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II - ANO
CALULO, 2022
UNIDADE I. ASPECTOS HISTÓRICOS DA PSICOLOGIA DO
DESENVOLVIMENTO
INTRODUÇÃO
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Desde a fundação da psicologia como ciência, muito psicólogos e pesquisadores,
distribuídos nos vários ramos do saber psicológico, todos imbuídos no interesse de
contribuir para o progresso desta ciência, onde a psicologia do desenvolvimento é um
dos seus ramos.
Vários estudos comparativos históricos e objectivos foram feitos neste ramo, com a
finalidade de compreender as mudanças que ocorrem no sujeito ao longo dos tempos.
“O desenvolvimento humano e muito rico e diversificado. Cada pessoa tem suas
características próprias, que a distinguem das outras pessoas, e seu próprio ritmo de
desenvolvimento.
Por mais que estudemos e nos esforcemos para compreender 0 comportamento humano
e seu desenvolvimento, ele sempre reserva surpresas e imprevistos.” Exemplos de
estudos que ilustram dramaticamente a diferença de ritmos de crescimento e
desenvolvimento das espécies.
Um casal de psicólogos criaram o seu filho Donald juntamente com um chimpanzé bebé
chamado Gua. Ambos eram tratados tanto quanto possível da mesma maneira; usavam
as mesmas roupas, a comida era a mesma, o carinho e o amor era o mesmo. Foram
ensinados da mesma forma e tinham o mesmo tempo de prática no que diz respeito a
estar de pé, andar, comer com colher e mesmo tempos do treino do controlo dos
esfíncteres.
Resultados: foi uma experiência muito pesada para o pobre Donald, pois Gua
ultrapassava-o em tudo. Quando Donald mal se levantava e ficar em pé, já Gua andava,
corria, fazia piruetas. Quando Donald tinha dificuldades em pegar numa colher, Gua
usava-a com facilidade para comer sem entornar. Só aos nove meses Donald começou
alcançar Gua, quando ele já tinha alcançado o seu potencial genético. Donald começou
a obedecer ordens verbais, a ultrapassar Gua no desenvolvimento da linguagem.
Um outro casal de psicólogo sem filhos criou um chimpanzé chamado Vicki, com a
intenção de fazer com que ele falasse, a pesar do esforço, três anos depois Vicki
pronunciava apenas ocasionalmente algumas palavras. Ao passo que uma criança de três
anos tem um vocabulário de mais de novecentas palavras. É muito antiga a preocupação
da humanidade para com a criança quanto ao seu desenvolvimento.
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A Psicologia do desenvolvimento surgiu das ideias ou contribuições isoladas expelidas,
por Filósofos, biólogos, linguistas, criminalistas e outros pensadores. São estas
contribuições que se constituíram em acervo dos estudos que actualmente temos sobre a
criança e seu desenvolvimento. De entre outras se citam as de:
Charles Darwin (1809-1882). É conhecido pela sua teoria da evolução das espécies
evocada na obra – The origin of species, 1859. Herói do evolucionismo. Darwin postula
que apenas os mais fortes sobrevivem ao longo da luta pela existência e que são
somente eles que se reproduzem (teoria da selecção natural)
Seus estudos sobre a evolução das espécies deram maior impulso para o exame
científico do desenvolvimento infantil, pois motivaram outros pesquisadores a
observação das crianças para identificar nelas diferentes formas da adaptação ao meio
ambiente e a influência da herança no seu comportamento.
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Arnol Gessel. Na década de 1920, analisou o comportamento infantil em diferentes
idades por meio de filmes, estabelecendo pela primeira vez um desenvolvimento
intelectual por etapas a semelhança do desenvolvimento físico.
Além destes registos gerais sobre as actividades das crianças, apareceram diários
parciais em que não se registam o desenvolvimento da criança em todos aspectos, por
exemplo, apenas no progresso quanto ao desenho, na linguagem, etc. A título de
referência, Georges Henri Luquet, publicou a coleção de desenhos de sua filha, ate aos
10 anos, acompanhada da explicação em termos da evolução.
Estes e outros estudos surgiram por um lado para revolucionar a ciência e por outro para
salvar a criança da condição de um adulto em miniatura, conceito que vinha vigorando
até séc. XVII.
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Para o exercício de definição da Psicologia do Desenvolvimento, importa antes de mais
descodificar os termos Psicologia e Desenvolvimento.
● Desenvolvimento.
Não existe uma única definição, mas sim definições. Assim podemos precisar uma das
definições, sendo, uma ciência que estuda os processos de crescimento pré e pós-
natal do indivíduo, incluindo a maturação do comportamento, em função dos
eventos que sucedem nas diferentes etapas da vida.
A par dos objectivos que esta ciência prossegue, eis de entre outras as tarefas da
psicologia do desenvolvimento:
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Importância da psicologia do desenvolvimento.
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Utilidades da Psicologia do Desenvolvimento para Educadores
Exemplo: falar "fazi" aos três ou quatro anos e um comportamento maduro, pois a
maioria das crianças dessa idade fala dessa maneira, mas é imaturo aos oito ou nove
anos. PILETTI (2008, p. 181).
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Objecto de estudo Psicologia do Desenvolvimento
Todo e qualquer ciência, o que lhe confere a valida é de facto o seu objecto de estudo.
Portanto sendo a psicologia do desenvolvimento um ramo da psicologia é o campo de
atuação que define o que estuda. A final, o que a psicologia do desenvolvimento estuda?
Estuda as mudanças, as alterações no indivíduo ao longo do tempo. Esta área
mostra-nos que o desenvolvimento biológico intervém na evolução da criança, mas que
também a estimulação ambiental desempenha um importante papel. Entretanto, ela
trata de todos os processos de crescimento e maturação, que se dão no indivíduo, desde
período antes de nascer, nascimento até a idade senil. SILVA (1994, p. 12).
Método Transversal:
Nos estudos transversais, estudam-se simultaneamente sujeitos de idades diferentes,
com o objectivo de analisar as diferenças relacionadas com a idade nas características
que interessam para o estudo. Contudo este tipo de estudos não permite realizar um
acompanhamento das modificações relacionadas com a idade.
Exemplo ensino regular e ensino de adultos.
Métodos Normativos: Já os normativos recorrem a testes e analisam estatisticamente
resultados com o objectivo de comparar os níveis de desenvolvimento.
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Aspectos e fases ou períodos do desenvolvimento. Factores que interferem no
desenvolvimento humano.
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3- O desenvolvimento progride de respostas gerais para respostas especificas. Ex:
Quanto mais se desenvolve a cognição, mais 0 individuo se torna capaz de
respostas especificas.
4- Cada parte do organismo apresenta um ritmo próprio de desenvolvimento. Ex:
Enquanto o cérebro atinge 80% do peso do cérebro adulto aos quatro anos de
idade, os testículos e ovários só chegam aos 80% por volta dos 18 ou 19 anos
5- O ritmo de desenvolvimento de cada individuo tende a permanecer constante.
Ex: Há moças que tem a primeira menstruação aos doze anos, outras aos quinze,
outras aos dezassete.
- Psicologia
- Biologia
- Sociologia
- História
- Filosofia
- Anatomia
- Matemática, etc.
Da Psicologia do Desenvolvimento, também nasceram outras ciências, por este facto,
são consideradas como seus ramos:
- Genética
- Psicologia da personalidade (Psicologia infantil, do adolescente, da 1ª juventude, do
adulto e Gerontopsicologia).
