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084
084.01
A luz natural como
diretriz de projeto
Paulo Marcos Mottos
Barnabé
084.02
O edifício do Masp como
sujeito de estudo
Alex Miyoshi
084.03
Instituto Salk, La Jolla, 1959-65. Louis Kahn Observação incorporada
Foto Chris Yunker [Wikimedia Commons] da Enseada de Botafogo,
Rio de Janeiro
Paulo Afonso Rheingantz
084.06
Casa Tugendhat
Luciana Fornari Colombo
084.07
Subsídios para
elaboração do plano
diretor do Município de
Tiradentes – MG
Jorge dos Santos
Oliveira, Nélio
Domingues Pizzolato e
Orlando Celso Longo
A revisão do termo brutalismo não seria nem possível, nem completa, sem
uma minuciosa releitura, entre outras fontes pertinentes (2), do livro de
Reyner Banham publicado em 1966, The New Brutalism: Ethic ou Aesthetic?
(3), até porque esse autor foi responsável pela cristalização de um mito
de fundação que segue vincando fortemente a compreensão do Brutalismo. O
livro foi editado mais de década após o surgimento do termo, quando já
qualificava um grande número de obras de uma tendência então presente em
todo o cenário arquitetônico internacional. Mas seu objetivo não era
esclarecer o termo, mas dar-lhe uma versão própria – que de modo algum é
a única possível. Bastante conhecido, muito citado e pouco lido (menos
ainda, no original), o livro de Banham está a exigir uma releitura
cuidadosa, que sem dúvida mostrará o quanto é ainda oportuna a remissão
às suas idéias, mesmo se constatarmos estarem pejadas de deliberados
deslizamentos e rearranjos historiográficos; que, entretanto, não
invalidam seus importantes insights conceituais.
Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro, 1953. Arquiteto Affonso Eduardo Reidy
Foto Halley Pacheco de Oliveira [Wikimedia Commons]
Não cabe aqui uma análise completa do livro de Banham, que de resto seria
muito instrutiva. Mas pode-se afirmar sem dúvida que, quando se visa
buscar uma definição do que seja o Brutalismo; que ademais seja operativa
e auxilie na atribuição ou não dessa qualidade a uma certa arquitetura
paulista dos anos 1950-70; valerá à pena estar atento não a uma leitura
empobrecida de Reyner Banham, mas à riqueza e complexidade de sua visão
acerca daquele preciso momento histórico.
Novo Brutalismo como nome adotado por representantes de uma nova geração
de arquitetos britânicos do pós-II Guerra para qualificar um “movimento”,
ou um mood, característico de certo ambiente cultural inglês da primeira
metade dos anos 1950. Nesse sentido o termo é empregado nos textos e
cartas do casal de arquitetos Alison e Peter Smithson publicados a partir
de 1953 (12), a seguir referendado por seu amigo Banham em artigo de 1955
(13). Naquele momento preciso o termo não avalizava um debate
estilístico, mas servia de vaga bandeira à insatisfação geracional,
militantemente contrária à “acomodação” do movimento moderno em
detrimento das propostas e ilusões das vanguardas, e cujo âmago inovador
se buscava reavivar.
Convento de La Tourette, 1957-1960. Arquiteto Le Corbusier
Foto Pierre Varga
Banham denomina seu livro de “envoi” (22), palavra francesa que remete à
idéia de um correspondente de guerra reportando as últimas novidades
enquanto a batalha ainda prossegue; mas que também pode indicar, como
explica o dicionário, “os versos finais de uma poesia, particularmente de
uma balada, contendo uma homenagem” (23). E esse parece ser mesmo um de
seus objetivos: o elogio poético aos Smithson.
