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Sobre as empresas publicas

Gd parte do setor púbico na fase do Estado intervencionista era constituída por serviços ou empresas
públicas baseados em redes (eletricidade, gás natural, serviços postais e telecomunicações, etc.).Foram
essas public utilities o alvo privilegiado do movimento de liberalização e de privatização que deu lugar ao
Estado regulador.O principal instrumento da liberalização dos antigos serviços públicos econ consistiu na
separação entre as redes e a provisão dos serviços propriamente ditos, estes abertos à conc, garantindo a
todos os operadores o acesso às redes em pé de igualdade. Com mais ou menos intensidade, o Estado,
mantém 1conjunto de instrumentos de ação sobre a esfera económica, sendo de destacar entre outros:Ativ
económica direta, como produtor de bens e serviços (empresas públicas).

Garantia Contitucional de uma economia mista


Nacionalizações e Privatizações - CRP prevê ambas as figuras da nac. e priv. Prevê no 82º CRP uma
economia mista, o qual inclui o sector público (empresas públicas). Algumas dessas empresas públicas
podem resultar de empresas criadas direta/pelo Estado mediante investimento estatal (Ex CGD, Águas de
Portugal…); as outras resultam de nac, qd o Estado nacionaliza empresas privadas e procede à sua gestão
mediante uma indemnização (83º CRP). O Estado de dir. n permite confisco,tendo d haver spr uma
indemnização aos respetivos proprietários relativamente à nacionalização.
Uma nacionalização distingue-se de uma expropriação no sentido em que a nacionalização está
relacionada com empresas, enquanto a expropriação está relacionada com bens isolados, nomeadamente
terrenos. Aqui, o município pode expropriar uma terra para alargar 1rua ou construir 1escola, n tendo por
objeto 1ativ. económica. CRP impõe uma eco.mista.
Economia mista (econo composta,setor privado,publico,cooperativo e social, art82º (empresas
publicas)- Principio essencial.A Tap é uma empresa q esta no mercado, sujeita as msm regras.
106º FTUE. Como é q o estado pode ter empresas publicas? Pq as nacionaliza, começaram por
ser privadas e nacionalizaram-se. Ou podem já nascer publicas.CRP prevê expressa/a
nacionalização de empresas privadas,desde que seja de interesse publico e que pague.Antes da
CRP o estado nacionalizou centenas de empresas publicas.Décadas de 90, 2000 e 2010 quase
todas as empresas foram reprivatizadas. Cimento, sidrugia, Tap,a exceção foi a CP, companhia
das residias (que produz tudo, maior empresa agricola).A revisão de 89 exigia que as
privatizações decorressem de acordo com uma lei especial:293º CRP.Lei 11/90 – lei quadro das
privatizações, que foi alterada pela lei 50/2011.O q esta lei vem dizer é repetir os objetivos das
privatizações.Processo de modalidades de privatização – repete o q esta na CRP.Tal como existe
uma lei das privatizações tb existe uma lei das nacionalizações – 2020. Efacec – nacionalizar o
capital de Isabel dos santos. O estado ate agora n pagou nada, resolveu reprivatizar a efacec. A
empresa que era altamente lucrativa entrou em deficie. Ao abrigo de que lei o estado privatizou
a efacec? Artigo 83º-Lei 62/2008 (regime das nacionalizações). Lei quadro das
privatizações(Lei 11/90). Artigo 5º, a empresa deixa de ser uma empresa privada e passa a ser
publica.
Parte constitucional da regulação publica da economia, possibilidade de existência de ativ eco
reservadas ao estado, à iniciativa privada (art 86º, nº3 CRP, a lei pode definir setores básicos
nos quais seja vedada a atividade às empresas privadas...) Em vez de ser uma norma
autorizativa, a lei pode norma imperativa, os setores básicos onde é dada autoridade a empresas
privadas e outras autoridades. Curiosamente nem todas as empresas nacionalizadas em 75 foram
reprivatizadas. Tivemos empresas publicas reprivatizadas às fatias.Foram feitas por fases. A
abertura dos setores reservados foi sendo aberta por fases.A lei base desta matéria é a lei n 88
A/97, q se chama acesso de iniciativa económica privada a atividades económicas. Essa versão
foi revista já. Lei nº 35/2013, ultima leiNa versão em vigor, os setores vedados n são assim tao
vedados.Acontece q todas estas atividades são serviços públicos municipais – aguas
Há duas coisas q a lei diz: a reserva não impede a conceção de atividade privada. Pode ser
concecionada a empresas privadas quer pelo estado quer pelos municípios. A lei quadro das
privatizações estabelece q as empresas publicas do setor reservado se mantem publicas.Esta lei
de 97 na versão de 2013 vem praticamente reduzir a nada a setores económicos
reservados.Qualquer empresa ferroviária pode vir a concorrer com a CP.Os transportes públicos
urbanos não estão aqui.Teoricamente o estado pode abrir à iniciativa privada os transportes
públicos urbanos, coisa que não é pratica na europa.O artigo 2º - minas e outros recursos
minerais são do domínio publico não podem ser privatizadas. Mesmo quando exploradas pelo
estado tem de ser exploradas em regime de conceção. O artigo 4º trata de um regime
especial.Aqui temos o quadro constitucional da economia portuguesa. O setor publico é hoje
mínimo. O estado pode manter o q quiser desde que em conc com empresa privadas.Uma das
regras essenciais da UE é que as empresas publicas não tem nenhum regime especial, nem
podem ter.