- Psicologia da aprendizagem
- Psicologia fisiológica
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- Psicopatologia.
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- Evolução dos processos mentais e capacidades para aprender e
solucionar problemas por parte do indivíduo;
- A motivação, a curiosidade e a maturação neurofisiológica. A cognição
Domínio cognitivo ou Campo envolve percepção, imaginação, julgamento, memória, linguagem e
Cognitivo capacidade de abstrair, como processos usados para pensar e tomar
decisões,
- Educação, incluindo o currículo formal, adoptado pelas Escolas, cuidado
informal, vindo dos pais ou famílias.
Dentro das numerosas correntes que têm surgido ao longo da história e que se ocupam
no estudo do desenvolvimento humano se pode classificar em três classes, de maneira
aproximada:
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Teorias histórico-culturais ou socioculturais: tais como a teoria do Ciclo Vital de
Baltes, Smith e Lipsit, a teoria Ecológico de Bronfenbrenner ou a teoria Sociocultural
de Vygotsky sustentavam a importância da sociedade e dos factores normativos como a
geração, o momento histórico e factores ambiente, na influência do desenvolvimento de
um indivíduo ao longo de sua vida.
Não existem nenhuma e qualquer actividade que seja que se realize sem o uso de
método.
►Métodos gerais
Trata-se de métodos também usados em ciências empíricas (Ciências que o seu estudo
baseia-se na observação e experimentação e não em opiniões ou crenças). Fazem parte
de grupo, os métodos tais como: Observação Cientifica, Experimental, Correlacional;
Estudo de caso; Pesquisa de levantamento e Descritivo.
Observação Cientifica.
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casa, estádios, praças, ruas, nos cinemas e em outros espaços de aglomeração de gente
(num festival, por exemplo).
Método Experimental.
► Vantagens
Método correlacional
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É um método confinado para verificação da co-variação de dois fenómenos, isto é se
variam junto. Ex: Estudos que relacionam a punição materna e agressividade infantil;
Inteligência e ansiedade.
São também denominadas pesquisas Ex-pós Factum. Servem para estudar um fenómeno
em que as variáveis independentes e dependentes, já ocorreram.
O pesquisador limita-se na colecta de dados para obter informações sobre tais variáveis,
Os métodos de colecta de dados mais utilizados na pesquisa levantamento são as
entrevista e questionários.
Estudo de caso
Descritivo
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Trata-se de um método simples que consiste na observação e registo das ocorrências dos
fenómenos. O seu grau de precisão varia desde a observação causal a observação mais
controlada, feito tanto no meio natural, como no laboratório. Este método é auxiliado
pelas técnicas como: o uso do espelho de visão unilateral (para observar
comportamentos de crianças, sem que estas saibam que estão sendo observadas) e a
amostragem de comportamentos, que por sinal a observação deve ser feita por vários
intervalos de pouca duração, ao invés de uma observação maciça.
► Métodos básicos.
Observação longitudinal
► Vantagens
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É uma observação sincrónica. Este método usa-se sempre que se pretender estudar o
desenvolvimento de diferentes grupos de indivíduos de diversas idades, com vista a
detectar semelhanças no seu desenvolvimento. Também tem suas vantagens e
desvantagens.
► Vantagens
● É rápido, fácil e económico
● Consome pouco tempo
► Desvantagem
Para sua aplicação, primeiro estuda-se vários grupos de indivíduos de diferentes idades
– abordagem transversal e depois o mesmo grupo de indivíduos em diferentes etapas
da vida – abordagem longitudinal.
A ética na pesquisa
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A Society for Resech in child Development (1996) determina que a “prudência deve
ser exercida no relatório dos resultados e na confecção de laudos e que o
pesquisador deve ser cuidadoso quanto as implicações sociais, politicas e
humanas”, a pesquisa pode trazer.
Desenvolvimento humano.
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► Da comunidade, etc., etc. Assim, serão sucedidos os indivíduos que nascerem de
mães sadias e sociedades bem sucedidas.
Embora que o desenvolvimento seja considerado contínuo, para estudá-lo dividiu-se o
processo em duas grandes fases e que por seu turno subdividido, tais como:
Desenvolvimento Pré-natal e Pós-natal.
Desenvolvimento Pré-natal
Estágio da Fecundação/zigótico
O novo ser humano, começa com a fecundação, que ocorre no momento em que uma
célula espermática (espermatozoide) de um indivíduo do sexo masculino se une ao
óvulo (fértil) de um indivíduo do sexo feminino, formando uma única célula, chamada
de zigoto. O espermatozoide e o óvulo são chamados de gâmetas ou células sexuais.
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Estágio germinal.
O zigoto que conseguir implantar-se no útero, vai viver durante a gestação num órgão
que se chama Placenta.
☻Funções:
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► Autonomizar o sistema circulatório e excretor em relação a mãe, por intermédio das
membranas.
► Manter presente o líquido amniótico, que amortece o feto e que reduz o impacto de
qualquer pancada súbita sobre a gestante e consequentemente ao feto.
Estágio embrionário
Ainda durante este período sobre o futuro ser observam-se de entre outras as seguintes
ocorrências:
Estágio fetal
O período fetal inicia-se com todos os órgãos do corpo formados na sua quase
totalidade, pois apenas falta o seu amadurecimento e o início do seu funcionamento.
Embora as alterações se processem de maneira ininterrupta, em cada mês ocorrem
transformações características.
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Durante este período sobre o feto ocorrem transformações, no que tange ao seu
desenvolvimento.
► Os órgãos sexuais adquirem discernimento, embora não haja distinção clara entre
macho e fêmea.
Se o embrião for masculino (xy), um gene sobre o cromossoma y, envia um sinal
bioquímico que inicia a formação dos órgãos sexuais masculinos. E para o sexo
feminino (xx), nenhum sinal é enviado e já se começa a formação dos órgãos sexuais
femininos, já que se trata da gônada indiferenciada. Nesta senda começa o
desenvolvimento dos órgãos internos como, Vagina e Útero e só depois a estrutura
externa, a vulva, grandes e pequenos lábios e o clitóris.
►O feto adquire um aspecto definitivamente humano;
►A cabeça, proporcionalmente muito maior do que o resto do corpo vai
progressivamente endireitando-se;
► O rosto acaba de se constituir: os olhos, anteriormente situados nos lados, passam a
estar à frente, embora muito separados, revestidos por uma pele que se transformará nas
pálpebras; os lábios vão ganhando a sua forma, enquanto que as orelhas, ainda não
totalmente moldadas, ocupam uma posição mais baixa;
► Começa a se distinguir os dedos das mãos e dos pés, já que os membros ficam mais
compridos, sobretudo os superiores;
► O fígado encontra-se muito desenvolvido, o tubo digestivo começa a funcionar e os
rins trabalham em perfeitas condições, pois o feto ingere líquido amniótico, que é
absorvido nos intestinos, acabando por verter urina no meio que o rodeia;
► O feto começa a movimentar-se. No final do terceiro mês, o feto mede cerca de 10
cm e pesa perto de 30 grs.
Segundo trimestre
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► Os membros encontram-se igualmente desenvolvidos e as mãos tão formadas que as
impressões digitais já se encontram definidas.
No final do quarto mês, o feto mede cerca de 16 cm e pesa perto de 150 g.
▲ Quinto mês.
É a etapa de amadurecimento do funcionamento dos órgãos:
► O coração bate com tanta força que pode ser facilmente auscultado com um
estetoscópio obstétrico.