Anexo do Old Vic Theatre, Londres, 1958. Arquitetos Lyons Israel e Ellis Gray
Foto Simon Phipps
Casa Cunha Lima, São Paulo, 1958. Arquitetos Joaquim Guedes e Liliana Guedes
Foto José Moscardi
Ginásio do Clube Paulistano, São Paulo, 1958. Arquitetos Paulo Mendes da Rocha
e João Eduardo de Gennaro
Foto divulgação [Website Pritzker Prize]
Museu de Arte de São Paulo - Masp, São Paulo, 1958. Arquiteta Lina Bo Bardi
Foto Nelson Kon
Ultrapassado o fabuloso “era uma vez…” com que Banham começa seu livro,
buscando em frases e efígies a origem do termo brutalismo (26) (viés
improfícuo que apenas validar seu mito fundado), nos capítulos seguintes
ele define de maneira muito clara alguns parâmetros de compreensão do
panorama onde surge o brutalismo: o conflito geracional/político do
imeditado pós-II Guerra; a influência de Le Corbusier através do exemplo
da Unité d’Habitation e de suas palavras em Vers une Architecture; a
influência de Mies van der Rohe através de suas obras norte-americanas no
campus do Illinois Institute of Technology – IIT (27). E em seguida,
Banham dedica-se a exemplificar e definir o Brutalismo enquanto tendência
arquitetônica, adotando para isso uma determinada abordagem de análise
estética. Esse ponto vale uma nova interrupção.
Casa Mario Taques Bittencourt II, São Paulo, 1959. Arquitetos Vilanova Artigas
e Carlos Cascaldi
Foto Nelson Kon
Banham admite que as obras brutalistas que vai descrevendo soem vir
acompanhadas por discursos mais ou menos inflamados (brave talk) de tom
ético-moralizante. Mas percebe a autonomia entre esses discursos e essas
obras, já que estas seguem sendo realizadas dentro dos marcos do fazer
arquitetônico tradicional, atendendo às “pré-concepções e preconceitos
incrustados na arquitetura desde que ela se tornou ‘uma arte’” (28). Como
Banham admite, “os brutalistas estão comprometidos com o último esforço
da tradição clássica, não tecnológica; e a ética da conexão brutalista,
[que] tal como todas as tendências reformistas da arquitetura, desde
Adolf Loos, William Morris, Carlo Lodoli e Collin Campbell, é retrógrada”
(29).
Passado meio século, essa leitura de Banham não precisa ser aceita de
maneira ainda apegada ao tom negativo que este lhe confere: se bem que
desencantada, sua análise é bastante fiel aos fatos – e mesmo muito
perspicaz. Banham também reconhece que muitos outros grupos ingleses, que
não chegaram a subscrever as pretensões ético-morais do Novo Brutalismo,
passaram a se apropriar também do Brutalismo em suas propostas; e fala
ainda do Brutalismo como uma “estética de armazém”, ou “um estilo
economicamente apto a atender aos requisitos de uma sociedade
economicamente orientada” (31). Se há alguma ética, parece ser a da
economia favorecendo a exibição estrutural.
Uma pesquisa não exaustiva, mas suficientemente ampla, revela uma difusa
ausência de outras fontes sobre o Brutalismo; e as que se encontram quase
sempre citam, explicitamente ou não, as palavras e idéias de Banham; nem
sempre na forma mais apropriada, e nunca se dando totalmente conta das
sutis distinções entre as diversas acepções possíveis do termo
brutalismo, que é livremente entendido e confusamente referido segundo
várias delas ao mesmo tempo e sem muito critério. Com essa quase ausência
de fontes fidedignas e ponderadas o Brutalismo segue sendo mal
reconhecido, e sua conceituação restando confusa e vaga, mesmo sendo fato
histórico arquitetônico de inegável prevalência em certo momento de
meados do século 20.
Se nunca chegou a ser uma tendência arquitetônica das mais populares fora
do círculo erudito de seus pares – mesmo tendo sido adotado, em algum
momento de suas carreiras, pela quase totalidade dos arquitetos vivos e
atuantes nos anos 1960/70, e mesmo mantendo ainda hoje forte influência
indireta sobre alguns dos caminhos arquitetônicos contemporâneos, do high
tech a Tadao Ando, a novas gerações de arquitetos do século 21 – logo
após seu auge o Brutalismo rapidamente passa a ser quase execrado,
vincado por um desamor ativado tanto por leigos como pela revisão crítica
da arquitetura moderna dos anos 1980, que lhe devotou um profundo
desprezo; em ambos os casos, com ou sem fundadas razões.
Carpenter Center, Cambridge, 1961-1964. Arquiteto Le Corbusier
Foto divulgação [Fundação Le Corbusier]
Portanto, parece não haver dificuldade prática em saber quais obras são,
ou parecem ser, ou ao menos admitem ser indicadas como sendo,
brutalistas; nem em elencar suas características arquitetônicas,
construtivas e simbólicas. O que parece escapar por entre os dedos é a
possibilidade de encontrar, em tantas e tão diversas manifestações ditas
“brutalistas”, pouco mais do que seu “ar de família”, algo além de certa
sensibilidade táctil, de algumas persistências formais e materiais, e
cuja eventual ausência neste ou naquele exemplo tampouco prescrevem de
imediato a inscrição de uma ou outra obra nesse vago e inclusivo cânon.
