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Nacionalizações do 25 abril

Durante esse período de cerca de um ano, o governo nacionalizou todas as empresas de


capital privado na banca, nos seguros, petroquímica, fertilizantes, tabaco, cimento e celulose.
Foram nacionalizadas também todas as empresas de produção de ferro e de aço (Siderurgia),
as maiores cervejarias, as maiores companhias de navegação marítima, as maiores empresas
de transporte público, dois dos três principais estaleiros de construção e reparação naval, o
núcleo de companhias da CUF - Companhia União Fabril, as estações de rádio e a TV, exceto a
Rádio Renascença de orientação da Igreja Católica.

Foram nacionalizadas também importantes companhias nas áreas do vidro, minas, pescas, e
sectores agrícolas. Como os bancos que foram nacionalizados eram detentores de inúmeras
ações privadas o estado adquiriu o controlo de centenas de outras firmas. Outras cerca de 300
pequenas e médias empresas foram intervencionadas para as salvar da bancarrota quando
eram deixadas ao abandono pelos seus legítimos proprietários. Um estudo revelou que 244
empresas privadas foram diretamente nacionalizadas durante um período de dezasseis meses
entre o 14 de Março de 1975 a 29 de Julho de 1976. Como um exemplo, a Quimigal, a entidade
de químicos e fertilizantes, representou a junção de cinco firmas privadas. Quatro outras
grandes companhias foram integradas na companhia nacional de petróleos, Petróleos de
Portugal - Petrogal. Catorze empresas privadas de produção de energia elétrica foram juntas
num simples monopólio de produção e distribuição de energia elétrica, Eletricidade de
Portugal - EDP.

Mais tarde uma grande parte destas empresas foram privatizadas como:

 Venda da Portugal Telecom (PT);


 Venda da Cimpor;
 Venda da Secil;
 Venda da EDP;
 Venda da Brisa;
 Venda da Portucel à Semapa;
 Venda da Somincor à Eurozinc;
 Venda da Enatur ao grupo Pestana;

Em geral, o Estado Novo caracterizou-se como um período autoritário, nacionalista,


tradicionalista e corporativista. Estado Novo português preocupou-se em moldar
ideologicamente a sociedade da época em diversos planos: social, econômico, jurídico e
cultural. Um dos traços fundamentais do Estado Novo foi o corporativismo. Isso quer dizer que
o regime assumiu uma postura antiparlamentar, enfraquecendo a Assembleia Nacional, e anti
partidária. O novo ministro impôs uma política ortodoxa de contenção de gastos públicos,
redução de investimentos em áreas como saúde e educação e aumento de impostos.

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