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212.04 teoria
sinopses
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original: português
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212
212.00 paisagismo
Abaixo a fitoxenofobia!
A intolerância atinge o
reino vegetal
Eduardo Barra
212.01 urbanismo
O lugar dos espaços
públicos na cidade
modelada pela mineração
O caso de Canaã dos
Carajás PA
Lucas Cândido e Ana
Cláudia Duarte Cardoso
212.02 artes aplicadas
Prolegômenos ao estudo
da pintura decorativa
no Brasil das primeiras
décadas do século 20
Arthur Valle
212.03 urbanismo
Christopher Alexander no Center for Environmental Structure, Berkeley, Darcy Aleixo Derenusson
Califórnia, 2013 O engenheiro e
Foto Michael Mehaffy [Wikimedia Commons / Licença CC BY-SA 4.0] urbanista que projetou
Boa Vista – RR
Christopher Alexander e sua obra Ricardo Trevisan,
Sylvia Ficher, Isabella
O ato de fazer arquitetura deveria ser uma questão de organizar e de Carvalho Derenusson
explorar inteiramente todo o potencial proporcionado por determinada e Darcy Romero
intenção projetual. Ela precisaria não só ir ao encontro das exigências Derenusson
funcionais no sentido estrito, mas também fazer com que o objeto 212.05 ambiência
construído cumpra mais de um propósito, que possa representar tantos Aspectos subjetivos dos
papéis quanto possível em benefício dos diversos usuários individuais. ambientes de atenção à
Isso permitiria que cada usuário fosse capaz de reagir a ele à sua saúde e sua relação com
própria maneira, interpretando-o e atribuindo-lhe valores estéticos e o ambiente construído
simbólicos, de modo pessoal para integrá-lo a seu ambiente familiar (1). Cristiane Neves da
Silva
Logo, a área de Arquitetura precisaria possuir papel fundamental no
desenvolvimento, incentivo e difusão de métodos de projeto para a
construção civil. Novas abordagens projetuais, pensadas para responder
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Brandão (2) esclarece que esse não é, porém, o único recurso sugerido por
Alexander para simplificar o complexo processo de projeto. Alexander o
compara com a solução de um grande problema, dividido em uma infinidade
de subproblemas, e que pode ser devidamente dividido em dois conceitos:
Contexto e Forma. O autor define Contexto como se fosse composto de
dados, axiomas e constantes presentes no enunciado de um problema de
matemática, ou seja, questões ambientais, legais, culturais, sociais etc,
pertinentes ao projeto. Forma define como sendo a incógnita ou a parte
variável e manipulável pelos arquitetos. Para resolver esse problema, o
arquiteto criaria listas de requisitos e tabelas de interconexão entre
eles. Em seguida, ele deveria representar esse modelo, o que poderia ser
feito de vários modos.
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Embora tenha saído mais tarde, em 1979, o livro The Timeless Way of
Building (O Modo Intemporal de Construir) é essencialmente a introdução
para Uma Linguagem de Padrões, fornecendo o fundo filosófico, a teoria e
as instruções para o uso da linguagem. Essas obras foram desenvolvidas em
paralelo ao longo de oito anos e, conforme Alexander, são as duas metades
de uma única obra.
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Tais alegações foram feitas em 2016, em artigo elaborado pelo autor para
uma publicação religiosa, intitulado Making the Garden, no qual ele
declara ter compreendido plenamente que existe uma conexão necessária
entre Deus e a arquitetura, e que esta conexão é, em parte, empiricamente
verificável. Nesse texto, ele também faz severas críticas as suas
experiências enquanto aluno de arquitetura e durante seus anos como
professor na Universidade da Califórnia, em Berkeley. Diz ter encontrado
resistência considerável, tanto por parte de outros professores, como de
administradores da faculdade, mesmo enquanto o caráter religioso não
estava articulado em seus trabalhos, pois, na visão do autor, o conteúdo
espiritual e a mensagem subjacente à sua abordagem, embora sempre
apresentadas sob uma forma aceitável ao senso comum, foram consideradas
como um ataque às formas predominantes de pensamento e prática na
arquitetura do século 20.
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Linguagem de padrões
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Por sua vez, para alcançá-la, deve ser construída uma linguagem de
padrões vivos, a qual funcionaria como um portal. Todos os atos de
construção são regidos por linguagens de padrões de algum tipo, criadas
pelas pessoas que as empregam; entretanto, para o autor, atualmente essas
linguagens estão quebradas, uma vez que não são mais compartilhadas. Por
isso, deve-se aprender a descobrir padrões que sejam profundos e capazes
de gerar vida e uma vez que a forma de descobrir esses padrões
individuais for compreendida, pode ser criada uma linguagem para qualquer
tarefa de construção. A estrutura da linguagem é originada pela rede de
relações entre os padrões individuais, e a linguagem vive ou não, como
totalidade, na medida em que esses padrões formam um todo.
Hertzberger (23) também faz uma comparação entre forma e uso à relação
entre língua e fala. A língua, como um instrumento coletivo, permite as
pessoas moldarem seus pensamentos e comunicá-los uns aos outros, contanto
que sigam convenções da gramática e da sintaxe. Como as palavras e as
frases, as formas dependem do modo como são lidas e das imagens que são
capazes de suscitar para o leitor. Uma forma pode evocar imagens
diferentes em pessoas diferentes e em situações diferentes; desse modo,
assumir um significado diferente. Essa consciência modificada da forma
acaba por permitir que o ser humano faça coisas que possam se adaptar
melhor a mais situações.
