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CENTRO UNIVERSITÁRIO JORGE AMADO

DIREITO

LAURA SOUZA SANTOS

DIREITO DAS PESSOAS E BENS

SALVADOR
2022
DIREITO DAS PESSOAS E BENS

LAURA SOUZA SANTOS

Trabalho da disciplina Direito das Pessoas


e Bens, como requisito avaliativo da Av2
do curso de Direito, 2º semestre.
Tutor(a): Fernanda Pires.

SALVADOR
2022
Ausência do Registro Civil e Invisibilidade no Brasil.

Para contextualizar é necessário tratar sobre cidadania, tal termo teve origem na
Grécia antiga, o berço da democracia em que, aqueles só eram considerados cidadãos
quando possuíam algum dever com a estrutura política daquele Estado. Entretanto, na
modernidade ser cidadão é gozar e estar sujeito a direitos e deveres civis e políticos de um
Estado.

Dessa forma, no Brasil temos a Constituição Federal de 1988, que tem como
propósito assegurar os direitos e deveres do cidadão, defendendo assim, sua participação
ativa na sociedade. Convém lembrar que, o Brasil consiste em um Estado Democrático de
Direito, porém por não garantir efetivamente uma série de direitos se torna imperfeito.
Uma vez que a falta de registro civil resulte em uma invisibilidade social, devem ser feitas
políticas públicas para diminuir a quantidade de pessoas “invisíveis” diante do Estado.

É evidente que, o registro civil tem como objetivo regulamentar os fatos e atos da
vida da pessoa humana, tais como: casamento, divórcio, certidão de nascimento e óbito;
servindo como o propósito de prova, conservação e inclusão social. Nesse aspecto as
implicações práticas de quem não possui registro são incontáveis, conforme a isenção do
acesso à saúde, educação, trabalho, previdência social, benefícios sociais. Crianças nascem e
nunca chegam a serem registradas no cartório civil das pessoas naturais, as mesmas têm a
personalidade civil assegurada desde a sua concepção (com certeza??), conforme o Art. 2 do
Código Civil Brasileiro. Por certo, sem a documentação é inviável a garantia dos direitos e
deveres do cidadão; o Estado se prejudica por não arrecadar tributos, além da dificuldade
em erradicar a desigualdade socioeconômica da qual esse grupo faz parte; enquanto a
pessoa natural não terá acessos a benefícios básicos como: saúde, educação, moradia digna.
Ao tratarmos dos princípios da personalidade, deve se ressaltar que todo ente
dotado de capacidade biopsicológica possui personalidade jurídica; é a disposição comum
para adquirir direito subjetivo, e é reconhecida a todo ser humano independente da
vontade do indivíduo, esta é, portanto, um atributo intransmissível da pessoa. Segundo a
grande jurista, advogada e professora Maria Helena Diniz: “a pessoa jurídica é a unidade de
pessoas naturais ou de patrimônios, que visa à consecução de certos fins, reconhecida pela
ordem jurídica como sujeito de direitos e obrigações.”.reveja o enunciado da questão... não
se refere à pessoa jurídica A aquisição da personalidade jurídica está diretamente ligada ao
fato dela ser necessariamente registrada nos órgãos a que competem, para sua efetivação.
Portanto, caso não exista registro da personalidade jurídica os direitos como: honra,
reputação, nome, marca e símbolos, à identidade, propriedade intelectual, ao segredo e ao
sigilo, e privacidade; não poderão ser assegurados e validados.
Referências:

ALVES, Ítalo Miqueias da Silva. A personalidade jurídica no direito civil. Revista Jus
Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 24, n. 5890, 17 ago. 2019. Disponível em:
https://jus.com.br/artigos/61828. Acesso em: 12 set. 2022.

DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. Teoria Geral do Direito Civil. Volume
1. 32ª Edição 2015; p 92.

GAGLIANO Pablo Stolze, FILHO Rodolfo Pamplona. Novo Curso de Direito Civil. Vol I. São
Paulo: Saraiva, 2004; p 69.

Pontuação Pontuação
máxima obtida
CONTEÚDO - -

Aquisição da personalidade jurídica 2,0 1,0


Exercício da personalidade jurídica e o registro 2,0 1,0
civil
O princípio da eticidade e a personalidade 2,0 0,0
jurídica
Profundidade e clareza 2,0 1,0
- -
FORMA 2,0 1,5
- -
TOTAL - 4,5

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