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Aspectos históricos da psicologia do desenvolvimento
Sumário
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 3
MÉTODOS BÁSICOS PARA INVESTIGAÇÃO EVOLUTIVA ............................. 6
CONCEITOS BÁSICOS DA PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO ........... 11
OS ASPECTOS BÁSICOS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO ................... 14
AVALIANDO O DESENVOLVIMENTO NEURO SENSÓRIO MOTOR DO
ALUNO ............................................................................................................. 16
O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO FÍSICO E PSICOMOTOR DA
INFÂNCIA......................................................................................................... 24
O DESENVOLVIMENTO PRÉ-NATAL E O NASCIMENTO ............................. 28
DO NASCIMENTO À PRIMEIRA INFÂNCIA .................................................... 30
O DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR ........................................................ 31
DESENVOLVIMENTO DO CONTROLE POSTURAL ...................................... 34
DESENVOLVIMENTO FÍSICO NOS ANOS PRÉ-ESCOLARES ..................... 39
O CRESCIMENTO FÍSICO NOS ANOS ESCOLARES ................................... 44
A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE LÚDICA ..................................................... 47
O DESENVOLVIMENTO DA INTELIGÊNCIA, SEGUNDO PIAGET ................ 48
O ENFOQUE INTERACIONISTA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO:
VYGOTSKY...................................................................................................... 55
A VISÃO DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL ............................................... 56
ADOLESCÊNCIA, IDENTIDADE E COGNIÇÃO .............................................. 58
A DIMENSÃO AFETIVA NO DESENVOLVIMENTO HUMANO ....................... 64
O PAPEL DO ADULTO NA DIFÍCIL TAREFA DE EDUCAR ............................ 66
REFERÊNCIA .................................................................................................. 77
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INTRODUÇÃO
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➢ BIOLÓGICO
➢ AFETIVO-EMOCIONAL
➢ SOCIAL
INTELECTUAL
CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO
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O ESQUEMA CORPORAL
O desenvolvimento neurossensóriomotor está em relação direta com o
desenvolvimento escolar. Assim, a organização dos estudos, dos próprios
cadernos, tem muito a ver com o esquema corporal.
Ter esquema corporal significa ter consciência do próprio corpo. Muitas
vezes, o professor de pré-escola trabalha bastante o esquema corporal com
bonecos e desenhos. A criança decora os nomes das partes do corpo, mas não
possui consciência do seu próprio corpo.
Uma maneira simples de avaliar o esquema corporal é mandar desenhar
a figura humana numa situação. Por exemplo, na escola, na família, em que a
criança tenha de desenhar mais de uma figura.
O que o professor analisará?
Três pontos:
1. O que falta na figura e em qual figura falta.
2. Se a criança caracteriza as figuras diferenciando-as.
3. Onde se situam estas figuras dentro do desenho.
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A LATERALIDADE
Da mesma forma que o desenvolvimento do esquema corporal poderá
contribuir para a organização de estudos, a lateralidade bem desenvolvida
contribui ao equilíbrio emocional, ao desenvolvimento da criatividade, à estética
e limpeza, à capacidade de expressão.
E o que é lateralidade?
Muitos livros didáticos sintetizam a lateralidade em exercícios de direita
e esquerda e acabam confundindo o professor quanto à profundidade do
trabalho a desenvolver nesta questão.
Trabalhar a lateralidade é trabalhar principalmente o sistema nervoso. O
cérebro se divide em dois hemisférios. O hemisfério esquerdo tem funções
específicas, diferentes das do hemisfério direito.
O hemisfério esquerdo comanda todo o sistema motor do lado direito do
corpo, e o hemisfério direito comanda o do lado esquerdo.
Trabalhar a lateralidade é trabalhar o comando, a interligação de siste-
mas; é trabalhar as funções de cada hemisfério.
As pessoas não são todas iguais. Há pessoas cujo hemisfério esquerdo
desempenha as funções do direito, e vice-versa. São os canhotos.
Cabe ao professor, principalmente o das classes iniciais, descobrir a
dominância da criança.
Como avaliar a lateralidade?
É possível uma primeira avaliação com uma atividade simples: dar um
exercício com cinco tarefas diferentes para realizar com rapidez. Exemplo:
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O professor põe sobre a mesa uma caixa com lápis de cor, folhas de
papel, tesouras e diz:
• Vamos brincar! Vamos ver qual grupo ou fila termina primeiro.
• Um integrante de cada grupo (ou fila):
• Pega lápis de cor, folha e tesoura;
• Volta à carteira e desenha uma bola (o professor determina o
tamanho do desenho);
• Pinta a bola
• Recorta a bola e
• Passa ao colega do lado, que levará o desenho à mesa e repetirá
a tarefa, encerrada quando todos do grupo (ou fila) terminarem.
• O que avaliar?