Tipos de empresas publicas no setor empresarial do estado - CRP impõe uma eco.mista, considerando
q,necessariamente,o Estado tenha um sector público de tamanho minimamente relevante, algo que
acontece em Portugal, sendo de destacar a CGD, Águas de Portugal, CP, TAP, Metropolitano de Lx.Qt
aos municípios, como as suas atribuições são mais reduzidas, a sua capacidade tb de criar empresas
públicas é menor. Como tb n podem nacionalizar, só podem criar empresas públicas por iniciativa própria
e com capital próprio.
Existe 1sector público empresarial em Portugal, c gds empresas total ou parcialmente públicas (há
empresas públicas mistas, onde uma parte do capital pertence ao Estado e outra ao privado).CRP n prevê
a figura das empresas de capital misto; as empresas de capital misto ou são públicas ou privadas,
conforme for dominante o capital público ou o capital privado. 1empresa mista de capital
maioritária/público é 1 empresa pública; uma empresa mista de capital marcada/privado é 1empresa
privada. O direito a UE,tem 1conceito alargado de empresa pública, em que são empresas públicas n
apenas aquelas em que o Estado tem a maioria do capital, mas tb aquelas em q,n tendo a maioria d capital,
tem a maioria dos votos do conselho de adm.ou qd tem a maioria dos membros do conselho de
adm.Portanto, msm q o capital privado seja maioritário, segundo o dir. da UE,trata-se de empresas
públicas pq, apesar do Estado n ter maioria d capital,tem a maioria d comando dessas empresas públicas.
A TAP, durante vários anos antes da renacionalização total há 2 anos, era uma empresa mista, onde
metade do capital era privado,outra metade era público.N era uma empresa pública,apesar de ter metade
do capital,quem tinha a maioria no Conselho de Adm eram os privados. A TAP foi tecnicamente uma
empresa privada,apesar do Estado ter exacta/metade do capital. Presentemente, o Estado tem 100% do
capital,voltou a ser 1 empresa totalmente pública.
Dentro do sector empresarial público, importa distinguir o sector empresarial do Estado central (SEE), o
sector empresarial das regiões autónomas (SER) e o sector empresarial local (municípios, comunidades
intermunicipais – CIM, e áreas metropolitanas). No OJ portu, empresas públicas regionais têm o msm
regime das empresas públicas do Estado,n havendo para estas 1regime específico.A lei q regula as
empresas públicas do Estado aplica-se tb às empresas públicas regionais. Já as empresas públicas
municipais, sejam das regiões autónomas, sejam do continente, as empresas das comunidades
intermunicipais e as das áreas metropolitanas têm 1regime legal próprio. A tap é uma empresa como as
outras. As aguas de Portugal não, porque é um empresa publica exclusiva, os preços ai são fixados por lei,
enquanto da CGD e TAP n.1 das obrigações decorrentes da EU, art106º, nº1. Artts18º, 101º a 109º
inclusive.

