fazem para propiciar a prestação de contas e avaliação de desempenho da instituição, ao
elaborarem relatórios tais como: Relatório de Atividades, Balanço Patrimonial,
Demonstração do Superávit ou Déficit do Exercício, Demonstração dos Fluxos de Caixa,

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Demonstração das Mutações do Patrimônio Social, Notas Explicativas, Informações
bancárias (conciliação), Inventário patrimonial, Parecer do Conselho Fiscal, dentre outros.

4 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

Após finalizar o processo de coleta, procedeu-se com a descrição e análise dos


resultados, com o intuito de atender ao objetivo proposto, que consiste em investigar se a
Diocese de Mossoró possui um sistema de controle de recursos que atenda às
necessidades de prestação de contas e avaliação de desempenho. Logo, de modo a
identificar o perfil dos indivíduos que atuam, direta ou indiretamente, em atividades
administrativas ou religiosas, na Diocese de Mossoró, observou-se que apenas um deles
ainda não possui o nível superior completo. Em média, a carga-horária de trabalho dos
respondentes é de 30,6 horas semanais e os mesmos estão envolvidos em atividades da
Diocese, há pelo menos 1 (um) ano.
No que concerne a percepção dos respondentes que atuam na Diocese de Mossoró,
os dados indicam que o conhecimento dos colaboradores a respeito do assunto abordado
ainda é muito abstrato, como ilustrado na Tabela 1. A empresa deve organizar os
procedimentos e métodos de controle conforme sua realidade e necessidades, mantendo
um constante acompanhamento das operações a fim de detectar se estão sendo
obedecidos todos os procedimentos adequados ao registro de informações, os controles
podem elucidar possíveis falhas ocorridas ou que possam vir a ocorrer na execução de
tarefas e atividades, por falta de conhecimento adequado, negligência ou mesmo por má-fé.

Tabela 1: Compreensão dos respondentes quanto ao controle interno


Atividades Atividades
Controle interno
religiosas administrativas
Plano de uma organização, o conjunto de procedimentos,
1 1
métodos ou rotinas.
Conjunto de medidas adotadas pela empresa com o intuito de
proteger o seu patrimônio, fornecendo registros contábeis - 2
fidedignos, possibilitando uma correta tomada de decisão.
Conjunto de diversos procedimentos, métodos ou rotinas para
que possa produzir dados confiáveis para ajudar a
2 2
administração da empresa na condução dos diversos fatos
existentes rotineiramente.
Não sabe ou não tem conhecimento - 1
Total 3 6
Fonte: Dados da pesquisa (2018).

Na percepção de Tung (1993), para se obter sucesso em qualquer tipo de controle


primeiro a pessoa responsável por controlar, que pode ser denominada “Controller”, deve
conhecer minuciosamente a organização e quais são seus objetivos, expectativas e metas a
serem alcançadas, para garantir o emprego dos recursos de forma honesta e eficiente. O
sucesso de todo sistema de controle depende das pessoas que operam este sistema. Não é
eficiente um sistema de controle interno sofisticado se as pessoas responsáveis por operá-lo
não tiverem competência, conhecimento prévio das atividades ou não forem treinadas
adequadamente para exercer a função.
A utilização de controles bem estruturados proporciona ao tomador de decisões mais
segurança e tranquilidade no gerenciamento dos negócios e uma visão detalhada da real
situação da organização. Para Silva (1977, p. 80), “controle é o processo administrativo que

9
consiste em verificar se tudo está sendo feito de acordo com o que foi planejado e as ordens
dadas, bem como assinalar as faltas e erros, a fim de repará-los e evitar sua repetição.”
Para Almeida (1996, p.50), “o controle interno representa em uma organização o
conjunto de procedimentos, métodos ou rotinas com os objetivos de proteger os ativos,
produzir dados contábeis confiáveis e ajudar a administração na condução ordenada dos
negócios da empresa”.Esse procedimento tem a finalidade de conferir a precisão e
confiabilidade dos dados contábeis, promover a eficiência operacional e encorajar a
aderência às políticas administrativas prescritas.

Tabela 2: Tipos de controle interno*


Adotado na
Controle interno Conhecido
Diocese
Controle de estoque 4 -
Controle de imobilizado - 1
Controle de contas a pagar 8 8
Controle de contas a receber 9 7
Conciliação 2 3
Controle orçamentário 1 2
Fluxo de caixa 7 3
Análise das demonstrações contábeis 2 7
Controle tributário 4 4
Outro 2 1
*Nota: Dados obtidos em função do número de respondentes (9).
Fonte: Dados da pesquisa (2018).

O controle interno consiste em verificar e controlar os procedimentos adotados na


execução de tarefas no âmbito interno das organizações a fim de se obter resultados
favoráveis, visando o melhor aproveitamento e emprego dos recursos financeiros. “O
conhecimento financeiro auxilia no planejamento, na solução de problemas e nas tomadas
de decisões” (CREPALDI, 1998, p. 21).
Considerando que os respondentes compreendem que a Diocese adota práticas de
controle interno em razão da necessidade de atendimento as normas eclesiásticas internas
e externas, destaca-se que por meio do controle pode-se obter informações sobre como
estão sendo utilizados os procedimentos, de modo a acompanhar, detectar e corrigir
possíveis falhas nos métodos de trabalho.
Os sistemas de controle, nesse contexto, exercem um papel fundamental na
administração da igreja, quando auxiliam o administrador eclesiástico em suas funções de
planejamento, execução e controle das suas atividades, principalmente, no que diz respeito
ao conhecimento da realidade e a comparação desse conhecimento com o que havia
planejado, procurando, dessa forma, constatar possíveis divergências a fim de permitir a
tomada de providências necessárias.