A INTERAÇÃO ESPACIAL
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A COORDENAÇÃO DINÂMICO-MANUAL
Como o próprio nome indica, coordenação dinâmico-manual é
movimento da mão.
Colocar um lápis na mão da criança; sem antes saber se já possui ama-
durecimento para tal, é arriscar ter alunos que ao final do ano não conseguem
acompanhar a classe.
A criança pequena apresenta movimentos com os braços, as mãos são
duras e quase só agarram.
O professor pode dirigir alguns exercícios (jogos com bolas pequenas,
canções com exercícios coreográficos), para sentir o nível de amadurecimento
de sua classe.
Para avaliar, pode usar massinha, pedindo-lhes para representar o que
quiserem.
O que observar?
. Como amassam para fazer uma bolinha
. Como enrolam para fazer uma salsicha
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A COORDENAÇÃO VISUAL-MOTORA
Como vimos anteriormente, os três sistemas são interligados. E esta
interligação se dá paulatinamente, com o desenvolvimento. Não é apenas o
ponto do cérebro responsável pela visão a única ligação dos olhos. Existe uma
série de nervos e pequenos músculos que trabalham o globo ocular. Uma
criança sem desenvolvimento visual-motor precisa movimentar toda a cabeça
para perceber uma figura, uma paisagem, ou uma leitura. Aos poucos, ela
consegue mexer só com os olhos, auxiliada pelas mãos, que tocam o que quer
ver. Somente com estímulos adequados ela consegue amadurecer o
movimento ocular e a sua coordenação com os movimentos manuais.
Para avaliar é preciso observar.
Observar o quê?
Por exemplo:
A partir da proposta de observação do que existe na sala, examinar seu
movimento de cabeça, de olhos.
A partir da proposta de observação de um cartaz, examinar seus movi-
mentos de cabeça e olhos.
A partir da observação de uma pequena figura, perceber se auxilia os
olhos com os dedinhos na figura.
Observar como a criança copia do quadro: quantas palavras ela conse-
gue copiar sem se perder... uma? duas? três? quantas? Quantas linhas ela
consegue copiar sem se perder, sem se desconcentrar?
O DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM
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O DESENVOLVIMENTO SENSORIAL
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Sabe o que é quente ou frio? Parece desnecessário avaliar isso, mas este é o
início do desenvolvimento e, se ela está bloqueada aí, não se desenvolverá em
nada. O desenvolvimento não dá saltos.
ORIENTAÇÃO TEMPORAL
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O que é hereditariedade?
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O DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR
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Fonte: The Diagram Group. Child’s body: a parent’s manual, p.D12. apud
BEE, Helen L. e MITCHELL, Sandra K. A Pessoa em Desenvolvimento. Trad.
Jamir Martins. São Paulo: Harper & Row do Brasil, 1984.
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Fonte: The Diagram Group. Child’s body: a parent’s manual, p.D11. apud
BEE, Helen L. e MITCHELL, Sandra K. A Pessoa em Desenvolvimento. Trad.
Jamir Martins. São Paulo: Harper & Row do Brasil, 1984.
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Fonte: The Diagram Group. Child’s body: a parent’s manual, p.D13. apud
BEE, Helen L. e MITCHELL, Sandra K. A Pessoa em Desenvolvimento. Trad.
Jamir Martins. São Paulo: Harper & Row do Brasil, 1984.
Esquematizando...
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1 Queixo erguido
2 Peito erguido
3 Pegar e soltar
4 Sentar com apoio
5 Sentar no colo e agarrar objetos
6 Sentar na cadeira e agarrar objetos oscilantes
7 Sentar sozinho
8 Ficar em pé com ajuda
9 Ficar em pé se apoiando nos móveis
10 Engatinhar
11 Andar quando conduzido
12 Consegue se levantar se apoiando nos móveis
13 Subir os degraus da escada
14 Ficar em pé sozinho
15 Andar sozinho
Fonte:SPERLING, A. e MARTIN K. .Introdução a Psicologia. São Paulo:
Pioneira, 1999, p.112.
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DESENVOLVIMENTO MOTOR
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Andar, correr O correr é mais suave e o O correr é melhorado em Corre à maneira adulta.
passo é mais igual do que forma e vigor.
com 2 anos. Pode agir melhor em jogos.
Não vira ou pára súbita ou Melhor controle em parar,
rapidamente. partir, virar. Pode correr 32 metros em
Pode andar e correr nas Em geral, tem maior menos de 10 segundos.
pontas dos pés. mobilidade do que com 3
anos.
Caminha sobre uma linha
reta. Coordena melhor as partes
Pode andar grandes do corpo em atividades
distâncias de costas. independentes.