Defesa da concorrência e regulação como modos de ordenação pública da economia


A regulação é so 1dos modos de ordenação pública da eco,sem intervir directa/na activ económica. O
outro grande instrumento de ordenação da ordenação pública da economia é a defesa da con.

A concorrência surge c/o instrumento privilegiado de direcção de mercado, caracterizando 1tipo de


relação entre os agentes económicos entendido como a essência do sistema da economia de mercado.
Com a 1.ª fase da revolução industrial, acreditava-se que havia uma mão invisível que dirigia o mercado
(laissez faire, laissez passer, le monde va de lui même). Esse mercado era constituído por 1infinidade d
operadores d mercado(atomicidade do mercado),c mt poucas gds empresas a concorrer no mercado, em
que cada 1 procura aproveitar melhor todos os factores de produção e produzir c a melhor qualidade ao
melhor preço, assemelhando-se a algo próximo da conc perfeita.Todas as empresas eram price-takers, ao
invés de price-makers, já q nenhuma das empresas presentes no mercado estava em condições de fixar os
preços. N havia necessidade p a defesa da concorrência. Na 2.ª fase da ver.indus(1870 a 1914)entra-se na
fase do capitalismo financeiro, onde as pequenas empresas percebem que poderiam fazer uso da liberdade
contratual,concentrando-se(trusts ou cartéis), criando menos empresas, mas maiores, de forma a
poderem ter um comportamento de mercado perfeitamente independente das outras, monopolizando a
concorrência do mercado (price-makers).Destaca-se o ocorrido no século XIX nos EUA,as empresas
poderiam ser consideradas price-makers,em vez do preço ser estabelecido pela economia de mercado, era
estabelecida por empresas d gd dimensão.Em alguns sectores como o petróleo, telef ou caminhos d ferro,
surgiram empresas de grande dimensão criando o que se veio a chamar de trusts e cartéis: Trust – há uma
coligação em que as empresas perdem a sua independência e a sua personalidade jurídica e tornarem-se
grandes empresas através de mecanismos de fusão e concentração.Cartel: as empresas continuam
independentes, têm a sua personalidade jurídica, apenas fazem acordos entre si (ex: repartição de
mercado, fixação de quotas e preços).Outro fenómeno foi os acordos entre empresas,empresas faziam
acordos entre si p poderem controlar o mercado:fixação de preços e de quotas, divisão de territórios…
Mais uma vez, estas empresas se tornam em price-makers. É aqui que surge a defesa da conc, a
necessidade de garantir a lib de conc. e um mercado competitivo.

Origem e desenvolvimento dos sistemas de defesa da concorrência


Em 1890 surge o Sherman Act (EUA), sendo o primeiro diploma que vem proibir os grandes cartéis e
trusts e a defender a concorrência – lei anti-trust.Esta lei mantém-se até os dias actuais c/adaptações às
mudanças políticas, eco e valores. Na Europa,a defesa da conc demoraria mt +. Como resposta à crise da
economia liberal e do Estado abstencionista foi o Estado intervencionista, onde passou a haver ameaças
à economia liberal, neutralizando as acções das empresas que contratam entre elas e através da acção do
Estado na economia. Portugal - O dir con chega até nós fim da 2GM, trazido pelos EUA. Chega a uma
Europa destruída pela guerra, onde teria outros valores a ponderar contra a concorrência, de forma a
garantir, por ex,a defesa da eco nacional, da sua auto-subsistência em termos alimentares, a seg dos
produtos,msm q a decisão n seja necessária/favorável à con. Os EUA trouxeram o Sherman Act para a
Alemanha.Os alemães incorporaram-no e trouxeram-no p a UE, mas n incorporaram do msm modo q
EUA,como valor absoluto. Já havia na Europa instrumentos p punir certas práticas concorrenciais: Itália –
Instituto do Abuso da Liberdade Contratual, para punir práticas anti-concorrenciais.Portugal – Código
Penal 1852, que transpôs uma norma do código penal de Napoleão de 1810, que proíbe certas práticas que
podem levar à formação artificial de preços: “qq px q, usando de meio fraudulento p conseguir alterar
preços que resultariam da natural e livre concorrência, ... será punida com multa...”. Não se sabe se
chegou a ser aplicada. 1852 é o período de maior afirmação do liberalismo. No Tratado CECA
(1951)pela 1x, foram formuladas regras comunitárias da con p o sector do carvão e aço.Foi uma das
fontes do Tratado de Roma (1957) o qual influenciou o Tratado de Lisboa. O Tribunal da Justiça, no
que concerne ao dir europeu da con, tem aplicado o Tratado de Lx (essencial/o 101º, 102º, 106º e 107º)
junta/c alguns regulamentos. Foi a partir da criação destes Tratados que a defesa da con viria a ser forçada
a ser introduzida na legislação nacional de todos os Estados-membros.