Tabela 3: Percepções sobre o controle interno* Continua...


Atividades Atividades
Percepções religiosas administrativas
S N NS S N NS
Existem políticas e ações, de natureza preventiva, para diminuir
os riscos e alcançar os objetivos estabelecidos pela - 3 - - 1 5
organização?

10
Existem políticas e ações, de detecção, para diminuir os riscos
- 3 - 1 1 4
e alcançar os objetivos estabelecidos pela organização?
As atividades de controle adotadas pela Diocese de Mossoró
são apropriadas e funcionam consistentemente, de acordo com - 3 - - 2 4
um plano de longo prazo?
As atividades de controle adotadas pela Diocese de Mossoró
possuem custo apropriado ao nível de benefícios que possam - 3 - 1 1 4
derivar de sua aplicação?
As atividades de controle adotadas pela Diocese de Mossoró
- 3 - 2 3 1
são abrangentes e razoáveis?
As atividades de controle adotadas pela Diocese de Mossoró
- 3 - 1 2 3
estão diretamente relacionadas com os objetivos de controle?
O sistema de controle interno da Diocese é constantemente
monitorado para avaliar sua validade e qualidade ao longo do - 3 - 2 1 3
tempo?
O sistema de controle interno da Diocese tem contribuído para
- - - 1 2 3
a melhoria do desempenho?
*Nota: S – sim; N – não; NS – Não sabe ou não tem conhecimento. Dados obtidos em função do
número de respondentes (9).
Fonte: Dados da pesquisa (2018).

Ao identificar que os respondentes apontam a Diocese (5), os funcionários da


Diocese (3) ou os Paroquianos (3), como a quem o controle interno da entidade deve ser
dirigido, destaca-se que outro aspecto a considerar, em relação aos sistemas de controle
nas igrejas, se refere à estrutura organizacional. Muitas igrejas ainda têm uma estrutura
organizacional centralizada, com normas rígidas e a presença de mecanismos informais, o
que acarreta em sistemas de controles pouco sofisticados. Contudo, se percebe uma
mudança nesse cenário, a maioria dos novos modelos adotados pelas igrejas requer uma
descentralização em sua estrutura organizacional, e essa transformação, por sua vez,
demanda sistemas de controle mais sofisticados, calcados em mecanismos formais e com
presença de controles financeiros.
No tocante a função de administrador da igreja, e particularmente, no aspecto
organizacional, o pastor exerce o papel de principal gestor da entidade. “Tal como em uma
empresa ou um governo, também as organizações do Terceiro Setor (incluindo as igrejas)
têm de ser muito bem geridas do ponto de vista de recursos humanos, financeiros e
materiais para que sejam capazes de desenvolver seus projetos e programas, estabelecer
parcerias e conseguir sustentabilidade” (ALBUQUERQUE, 2006, p. 57).

Tabela 4: Identificação do responsável pelo controle interno


Atividades Atividades
Responsável pelo controle interno
religiosas administrativas
Contador - 2
Auxiliar contábil - -
Auxiliar administrativo - -
Bispo diocesano - 2
Vigário geral - -
Ecônomo diocesano 3 1
Outro - 1
Total 3 6
Fonte: Dados da pesquisa (2018).

11
Em relação a produção de informações que atendam às necessidades de prestação
de contas da Diocese de Mossoró, constata-se que há uma deficiência quanto a produção
dessas informações, apesar de que já existe na diocese uma organização de repasse
dessas informações por parte das paróquias, como ilustrado na Tabela 5. A questão da
transparência na prestação de contas torna-se um elemento relevante para criar distinções
éticas e políticas nesse cenário, possibilitando o reconhecimento dos papéis sociais,
políticos e econômicos, ocupados por um conjunto determinado de organizações. A
divulgação, adaptação e análise das ferramentas para accountability, fomentarão a
utilização delas, fazendo com que a legitimidade esperada por uma instituição que se
denomina: Utilidade Pública, Interesse Público ou Social e goza de privilégios em virtude
disto.

Tabela 5: Compreensão dos respondentes quanto a prestação de contas


Atividades Atividades
Prestação de contas
religiosas administrativas
Ação realizada na área da economia e das finanças, pública ou
privada, que consiste na apresentação de um relatório que
mostra os movimentos financeiros ou econômicos de uma 3 5
empresa, de uma entidade pública ou de um indivíduo durante
determinado período de tempo.
Processo político focalizado na procura da sustentação e
credibilidade das Instituições públicas e do Governo de um
país, relacionando esta premissa à capacidade atual das
- -
organizações em função da geração de recursos suficientes e,
de percorrer o caminho de acordo com a visão estabelecida,
definindo o horizonte a ser atingido no longo prazo.
Obrigação de uma pessoa ou de uma entidade a apresentar
relatórios relativamente a transações económicas. Deste modo,
- 1
ao prestar contas, deve-se apresentar balanços ou estados
financeiros.
Total 3 6
Fonte: Dados da pesquisa (2018).