► Os olhos ainda permanecem proeminentes e as pálpebras continuam fechadas.
► Os movimentos do feto são tão nítidos que são perceptíveis períodos de sono
intercalados com outros de plena actividade, em que agita as pernas e os braços,
sobretudo quando a mãe está deitada, existindo momentos em que chupa o polegar com
satisfação.
► Crescem as sobrancelhas e os cabelos vão crescendo. Nesta fase, o feto mede cerca
de 25 cm e pesa entre 250 a 300 g.
▲ Sexto mês.
Terceiro trimestre
Neste período cada dia que passa melhora a probabilidade não só de sobrevivência
extra-uterina mas também os dos primeiros meses de vida serem saudáveis e felizes
para o bebe e seus pais. Este trimestre corresponde ao sétimo, oitavo e nono meses.
Durante este trimestre eis as transformações sobre o feto:
►Sétimo mês
Embora o crescimento, ao longo deste mês, seja mais lento, na medida em que o feto
movimenta as mãos com suavidade e precisão, abre e fecha os olhos, reage a estímulos
com precisão em relação ao trimestre anterior, pode-se notar que:
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► O sistema nervoso amadurece significativamente;
► O feto gira e coloca-se com a cabeça para baixo, apontando para a pélvis materna,
como se estivesse a preparar-se para nascer.
Ex. Um feto com 24 semanas e que pese cerca de 600 gramas, não tem hipóteses de
sobreviver, mesmo que tenha óptimos cuidados médicos.
No final do sétimo mês o feto mede cerca de 40 cm e pesa entre 1,2 a 1,4 kg.
▲ Oitavo mês.
▲ Nono mês.
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► Proporcionalidade da cabeça, pois mede 1/4 do comprimento total do corpo, as
orelhas estão separadas do crânio, o nariz bem formado e os olhos adoptam uma cor
azul acinzentada.
► Aumento do peso de mais de 2000 gramas em média, para 3400 ou 3500 gramas,
com um comprimento de 50 cm (nas duas últimas semanas), sob forma de gorduras que
serão queimadas nos primeiros dias após o nascimento, antes do leite materno se
estabilizar concretamente, enquanto ocorre a adaptabilidade do novo ser no novo
ambiente;
► Inicio da relação mãe-filho e não só, pois o tamanho e os movimentos do feto são
mais conscientes, os sons, cheiro e comportamento da futura mãe tornam-se parte da
consciência fetal.
Infância “Hunt afirmou que, quanto mais vemos, ouvimos e tocamos no início da
infância, mais queremos ver, ouvir e tocar posteriormente”. Sprithall e Sprinthall (1993,
p. 437) Este período esta dividido em dois: Primeira Infância e Segunda Infância.
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Primeira Infância: nesta altura a criança é marcada por uma impulsividade motora, que
consiste na exploração do novo meio nos primeiros meses de vida, mais tarde, a criança
desenvolve sentimentos emocionais, ela está profundamente ligada ao meio familiar , a
separação da criança da mãe e do meio familiar é traumatizante e gera reacções de
ansiedade e depressão. Na parte final da primeira infância, é marcada por um aumento
da actividade sensório motor e projetivo, caracterizado pela “lei do efeito”, o
surgimento da marcha permitirá a criança a descobrir o espaço. A linguagem permitirá
a criança a separar os objectos, a imitação elemento útil nesta fase.
Segunda Infância: nesta fase da infância, aos três anos, é conhecida como fase dos
porquês. É marcada pelas birras, isto é, o desejo e o querer toma conta da criança, o
educador é chamado para ajudar a criança a não se tornar egoísta e avara. É uma fase
muito importante e deve ser muito bem acompanhado pelos educadores e pais porque é
determinante na definição do EU na vida futura do indivíduo, devido os complexos de
Édipo e Electra. No final deste período, por volta dos 8 anos, a criança volta-se para o
que se passa à sua volta e quer aprender a conhecer a existências das coisas, para os
educadores é o momento apropriado para ensinar e instruir com exemplos e palavras.
Adolescência Fase do desenvolvimento humano marcado por varias mutações, tudo por
conta do amadurecimento do sistema endócrino, desde as fisiológicas, isto é, a nível das
funções orgânicas, ex: o aparecimento da menarca nas raparigas e semenarca nos
rapazes bem como excitações genitais em ambos sexos, morfológicas, isto é, a nível da
forma corporal, ex: crescimento de seios nas raparigas e nos rapazes o aumento do
tamanho do pénis, e Psicológicas, isto é, a nível das ideias e sentimentos. Por sinal as
mutações psicológicas são as mais importantes por afectarem ou provocarem
comportamentos ou acções. Vamos ver alguns pormenores de mutações psicológicas.
Mudanças na consciência: surge no adolescente um novo egocentrismo, vira-se para si
mesmo afim de se conhecer e se descobrir na procura da definição do EU. SILVA
(1994) Mutações ao pensamento: o pensamento torna-se mais objectivo e racional e
com capacidade abstracção, aumenta do poder crítico mas incapaz de fazer síntese
coerente. Mutações na imaginação: a imaginação é muito produtiva pela sua
sensibilidade fina e sempre desejosa de novas experiências. Como o mundo real não lhe
oferece tudo que o forte desejo de possuir e de sentir o que existe no seu psiquismo,
refugia-se num mudo de ilusões e de fantasias ode se move a vontade. Mutações na
inteligência: os processos lógicos e abstractos assente na validade e verdade objectiva e
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semelhante ao adulto. Mutações na memória: o adolescente já é capaz de reter ideias e
não apenas palavras, aumento da capacidade de recordar.
O peso ao nascer é, provavelmente, o factor isolado mais importante que afecta a morbi-
mortalidade neonatal e tem impacto sobre a morbi-mortalidade infantil. Como já
referimos na caracterização do desenvolvimento fetal, isto é, no sétimo mês, o peso
influencia bastante para que o feto adquira a idade da viabilidade.
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► Peso muito baixo – calculado para menos de 1500g
► Peso extremamente baixo – aquele calculado para menos de 1000g
O peso baixo ao nascimento possui génese multifatorial, sendo que a duração da
gestação e as características do crescimento intra-uterino são factores
preponderantes por um lado e por outro está directamente relacionada à saúde da
população em que eles nascem (nutrição, saneamento, habitação, hábitos higiénicos e
sexuais, condições de trabalho, assistência perinatal, etc.).
Os factores que levam ao nascimento pré-termo são similares aos que também
Útero-placentárias e fetais.
► Ambientais
Útero bicorno.
Miomatose uterina
O bebe é de nascimento prematuro quando nasce três ou mais semanas antes das 38
habituais.
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► Rompimento do equilíbrio fisiológico da mãe, resultante:
► Outros factores
O aborto o que é?
A palavra aborto tem sua origem etimológica no latim abortus, derivado de aboriri
("perecer"), composto de ab ("distanciamento", "a partir de") e oriri ("nascer").
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● Aborto Espontâneo – Quando ocorre sem qualquer interferência do exterior. É
determinado por causas intrínsecas, tais como – Materna (defeitos uterinos, moléstias,
problemas psicológicos) e Paternal e fetal (má formação congénitas).
Motivo eugenico – Quando se suspeita sobre probabilidade de que o futuro ser possa
herdar doenças físicas ou mentais dos progenitores. Outrossim, quando o feto apresenta
defeitos graves, provocados por determinadas enfermidades ou uso de drogas, como a
talidomida, raio x e deficiências cuja etiologia é o factor Rh.