Caminha sobre uma tábua
Caminha uma trajetória (2,5 de 6 cm, parcialmente, antes
cm de largura, 3 m de de pisar fora.
extensão) sem pisar fora. Caminha em um círculo (2,5
Não caminha uma trajetória cm de largura, 1,20 m de
circular (2,5 cm de largura, circunferência) sem pisar
1,20 m de circunferência). fora.
Saltar Caminha uma trajetória de Salta distâncias de 60 a 85 80% dominam a habilidade
30 a 60 cm. cm. de saltar.
42% são considerados como 72% têm a habilidade de Mais apta a saltar sobre
saltando bem. saltar. barreiras.
Pula corda menos de 20 cm A maioria tem dificuldade Salta correndo distância de
de altura. em saltar sobre barreiras. 71 a 89 cm.
Pode saltar para baixo, de Salta para baixo, de uma Faz salto vertical e alcança
uma elevação de 20 cm. altura de 70 cm, com os pés 6,3 cm.
juntos.
Salta do chão com ambos Abaixa-se para um salto de
os pés. 5 cm de altura.
Salta para baixo de altura de De pé, salta cerca de 20 a
20, 30 e 45 cm sem ajuda e 25 cm.
com os pés juntos. (Isto foi Correndo, salta de 58 a 83
precedido em idades cm.
anteriores por estágios de Salta para baixo, de uma
saltar com ajuda.) altura de 70 cm, com os pés
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Chutar Rebate pequena bola, 30 a Rebate bola grande, 1 a 1,5 Chuta bola de futebol para
Rebater 150 cm; usa uma mão. metros: usa as duas mãos. cima: 2,5 a 3,5 metros.
Esquematizando...
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PERÍODO SENSÓRIO-MOTOR
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de ano, admita que um objeto não está presente no seu campo visual, mas ela
continua a procurar ou a pedir o brinquedo que perdeu, porque sabe que ele
continua a existir.
Esta diferenciação também ocorre no aspecto afetivo, pois o bebê passa
das emoções primárias (os primeiros medos, quando, por exemplo, ele se
enrijece ao ouvir um barulho muito forte) para uma escolha afetiva de objetos
(no final do período), quando já manifesta preferências por brinquedos, objetos,
pessoas, etc.
No curto espaço de tempo deste período, por volta de 2 anos, a criança
evolui de uma atitude passiva em relação ao ambiente e pessoas de seu
mundo para uma atitude ativa e participativa. Sua integração ao ambiente dá-
se, também, pela imitação das regras. E, embora compreenda algumas
palavras, mesmo no final do período só é capaz de fala
imitativa.
PERÍODO PRÉ-OPERATÓRIO
(1ª Infância 2 – 7 anos)
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Desenvolvimento Cognitivo
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Adolescência e Juventude
Esses dois termos muitas vezes utilizados como sinônimos, são alvo de
inúmeras confusões que podem nos impedir de fazer uma discriminação
teórica adequada.
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identidade.
É importante que não se pode isolar de um lado todo um conjunto de
elementos - biológicos, psicológicos e sociais - que podem caracterizar um
indivíduo, identificando-o, e, de outro lado, a representação desse indivíduo
como uma duplicação mental ou simbólica, que expressaria a sua identidade.
Existe uma interpenetração fundamental desses dois aspectos, de tal forma
que a individualidade dada já pressupõe um processo anterior de
representação que faz parte da constituição do indivíduo representado.
Neste sentido, o bebê, antes de nascer, já é representado como filho de
alguém e essa representação prévia o constitui efetivamente, como "filho",
membro de uma determinada família; posteriormente, essa representação é
assimilada pelo indivíduo de tal forma que seu processo interno de
representação é incorporado na sua objetividade social como filho daquela
família.
Vale ressaltar, também, a importância de considerar o aspecto operativo
da questão: o nascituro, uma vez nascido, constituir-se-á como filho na medida
em que as relações nas quais esteja envolvido concretamente confirmem essa
representação através de comportamentos que reforcem sua conduta como
filho e assim por diante.
Desta forma, a identidade do filho se, de um lado, é conseqüência das
relações que se dão, de outro - com anterioridade - é uma condição dessas
relações. Ou seja, é pressuposta uma identidade que é "resposta" a cada
momento, sob pena que esses objetos sociais "filho", "pais", "família"... deixem
de existir objetivamente (ainda que possam sobreviver seus organismos físicos,
meros suportes que encamam a objetividade do social).
É preciso que se reconheça a existência de juventudes na realidade
cotidiana e que não é possível falarmos de uma única juventude/adolescência
e como os jovens se constituem como sujeitos sociais, eles são dotados de
atividades culturais próprios. Assim, não se está falando do processo de
socialização, tomado como um processo de padronização de atitudes e
pensamentos, segundo os moldes adultos, uma vez que as relações sociais e
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OS AFETOS
OS SENTIMENTOS
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Educar exige coragem, assim como para viver. E qualquer criatura que
está apta a viver, isto é, a enfrentar, com equilíbrio, as lutas, os conflitos e
frustrações naturais da vida, está também apta a educar, ou, ainda, a vencer
todos os obstáculos que a vida implica e a contribuir para a formação de
criaturas sadias e felizes.