A defesa da concorrência tem uma série de justificações:

Garantir a liberdade e a igualdade de condições para a entrada de mercado;


Defesa do consumidor. É imp q mercado seja competitivo p q o consumidor tenha +do q 1oferta e q o
preço seja +baixo e a qualidade +alta. Garantir a eficiência económica de forma a levar à renovação ou
criação d novos de produtos, obrigando as empresas a inovar. Por estas 3razões, ter-se-á uma eco de
mercado mais eficiente, c o objectivo final de aumentar a conc.

Tipos de práticas restritivas à concorrência


Os grandes alvos da defesa da concorrência são as práticas restritivas da concorrência, sendo elas:
Cartel: p que haja um cartel, o imp é que haja 1concertação de vontades.Existem: Acordos entre
empresas: podem ser contractos unilaterais ou multilaterais que sirvam para, por exemplo, fixar preços ou
fixar quotas. Actual/as gds empresas já não celebram os acordos nestes termos.Decisões de Associações
de Empresas: qd as associações de empresas podem, p.ex, fixar o preço dos produtos ou as quantidades a
produzir. Prática Concertada (+habitual): pressupõe 1acordo, mas em termos probatórios é mt difícil, só
se consegue provar havendo confissão d 1deles.Pressupõe um concurso de vontades, uma concertação de
comportamentos assente nesse acordo. A forma mais comum de cartel é a prática concertada.
Abuso de posição dominante: é o fenómeno de concentração das empresas. 1ou +empresas combinadas
decidem aproveitar a sua posição dom de mercado p explorar fornecedores,distribuidores ou
consumidores,impondo preços altos/baixos ou discriminado entre eles.Um monopólio, em si msm n é 1
atentado à conc,desde que tenha aí chegado s/ilicitude. Existem os monopólios de facto (ganho de
posição por eficiência) ou os monopólios legais (Ex.: Águas de Portugal). Aquilo que este monopólio
não pode fazer é abusar da sua posição dominante (106º TFUE).

O sistema de defesa da concorrência da UE


Quer na UE, quer nos EUA: Práticas punitivas, q se limitam a punir as infracções anti concorrenciais já
decorridas. Práticas preventivas: impede que haja, por si mesmo, um atentado à concorrência. Trata-se
de um controlo das concentrações entre empresas, sejam concentrações horizontais (empresas do mesmo
patamar) ou verticais (empresas de patamares diferentes).

O sistema de defesa da concorrência em Portugal


Outro desen/em relação à defesa da concorrência foi submeter o próprio Estado à conc enquanto entidade
adm,através da submissão das compras de bens e serviços do Estado a concursos concorrenciais, n tendo
o Estado liberdade de compra. Desta forma, garante-se q n haja possibilidade do Estado discriminar c
quem faz negócios.O facto de o Estado subsidiar empresas privadas (investimento,emprego, inovação…).
De forma a n afectar a conc,o Estado n pode discriminar entre as empresas subsidiadas.P evitar
isso,existem mecanismos a nível da TFUE para serem aplicados. Ex.:Layoff durante pandemia a todas as
empresas que se aplicassem a este auxílio.1 terceira razão p a submissão do Estado à conc relaciona-s c o
facto de o Estado n poder subsidiar as suas empresas, uma vez q, fazendo-o, e estando dentro do mercado
interno da UE, as empresas nacionais n estariam em pé de igualdade em termos concorrenciais (a
Alemanha ou França estariam em mt melhores condições p auxiliar suas empresas, comparativa/ c
Portugal). Existem, contudo, derrogações a esta regra. Ex.: TAP foi objecto de um auxílio público do
Estado.

