O documento trata de uma ação de embargos à execução movida por uma empresa e uma pessoa contra uma instituição financeira. A controvérsia gira em torno da legalidade da capitalização de juros. O juiz rejeita os embargos e determina o prosseguimento da execução, entendendo que não há abusividade nas cobranças realizadas pela instituição financeira.
O documento trata de uma ação de embargos à execução movida por uma empresa e uma pessoa contra uma instituição financeira. A controvérsia gira em torno da legalidade da capitalização de juros. O juiz rejeita os embargos e determina o prosseguimento da execução, entendendo que não há abusividade nas cobranças realizadas pela instituição financeira.
O documento trata de uma ação de embargos à execução movida por uma empresa e uma pessoa contra uma instituição financeira. A controvérsia gira em torno da legalidade da capitalização de juros. O juiz rejeita os embargos e determina o prosseguimento da execução, entendendo que não há abusividade nas cobranças realizadas pela instituição financeira.
Trata-se de Embargos a Execução opostos pela empresa Alimentos &
Derivados Ltda. e Maria em face de instituição financeira ingressou com uma ação executiva, pugnando pela nulidade do processo executivo, sob o fundamento de que o título que o embasou é ilegal.
Cinge-se a controvérsia acerca da legalidade da capitalização de juros,
também chamada de anatocismo.
Tendo em vista que a parte embargada, devidamente intimada, deixou de se
manifestar, aplica-se ao caso em questão os efeitos da revelia. Contudo, as questões de direito ainda devem ser deliberadas pelo juízo.
Preliminarmente, rejeito a arguição de ausência de legitimidade, dado que em
consonância com a teoria da asserção, há de se analisar a pertinência subjetiva da lide tomando-se por base as alegações apresentadas em tese pela parte autora, as quais, no presente caso, guardam relação com o demandado.
Adentrando o mérito, a prática de anatocismo, outrora vedada pelo artigo 4º do
Decreto nº 22626/33 e pela Súmula nº 121 do Egrégio Supremo Tribunal Federal, não apresenta mais óbice a sua incidência, em relação aos contratos celebrados com instituições financeiras após 31.03.2000, data da primitiva publicação do artigo 5º da Medida Provisória nº 1963-17/2000, atualmente reeditada sob o nº 2170-36/2001.
A respeito da Tarifa de Cadastro (TC), cumpre destacar que é um valor
cobrado pelas instituições financeiras para cobrir os custos relativos ao processamento da operação de crédito, incluindo as pesquisas em serviços de proteção ao crédito, em bases de dados e a verificação de informações cadastrais.
Nesse sentido, a cobrança da tarifa de cadastro no início do relacionamento
entre o consumidor e a instituição financeira é legal e o valor cobrado não pode se limitar à taxa média apurada pelo Banco Central do Brasil. Verifica-se, portanto, que não há nenhum tipo de abusividade nas cobranças realizadas pela instituição financeira. Razão pela qual não vejo óbices ao prosseguimento da presente execução.
Ante o exposto, REJEITO os Embargos à Execução para determinar o