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SENTENÇA 6

Trata-se de Ação de Indenização por Dano Moral ajuizada por Roberto


Almedina em face de Assis Consultoria Imobiliária LTDA e de Dias
Empreendimento Imobiliário LTDA., pretendendo a reparação a título de danos
morais em razão da inobservância da cláusula que prometia a construção de
um balcão de granito, que separava a sala da cozinha.

Cinge-se a controvérsia acerca da responsabilização da Construtora e da


Intermediadora pelo inadimplemento parcial da obrigação.

Rejeito a preliminar de ausência de legitimidade, dado que em consonância


com a teoria da asserção, há de se analisar a pertinência subjetiva da lide
tomando-se por base as alegações apresentadas em tese pela parte autora, as
quais, no presente caso, guardam relação com o demandado.

Incumbe destacar que o inadimplemento é caracterizado pelo não cumprimento


da obrigação no local, modo e forma pactuados. Nesse sentido, a
inobservância de determinada cláusula contratual compromete o adimplemento
da obrigação.

Isso porque, em que pese possa se argumentar a respeito de um suposto


adimplemento substancial, certo é que o inadimplemento de parte da
obrigação, ainda deve ser suprido.

De modo que, o que não se permite em nosso ordenamento jurídico, em casos


semelhantes, é que um inadimplemento mínimo, seja responsável por resolver
o contrato.

Diante disso, certo é que o Autor faz jus à reparação pela inobservância da
cláusula que prometia a construção de um balcão de granito, que separava a
sala da cozinha, prometida pelas Rés.

A responsabilidade da construtora é evidente, uma vez que se comprometeu


diretamente com a realização da empreitada e não a cumpriu na forma em que
foi estabelecida.
Enquanto a responsabilidade da empresa intermediadora é decorrente do fato
de auferir vantagem econômica ou de qualquer outra natureza, a partir dessas
transações, devendo responder objetiva e solidariamente pelos prejuízos
causados ao consumidor.

Ante o exposto, julgo procedente o pedido do autor, na forma do Art. 487, I do


CPC, para:

a) Condenar o Réu ao pagamento de R$ 10.000,00, a título de danos


morais;

Condeno a parte Ré ao pagamento de custas e honorários advocatícios a parte


autora, estes arbitrados em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação.

Certificado o trânsito em julgado, dê-se baixa e arquive-se.

Local, data.

Assinatura do Juiz

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