Prestar contas de forma efetiva e transparente significa demonstrar para a sociedade


que a instituição conseguiu alcançar o objeto fim para qual foi criada, e em muitos casos,
tem se tornado um desafio para a qualquer organização. Visto que aqueles que empregam
seu capital para determinado setor, solicitará um retorno de sua aplicação. Com as
entidades sem fins lucrativos percebe-se que quanto mais claros forem os trabalhos
financeiros, mais legitimidade terá suas ações.
Dentre os fatores que motivam a Diocese a prestar contas de suas ações, destaca-
se a necessidade de atendimento de normas eclesiásticas internas ou externas (7) e
sustentabilidade das paróquias a qual mantém (2). Nesse contexto, os dados também
apontam que tais informações devem ser produzidas e repassadas de alguma forma para a
Diocese (5) ou os Paroquianos (5), seja de forma sistemática ou outra. De acordo o
Conselho Federal de Contabilidade (2007, p. 78), prestação de contas consiste no “conjunto
de documentos e informações disponibilizados pelos dirigentes das entidades aos órgãos
interessados e autoridades, de forma a possibilitar a apreciação, conhecimento e julgamento
das contas e da gestão dos administradores das entidades”.
Os elementos contábeis atestam a efetiva distribuição dos fundos arrecadados, bem
como, receitas e despesas que a entidade obteve durante um exercício. Para o Terceiro
Setor, os elementos contábeis normalmente requisitados numa prestação de contas são:
Relatório de Atividades, Demonstrações Contábeis, Informações Bancárias, Inventário

12
patrimonial, Declaração de Informações Econômico-Fiscais à Pessoa Jurídica (DIPJ),
Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), Parecer do Conselho Fiscal.

Tabela 6: Instrumento utilizados na prestação de contas, por meio de divulgação*


Instrumento utilizado para prestação de contas M D P O
Relatório de atividades - 1 1 -
Balanço patrimonial 1 7 1 1
Demonstração do superávit ou déficit do exercício 1 1 - -
Demonstração do fluxo de caixa 1 2 1 -
Demonstração das mutações do patrimônio líquido - 1 - -
Notas explicativas - - - -
Informações bancárias (conciliação) 1 2 1 -
Inventário patrimonial 1 1 -
Parecer do Conselho Fiscal 1 6 1 -
*Nota: M – Mural; D – Diocese; P – Portal eletrônico da Diocese; O – Outra. Dados obtidos em função
do número de respondentes (9).
Fonte: Dados da pesquisa (2018).

As informações contidas numa prestação de contas são indispensáveis a todos os


interessados, sejam provedores dos recursos, autoridades de órgão público, contador,
cliente, doadores, gestores etc., pois revelam a obtenção de recursos e aplicação dos
mesmos, além de contribuir na tomada de decisão dentro da entidade.
Considerando que os respondentes compreendem que a Diocese adota práticas de
controle interno em razão da necessidade de atendimento as normas eclesiásticas internas
e externas (6), destaca-se que é preciso trabalhar de forma transparente para ganhar a
confiabilidade dos doadores e com isso obter a contribuição de novas pessoas, por isso a
importância da evidenciação contábil.
Por outro lado, temos hoje membros/associados que não se enxergam dentro do
processo de decisão da igreja-instituição da qual faz parte. Acabam por achar que ao
contribuírem, estão dando ao líder ou simplesmente à instituição. Mas o acompanhamento
do direcionamento desses recursos deve ser acompanhado, fiscalizados para verificar se os
projetos e planos aprovados estão sendo desenvolvidos, portanto, o membro é peça
fundamental nesse processo. É preciso que a cultura da gestão participativa dentro da
igreja-instituição seja fortemente disseminada. E nesse ponto há muita confusão, pois, uma
gestão administrativa participativa não exclui os papeis definidos no regimento interno ou
estatuto. Há um certo “medo” por parte de lideranças de “perder o poder”, ou ainda há
aqueles que impõem suas ideias, administrando a igreja-instituição como se fosse uma
propriedade particular. É necessário um amadurecimento de ambas as partes para que no
aspecto jurídico-contábil-administrativo todos possam caminhar com os mesmos objetivos.
Em meio à crescente obrigação de prestar contas, seja ela uma obrigação legal ou
moral, passa-se a atentar também para a questão da transparência na prestação dessas
contas, transparência também denominada de accountability. Assim, a obrigação de prestar
contas das entidades sem fins lucrativos deve ser algo transparente.

Tabela 7: Percepções sobre a prestação de contas* Continua...


Atividades Atividades
Percepções religiosas administrativas
S N NS S N NS
Existe algum órgão externo de controle das contas da Diocese? - 3 - - 4 2

13
Existe algum órgão interno de controle das contas da Diocese? - 3 - 3 3 -
Existe algum órgão externo de fiscalização das contas da
- 3 - - 4 2
Diocese?
Existe algum órgão interno de fiscalização das contas da
- 3 - 4 2 -
Diocese?
*Nota: S – sim; N – não; NS – Não sabe ou não tem conhecimento. Dados obtidos em função do
número de respondentes (9).
Fonte: Dados da pesquisa (2018).

Ao identificar que os respondentes apontam a Diocese (5) ou os Paroquianos (5),


como a quem a prestação de contas da entidade deve ser dirigida, destaca-se que tendo a
preocupação de fornecer informações específicas que sejam de interesse de determinados
grupos ou atores, como doadores privados individuais e corporativos que buscam ter
conhecimento sobre o cumprimento do que fora proposto pela organização e sobre a
alocação eficiente dos recursos fornecidos por eles.
Na Igreja Católica, muitas vezes é possível identificar a escassez nos recursos se
eles não forem bem planejados, pois como ela depende quase que exclusivamente de
recursos providos de doações, ela deve manter um planejamento financeiro que demonstre
a realidade da entidade, além de ser de suma importância que a mesma contrate pessoas
especializadas nas funções que envolvam a gestão, administração e contabilidade para que
essas pessoas possam auxiliar para que a entidade tenha um bom andamento, pois muitas
vezes o seu Clero, não possui conhecimento específico sobre a administração e
contabilidade e sim sobre as doutrinas católicas, o que pode prejudicar de forma não
intencional, a estabilidade financeira da mesma.
Podemos observar que somente a disponibilidade e boa vontade não são os
principais requisitos para se ocupar qualquer cargo/função dentro da igreja-instituição. É
necessária a profissionalização de cargos administrativos.