Motivo social – Geralmente ocorre entre casais de namorado ou com amantes. Relações
sexuais não controladas e extraconjugais. Por vergonha ou para não provocar
escândalos, o aborto é provocado.
Consequências do Aborto
1. A nível social
► Banalização de sua prática,
► Disseminação da eugenia,
►Submissão a interesses mercadológicos de grupos médicos e empresas
farmacológicas,
► Diminuição da população,
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► Desvalorização generalizada da vida,
► Aumento de casos de síndromes pós-aborto, e, indirectamente, o aumento do número
de casos de DSTs (doenças sexualmente transmissíveis)
Ex. Vivo no Waku- kungo ; vivo no Sumbe; vivo no Lubango ou vivo em Lisboa, etc.
Sabe-se que o desenvolvimento pré-natal tem duração de 9meses e passa por três
estágios. Ao longo destes o ambiente pode interferir de forma benéfica ou maléfica.
Desta forma o ambiente pré-natal saudável pode proporcionar um início de vida
saudável, ou mesmo todo o restante do desenvolvimento. De entre vários elementos
influentes do meio ambiente pré-natal citam-se:
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2º Hábitos paternos (de pai): Podem provocar desequilíbrios desenvolvimentais do
embrião ou da vida uterina.
Nascimento e consequências.
Assim, Otto Rank, o choque representado pela mudança do seio materno para o mundo
exterior, tanto no plano fisiológico quanto no psicológico é uma experiência primária de
angustia enquanto as vivências posteriores têm suas raízes no que foi sentido na hora do
nascimento.
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Desenvolvimento pós-natal.
Período do recém-nascido
É um período que tem inicio, no instante do nascimento e termina com a queda do couto
umbilical. Em média duram sete dias.
Os bebes são avaliados na escala de Apegar, isto é, um minuto após o parto e cinco
minutos mais tarde. Esta escala, é o recurso de avaliação rápida do funcionamento do
corpo de um recém-nascido.
A Dr.ª Virgínia Apegar, criou para o efeito cinco sub testes que avaliam o bebe nos
aspectos como: Aparência, Pulso, Reflexos, Actividades e Respiração. Esta avaliação
no máximo dá dez pontos.
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Os primeiros 14 dias de vida são chamados críticos para o recém-nascido. É neste
período que se comprova a sua adaptação e inadaptação no novo ambiente, isto é
ambiente extra-uterino. A respeito disto o zoólogo Portman, diz: O bebé humano,
nasce com prematuridade”, mesmo que o desenvolvimento pré-natal tenha sido
completo (nove meses). Por esta razão, o recém-nascido necessita de muitos e vários
cuidados ante seus progenitores, da sociedade em geral e dos serviços médicos.
Geralmente logo que o bebe acaba de nascer, solta um choro. Este choro tem significado
de vida.
► Shakespeare – O choro para este sábio significa, susto de vir ao mundo de miséria e
pavor, isto é, angústia.
► Kant – O choro significa antagonismo entre querer ou não vir num novo mundo ou
querer ou não querer movimentar-se por si.
2º. Choro instrumental – Quando a partir deste, a criança satisfaz suas necessidades
(comer, mamar) fazendo desaparecer a carência, isto é, aprendizagem por sucesso.
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- Crianças choronas, 240 minutos. Estas na idade adulta queixam-se por tudo e por
nada.
Sono
Nos 1ºs meses, o bebé dorme 20 horas, repartidas por 7 a 10 fases durante o dia.
► Sono leve – Aquele em que uma parte da psique está desperta. Este sono dá-se com
movimentação ocular e ocorre nele sonhos.
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Para que haja desenvolvimento intelectual e preciso que haja também desenvolvimento
físico, emocional e social.
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Cultura Espiritual: aqui encontramos a literatura, a arte, a música, a religião, a moral a
ciência, a poesia, feitiço, etc.
Relações Sociais: esta tem que ver com as interacções que o sujeito efectua no processo
de socialização. Podem ser feitas de forma directa ou indirecta.
Exemplo: relações sociais directa. A relação pai e filho, marido e mulher, professor e
aluno, amigo e amiga, etc.
Relações sociais indirecta: amizade virtual.
Foi durante o século XIX que o desenvolvimento humano passou a ser objecto de
estudo da ciência. Grandes questionamentos foram iluminando a mente de
pesquisadores atrás de respostas em como os seres humanos se transformavam e
construíam as suas características. Surgem então três concepções: o inatismo, o
ambientalismo e o interacionismo.
Inatismo ou Hereditariedade
Inatismo é uma palavra que vem do latim quer dizer nascido. A concepção inatista
coloca o desenvolvimento humano como algo que já é de natureza do Homem, pois já
foi predestinado desde o nascimento, mas pode ter alguma alteração (que será muito
pequena). O inatismo considera importante somente os factores biológicos e genéticos,
ou seja, àquilo que é hereditário, inato. Características e dons que a criança traz quando
nasce. Para os inatistas, cada ser humano traz consigo características básicas, definidas
desde o nascimento.
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É uma corrente filosófica que é da Psicologia do Desenvolvimento que defende a ideia
de que o conhecimento de um indivíduo é uma característica inata, isto é, o indivíduo
nasce com certas capacidades e conhecimentos.
Ambientalismo ou empirismo
Essa perspectiva enfatiza que o ser humano é produto do meio em vive, ou seja, é
moldado pelos estímulos ambientais e pelos condicionamentos. Segundo os
ambientalistas, a criança não é mais do que um pedaço de barro que pode ser moldado e
trabalhado pelas mãos de um mestre de modo a ficar na forma que se pretenda, Jhon
Watson acreditava que as pessoas eram feitas, não nasciam; um bebé pode ser moldado
de modo a vir ater qualquer forma adulta; um artista, um músico, um criminoso.
A criança nasce como uma folha em branco e, gradualmente, passa a ser modelada,
estimulada e corrigida pelo meio em que vive. Os estímulos e asa condições presentes
no meio são entendidos como fontes de aprendizagem. Nessa concepção, a
aprendizagem e o desenvolvimento ocorrem simultaneamente e podem ser tratados
como sinônimos. Isto significa que o desenvolvimento é encarado como um acúmulo de
respostas aprendidas.
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biológicos, genéticos e hereditários ajudam a explicar o nosso comportamento, mas não
o determinam.
Interacionismo
As propostas do inatismo e do ambientalismo iniciaram grandes discussões psicológicas
e pedagógicas e impulsionaram novas possibilidades teóricas, especialmente, o
interacionismo. No entanto, ainda hoje, o debate inatoadquirido continua presente na
Psicologia contemporânea.
Das duas correntes opostas que lutavam para se impor, ainda existia o Interacionismo.
Este é uma teoria que pregava que tanto o meio como a hereditariedade desenvolviam
acções recíprocas, isto é, ambos tinham influências sobre o outro e provocam mudanças
no indivíduo.
Nas ultimas décadas do século XX, a oposição e as lutas que caracterizaram o inatismo
e o ambientalismo já não faz sentido. Porque o comportamento não é resultado de causa
única, mas sim de causas múltiplas. É resultado da hereditariedade a interagir com o
meio a interagir com o tempo.
O nosso potencia hereditário pode ser enriquecido ou empobrecido dependendo do tipo,
quantidade e qualidade dos encontros ou misturas com o meio e dependendo do
momento em que estas misturas ou encontros ocorrem.