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Considerações finais
notas
NA
Este artigo foi desenvolvido a partir de dissertação apresentada pelo autor
ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Construção Civil da Universidade
Federal do Paraná.
1
HERTZBERGER, Herman. Lições de arquitetura. São Paulo, Martins Fontes, 1996, p.
151.
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3
BATTAUS, Danila Martins de Alencar. Parâmetros de projeto (patterns) de
Christopher Alexander traduzidos para o português. Risco: Revista de Pesquisa
em Arquitetura e Urbanismo, n. 17, 2013, p. 144-146.
4
ALEXANDER, Christopher. A cidade não é uma árvore. Cuadernos summa - nueva
visión: enciclopedia de la arquitectura de hoy, n. 9, abr. 1968, p. 20–30.
5
ALEXANDER, Christopher. El modo intemporal de construir. Barcelona, Gustavo
Gili, 1981, p. 21.
6
Idem, Ibidem, p. 18-22.
7
BRANDÃO, Otávio Curtiss Silviano. Op. cit.
8
ALEXANDER, Christopher. Making the garden. First Things, Institute on Religion
and Public Life, fev. 2016 <https://www.firstthings.com/article/2016/02/making-
the-garden#print>
9
Idem, ibidem.
10
ALEXANDER, Christopher; ISHIKAWA, Sara; SILVERSTEIN, Murray; JACOBSON, Max;
FIKSDAHL-KING, Ingrid; ANGEL, Shlomo. Uma Linguagem de Padrões. A Pattern
Language. Porto Alegre, Bookman, 2013.
11
QUEIROZ, Marcos. O experimento com a escola de música da UFBA: um processo
participativo utilizando a linguagem de padrões de Christopher Alexander.
Cadernos PPG-AU/UFBA, v.3, n.1, 2004
<http://www.portalseer.ufba.br/index.php/ppgau/article/view/1410>
12
BARROS, Raquel Regina Martini Paula. A Integração de conhecimento qualitativo
no processo de projeto. PARC Pesquisa em Arquitetura e Construção, Campinas,
vol. 1, n. 3, 2008.
13
BATTAUS, Danila Martins de Alencar. Parâmetros de projeto (patterns) de
Christopher Alexander traduzidos para o português (op.cit.), p. 144-146;
BATTAUS, Danila Martins de Alencar. O New Urbanism e a linguagem de padrões de
Christopher Alexander. Oculum Ensaios, v. 12, n. 1, Campinas, 2015, p. 111-126.
14
QUEIROZ, Marcos. Op.cit.
15
ALEXANDER, Christopher; ISHIKAWA, Sara; SILVERSTEIN, Murray; JACOBSON, Max;
FIKSDAHL-KING, Ingrid; ANGEL, Shlomo. Uma Linguagem de Padrões. A Pattern
Language (op.cit.), p. 961.
16
BRANDÃO, Otávio Curtiss Silviano. Op. cit.
17
KOWALTOWSKI, Doris Catharine Cornelie Knatz; BARROS, Raquel Regina Martini
Paula. Prefácio. In ALEXANDER, Christopher; ISHIKAWA, Sara; SILVERSTEIN,
Murray; JACOBSON, Max; FIKSDAHL-KING, Ingrid; ANGEL, Shlomo. Uma Linguagem de
Padrões. A Pattern Language. Op.cit.
18
QUEIROZ, Marcos. Op.cit.; BATTAUS, Danila Martins de Alencar. Parâmetros de
projeto (patterns) de Christopher Alexander traduzidos para o português
(op.cit.), p. 144-146.
19
ALEXANDER, Christopher. El modo intemporal de construir (op.cit.).
20
BARROS, Raquel Regina Martini Paula. Op.cit., 2008.
21
BATTAUS, Danila Martins de Alencar. Parâmetros de projeto (patterns) de
https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/18.212/6866 Página 10 de 11
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22
JUHASZ, Joseph B. Christopher Alexander and the language of architecture.
Journal of Environmental Psychology. Londres, 1981, p. 241-246
23
HERTZBERGER, Herman. Op. cit., p. 92 e 151.
24
QUEIROZ, Marcos. Op.cit.
25
BARROS, Raquel Regina Martini Paula. Op.cit., 2008.
26
SALINGAROS, Nikos A. Structure of pattern languages. Architectural Research
Quarterly, v.4, San Antonio, 2000, p. 149-161.
27
ALEXANDER, Christopher; ISHIKAWA, Sara; SILVERSTEIN, Murray; JACOBSON, Max;
FIKSDAHL-KING, Ingrid; ANGEL, Shlomo. Uma Linguagem de Padrões. A Pattern
Language (op.cit.), p. 504.
28
ALEXANDER, Christopher; ISHIKAWA, Sara; SILVERSTEIN, Murray; JACOBSON, Max;
FIKSDAHL-KING, Ingrid; ANGEL, Shlomo. Uma Linguagem de Padrões. A Pattern
Language (op.cit.), p. 504-505.
29
ALEXANDER, Christopher; ISHIKAWA, Sara; SILVERSTEIN, Murray; JACOBSON, Max;
FIKSDAHL-KING, Ingrid; ANGEL, Shlomo. Uma Linguagem de Padrões. A Pattern
Language (op.cit.), p. 506.
30
BERRIEL, Andrea. Arquitetura de madeira: reflexões e diretrizes de projeto para
concepção de sistemas e elementos construtivos. Orientador Jorge Luís Monteiro
de Matos e Josilena M. Z. Gonçalves. Tese de doutorado. Curitiba, UFPR, 2009,
p. 60.
31
SALINGAROS, Nikos A. Op.cit., p. 149-161.
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