Tabela 8: Identificação do responsável pela prestação de contas*


Atividades Atividades
Responsável pela prestação de contas
religiosas administrativas
Secretários paroquiais, sem formação na área Contábil - 1
Secretários paroquiais, com formação na área Contábil - 1
Contador próprio, com remuneração 3 2
Contador de escritório externo e contratado com remuneração - 2
Total 3 6
Fonte: Dados da pesquisa (2018).

Já quanto a avaliação de desempenho, por parte dos membros que compõem a


Diocese de Mossoró e participaram do presente estudo, nota-se que não é uma realidade
presente dentro da Diocese de Mossoró, como ilustrado na Tabela 9. Segundo Guimarães
et al. (2006), as medidas de desempenho devem ter como base os objetivos da organização
e com isso a sua explicitação. As medidas de desempenho são instrumentos que permitem
o processo de avaliação, que em sua aplicação permitem julgamentos de valor.
Disponibilizar instrumentos que propiciem a padronização de coleta de dados e o
desenvolvimento de indicadores constitui-se numa atividade fundamental para assegurar, no
parâmetro justo da medida técnica, que o processo de avaliação apresente transparência e
seja o mais equitativo possível.

14
Tabela 9: Compreensão dos respondentes quanto a avaliação de desempenho
Atividades Atividades
Avaliação de desempenho
religiosas administrativas
Processo de administração por meio do qual o supervisor e o
subordinado, estabelecem metas e prioridades comuns perante
a organização e ao indivíduo, e delimita a área de 1 5
responsabilidade de cada funcionário, em termos do resultado
total da organização.
Método que visa julgar ou estimar o valor, qualidades da
pessoa, para verificação de sua contribuição dentro da
1 1
organização. É um método que se identifica dificuldades de
supervisão e gerência, integração, adequação e entre outros.
Processo que serve para julgar ou estimar o valor, a excelência
e as competências de uma pessoa e, sobretudo, qual é a sua 1 -
contribuição para o negócio da organização.
Total 3 6
Fonte: Dados da pesquisa (2018).

Dentre os fatores que motivam a Diocese a fazer uso de indicadores de avaliação de


desempenho, destaca-se a cobrança dos doadores (2) e a necessidade de atendimento de
normas eclesiásticas internas ou externas (7). Nesse ínterim, os indicadores de
desempenho devem ser direcionados para Diocese (5), funcionários da Diocese (2) e
paroquianos (2), devendo a produção de tal informação ficar a cargo de um tesoureiro, com
formação na área Contábil (1), Contador próprio, com remuneração (3) ou Contador de
escritório externos e contratado com remuneração (2). Seguindo Guimarães et al. (2006), a
condição de mensuração de resultados faz-se necessária pela escassez de recursos
financeiros, em que a eficiência e eficácia são conceitos chave na produção de evidências
para estabelecer a tomada de decisão. Para Chiavenato e Cerqueira Neto (2003), a falta de
mensuração de resultados dificulta a melhoria dos processos. Para os autores, a ausência
de gerenciamento leva a falta de melhoramento.
As medidas de desempenho são projetadas com o intuito de ajudar os gestores de
forma a controlarem e a manterem-se no caminho traçado. Estas medidas ajudam a
determinar se eles estão a mover-se em direção ao que almejam alcançar. O destino final,
nestes casos, é a satisfação das necessidades das partes interessadas.

Tabela 10: Tipos de indicadores de avaliação de desempenho*


Adotado na
Indicadores de desempenho Conhecido
Diocese
Capacidade de produção 6 2
Investimento em modernização 1 2
Investimento em ação social 3 -
Cultura corporativa - 1
Políticas de remuneração 4 -
Recursos humanos 2 -
Processo e desenvolvimento/ inovação 3 1
Imagem da empresa 1 1
*Nota: Dados obtidos em função do número de respondentes (9).
Fonte: Dados da pesquisa (2018).

15
MacArthur (1996) define o indicador como sendo a função que permite quantificar as
medidas relacionadas a um sistema, produto ou grandeza, com o objetivo de fazer uma
comparação com o que foi planeado. Para Kaplan e Norton (1992) os indicadores de
desempenho, isoladamente não conseguem fazer uma representação clara da performance
de uma organização e nem podem estar focados em todas as áreas com grande relevância
ao mesmo tempo.
Algumas abordagens mostram que a avaliação é um controle realizado após a
execução de determinado projeto, possibilitando estabelecer uma série histórica, sobre
determinada instituição, que sugere um comportamento futuro, não interferindo diretamente
no desenvolvimento de um projeto já iniciado. Sendo assim, a avaliação serve como um
indicador de variação de desempenho em relação aos resultados pretendidos, podendo ser
inferiores, iguais ou superiores a esses resultados (TENÓRIO, 2002).

Tabela 11: Percepções sobre a avaliação de desempenho*


Atividades Atividades
Percepções religiosas administrativas
S N NS S N NS
Existe avaliação de desempenho na entidade? - 2 1 - 5 1
Conhece os objetivos da avaliação de desempenho? 1 1 1 1 5 -
Compreende se a avaliação de desempenho contribui para a
3 - - 5 1 -
melhoria da organização?
*Nota: S – sim; N – não; NS – Não sabe ou não tem conhecimento. Dados obtidos em função do
número de respondentes (9).
Fonte: Dados da pesquisa (2018).