Como afirma Curtis, parece que só resta dizer que “o cliché dessa
arquitetura era a superfície de concreto armado aparente, conseguida com
a ajuda de fôrmas de madeira bruta”. Isso afinal é muito pouco para
configurar uma tendência, muito menos um estilo, já que nem mesmo esse
requisito é fixo, havendo confirmadas obras ditas brutalistas, por
exemplo, em alvenaria de tijolos.
Sede do Anhembi Tênis Clube, 1961. Arquitetos Vilanova Artigas e Carlos
Cascaldi
Foto divulgação
Tribunal de Contas de São Paulo, 1971. Arquitetos Plinio Croce, Roberto Aflalo
e Giancarlo Gasperini
Foto divulgação [Website Aflalo Gasperini]
Para dizer de outra maneira, pode-se simplesmente afirmar, com base nos
fatos, que determinadas obras serão brutalistas, apenas e suficientemente
porque parecem ser; e que o que determina sua aproximação e inserção na
tendência não é sua essência, mas sua aparência, não é seu íntimo, mas
sua superfície, não são suas características intrínsecas, mas suas
manifestações extrínsecas.
notas
1
Cf. ZEIN, Ruth Verde. A Arquitetura da Escola Paulista Brutalista 193-1973.
Tese de doutordo. Porto Alegre, Propar UFRGS, 2005. Ver também da mesma autora:
ZEIN, Ruth Verde. Breve introdução à Arquitetura da Escola Paulista
Brutalista. Arquitextos, São Paulo, ano 06, n. 069.01, Vitruvius, fev. 2006
<www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.069/375>; ZEIN, Ruth Verde.
A década ausente. É preciso reconhecer a arquitetura brasileira dos anos 1960-
70. Arquitextos, São Paulo, ano 07, n. 076.02, Vitruvius, set. 2006
<www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/07.076/318>.
2
Muito embora boa parte das variadas fontes empreguem o termo brutalismo
aceitando, declaradamente ou não, as idéias e hipóteses de Banham – como é o
caso, por exemplo, das referências encontradas em: CURTIS, William. Modern
architecture since 1900. Londres, Phaidon, 1996; FRAMPTON, Kenneth. Modern
architecture, a critical history. Londres, Thames and Hudson, 1985.
3
BANHAM, Reyner. The new brutalism: ethic or aesthetic? Londres, Architectural
Press, 1966.
4
ABBAGGANO, Nicola. Dicionário de filosofia. São Paulo, Mestre Jou, 1970, p.
645-646, grifo meu.
5
Do Brutalismo ou do Novo Brutalismo? Banham não é muito consistentemente claro
no uso dos termos, alternando-os com certa facilidade. “Novo Brutalismo” é o
termo que os Smithson empregam em seus primeiros textos – só após 1953 –,
claramente referindo-se ao Brutalismo corbusiano que não negam, mas pretendem
corrigir. Banham prefere não ressaltar essa precedência de Le Corbusier, e
embora não a negue; e quer distinguir esse idiom brutalista do Novo Brutalismo
inglês dos Smithson, que busca elevar a outro patamar de interesse criativo,
pretendendo uma “discrimination between Brutalism as a creative style and the
mere imitation of Le Corbusier” (1966, 88). Mais adiante se procurará
distinguir com maior nitidez ambos conceitos.
6
“The reader will have deduced, if he did not already know, that this book is
the work of someone deeply involved with the events it describes. […] The book,
therefore, has a built-in bias toward the British contribution to Brutalism; it
is not a dispassionate and Olympian survey”. BANHAM, Reyner. The new brutalism:
ethic or aesthetic? Londres, Architectural Press, 1966, p. 134.
7
ARON, Raymond (1948). Introduction à la Philosophie de l’histoire. Apud
ABBAGNANO, Nicola, Dicionário de filosofia. São Paulo, Mestre Jou, 1970,
p. 487.
8
No original: “but the process of watching a movement in gestation and growth
was also a disappointment in the end. For all its brave talk of ‘an ethic, not
an aesthetic’, Brutalism never quite broke out of the aesthetic frame of
reference […] For a non-architect like myself to expect them to be otherwise
was naïve”.