Autoridades de regulação independente


Qt à especificidade destas ARs, o regime aplicável é o do CT, e n o de trabalhadores da função pública:
isto irá permitir uma maior remuneração desses trabalhadores, já que as ARs têm técnicos altamente
especializados.O regime dos trabalhadores da função pública n daria para recrutar esses especialistas com
a remuneração q oferece. ARs são auto-suficientes financeira/n dependendo do orçamento do Estado. As
suas receitas são: As taxas dos serviços que cobram: autorizações, pareceres, etc. Coimas que são
aplicadas, podendo chegar à ordem dos milhões de euros. Contribuição regulatória: o princípio é o do
regulado-pagador, em que há uma contribuição anual das empresas sujeitas à sua regulação (receita
normal). Ex.: a ERSE recebe todos os anos das empresas energéticas a operar em Portugal uma
contribuição regulatória; a ANACOM recebe das empresas de telecomunicações; a ERS recebe de todas
as clínicas e hospitais privados nacionais) (34º/1/3 Lei n.º 67/2013, de 28 de Agosto).O 45º Lei n.º
67/2013, de 28 de Agosto identifica as características de independência das ARs; ou seja, os ministros do
governo não lhes podem dar ordem, fazer recomendações, nem os seus actos estão sujeitos a qq
autorização ou aprovação governamental. Os seus actos só podem ser impugnados judicialmente se forem
ilegais. Fora isso, elas têm perfeita independência nas suas decisões regulatórias.

Da regulação governamental à regulação independente


A ideia é q o Estado n pode deixar de regular, mas n deve ser o governo a fazê-lo; é uma ideia de
desgovernamentalização da intervenção do Estado na economia (separação entre governo e mercado). O
Estado deve regular, pq toda a economia tem de ser regulada para controlar as falhas de mercado ou
outros interesses públicos q o justifiquem, mas n deve ser o governo ou o ministro da maioria a fazê-
lo,implicaria instabilidade na regulação.Enquanto ARs independentes, têm a continuidade e estabilidade
dos preços, garantindo 1estabilidade,1previsibilidade aos empresários na regulação,essencial na economia
de mercado.Esta desgovernamentalização da regulação (passagem da regulação para unidades
independentes) visa garantir estabilidade e previsibilidade, sendo uma separação entre a política partidária
de cada governo, o mercado e a eco.

Autoridades reguladoras da UE
Além das ARs independentes nacionais, existem ARs da UE. Na verdade, quase todas as ARs nacionais
fazem parte de ARs da UE. Estas ARs da UE são federações de ARs nacionais. Ex.: o BCE é 1conjunto
de representantes dos bancos centrais nacionais. O BCE é o gd regulador do mercado financeiro da UE e
é composto por um Presidente que é nomeado pelo Conselho da UE. Os restantes membros legais são os
presidentes dos bancos nacionais, que faz parte do Conselho do BCE. O msm acontece com as outras
ARs da UE, q são agentes federais constituídos por representantes das ARs independentes nacionais. As
ARs independentes nacionais são 1espécie de braços de ARs da UE, em q têm intervenção, fazendo parte
de um Conselho na AR Europeia.em dg parte, as ARs nacionais aplicam normas da UE e estão sujeitas à
coordenação da AR Europeia.

Autoridades de regulação nacionais


Estas ARs foram criadas em Portugal a partir de 1991, ou seja, nos últimos 30 anos, n tendo sido todas
criadas de uma vez. Ex.: a da saúde só foi criada em 2003 e outras foram formadas ou foram o resultado
de fusão de outras, como a criação do IMT em 2003.

Auto-regulação oficial
Outro tipo de AR são as ordens profissionais.A generalidade das profissões e dos serviços de
profissionais estão sujeitos a regulação q n é feita pelo governo nem por ARs independentes, mas sim
pelos próprios através de associações de natureza pública criadas por lei e com poderes públicos exercício
obrigatório (impostos por lei), mas que é uma espécie de auto-regulação oficial. A característica das
ordens profissionais, sendo um fenómeno de auto-regulação, é a que o Estado, tendo de regular as
profissões, delegou essa função nos próprios através de um organismo público obrigatório. Tem de
apresentar à AR 1relatório anual sobre o desempenho das suas atribuições.