Drucker (1990) deixa clara a importância da apresentação de resultados como


instrumento para assegurar transparência e credibilidade na aplicação de recursos, com
consequências positivas no financiamento das atividades das organizações sem fins
lucrativos. Já para Hudson (1999) demonstra a importância demonstrada pelos diversos
interessados nos resultados das organizações sem fins lucrativos. O processo de avaliação
será considerado bem-sucedido se os produtos ou resultados gerados orientarem tomadas
de decisão.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com o propósito de investigar se a Diocese de Mossoró possui um sistema de


controle de recursos que atenda às necessidades de prestação de contas e avaliação de
desempenho, coube aplicar um questionário junto aos indivíduos que atuam em atividades
de gestão paroquial e administrativa. Ademais, fez-se necessário avaliar as respostas
obtidas como estudo e os instrumentos utilizados pela instituição para averiguar questões de
controle, prestação de contas e avaliação de desempenho. Tudo isso, de modo a subsidiar o
processo de análise de dados e responder ao problema de pesquisa proposto.
Ante ao exposto, identificou-se quanto ao perfil dos gestores das Paróquias que
compõem a Diocese de Mossoró, que seus colaboradores em sua totalidade possui um
nível de escolaridade superior, estão inseridos ativamente nos processos desenvolvidos
pela entidade, porém na maioria das vezes não são reconhecidos pelos mesmos.
Em relação a existência de um sistema de controle de recursos, constatou-se que
ainda é muito ausente na Diocese, não fica claro para os colaboradores e gestores essa
ferramenta. É necessário realizar esse controle para não ocorrer superlotação em uma

16
determinada atividade. No entanto, a ausência de outros controles internos desfavorece a
sustentabilidade econômica.
Já quanto ao atendimento das demandas inerentes a prestação de contas, averígua-
se que a organização tem se empenhado na adoção de práticas, técnicas e adoção de
procedimentos, começou-se a ser implantada em toda diocese a instalação e padronização
da prestação de contas das paróquias, com a aquisição de um sistema online eclesial. Por
fim, quanto a avaliação de desempenho, percebe-se que na Diocese de Mossoró não são
adotados métodos de avaliação de desempenho.
Considerando os pontos enumerados, destaca-se que o presente estudo permitiu
mapear o comportamento da Diocese de Mossoró, quanto a adoção de um sistema de
controle interno que requer melhorias, no sentido de uma atenção maior para a qualidade
nos processos de gestão. O que impacta, diretamente, na eficiência do processo de
prestação de contas e avaliação de desempenho, que precisam ser avaliados sob a
perspectiva dos fiéis que participam das atividades da Diocese. Tudo isso, de modo a
averiguar se o que a instituição oferece em termos de informação é perceptível ou suficiente
para influenciar nas atitudes dos fiéis interessados em dispor parte de seus recursos,
financeiros e pessoais, na construção de uma entidade religiosa capaz de fazer a diferença
na sociedade.
Nesse contexto, destaca-se como limitação do presente estudo o fato de ter tido uma
visão do controle no foco em gestão, poderia ter explorado melhor o foco em adoção de
procedimentos. Diante disso, cabe desenvolver pesquisas que permitam avaliar os
pormenores da questão do controle interno, prestação de contas e avaliação de
desempenho, observando aspectos tais como a criação de relatórios internos que
apresentem planejamento das atividades de rotinas e estratégias. Ademais, o
desenvolvimento de pesquisas que envolvam a Igreja e Contabilidade se fazem
necessárias, uma vez que, a participação cada vez maior de instituições deste tipo em
defesa dos direitos difusos e de cidadania, que cada vez mais devem estar providos de
técnica sem com isso perder de vista no horizonte seus ideais, estes que os servem como
legitimidade de base.

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22
Apêndice A

Prezado/a,

Meu nome é Layon Alcântara Cosme, sou estudante do curso de Ciências Contábeis
da Universidade Federal Rural do Semiárido, e estou coletando dados para desenvolver
meu Trabalho de Conclusão de Curso, que está sob a orientação dos professores
Thaiseany de Freitas Rego e Ítalo Carlos Soares do Nascimento. Nesse sentido, gostaria de
contar com sua colaboração, no sentido de concluir minha pesquisa, que se propõe a
investigar se a Diocese de Mossoró possui um sistema de controle de recursos que atenda
às necessidades de prestação de contas e avaliação de desempenho.

Destaco que as informações aqui coletadas são confidenciais e serão utilizadas


apenas para fins acadêmicos.

Atenciosamente,
Layon Alcântara Cosme – Discente de curso de Ciências contábeis da UFERSA
Profa. Dra. Thaiseany de Freitas Rêgo – Docente da UFERSA
Prof. Esp. Ítalo Carlos Soares do Nascimento – Docente da UFERSA

_____________________________________

Formulário

Bloco 1: Perfil sociodemográfico

1) Gênero:
( ) Masculino
( ) Feminino
( ) Outro. Especificar qual: __________________________________________

2) Idade em anos completos: _______(anos)

3) Função que ocupa na Diocese de Mossoró:


( ) Contador
( ) Auxiliar Contábil
( ) Auxiliar Administrativo
( ) Bispo Diocesano
( ) Vigário Geral
( ) Ecônomo Diocesano
( ) Outro. Especificar qual: __________________________________________

4) Formação académica:
( ) Ensino fundamental incompleto
( ) Ensino fundamental completo
( ) Ensino médio incompleto
( ) Ensino médio completo
( ) Ensino superior incompleto

23
( ) Ensino superior completo
( ) Outro. Especificar qual: __________________________________________

5) Há quantos anos (anos completos) trabalha a serviço da Diocese de Mossoró?


_______(anos)

6) Qual a sua carga-horária semanal? ___________(horas)

Bloco 2: Sistema de controle de recursos

7) O que compreende como controle interno?


( ) Plano de uma organização, o conjunto de procedimentos, métodos ou rotinas.
( ) Conjunto de medidas adotadas pela empresa com o intuito de proteger o seu
patrimônio, fornecendo registros contábeis fidedignos, possibilitando uma correta tomada de
decisão.
( ) Conjunto de diversos procedimentos, métodos ou rotinas para que possa produzir
dados confiáveis para ajudar a administração da empresa na condução dos diversos fatos
existentes rotineiramente.
( ) Outra. Especificar qual: __________________________________________
( ) Não sabe ou não tem conhecimento.

