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058
058.00
Alexandre Altberg e a
Entrada do McCormick Tribune Campus Center, Rem Koolhaas Arquitetura Nova no Rio
1/7 de Janeiro
Pedro Moreira
058.01
Ronchamp e La Tourette:
machines à emovoir
Fábio Müller
058.02
A nova história do
como citar século XIX e a
REGO, Renato Leão. Mies-en-scène. A propósito do McCormick Tribune Campus redescoberta da
Center, Chicago, Rem Koolhaas/OMA, 1998-2003. Arquitextos, São Paulo, ano 05, dimensão imaginária da
n. 058.10, Vitruvius, mar. 2005 arquitetura
<https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/05.058/494>. Marcelo Puppi
058.03
“Metropolitan OMA produces an architecture that embraces aspects Incubadoras urbanas.
of the maligned metropolitan condition with enthusiasm, and which Políticas de
restores mythical, symbolic, literary, oneiric, critical, and revitalização urbana
popular functions to large urban centers. An architecture which através de subculturas.
accommodates and supports the particular forms of social A experiência
intercourse, characteristics of metropolitan densities, an paulistana e o contexto
architecture that houses in the most positive way the Culture of internacional
Congestion” (Rem Koolhas) (01) Merten Nefs
Mies van der Rohe tratou de construir uma metáfora do seu tempo (2). Rem 058.04
Koolhaas fez o mesmo ao erguer o McCormick Tribune Campus Center, bem no Sobre a estética das
coração do Instituto Illinois de Tecnologia, cercado de edifícios cidades. Camillo Sitte
miesianos. e a Der Stadtebau
Marialice Faria Pedroso
Pense nos estudantes que acudiam às aulas de Mies, em meados do século 058.05
passado, com ternos escuros, gravata e chapéu, distintos do universitário Turismo de naturaleza
do século XXI, na moda e nos modos. Eclético, multicolorido, en las zonas de uso
descontraído, o coletivo estudantil, sem exclusividade para o alunado do público de las áreas
IIT, é o retrato de uma sociedade da informação, da comunicação, do protegidas de la Región
intercâmbio cultural, do consumo de massa. Seu cenário já não pode ser Sur Oriental de Cuba
aquele da era da máquina. Maritza Espinosa
Ocallaghan
Os prédios que Mies construiu no campus que ele próprio projetou em
Chicago respondem à composição regida pelo princípio de ordem, consoante 058.06
com a beleza apolínea. A estratégia projetual de Mies estava calcada na Dize-me teu nome, tua
redução e na simplificação; a de Rem Koolhaas e seu escritório pode ser altura e onde moras e
entendida, por contraste, como a da multiplicidade e adição. Aqui a ordem te direi quem és:
é outra. Agora, mais é mais. estratégias de
marketing e a criação
da casa ideal 2
A arquitetura de aço (negro) e vidro de Mies contrasta com a sobreposição Luiz Manuel do Eirado
de estampas, cores e materiais da arquitetura de Koolhaas. Os edifícios Amorim e Claudia
de Mies, e neste caso em especial o Crown Hall, impõem-se à paisagem com Loureiro
sua forma regular, destacada do chão, e criam, no interior, uma amplitude
058.07
governada pelas lajes horizontais de piso e teto, pela sobriedade de
Cidades reais e
materiais nobres e pela ausência harmoniosa... É como um templo, cujo
imaginárias no cinema
espaço sagrado é sempre melhor apreciado sem a interferência do vai-vem,
André Pereira de Souza
a aglomeração e a pressa das pessoas. O McCormick Tribune, pelo
contrário, se revela com a participação da variedade, da multiplicidade, 058.08
da velocidade e da presença da gente que ocupa e transita pelo edifício. Panorama emergente
Neste sentido, se aquele abstrai o mundo exterior, este o enfatiza. iberoamericano
Ariadna Cantis, Izaskun
Para quem chega ao campus pelo trem elevado que o atravessa, a paisagem Chinchilla e Alexandre
se divide entre a regularidade formal e a homogeneidade escura e Cafcalas
envidraçada dos blocos de Mies e o colorido (predominantemente
058.09
alaranjado), o estampado, a aproximação de distintos materiais e texturas
Vista Alegre, una
e o contorno variado do edifício de Koolhaas. Com freqüência, o trabalho
mirada a la modernidad
deste arquiteto holandês e de sua equipe literalmente multinacional – o
en Santiago de Cuba
Office for Metropolitan Architecture (OMA) – demonstra o fascínio que
Milene Soto Suárez e
sentem pelo ecletismo do universo metropolitano. Pretendem responder às
María Teresa Muñoz
questões suscitadas pelas metrópoles de uma sociedade de consumo de massa
Castillo
e de comunicação acelerada e focalizam uma particularidade da cena
urbana: a concentração de modos de existência e de comportamentos 058.11
distintos, e com isso a variedade e a pluralidade dos grandes centros. Captar o efêmero
Mônica Schramm e
A construção de Koolhaas também se faz de “pele e osso”, como as de Mies, Beatriz de Abreu e Lima
mas recobre-se com materiais inusitados e efeitos chamativos,
impulsionados pelo experimentalismo.
Rem Koolhaas/OMA foram finalistas, junto com Helmut Jahn, Kazuyo Sejima,
Peter Einsenman e Zaha Hadid, do concurso internacional promovido em 1997
para a escolha do projeto para este centro de convivência, por assim
dizer.
Mas o projeto de OMA/Rem Koolhaas fez opção por um bloco horizontal, com
mais de 10.000m2, instalado sob a via férrea elevada que é recoberta por
um tubo metálico de 160m de comprimento de modo a amenizar o ruído dos
trens no interior do edifício. Ao invés de evitar a via férrea, o
edifício se agarra a ela, com uma inflexão na sua cobertura – um telhado
borboleta – que visualmente facilita a acomodação da seção elíptica do
tubo.
notas
1
KOOLHAAS, R. e MAU, Bruce. S, M, L, XL. Nova York: The Monacelli Press, 1995.
P.926.
2
“La arquitectura es la voluntad de una época traducida el espacio”. “Nuestros
edificios utilitarios sólo pueden hacerse dignos del nombre de arquitectura si
interpretan fielmente su tiempo, con su perfecta expresión funcional”. MIES VAN
DER ROHE, L. Escritos, diálogos y discursos. Madri: Colegio Oficial de
Aparejadores y Arquitectos Técnicos, 1982, p. 31 e 33.
3
Cf. ZABALBEASCOA, A. Arquitectos-estrella. Madri, El País Semanal, 29.02.2004.
4
“Yo admiro sinceramente sus ideas (de Mies e de Kahn); mi única crítica es que
fueron fatalmente atraídos por la idea del orden, y su aparente obligación de
lidiar con ella mediante la arquitectura. Su pensamiento me parece fascinante
pero increible al mismo tiempo, porque si bien su discurso es completamente
convincente, la necesidad de articularlo en términos puramente arquitectónicos
es muy cuestionable”. Rem Koolhaas in: OMA/Rem Koolhaas – 1987/1993. El
Croquis, n.53. Madrid, 1994. p. 16.
sobre o autor
Renato Leão Rego é doutor em arquitetura pela ETSA Madrid e professor adjunto
da Universidade Estadual de Maringá, onde atualmente coordena o curso de
Arquitetura e Urbanismo
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