Não é uma realidade comum em toda a Europa, apenas existindo ordens profissionais nos países de
tradição latina – Áustria, Alemanha, Bélgica, França, Itália, Portugal e Espanha,havendo 1herança
medieval da Europa Latina, com uma modalidade de auto-regulação corporativa das profissões reguladas.

Existe Lei n.º 2/2013, de 10 de Janeiro, q estabelece regime jurídico de criação, organização e
funcionamento das associações públicas profissionais. Antes havia uma lei-quadro das ordens
profissionais em 2008.O q há de novo nesta Lei n.º 2/2013 é q abrange todas as ordens existentes na
altura e as novas e criar, não excepcionando nenhuma ordem.

Estas ordens são de inscrição obrigatória, financiadas através das quotas, pelas taxas cobradas pelos
serviços, os rendimentos, o respectivo património, etc. (43º Lei n.º 2/2013). São tb independentes, onde o
governo não pode destituir as ordens, salvo em casos excepcionais. Tb não lhes pode dar ordens nem
instruções, sendo, portanto, tão independentes como as ARs independentes. Existe apenas a diferença de
que as ARs independentes ainda são nomeadas pelo Estado; as direcções das ordens profissionais são
eleitas pelos próprios, sendo uma espécie de auto-regulação em sentido próprio.São organismos mistos,
entidades representativas da profissão.Têm 1dupla qualidade,representando oficialmente a profissão
perante o Estado e outras profissões e são tb entidades reguladoras (5º/1, als. b) e c) Lei n.º 2/2013). A lei
só fala em representação e defesa em interesses gerais da profissão, não permitindo que as ordens
dependam dos interesses sectoriais d 1parte da profissão. Tem poder regulamentar, poder
supervisão,poder disciplinar, os mesmos poderes das ARs independentes. O nr de auditorias, inspecções e
sanções disciplinares é mt baixo.A auto-regulação profissional em Portugal em gd parte é 1ficção. As
ordens conferem o título profissional após estágio profissional d profissões que exigem licenciatura. Tb
dão os títulos de especialidade(médicos, advogados...)São obrigadas a manter 1registo profissional, onde
toda a gente pode saber se certa px que se intitula médico ou advogado o é ou não. As ordens n podem
dedicar-se a actividades sindicais;n podem fazer greves, reivindicações sindicais,isso é competência dos
sindicatos. Em Portugal,as ordens n cumprem a lei s n fazem greves apoiam-nas ou desencadeiam-nas,
mas têm de ser depois os sindicatos a declará-las Os estatutos são tb eles aprovados por lei (1contradição)
e só podem ser alterados por via de lei (8º Lei n.º 2/2013). A lei estabelece limites à lib das ordens nesta
matéria, p.ex os estatutos devem estabelecer um regime de estágio de acesso à profissão q n pode exceder
os 18 meses. Havia ordens q estabeleciam 24 meses, como era caso da AO (uma das especialidades das
ordens é fazer tudo p limitar o acesso à profissão de forma a limitar a conc entre eles e a degradação dos
preços praticados pq, qt menos houver, menos conc há).Msm n podendo contingentar a profissão,
promovem meios de o fazer (e.medicos ate agr so Univ Pub). Outro instrumento p limitar a entrada de
novos profissionais , exigiam um exame de entrada na ordem e fazer um estágio de 2 anos (q n tinha de
ser remunerado).Estas acções eram contra a economia de mercado e contra a conc. A auto-regulação
implica 1conflito de interesses entre a defesa do interesse da profissão e a sua regulação (interesses dos
utentes). O Prof VM -acabar com elas. A lei mistura AR com a regulação propriamente, em que o 24º ss
Lei n.º 2/2013 é dedicado exactamente à regulação das profissões.