8) Qual ou quais dos tipos de controle interno você conhece?


( ) Controle de Estoque
( ) Controle do Imobilizado
( ) Controle de Contas a Pagar
( ) Controle de Contas a Receber
( ) Conciliação
( ) Controle Orçamentário
( ) Fluxo de Caixa
( ) Análise das Demonstrações Contábeis
( ) Controle Tributário
( ) Outro. Especificar qual: __________________________________________

9) Qual ou quais dos tipos de controle interno a Diocese de Mossoró adota?


( ) Controle de Estoque
( ) Controle do Imobilizado
( ) Controle de Contas a Pagar
( ) Controle de Contas a Receber
( ) Conciliação
( ) Controle Orçamentário
( ) Fluxo de Caixa
( ) Análise das Demonstrações Contábeis
( ) Controle Tributário
( ) Outro. Especificar qual: __________________________________________

10) Existem políticas e ações, de natureza preventiva, para diminuir os riscos e


alcançar os objetivos estabelecidos pela organização?
( ) Sim. Especificar qual: __________________________________________

24
( ) Não
( ) Não sabe ou não tem conhecimento

11) Existem políticas e ações, de detecção, para diminuir os riscos e alcançar os


objetivos estabelecidos pela organização?
( ) Sim. Especificar qual: __________________________________________
( ) Não
( ) Não sabe ou não tem conhecimento

12) As atividades de controle adotadas pela Diocese de Mossoró são apropriadas e


funcionam consistentemente, de acordo com um plano de longo prazo?
( ) Sim. Especificar qual: __________________________________________
( ) Não
( ) Não sabe ou não tem conhecimento

13) As atividades de controle adotadas pela Diocese de Mossoró possuem custo


apropriado ao nível de benefícios que possam derivar de sua aplicação?
( ) Sim. Especificar qual: __________________________________________
( ) Não
( ) Não sabe ou não tem conhecimento

14) As atividades de controle adotadas pela Diocese de Mossoró são abrangentes e


razoáveis?
( ) Sim. Especificar qual: __________________________________________
( ) Não
( ) Não sabe ou não tem conhecimento

15) As atividades de controle adotadas pela Diocese de Mossoró estão diretamente


relacionadas com os objetivos de controle?
( ) Sim. Especificar qual: __________________________________________
( ) Não
( ) Não sabe ou não tem conhecimento

16) O sistema de controle interno da Diocese é constantemente monitorado para


avaliar sua validade e qualidade ao longo do tempo?
( ) Sim. Especificar qual: __________________________________________
( ) Não
( ) Não sabe ou não tem conhecimento

17) O sistema de controle interno da Diocese tem contribuído para a melhoria do


desempenho?
( ) Sim. Especificar qual: __________________________________________
( ) Não
( ) Não sabe ou não tem conhecimento

18) Qual dos fatores abaixo motiva a adoção do controle interno na Diocese de
Mossoró?
( ) Cobrança dos doadores
( ) Atendimento de normas eclesiásticas internas ou externas
25
( ) Sustentabilidade das paróquias
( ) Outro. Especificar qual: ________________________________________

19) A quem é dirigido o controle interno da Diocese de Mossoró?


( ) Diocese
( ) Funcionários da Diocese
( ) Paroquianos
( ) Doadores
( ) Poder público municipal
( ) Poder público estadual
( ) Poder público federal
( ) Órgãos de controle. Especificar qual: ____________________________
( ) Órgão de fiscalização. Especificar qual: ____________________________

20) Quem é o responsável pelo controle interno da Diocese de Mossoró?


( ) Contador
( ) Auxiliar Contábil
( ) Auxiliar Administrativo
( ) Bispo Diocesano
( ) Vigário Geral
( ) Ecônomo Diocesano
( ) Outro. Especificar qual: __________________________________________

Bloco 3: Prestação de contas

21) O que compreende como prestação de contas?


( ) Ação realizada na área da economia e das finanças, pública ou privada, que
consiste na apresentação de um relatório que mostra os movimentos financeiros ou
econômicos de uma empresa, de uma entidade pública ou de um indivíduo durante
determinado período de tempo.
( ) Processo político focalizado na procura da sustentação e credibilidade das
Instituições públicas e do Governo de um pais, relacionando esta premissa à capacidade
atual das organizações em função da geração de recursos suficientes e, de percorrer o
caminho de acordo com a visão estabelecida, definindo o horizonte a ser atingido no longo
prazo.
( ) Obrigação de uma pessoa ou de uma entidade a apresentar relatórios
relativamente a transações económicas. Deste modo, ao prestar contas, deve-se apresentar
balanços ou estados financeiros.
( ) Outra. Especificar qual: __________________________________________

22) Qual dos fatores abaixo motiva a Prestação de contas?


( ) Cobrança dos doadores
( ) Atendimento de normas eclesiásticas internas ou externas
( ) Sustentabilidade das paróquias
( ) Outro. Especificar qual: ________________________________________

23) A quem é dirigida a Prestação de contas?


( ) Diocese

26
( ) Funcionários da Diocese
( ) Paroquianos
( ) Doadores
( ) Poder público municipal
( ) Poder público estadual
( ) Poder público federal
( ) Órgãos de controle. Especificar qual: ____________________________
( ) Órgão de fiscalização. Especificar qual: ____________________________

24) Quem é o responsável pela elaboração da prestação de contas?