No entanto, não podem ocorrer demasiado cedo nem demasiado tarde para serem
optimamente benéfica. O Interacionismo defende a ideias de que o indivíduo deve
interagir com o meio para desenvolver o potencial genético. (Ibidem)
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momento da fecundação, o ser humano recebe a totalidade de sua herança genética. Mas
a partir do momento da fecundação, este projeto de indivíduo se encontra
necessariamente sob e a influência de um ambiente, o útero materno, habitat primário
dos mamíferos.
Muito dos atributos da nossa personalidade resultam dos efeitos combinados entre a
Hereditariedade e Meio; sendo impossível atribuir a percentagem de importância às
influências hereditárias e o meio ou que um é mais que o outro.
O ambiente emocional da família, a forma como os pais preparam e ensinam filhos, as
oportunidades e as dificuldades que a vida familiar coloca ao desenvolvimento da
pessoa são factores que estão presente desde o nascimento, e que exercem uma
influência decisiva na forma como se moldam as características do individuo. A
independência e a responsabilidade social do jovem adulto são moldado pelo ambiente
familiar. Portanto, o meio e a hereditariedade repartem a sua influência em 50 50 na
determinação do comportamento do indivíduo.
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um indivíduo e pode atingir estas fases de desenvolvimento mais cedo ou mais tarde do
que outras crianças da mesma idade.
O que é maturação?
A maturação pode ser definida como acto de amadurecimento. Isso não se refere apenas
ao crescimento físico que um indivíduo percebe com a idade, mas também a capacidade
de se comportar, agir e reagir de maneira adequada. Nesse sentido, o conceito de
maturação vai além do crescimento físico para abarcar outros aspectos como
crescimento emocional e mental. Os psicólogos acreditam que a maturidade vem com o
crescimento e desenvolvimento individual. Esse é um processo que ocorre ao longo de
nossa vida adulta, preparando o indivíduo para novas situações. Cada situação prepara o
indivíduo para uma situação.
Aprendizagem
Pode ser definida como uma modificação sistemática do comportamento, por efeito da
prática ou experiência, com sentido de progressiva adaptação ou ajustamento.
CAMPOS (2003, p. 30). Na vida humana a aprendizagem se inicia com 0 ano, ou antes
do nascimento e se prolonga até a morte. No entanto, aprendizagem é a mudança de
comportamento. Por sua vez, resulta da mistura do meio, hereditariedade e experiência;
esta mistura deve acontecer em tempos próprios, se acontece demasiado cedo não
ocorre aprendizagem ou ocorre aprendizagem mínima, verificando-se o mesmo quando
este encontro se dá demasiado tarde, SPRITHALL e SPRINTHALL (1993, p. 74).
Enfim, a aprendizagem leva o indivíduo a viver melhor ou pior , mais, indubitavelmente
41
a viver de acordo com o que aprende.
Os psicólogos definem a aprendizagem de uma maneira diferente. Segundo eles, a
aprendizagem resulta em uma mudança no comportamento individual por meio da
experiência. Ao longo de nossas vidas, aprendemos coisas novas. Como crianças
pequenas, aprendemos a andar, falar, comer e então passamos a ter uma compreensão
mais elaborada do mundo ao nosso redor. No contexto psicológico, foram os
Behavioristas que se concentraram principalmente na aprendizagem humana, pois
acreditavam que o comportamento humano é um produto da aprendizagem.
O termo origina-se da palavra latina “persona”, nome dado à máscara que os atores do
teatro antigo usavam para representar seus papéis. É a referência a um atributo ou
característica da pessoa, que causa alguma impressão nos outros.
42
Nossa personalidade resulta de fatores fisiológicos e sociais. A hereditariedade lança os
fundamentos físicos. O ambiente também nos afeta profundamente. E os fatores sociais
mais influentes são: o lar e a escola.
O modo como os pais tratam os filhos tem efeitos sobre as personalidades deles. Os
psicólogos consideram como fatores importantes a superproteção e a rejeição pelos pais.
43
Relacionando sobre o comportamento das pessoas no trabalho em organizações, o
entendimento dessas influências também se coloca, ainda que a maioria dos indivíduos
quando ingressa numa empresa para trabalhar, já esteja com sua personalidade
estruturada ou em fase final de estruturação, uma vez que, cronologicamente se encontra
em final da adolescência ou então na idade adulta.
Introdução
44
Terioria do desenvolvimento psicossocial.
Este autor concluiu que, o carácter psíquico da existência humana não pode ser
controlado ou previsto. Para Freude, este carácter é orientado por dois princípios:
45
• Principio da realidade: rege o lado consciente e diz respeito a adaptação do
indivíduo a realidade social. Tem como objectivo controlar o comportamento do
indivíduo e enquadrá-lo nos princípios dessa mesma sociedade.
46
Existem dois subsistemas do Superego: A consciência moral e a Ego ideal. As funções
do Superego: Inibir os impulsos sexuais e agressivos do Id, persuadir o Ego a escolher,
lutar pela perfeição.
Para Freud a maior parte dos problemas psicológicos que hoje o adulto enfrenta tem
origem nas repressões que sofreram na infância.
Freud determinou, de uma vez por todas, que os aspectos pessoais e emocionais do
nosso desenvolvimento são determinados durante os seis primeiros anos de vida.
Durante os seis primeiro anos, determinarão se o adulto será ou não capaz de funcionar
eficazmente. Praticas educativas inadequados ou negativas darão lugar a uma
personalidade perturbada, pode ate funcionar adequadamente mas terá deficiências
relevantes.
De seguida as principais fases do desenvolvimento humano, as características e
significações de cada uma, de acordo com a teoria psicanalítica e psicossexual de Freud.
Estádio oral (0-12/18 meses), a sua zona erógena são: a boca, os lábios e a língua.
Neste período surge uma experiência ou conflito decisivo (o desmame).
Durante o primeiro ano de vida do bebé forma-se o ego, a partir de uma parte do id, qe
começa a evidenciar caracteristícas próprias. Essencialmente, o desenvolvimento
psicológico do primeiro ano de vida do bebé, esta relacionado com o prazer que este
sente ao sugar o leite (fase oral). O facto de o bebé mamar o seio da mãe constitui, para
este autor, a primeira actividade de carácter sexual.
Existem algumas características adultas associadas a problemas e a fixação neste
estádio: Tendência exageradas para atividades de satisfação oral, tais como: (comer,
beber, fumar e beijar). Credulidade, agressividade verbal, gosto pela discussão,
passividade e dependência.
Estádio anal (dos 12/18 meses aos 3 anos), a sua zona erógena é o ânus. Geralmente,
após o primeiro ano de vida, o ànus passa a constituir a principal fonte de prazer,
continuando, no entanto, a boca a ser considerada uma zona erógena. O prazer resulta
agora da retenção e da expulsão das fezes. Esta evolução é devida a maturação e ao
desenvolvimento psicomotor. Nesta fase, surge uma experiência de conflito decisivo,
47
aprender a controlar as funções orgânicas de evacuação, as características adultas
associadas a problemas e a fixações neste estádio são: Preocupação com a ordem e a
limpeza; (caráter retentivo e anal); tendência para a crueldade; destrutividade; rebeldia e
desorganização.
Estádio fálico (dos 3 aos 6 anos), neste período, a zona erógena são os órgãos genitais.
