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Medicamento – não padronizado

Utilizar o relatório do processo anterior

Modelo do corpo: 0008953-33.2012.8.24.0019/SC

a) 1º ponto – realização da pericia

Estudo Pasta

b) 2º ponto -hipossuficiencia
c) 3º ponto – mérito conforme 3ª diretriz

Ponto ref. Pericia

ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. AÇÃO ORDINÁRIA.


FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO. APELAÇÃO BAIXADA EM
DILIGÊNCIA PARA REALIZAÇÃO DE PERÍCIA. PROVA COLHIDA.

Do Cerceamento de Defesa
Inicialmente, convém apresentar uma questão preliminar acerca
do pedido formulado pelo Estado sobre a anulação da sentença em razão do
cerceamento de defesa, porque não foi realizada a prova pericial nos autos.
Pois bem!
Dos autos, colhe-se que o Exmo. Des. Pedro Manoel Abreu, ao
analisar as razões recursais do ente Público, proferiu a seguinte decisão
monocrática:
"V. Ante o exposto, dá-se provimento ao recurso e, com base no que
prevê o art. 938, § 3º, do CPC/15, converte-se o julgamento em diligência,
para que seja realizada perícia médica em primeiro grau de jurisdição, para
verificar se os medicamentos fornecidos pelo SUS são indicados para o
tratamento da doença e, em caso negativo, se os aqui pleiteados o são.
"Salienta-se, por fim, que estão mantidas as disposições da decisão que
concedeu a antecipação dos efeitos da tutela" (fl. 137).

Diante disso, os autos foram encaminhados à origem, para


realização da prova pericial em cumprimento à diligência determinada.
Devidamente realizada a perícia, em seguida os autos retornaram a esta
Câmara para julgamento do apelo.
Portanto, embora acolhida anteriormente a tese apresentada pelo
ente Público acerca da necessidade de realização da prova pericial, o pedido
de anulação da sentença, em razão do cerceamento de defesa, não merece
guarida, isso porque a prova pericial restou devidamente realizada e o
processo, tornando prejudicado o pleito e, portanto, o mérito está apto a ser
julgado por esta Corte.
Do mérito
Discute-se no presente processo o direito à saúde e a
responsabilidade do ente Público em efetivá-lo, à luz dos princípios e garantias
fundamentais.
Ref. Hipossuficiencia

O primeiro requisito exposto do IRDR anteriormente destacado,


referente à hipossuficiência da paciente, está devidamente preenchido, porque
o documento de pág. 51 demonstra que o tratamento pleiteado possui custo
mensal correspondente ao importe de R$ 71,39 (setenta e um reais e trinta e
nove centavos), e a capacidade financeira da necessitada e sua família para
obtê-lo, com a quantidade necessária ao seu tratamento médico, de fato é
insuficiente, isso porque, conforme bem demonstrou o MM. Juiz, na decisão
que saneou o processo:
"No que toca à condição econômica da parte autora, tenho como
dispensável a realização de estudo social. Afinal, tal prova poderia facilmente
ser feita documentalmente e não há qualquer indício contrariando as
afirmações da parte autora que justifiquem a dilação probatória por meio de
estudo social ou inquirição de testemunhas" (pág. 101 – processo digital).

Ademais, insta salientar que, contra essa decisão, os entes


Públicos não apresentaram irresignação. Não fora isso, a demandante está
assistida pela Defensoria Pública Estadual.

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