( ) Tesoureiro, sem formação na área Contábil
( ) Tesoureiro, com formação na área Contábil
( ) Secretários paroquiais, sem formação na área Contábil
( ) Secretários paroquiais, com formação na área Contábil
( ) Contador próprio, sem remuneração (voluntário)
( ) Contador próprio, com remuneração
( ) Contador de escritório externo e contratado sem remuneração (voluntário)
( ) Contador de escritório externo e contratado com remuneração

25) A aplicação dos recursos é informada aos Doadores:


( ) Sistematicamente. Especificar como: _____________________________
( ) Quando solicitados. Especificar como: ____________________________
( ) Não são informados
( ) Outra. Especificar qual: ________________________________________

26) Qual o meio mais utilizado para Prestação de contas?


( ) Relatórios afixados em mural
( ) Relatórios disponibilizados na Diocese
( ) Portal eletrônico da Diocese
( ) Comunicação verbal em atividades religiosas
( ) Jornais internos
( ) Boletins internos
( ) Outras. Especificar qual: ________________________________________

27) Quais dos instrumentos abaixo são elaborados pela Diocese?


( ) Relatório de Atividades
( ) Balanço Patrimonial
( ) Demonstração do Superávit ou Déficit do Exercício
( ) Demonstração dos Fluxos de Caixa
( ) Demonstração das Mutações do Patrimônio Social
( ) Notas Explicativas
( ) Informações bancárias (conciliação)
( ) Inventário patrimonial
( ) Parecer do Conselho Fiscal
( ) Outro. Especificar qual? _______________________________________

28) Existe algum órgão externo de controle das contas da Diocese?

27
( ) Sim. Especificar qual: __________________________________________
( ) Não
( ) Não sabe ou não tem conhecimento

29) Existe algum órgão interno de controle das contas da Diocese?


( ) Sim. Especificar qual: __________________________________________
( ) Não
( ) Não sabe ou não tem conhecimento

30) Existe algum órgão externo de fiscalização das contas da Diocese?


( ) Sim. Especificar qual: __________________________________________
( ) Não
( ) Não sabe ou não tem conhecimento

31) Existe algum órgão interno de fiscalização das contas da Diocese?


( ) Sim. Especificar qual: __________________________________________
( ) Não
( ) Não sabe ou não tem conhecimento

Bloco 4: Avaliação de desempenho

32) O que compreende como avaliação de desempenho?


( ) Processo de administração por meio do qual o supervisor e o subordinado,
estabelecem metas e prioridades comuns perante a organização e ao indivíduo, e delimita a
área de responsabilidade de cada funcionário, em termos do resultado total da organização.
( ) Método que visa julgar ou estimar o valor, qualidades da pessoa, para verificação
de sua contribuição dentro da organização. É um método que se identifica dificuldades de
supervisão e gerência, integração, adequação e entre outros.
( ) Processo que serve para julgar ou estimar o valor, a excelência e as competências
de uma pessoa e, sobretudo, qual é a sua contribuição para o negócio da organização.
( ) Outra. Especificar qual: __________________________________________

33) Qual ou quais dos tipos de indicadores de avaliação de desempenho você


conhece?
( ) Capacidade de produção
( ) Investimento em modernização
( ) Investimento em ação social
( ) Cultura corporativa
( ) Políticas de remuneração
( ) Recursos humanos
( ) Processos e desenvolvimento/inovação
( ) Imagem da empresa
( ) Outra. Especificar qual: __________________________________________

34) Existe avaliação de desempenho na entidade?


( ) Sim. Especificar qual: __________________________________________
( ) Não
( ) Não sabe ou não tem conhecimento

28
35) Qual ou quais dos tipos de indicadores de avaliação de desempenho a Diocese de
Mossoró adota?
( ) Capacidade de produção
( ) Investimento em modernização
( ) Investimento em ação social
( ) Cultura corporativa
( ) Políticas de remuneração
( ) Recursos humanos
( ) Processos e desenvolvimento/inovação
( ) Imagem da empresa
( ) Outra. Especificar qual: __________________________________________

36) Conhece os objetivos da avaliação de desempenho?


( ) Sim. Especificar qual: __________________________________________
( ) Não
( ) Não sabe ou não tem conhecimento

37) Compreende se a avaliação de desempenho contribui para a melhoria da


organização?
( ) Sim
( ) Não
( ) Não sabe ou não tem conhecimento

38) Qual dos fatores abaixo motiva a avaliação de desempenho da Diocese de


Mossoró?
( ) Cobrança dos doadores
( ) Atendimento de normas eclesiásticas internas ou externas
( ) Sustentabilidade das paróquias
( ) Outro. Especificar qual: ________________________________________

39) A quem é dirigida a avaliação de desempenho da Diocese de Mossoró?


( ) Diocese
( ) Funcionários da Diocese
( ) Paroquianos
( ) Doadores
( ) Poder público municipal
( ) Poder público estadual
( ) Poder público federal
( ) Órgãos de controle. Especificar qual: ____________________________
( ) Órgão de fiscalização. Especificar qual: ____________________________

40) Quem é o responsável pela avaliação de desempenho da Diocese de Mossoró?


( ) Tesoureiro, sem formação na área Contábil
( ) Tesoureiro, com formação na área Contábil
( ) Secretários paroquiais, sem formação na área Contábil
( ) Secretários paroquiais, com formação na área Contábil
( ) Contador próprio, sem remuneração (voluntário)

29
( ) Contador próprio, com remuneração
( ) Contador de escritório externo e contratado sem remuneração (voluntário)
( ) Contador de escritório externo e contratado com remuneração

30
Apêndice B – Checklist

Para cada um dos itens abaixo, indique com “1”, se a informação foi constatada ou está
disponível, e “0” se a mesma não for constatada ou estiver indisponível nos relatórios
indicados.