No que se refere à psicologia da educação, as pessoas têm o hábito
infeliz de comentar que “nos livros é fácil”, “a teoria é uma beleza”, “a prática é
diferente”. Contudo, elas se esquecem de que a teoria é o resultado de uma
observação cuidadosa e controlada da realidade e de que as suas “desculpas”
podem ser apenas uma defesa para o seu comodismo. Outro hábito pouco
desejável é o de buscar “receitas milagrosas” em educação, quando elas não
existem. O que é necessário, ao educar, além das qualidades a que nos
referimos antes, é conhecer o desenvolvimento da criança e do adolescente,
suas crises, suas angústias naturais e procurar dar-lhes apoio, desenvolvendo
neles a confiança e a segurança; é lembrar que o equilíbrio psíquico, tanto de
um como de outro, depende basicamente de um ambiente familiar harmonioso,
calmo e feliz, onde todos se amem e se respeitem e onde a presença do filho
seja acolhida com alegria; e, ainda, que esse ambiente imprescindível à boa
evolução só pode ser criado por um casal que tenha maturidade, fé, alegria de
viver, convicções firmes, liberdade interior.
Ao educar, é bom também que não nos esqueçamos que tanto a criança
como os jovens têm necessidade de sentir uma mão forte que os guie. Por
mais que eles mostrem traços de independência e rebeldia, a verdade é que
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desejam sentir que são “protegidos”. Assim, os pais, embora sempre agindo
como amigos compreensivos, não podem abdicar de sua posição de “pais”, isto
é, de educadores, protetores, guias, disciplinadores. Os filhos, para sua própria
segurança, precisam de regras. Mas regras devem ser impostas, quando os
pais acreditam nelas e nelas vêem um significado. Além disso, ao impô-las, os
pais necessitam de uniformidade, serenidade e firmeza em sua ação. A
educadora Ofélia Boisson fala que “a infância precisa de certas regras em que
se apóie; mas não de um código rígido que a enquadre como tropa e exerça
sobre ela pressões, inibindo-lhe completamente a espontaneidade (...). É
preciso saber o que é certo e o que é errado, mesmo porque a expectativa e a
incerteza geram angústia. Mas fiscalização, policiamento e código rígido são
nocivos; reprimem e transtornam, emocionalmente”.
Já dissemos que é impossível educar sem frustrar, pois, que a própria
vida é cheia de frustrações e aqueles que não se acostumam a elas, no
processo de sua evolução psíquica, desenvolvem um nível baixo de tolerância
que pode, facilmente, levar o indivíduo à neurose. Mas as frustrações que
somos obrigados a provocar nos educandos devem sempre ter significado e
contribuir para uma continuidade mais suave e coerente no processo evolutivo.
Deve também ser restritas ao inevitável. Além disso “as crianças devem ser
levadas a compreender as intenções do educador, pois só assim se esforçarão
por atendê-los e amá-lo”.
É necessário que o nosso “sim” seja “sim” e que o nosso “não” seja
“não”. Isto não só é valido, como essencial em matéria de educação. Os
valores não podem mudar ao sabor das circunstâncias. Isto desorienta as
crianças e os jovens e os leva a atitudes de oposição, crítica, sarcasmos e
desconfiança.
Ao tratar com os filhos, a atitude dos pais deve sempre ser de justiça,
respeito e sinceridade. Uma criança não deve jamais ser iludida e suas
peculiaridades devem ser aceitas e respeitadas. A ela deve ser dada a
oportunidade de escolher os seus rumos, mesmo em coisas que pareçam sem
importância. Pai não é carrasco, tirano ou ditador, mas amigo e conselheiro.
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A união dos pais, o seu exemplo, a sua vivência, a sua atitude diante
dos valores básicos da vida, está e a maior escola da criança e do jovem. “O
exemplo constrói mais depressa e mais fortemente do que conselhos e
advertências”.
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Problemas de autoridade
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Repreensão e castigo
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Não se deve também castigar a criança sem antes ter a certeza da falta
ou saber se ela não foi intencional, pois a criança é sumamente sensível à
injustiça.
Os pais devem, pois, agir com muito tato, não castigando a criança por
atos que ela não sabia previamente se eram bons ou maus. Se os pais reagem
de acordo com seu estado de ânimo, irritando-se com faltas leves, quando
estão de mau humor, e não dando atenção a faltas graves, quando estão
distraídos ou contentes, a criança dificilmente adquirirá uma noção estável do
bem ou do mal.
Educação sexual
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Religião
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Higiene mental
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REFERÊNCIA
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