Nesta fase, a criança descobre o prazer que os orgãos genitais lhe podem dar, através da
auto-estimulação. Os orgão genitais passam a constituir, assim, uma zona erógena. Esta
fase dura alguns anos e a experiência ou o conflito decisivo nesta fase, são os
complexos de Édipo e de Electra. Apresenta algumas características associadas a
problemas e a fixações neste estádio que são: Falta de maturidade no plano afectivo,
dificuldades no plano do relacionamento sexual, personalidade bipolar: promiscuidade,
castidade e sedução de recusa.
Estádio de latência (dos 6 aos 11 anos), também designado como fase latente (vida
tranquila), surge quando os complexos anteriormente referidos são ultrapassados e a
criança entra na escola, acabando por centrar nesta as suas energias e ampliar as suas
redes sociais (é um acontecimento significativo). As conturbadas experiências
emocionais dos períodos passados já recalcados no inconsciente, parecem não a
perturbar. Deste modo, a criança liberta-se dos impulsos sexuais e conduz as suas
relações noutros sentidos. É como não tivessem acontecido (amnésia infantil).
A energia libinal é sublimada e é canalizada para as novas aprendizagens, jogos e
brincadeiras. O grupo de pares reforça a identidade sexual das crianças. O período da
latência é mais um período de pausa, cujo objectivo é promover alguma independência
afectiva da criança face à sua família e prepará-la para o afecto e atracção sexual adulta.
48
A característica da personalidade associadas a este período são: Ultrapassagem da
sexualidade auto erótica, capacidade de sublimação dos impulsos do id, satisfação do
desejo sexual de forma socialmente aceitável e a capacidade de amar e de cuidar.
Os mecanismos de defesa do Ego São estratégia inconsciente que a pessoa usa para
tentar reduzir a tensão e a ansiedade, fruto dos conflitos entre o id, o ego e o superego.
São mecanismos que visam evitar a angustia resultante dos conflitos intrapsíquicos
Recalcamento:
Ex: quando uma pessoa foi vítima de um assalto, pode vir a manifestar esse medo
através dos sonhos.
Regressão:
Este mecanismo decorre de uma frustração sentida pelo indivíduo e, através dele, o
indivíduo retorna a forma de comportamento e pensamento próprias de uma idade
inferior à sua.
Ex: quando nasce mais um bebé na família, os irmãos mais velhos, ainda crianças,
tendem a regredir para chamar a atenção dos pais.
Intelectualização (racionalização):
Ex: um adolescente tenta dar uma justificação lógica aos pais por ter faltado a uma aula.
49
Ex: a minha colega não é capaz de ouvir uma crítica - é um exemplo de uma expressão
de alguém que atribui aos outros uma característica que não admite que é sua.
Deslocamento:
Ex: um indivíduo está com imenso stress decorrente do excesso de trabalho e descarrega
essa angústia na família de uma forma agressiva.
Formação reactiva:
Ex: uma pessoa pode querer passar a imagem de que é extremamente carinhoso e, na
verdade omite uma natureza agressiva.
Sublimação:
Ex: uma pessoa que esconde o vício de atear incêndios propositadamente, pode
apresentar-se numa corporação de bombeiros como voluntário.
50
TEORIA DO DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL
Erik Erikson, aluno de Freud, fez mais do que qualquer ouro teórico pela
modernização da teoria freudiana, tornando-a uma teoria do desenvolvimento da criança
e do adolescente mais completa.
De certa forma, uma das dificuldades da teoria de Freud na visão de Erikson, foi a de
ser demasiada determinista. Para Freud, por volta dos seis ou sete anos o
desenvolvimento pessoal praticamente acabou. As nossas estruturas básicas de
personalidade já estão estabelecidas.
Erik Erikson prolongou a ideia de estádios de desenvolvimento para um quadro de
referencia mais lato, isto é um ciclo de vida, e delineou pólos positivos e negativos para
cada um dos estádios. Ajudando sim a clarificar e equilibrar a teoria de Freud como
meio de compreensão do desenvolvimento pessoal.
51
Crise é a manifestação temporária de uma ruptura no processo evolutivo. A forma
como cada crise é ultrapassada ao longo de todos os estágios irá influenciar a
capacidade para se resolverem conflitos inerentes a vida.
Para Erikson, a crise é necessária, quando o desenvolvimento tem de optar por uma ou
outra direcção.
Esta fase é análoga à fase oral da Teoria de Freud. Nela o bebé mantém seu primeiro
contacto social com seus provedores que, geralmente é a mãe. Para ele, a mãe é um ser
supremo, mágico, aquele que fornece tudo o que ele necessita para estar bem.
É nesta idade que a criança vai adquirir a capacidade de confiar ou não nas outras
pessoas. Contudo, este sentimento de confiança resulta essencialmente da interação
íntima que se estabelece entre a mãe e o bebé. Esta fase é análoga à fase oral da Teoria
de Freud. Nela o bebé mantém seu primeiro contacto social com seus provedores que,
geralmente é a mãe. Para ele, a mãe é um ser supremo, mágico, aquele que fornece tudo
o que ele necessita para estar bem.
52
Quando a mãe falta, o bebé experimenta o sentimento de esperança. Ele começa a
esperar que sua mãe volte e, quando isso ocorre com frequência, há o desfecho positivo
e a Confiança Básica é desenvolvida. Do contrário, se a mãe não retorna ou demora a
fazê-lo, o bebé perde a esperança. É o desfecho negativo e o que se desenvolve é
Desconfiança Básica.
É necessário, portanto, que os provedores tratem a criança com muita atenção, carinho e
paciência para que a confiança, a segurança e o optimismo se consolidem. Sem esses
sentimentos, a criança crescerá insegura e desconfiada. Kossi (2015, p. 13)
Após ter conseguido conquistar a confiança naqueles que dela cuidam, as crianças
descobrem que possuem vontade própria, e, como tal, sentem necessidade de se
afirmarem como autónomas e controladores do meio em que estão inseridas.
Com o controle de seus músculos a criança inicia a actividade exploratória do seu meio.
É neste momento que os pais surgem para ajudar a limitar essa exploração. Há coisas
que a criança não deve fazer. Então os pais se utilizam de meios para ensinar a criança a
respeitar certas regras sociais. Esta crise culminará na estruturação da autonomia e pode
ser comparada à fase anal freudiana.
Neste estágio, o principal cuidado que os pais têm que tomar é dar o grau certo de
autonomia à criança. Se é exigida demais, ela verá que não consegue dar conta e sua
auto-estima vai baixar. Se ela é pouco exigida, ela tem a sensação de abandono e de
dúvida sobre suas capacidades. Se a criança é amparada ou protegida demais, ela vai se
tornar frágil, insegura e envergonhada. Se ela for pouco amparada, ela se sentirá exigida
além de suas capacidades. “Vemos, portanto, que os pais têm que dar à criança a
sensação de autonomia e, ao mesmo tempo, estar sempre por perto, prontos a auxiliá-la
nos momentos em que a tarefa estiver além de suas capacidades.