Relatório de Atividades
( ) Relatório disponível. Especificar onde: ______________________________
( ) Relatório indisponível
Itens que aborda Constatação
Tipo de atuação
Lista com os programas realizados pela entidade
Número de beneficiados por programa ou atuação
Valores gastos, por programa ou atuação
Número de voluntários por programa ou atuação

Balanço patrimonial
( ) Demonstração disponível. Especificar onde: ______________________________
( ) Demonstração indisponível
Itens que aborda Constatação
Assinado por Contador responsável
Banco conta movimento sem restrição
Banco conta movimento com restrição
Aplicações financeiras sem restrição
Aplicações financeiras com restrição
Mensalidades de terceiros
Atendimentos realizados
Recursos de parcerias em projetos
Produtos próprios para venda
Produtos doados peara venda
Bens sem restrição
Bens com restrição
Recursos de projetos em execução
Recursos de convênios em execução
Subvenções e assistências governamentais a realizar
Patrimônio social
Superávit ou déficit acumulado

Demonstração do Superávit ou Déficit do Exercício


( ) Demonstração disponível. Especificar onde: ______________________________
( ) Demonstração indisponível
Itens que aborda Constatação

31
Assinada por Contador responsável
Receitas com restrição
Receitas sem restrição
Gratuidades
Trabalho voluntário
Receitas de serviços prestados
Contribuições voluntárias
Doações voluntárias
Custos com programas ou atividades
Gratuidades concedidas
Despesas com trabalho voluntário

Demonstração dos Fluxos de Caixa


( ) Demonstração disponível. Especificar onde: ______________________________
( ) Demonstração indisponível
Itens que aborda Constatação
Assinada por Contador responsável
Recursos recebidos de entidades governamentais
Recursos recebidos de entidades privadas
Recursos recebidos de doações voluntárias
Recursos recebidos de contribuições voluntárias
Pagamento da aquisição de bens e serviços executados

Demonstração das Mutações do Patrimônio Social


( ) Demonstração disponível. Especificar onde: ______________________________
( ) Demonstração indisponível
Itens que aborda Constatação
Assinada por Contador responsável
Patrimônio social
Doações
Subvenções
Fundo institucional
Fundo especial
Outras reservas
Ajuste de avaliação patrimonial
Recursos de superávit com restrição
Transferência de superávit de recursos sem restrição
Superávit/ déficit
Total do patrimônio social

Notas Explicativas

32
( ) Notas disponíveis. Especificar onde: ______________________________
( ) Notas indisponíveis
Itens que aborda Constatação
Contexto operacional da entidade, incluindo a natureza social e
econômica e os objetivos sociais
Os critérios de apuração da receita e da despesa, especialmente com
gratuidade, doação, subvenção, contribuição e aplicação de recursos
a renúncia fiscal relacionada com a atividade deve ser evidenciada nas
demonstrações contábeis como se a obrigação devida fosse
as subvenções recebidas pela entidade, a aplicação dos recursos e as
responsabilidades decorrentes dessas subvenções
os recursos de aplicação restrita e as responsabilidades decorrentes
de tais recursos
os recursos sujeitos a restrição ou vinculação por parte do doador
eventos subsequentes à data do encerramento do exercício que
tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação
financeira e os resultados futuros da entidade
as taxas de juros, as datas de vencimento e as garantias das
obrigações em longo prazo
informações sobre os seguros contratados
a entidade educacional de ensino superior deve evidenciar a
adequação da receita com a despesa de pessoal, segundo parâmetros
estabelecidos pela Lei das Diretrizes e Bases da Educação e sua
regulamentação
os critérios e procedimentos do registro contábil de depreciação,
amortização e exaustão do ativo imobilizado, devendo ser observado a
obrigatoriedade do reconhecimento com base em estimativa de sua
vida útil
segregar os atendimentos com recursos próprios dos demais
atendimentos realizados pela entidade
todas as gratuidades praticadas devem ser registradas de forma
segregada, destacando aquelas que devem ser utilizadas na prestação
de contas nos órgãos governamentais, apresentando dados
quantitativos, ou seja, valores dos benefícios, número de atendidos,
número de atendimentos, número de bolsistas com valores e
percentuais representativos
demonstra, comparativamente, o custo e o valor reconhecido quando
este valor não cobrir os custos dos serviços prestados

Informações bancárias (conciliação)


( ) Informação disponível. Especificar onde: ______________________________
( ) Informação indisponível
Itens que aborda Constatação
Identificação da instituição financeira
Número da conta
Tipo de conta (ex.: conta corrente, poupança, aplicação, etc.)

33
Cópias dos extratos bancários ou equivalente
Conciliação bancária

Inventário patrimonial
( ) Inventário disponível. Especificar onde: ______________________________
( ) Inventário indisponível
Itens que aborda Constatação
Livro Tombo
Relação de todos os bens móveis, com identificação e características
do bem
Data e forma de incorporação do bem móvel
Localização do bem móvel
Valor individual do bem móvel
Informações que destaquem se o bem móvel é de propriedade da
entidade ou está em poder de terceiros
Relação de todos os bens imóveis, com identificação e características
do bem
Data e forma de incorporação do bem imóvel
Localização do bem imóvel
Valor individual do bem imóvel
Informações que destaquem se o bem imóvel é de propriedade da
entidade ou está em poder de terceiros

Parecer do Conselho Fiscal


( ) Parecer disponível. Especificar onde: ______________________________
( ) Parecer indisponível
Itens que aborda Constatação
Conselho fiscal previsto no Estatuto
Emite parecer com aprovação ou não da prestação de contas
Possui atas de reunião
Formado por membros da sociedade
Formado por membros da Igreja
Formado por membros da sociedade e da Igreja

34

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