9
“I make no pretense that I was not seduced by the aesthetic of Brutalism but
the lingering tradition of its ethical stand, the persistence of an idea that
the relationships of the parts and materials of a building are a working
morality – this, for me, is the continuing validity of the New Brutalism”. In
op. cit., p. 135.
10
Resumo de ZEIN, Ruth Verde (2005), capítulo 1.2.1.
11
“Behind all aspects of the New Brutalism, in Britain and elsewhere, lies one
undisputed architectural fact: the concrete-work of Le Corbusier’s Unité
d’Habitation’ at Marseilles. And if there is one single verbal formula that has
made the concept of Brutalism admissible in most of the world’s western
languages, it is that Le Corbusier himself described that concrete –work as
‘béton brut’”. In op. cit., p. 16.
12
Inicialmente no texto redigido por Alison Smithson, que acompanha o projeto não
construído de uma casa no Soho; publicado na revista Architectural Design de
novembro de 1953.
13
BANHAM, Reyner. The new brutalism. Architectural Review, vol.118, n. 708, dez.
1955, p. 355-361.
14
E não apenas na Inglaterra, mas igualmente, por exemplo, em São Paulo; embora
aqui a insatisfação geracional ocorra de modo distinto, deslocada mais
geográfica (Rio-São Paulo) do que temporalmente. A respeito, ver ZEIN, Ruth
Verde (2005), cap. 4.
15
CURTIS, William. Modern architecture since 1900. Londres, Phaidon, 1996, p.
531.
16
A partir de fins da década de 1950, entre outros autores também pelo próprio
Banham, que ao organizar seu livro seleciona um conjunto relativamente limitado
de obras para exemplificar o que denomina como brutalismo, todas de excelente
qualidade, situadas em diversos países, em alguns casos inclusive “esticando”
forçosamente o significado do termo para poder ampliar o número de exemplos.
Essa relativa escassez de exemplos apropriados para demonstrar o Brutalismo só
ocorre nos anos 1950, já que os anos 1960 verão uma expansão exponencial de
exemplos, mesmo que algumas vezes em detrimento da qualidade intrínseca do
conjunto.
17
E o Brasil não é em absoluto exceção a essa regra, nem está defasado com a
tendência, como se buscou demonstrar na tese desta autora, mas se insere de
maneira absolutamente sincrônica nos tempos assinalados no panorama
internacional; mesmo se esse fato teve pouco reconhecimento em seu momento.
18
Nem sempre esses comentaristas usam o termo “estilo”; mas parece ser cabível
usá-lo pois se trata, de fato, de descrições e análises estilísticas, que
buscam definir um “conjunto de caracteres que diferenciam das outras uma
determinada forma expressiva” – que é a definição de “estilo” no dicionário.
19
Por exemplo, Banham cita os comentários sobre o brutalismo do crítico italiano
Renato Pedi [BANHAM, Reyner, 1966, p. 127], o italiano Bruno Alfieri, editor da
revista Zodiac, considera as obras de Vilanova Artigas como uma “busca
brutalista” [Zodiac, n. 6, 1960, p. 97].
20
No original, “brutalist connection” [BANHAM, Reyner. The new brutalism: ethic
or aesthetic? Londres, Architectural Press, 1966, p. 131].
21
Mas nesse momento os olhos do mundo estão voltados para o Brasil por outro, e
muito importante, motivo: a inauguração de Brasília – e o brilhante foco desse
sol certamente empanava o eventual brilho isolado de outras possibilidades.
Essa conjunção dos astros foi e segue sendo a glória e o ponto de mutação em
direção a um progressivo olvido da arquitetura brasileira no panorama
internacional.
22
BANHAM, Reyner. The new brutalism: ethic or aesthetic? Londres, Architectural
Press, 1966, p. 134.
23
Dicionário Escolar Francês-Português. Ministério da Educação e Cultura, 1961,
p. 220.
24
BANHAM, Reyner, 1966, p.19. Banham faz questão em atrasar essa data para 1949;
a data de 1950 é a que consta no livro organizado por Marco Vidotto sobre as
obras e projetos do casal Smithson. [VIDOTTO, 1997.] Ademais, só há registro de
que os Smithson empregassem o termo brutalismo a partir de 1953, seu emprego
para a Escola de Hunstanton parece ser outro arranjo oportuno de Banham.