O 26º Lei n.º 2/2013 diz que a prestação de serviços de profissionais está sujeita à livre concorrência e
que não podem ser estabelecidas restrições isto é positivo nesta lei. Sendo uma associação, estas ordens
têm um órgão representativo - Bastonário - que é eleito directamente, 1órgão executivo. Nomeado: pelo
parlamento ou o eleito directamente. Em geral, optam pela eleição directa por meio de um órgão
executivo. Quanto aos poderes das ordens, tem-se o poder regulamentar no 17º Lei n.º 2/2013, o poder
disciplinar está no 18º Lei n.º 2/2013 e o provedor está no 20º Lei n.º 2/2013. Os serviços profissionais
estão sujeitos n apenas a regras expressas na lei, como também à legis artis (regras da profissão) e a
regras deontológicas. Códigos deontológicos (28º Lei n.º 2/2013). A lei admite q cada profissão tenha
uma reserva de actos que só ela pode praticar (30º Lei n.º 2/2013). Em Portugal é esse núcleo de actos
exclusivos ser demasiado amplo. Há essa lógica de hiperprotecção da profissão e reservar o máximo
possível os actos que possam praticar. Está em estudo reforma às regras deste sector das ordens
profissionais, q virá corrigir mtas destas falhas. Se a lei vier a avançar, mts dos exageros das ordens
profissionais virão o seu fim.

Poderes das ARs


N há separação de poderes; as ARs têm poderes regulamentares, de supervisão, de fiscalização e de
sanção de infracções (40º Lei n.º 67/2013, de 28 de Agosto), funcionando como legislador, governo,
administração e tribunal, concentrando poderes como nenhuma entidade pública tem em Portugal.

Para emitir regulamentos, as ARs estão sujeitas a um procedimento específico de elaboração de


regulamentos (não se aplicando o CPA). Tem-se uma exigência elevada no procedimento descrito no 41º
Lei n.º 67/2013, de 28 de Agosto na medida em que exige que a AR publique o projecto a regulamento,
estabelece um prazo para recolher os pareceres dos regulados e é obrigada a justificar porque não aceitou
as sugestões dos regulados. É esta 3.ª exigência é superlativa, que não está no CPA. O 42º Lei n.º
67/2013, de 28 de Agosto trata dos poderes em matéria de inspecção e auditoria, sendo estes poderes mais
fortes do que na administração em geral.

Nova gestão pública

Movimento originário nos países Anglo.Surgiu final da década de 70 numa altura em q se assistia a crise
do Estado intervencionista, onde uma das razões para essa crise era o endividamento das empresas
públicas devido à má gestão ou da prática de preços baixos por razões políticas e excesso de políticos
nessas mesmas empresas.Este movimento visava racionalizar e dar +eficiência à gestão pública,aplicando
modelos de gestão privada e da utilização de MTM, onde se incluía a concorrência, a autonomia
empresarial, a responsabilidade dos gestores e o direito privado. Assim assistiu-se á “mercadorização” de
sectores que até aí não se encontravam no mercado e a convolação de organizações administrativas em
empresariais.

Origina uma importante alteração jurídica a distinção entre serviços públicos económicos e serviços
públicos não económicos que agora passam a estar no mercado, ou melhor, na lógica de mercado. Isto
levou a duas consequências significativas: a primeira era que estando no mercado, as empresas públicas
prestadoras de serviços públicos deixavam de estar sob a alçada da autoridade pública para passarem a
estar sob a alçada de uma entidade regulatória externa; e a segunda é que esta submissão da gestão
pública levou a que se subestimasse a ideia de serviço públicos, o que traçou o caminho para a
privatização e liberalização desses serviços.

Sectores vedados à iniciativa privada.

A propriedade, iniciativa privada e livre concorrência são três princípios básicos do funcionamento de 1
eco de mercado. A iniciativa privada possibilita a sua livre composição e utilização produtiva, sendo o
direito à iniciativa privada (61º CRP) explicitamente considerado como um dir econó e n apenas um
princípio de organização económica, traduzindo-se na possibilidade de exercer uma actividade económica
privada. Esta n é reconhecida pela CRP em termos absolutos, admitindo-se restrições e condicionamentos
q poderão resultar da CRP ou da lei ordinária. São justificados pela necessidade de protecção do interesse
público em geral, ou pela necessidade de protecção dos interesses de terceiros. As restrições
constitucionais resultam, da possibilidade de se estabelecerem reservas a favor do sector público (86º/3
CRP). Essa reserva operacionaliza-se com a Lei n.º 88-A/97, de 25 de Julho, a qual regula o acesso da
iniciativa económica privada a determinadas actividades econó,como por exemplo o sector das redes de
água, os transportes ferroviários explorados em regime de serviço público e a exploração de portos
marítimos.

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