53
Iniciativa x Culpa (3-6 anos)
A iniciativa surge para atingir metas que, muitas vezes, tornam-se fixação. Na Teoria de
Freud a principal fixação ocorre neste período. É o Complexo de Édipo, caracterizado
pela fixação genital pelo progenitor do sexo oposto. Assim, meninos nutrem verdadeira
paixão por suas mães enquanto as meninas identificam-se mais com seus pais. Rabello
(2007) esclarece que, para Erikson, assim como para Freud, as metas elaboradas são
impossíveis. Então toda a energia despendida em busca de algo socialmente
inalcançável é revertida para outras actividades. É nesse período que as crianças
ampliam seus contactos, fazem mais amigos, aprendem a ler e escrever... fruto da
energia proveniente da iniciativa. (Idem, p. 15)
Surge o interesse pelas profissões e a criança começa a imitar papéis numa perspectiva
imatura, mas em evolução, de futuro. Por isso, pais e professores devem estimular a
representação social da criança a fim de valorizar e enriquecer sua personalidade, além
de facilitar suas relações sociais. (Ibidem)
54
Identidade x Confusão de Identidade (12-18/20 anos)
Os actores que contribuem para a confusão da identidade são: Perda de laços familiares
e apoio no crescimento; expectativas parentais e sociais divergentes do grupo de pares;
dificuldades em lidar com a mudança; falta de laços sociais exteriores à família (que
permitem o reconhecimento de outras perspectivas) e o insucesso no processo de
separação emocional entre a criança e as figuras de ligação.
O lado negativo deste estádio corresponde a situações de isolamento que, por vezes,
ocorrem quando o indivíduo tem dificuldade em partilhar afectos e emoções com
intimidade nas relações que estabelece. O isolamento pode ocorrer por períodos curtos
ou longos (moratória). No caso de uma moratória curto, não podemos considerar
negativo, já que o ego precisa desses momentos para evoluir. Mas quando o isolamento
ou moratória é longa e duradoura o desfecho dessa crise está sendo negativo.
55
Generatividade x Estagnação (30-60 anos)
Caracteriza-se pela necessidade que o indivíduo tem de gerar. Gerar qualquer coisa que
o faça sentir produtor e mantedor de algo. Pode ser filhos, negócios, pesquisas etc. O
sentimento oposto é o da estagnação.
Quando a pessoa olha para sua vida e vê tudo o que produziu, sente a necessidade de
ensinar tudo o que sabe e tudo o que viveu e aprendeu, com outras pessoas. Se existe a
oportunidade deste compartilhamento, o indivíduo sente que deixou algo de si nos
outros e o desfecho é positivo. Por outro lado, o não compartilhamento de suas
"gerações" com os outros gera o que Erikson chamou de estagnação, o que pode ser
considerado um desfecho negativo.
A Teoria de Eriksoniana define esta fase como a final do ciclo psicossocial. É nesta fase
que o indivíduo faz uma reflexão sobre o seu passado, um balanço das suas conquistas e
fracassos E dá duas possibilidades: 1) desfecho positivo o indivíduo procura estruturar
seu tempo e se utilizar das experiências vividas em prol de viver bem seus últimos anos
de vida; ou 2) desfecho negativo estagnar diante do terrível fim, quando as carícias
desaparecem e a pessoa entra em desespero.
Desespero sentimento nutrido por aqueles que considerem a sua vida mal sucedida,
pouco produtiva e realizadora, que lamentam as oportunidades perdidas e sentem ser já
demasiado tarde para se reconciliar consigo mesmo e corrigir os erros anteriores.
56
TEORIA COGNITIVA
Jean William Fritz Piaget, psicólogo, biólogo e filosofo, nasceu em Neuchâtel, Suíça,
em 9 de Agosto de 1896. É mundialmente conhecido por seu trabalho sobre a
inteligência e o desenvolvimento infantil. Fundador da Epistemologia Genética e a
Teoria do Conhecimento. Piaget foi prodígio aos 11 anos já tinha publicado o seu
primeiro artigo cientifico.
57
Piaget propôs, antes de mais, que o desenvolvimento cognitivo se processa em estágios
de desenvolvimento, o que significa que tanto a natureza como a forma da inteligência
muda profundamente ao longo do tempo, logo não é fixo.
As diferenças que se verificam não são quantitativas, mas sim qualitativas.
Piaget entende o desenvolvimento como a busca de um equilíbrio superior, como um
processo de equilibrarão constante.
Para Piaget, a transformação da mente humana à medida que se desenvolve pode ser
comparada com a metamorfose de um casulo numa lagarta e, seguidamente, numa
borboleta.
A cada estagio do desenvolvimento difere um do outro, e determina a forma como
compreendemos e damos sentido as experiencias em cada um. (ibidem).
Cada estágio do desenvolvimento representa umestágio de equilílibrio entre o
organismo e o meio, onde se verificam mecanismos de interacção, como a assimilação
e a acomodação.
58
o casal aumenta a casa ou faz uma nova e maior. Nesse caso vai haver uma acomodação
a nova situação.
Assim é a nossa mente, criam-se novas estruturas, mas mantém-se as funções. Piletti
(2008, p. 210)
Aos 5 meses a criança agarra os objectos, manipula-os e observa-os com muita atenção.
Nesta altura também já consegue prever o lugar que os objectos em movimento iram
ocupar. A partir dos 6 meses de idade a criança começa procurar activamente um
objecto escondido. A partir de 1 ano de idade as crianças vão procurar um objecto no
ultimo lugar em viram escondido. O pensamento e a linguagem, por volta de 1,5 anos a
criança começa a pensar, para Piaget o pensamento está ligado aos esquemas motores e
59
a conceitos de objectos e das suas características.
2º - Estádio Pré-operatório dos 2 aos 7 anos de idade: este período é marcado por
surgimento da inteligência representativa e simbólica. Este Estádio caracteriza-se pelo
rápido desenvolvimento da linguagem e da função simbólica. Quando a criança brinca
pode, por exemplo, utilizar duas «peças de jogo» para representar duas pessoas (pai e
mãe). É nesta altura que começa a classificar e ordenar os objectos bem como a contar.
Os conceitos podem também ser representados por palavras. As palavras são símbolos
que não têm qualquer semelhança física com o conceito.
3º - Estádio das Operações Concretas dos 7 a 12 anos de idade: Piaget chamou este
estádio de operações concretas, devido ao tipo de operações mentais que envolvem.
Chama operações porque correspondem a acções interiorizadas. O termo concreto deve-
se ao facto de se aplicarem a conteúdos concretos. No inicio deste período 7 a 8 anos, é
marcada pelo equilíbrio entre a Assimilação, Acomodação e Adaptação tornam-se, mas
estável. O fim deste estádio marca a transição da infância para a adolescência ou
Puberdade. As analises logicas surgem com mais frequência, a empatia e as relações
casuais, dão-se com aumento da empatia, com os sentimentos e atitudes dos outros,
ultrapassa-se o egocentrismo e começa a haver relações de causa-efeito mas complexa.
4º - Estádio das Operações Formais dos 12 aos 16 anos. É nesta fase que se atinge o
nível mais elevado de pensamento. Contudo, nem todos os indivíduos atingem este
nível, permanecendo em estádios anteriores. Nesta altura o adolescente já é capaz de
raciocinar sobre abstrações, aplicar a lógica e proceder a uma resolução avançada de
problemas. Este é o ultimo Estádio do desenvolvimento cognitivo da personalidade. É a
partir de agora que se desenvolve as capacidades lógica e de representação simbólica,
tal como são usados pelos adultos. A criança quando resolve problemas aprende a
considerar um conjunto de alternativas e confronta-os com a realidade. O adolescente
aprende por meio de uma lógica indutiva e dedutiva a considerar na resolução de um
problema varias alternativas possíveis decidindo então qual a mais apropriada.
60
As teorias do desenvolvimento cognitivo e seus reflexos na prática pedagógica
Isso implica que o professor não é o possuidor de todo o saber, mas o facilitador da
aprendizagem, pois o aluno é um agente activo que constrói o conhecimento, e não um
mero receptor.