25
JOHNSON, Philip. School at Hunstanton Norfolk. The Architectural Review, vol.
116, n. 693, set. 1954, p. 152.
26
Embora tenha interessado a Banham; tanto que ele começa seu livro, no capítulo
1.1, de maneira mitológica, indo buscar o termo brutalismo no perfil clássico
de Brutus, em conversas de gabinete em Uppsala, vagueando e rodeando o assunto
como um contador histórias de aldeia, deliberadamente não citando Le Corbusier,
e mesmo dando um título de ressonâncias bíblicas ao item, “e no começo era a
frase...” (e não o verbo…). A técnica narrativa é perfeitamente enlevante,
seduzindo o leitor; mas não resiste a uma análise mais crua que facilmente
poderia demonstrar a insubstancialidade dessas afirmações.
27
Sobre o conflito geracional no caso europeu e suas diferenças com o caso
brasileiro, e sobre a contribuição de Le Corbusier e Mies van der Rohe como
precedentes notáveis do Brutalismo, em especial do brutalismo paulista: ver
capítulo 6.
28
“pre-conceptions and prejudices that have encrusted architecture since it
became an art”. BANHAM, Reyner. The new brutalism: ethic or aesthetic? Londres,
Architectural Press, 1966, p. 134.
29
“Brutalists commited in the last resort to the classical tradition, not the
technological; for the ethic of the Brutalist connection, like every reformist
trend in architecture, back through Adolf Loos, and William Morris, and Carlo
Lodoli and Collin Campbell, is backward-looking”. Idem, ibidem, p. 135.
30
”an idiom, a vernacular style; an aesthetic universal enough to express a
variety of architectural moods, even if it had lost some of the moral fervour
that had illuminated its earlier pretensions to be an ethic”. Idem, ibidem, p.
89.
31
Idem, ibidem, p. 89.
32
Resumo do capítulo “The Brutalist Style” in BANHAM, Reyner. The new brutalism:
ethic or aesthetic? Londres, Architectural Press, 1966, p. 89-91.
33
Idem, ibidem, p.130-133.
34
Publicado originalmente em L’Architettura, fev.1959; L’Espresso, 2 mar. 1958.
Apud BANHAM, Reyner. The new brutalism: ethic or aesthetic? Londres,
Architectural Press, 1966, p. 127.
35
Como por exemplo, em MONTANER, Josep Maria. Después del movimiento moderno.
Arquitectura de la segunda mitad del siglo XX. Barcelona, Gustavo Gili, 1993;
exceto pela menção indireta ao “expressionismo estrutural” dos anos 1950-60,
esse trecho da historiografia recente é desconsiderado.
36
É curioso notar – e provavelmente não tem nenhuma relação causal com o
parágrafo anterior – que a arquitetura brutalista é muito mais fecunda e
localmente importante nos países africanos, asiáticos e americanos (inclusive
nos Estados Unidos), do que nos países europeus (embora também); e que a maior
parte dos historiadores são europeus. Deve ser apenas coincidência.
37
Em ZEIN, Ruth Verde [2005] foi feito um amplo levantamento dessas fontes,
muitas delas disponíveis na rede mundial.
38
William Curtis se refere, de fato, ao “Novo Brutalismo”, já que em momento
algum de sua obra dá fé da existência do brutalismo amplo senso, embora defina
este com os termos que Banham usou para o outro. CURTIS, William. Modern
architecture since 1900. Londres, Phaidon, 1996, p. 550 e 602.
39
Assunto que será oportunamente explorado em artigo posterior.
40
Entendido aqui em sentido estrito, de “descrição daquilo que aparece”, cf.
ABBAGGANO, Nicola. Dicionário de filosofia. São Paulo, Mestre Jou, 1970, p.
416.
41
BANHAM, Reyner. The new brutalism: ethic or aesthetic? Londres, Architectural
Press, 1966, p. 132-133: “Brutalism, having run for ten years or more – which
is a fair age for an ‘-ism’ in the present century […] The aesthetics of ‘béton
brut’ have diffused into a vernacular, a common usage”.
sobre o autor
Arquiteta FAU-USP (1977), Mestre (2000) e Doutora (2005) pelo PROPAR-UFRGS,
professora na FAU/Universidade Presbiteriana Mackenzie.
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