Nesse sentido, o erro não deve ser visto como falha, defeito e/ou incapacidade, mas,
sim, como algo necessário à aprendizagem, sendo que a inexistência de erro Ao entrar
em contacto com a obra de Piaget fica claro que o conhecimento deve ser entendido
como uma ampla construção que vai se solidificando com o tempo e com a interacção
do sujeito com os objectos a serem conhecidos indica a possibilidade de ausência de
experimentação, e consequentemente ausência de aprendizagem. A própria prática
pedagógica deve se valer desse conceito e se prover de experimentações que possam
renovar o ato de ensinar. Ferrari (2014, p. 24).
O conhecimento é resultado do esforço do homem em compreender e dar significado ao
mundo, sendo que a “organização selectiva que a cognição realiza dá-se em um
processo permanente de interacção do homem com o meio ambiente, através da
apreensão do que é útil e necessário à adaptação do homem ao mundo.” Ferrari (2014,
p. 24) apud (Rodrigues et al, 2005, p.119)
Na perspectiva de Vygotsky, entende-se que o desenvolvimento não precede a
socialização, são as estruturas e relações sociais que levam ao desenvolvimento das
funções mentais, ou seja, a aprendizagem é a força propulsora do desenvolvimento
intelectual.
Para ele a aprendizagem provoca, precede força para que o desenvolvimento aconteça.
A interacção social está intimamente ligada na relação com o próximo, numa actividade
prática comum, que os sujeitos, por intermédio da linguagem, se constituem e se
desenvolvem. Ferrari (2014, p. 26)
O conhecimento é resultado do esforço do homem em compreender e dar significado ao
mundo, sendo que a “organização selectiva que a cognição realiza dá-se em um
processo permanente de interacção do homem com o meio ambiente, através da
apreensão do que é útil e necessário à adaptação do homem ao mundo.” Ferrari (2014,
p. 24) apud (Rodrigues et al, 2005, p.119)
Na perspectiva de Vygotsky, entende-se que o desenvolvimento não precede a
socialização, são as estruturas e relações sociais que levam ao desenvolvimento das
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funções mentais, ou seja, a aprendizagem é a força propulsora do desenvolvimento
intelectual.
Para ele, a aprendizagem precede força para que o desenvolvimento aconteça. A
interacção social está intimamente ligada na relação com o próximo, numa actividade
prática comum, que os sujeitos, por intermédio da linguagem, se constituem e se
desenvolvem. Ferrari (2014, p. 26)
O conhecimento se dá nas relações sociais, produzido na intersubjectividades e marcado
por condições culturais, sociais e históricas.
Para Vygotsky a criança nasce apenas com as funções cognitivas elementares que se
ampliam para as funções complexas a partir do contacto com a cultura, o que não
acontece automaticamente, mas sim por meio de intermediações de outros sujeitos,
sendo essas intermediações responsáveis por formar significados e valores sociais e
históricos.
Para lidar com a aprendizagem das crianças, na concepção sócio histórica, na visão de
Vygotsky, é preciso se atentar não apenas para o que ela realiza sozinha, mas para o que
a criança faz com ajuda, pistas e orientação de alguém mais habilidoso na tarefa a ser
realizada.
Para isso, Vygotsky diferencia Desenvolvimento Potencial, Desenvolvimento Real e
Desenvolvimento Proximal. (ibidem)
Zona de desenvolvimento potencial: é toda actividade e/ou conhecimento que a
criança ainda não domina, mas que se espera que seja capaz de saber e/ou realizar,
independentemente da cultura em que está inserida.
Zona de desenvolvimento real: é tudo aquilo que a criança é capaz de realizar sozinha,
conquistas já consolidada, “processos mentais que já se estabeleceram; ciclos de
desenvolvimento que já se completaram”. Nessa zona, está pressuposto que a criança já
tenha conhecimentos prévios sobre as actividades que realiza.
Zona de desenvolvimento proximall: é a distância entre o que a criança já pode
realizar sozinha e aquilo que ela somente é capaz de desenvolver com auxílio de outra
pessoa. Na zona de desenvolvimento Proximal, o aspecto fundamental é a realização de
actividades com a ajuda de um mediador que possibilita a concretização do
desenvolvimento que está próximo, ajuda a transformar o desenvolvimento potencial
em desenvolvimento real; essa é a zona cooperativa do conhecimento.
62
No entanto, na intenção de explicar a importância do desenvolvimento cognitivo no
processo ensino aprendizagem como um processo activo e nunca passivo, assim como
defendem os cognitivistas, Nelson Piletti explica o seguinte:
A ideia que fazemos de escola quase sempre inclui 0 seguinte quadro: um professor
tentando ensinar alguma coisa a uma turma de alunos. Na verdade, 0 professor também
aprende enquanto ensina, e o aluno, enquanto aprende, também ensina. Se o professor
precisa conhecer a si mesmo para poder conhecer os alunos, a abertura ao que os alunos
podem ensinar-lhe é um dos passos para esse autoconhecimento. O professor não é 0
senhor absoluto, dono da verdade e dono dos alunos, que manipula a seu bel-prazer.
Piletti (2008, p. 21)
O Desenvolvimento do Adulto
As mudanças no sujeito são continuas. A realidade psicológica do desenvolvimento do
adulto, não pode ser visto e analisado apenas para projectar um resto de vida
caracterizado pelo declínio das funções psíquicas e físicos. Tendo em conta o que
Erikson enfatizou quanto ao desenvolvimento do adulto, se processa por estágios, e em
cada estágios ocorre uma mudança no ego que resulta da interacção dos valores
individuais e as forças sociais que combinados geram crise.
Crises essas que geram desenvolvimento psicossocial.
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Estas teorias reconhecem que o processo de socialização e aprendizagem ocorre ao
longo da vida. Cada sociedade oferece ao indivíduo padrões de comportamento para
cada idade.
Estágio de desenvolvimento do adulto
Idade adulta jovem (Intimidade X Isolamento) dos 20 aos 35 anos.
Este é a idade de realização e estabilidade profissional. Do ponto de vista social, ocorre
na mulher um equilíbrio entre a carreira profissional e a realização pessoal (vida
afectiva e maternidade). No homem ocorre uma espécie de harmonia social com novos
papeis e com o padrão de liberdade.
Aos dezoito ou vinte anos abrem-se novas possibilidades de participação, pois e
participando que a pessoa aprende e assume características maduras.
Se não cumprirem as tarefas, ficarão isolados e não se doarão aos outros.
64
nossas necessidades e intenções com as da sociedade, no que se refere ao bem comum;
na medida em que contribuímos para 0 bem-estar social.
65
Portanto, não há uma teoria, até agora confirmada que negou estágios de
desenvolvimento do adulto, no entanto, na maioria das teorias, advogam que até ao final
da adolescência o ser humano normal atingiu o desenvolvimento pleno das funções,
como: psíquica moral e fisiológica, ainda em desenvolvimento a função social do
individuo.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
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Vozes. Porto Alegre.
● GRIFA, Maria Cristina e MORENO, José Eduardo, 2008. Chaves para a Psicologia
do Desenvolvimento: Vida pré – natal. 4ª Edição. São Paulo. Paulinas.
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● BARROS, Célia Silva Guimarães, 2004. 12ª Edição, Afiliada, São Paulo.
Paquay, L., Perrenoud, P., Altet, M. e Charlier, É., (2001). Formando Professores
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