Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
vitruvius | pt|es|en
receba o informativo | contato | facebook Seguir 41 mil busca em vitruvius ok
134.00
sinopses
como citar
idiomas
original: português
compartilhe
134.01
Jornalismo, arquitetura
Muitos autores acadêmicos têm se debruçado recentemente sobre temas e e mercado editorial:
termos correntes da arquitetura na tentativa de compreender e explicar o quem faz e como faz
processo de projetação. O aprofundamento recente destas pesquisas e jornalismo em
reflexões tem produzido noções sempre mais didáticas e esclarecedoras, arquitetura no Brasil
tanto para estudantes e professores como para arquitetos com interesses Gustavo Sobral
teóricos e mesmo para leigos e amantes da arquitetura.
134.02
A história é rica em exemplos do interesse em resumir o projeto a um Mise à jour: duas
processo linear, possuidor de uma técnica de realização passo a passo, culturas e algumas
como montar uma máquina, como cultivar soja, primeiro isto, depois aquilo cidades, cinquenta e
e aquilo outro, e assim por diante numa seqüência de procedimentos cinco anos depois
idêntica a tantas outras técnicas e disciplinas inventadas pelo homem. Adson Cristiano Bozzi
Ramatis Lima
134.03
O Museu Histórico e
Arquivo Municipal de
Presidente Prudente -
SP
Patrimônio, projeto e
identidade na cidade
contemporânea
Hélio Hirao e Rodrigo
Morganti Neres
134.04
Industrialização da
construção no Centro de
Tecnologia da Rede
Sarah (CTRS)
A construção dos
hospitais da Rede
Sarah: uma tecnologia
diferenciada através do
Centro de Tecnologia da
Rede Sarah – CTRS
Marieli Azoia
Escola Coreana Lukiantchuki , Michele
Croquis de Mario Biselli Caroline Bueno Ferrari
Caixeta, Márcio Minto
Um aspecto interessante da atividade de projeto é justamente a quantidade Fabricio e Rosana Caram
de teorias, metodologias, manuais de procedimentos e técnicas as mais
diversas da qual foi objeto historicamente. Mais interessante ainda é 134.05
observar que, embora partes do processo de produção do projeto possam Quando o design exclui
estar sujeitas a uma seqüência de procedimentos, o processo inteiro o Outro
jamais poderá se enquadrar neste modelo, e, portanto, as metodologias não Dispositivos espaciais
se sustentam enquanto sistemas universais, embora seja obrigatório de segregação e suas
conhecê-las, pois a nenhum arquiteto é permitida a ignorância sobre a manifestações em João
experiência acumulada que compõe a história da arquitetura. Pessoa PB
https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/12.134/3974 1/11
04/11/2022 18:22 arquitextos 134.00: Teoria e prática do partido arquitetônico | vitruvius
O termo projetação tem sido pouco usado no Brasil, mas é o termo que Patrícia Alonso de
define a produção do projeto de arquitetura como um processo. Este Andrade
processo tem um momento crítico e imponderável que foge a qualquer
134.06
metodologia, mesmo quando a projetação estava sujeita às regras da
Ready-Made City
composição clássica. Este momento crítico é o momento que envolve as
David Sperling
decisões relativas ao que conhecemos por partido arquitetônico, termo que
em outros lugares é também conhecido como estratégia ou conceito.
Bienal de Arte de SP
Croquis de Mario Biselli
Para efeito desta reflexão usarei o termo partido arquitetônico por ser o
mais comum no Brasil e, creio, mais específico do campo da arquitetura do
que estratégia ou conceito, os quais são muito comuns em outras áreas.
Com base na experiência pode-se também dizer que “partido” é o termo
comum à linguagem própria dos arquitetos, o assunto central, senão único,
entre arquitetos no âmbito da produção, do julgamento de concursos de
arquitetura, do ensino de projeto, das conversas informais. E não creio
se tratar de um exagero cogitar a exclusividade do assunto, dado que em
“partido” se compreende a discussão de aspectos como estratégia de
implantação e distribuição do programa, estrutura e relações de espaço,
todas elas questões centrais para os arquitetos. Outros temas relativos
às atividades criativas – como composição, estilo, estética etc. – embora
tenham sido objeto de interesse da teoria da arquitetura recentemente,
são tratados no âmbito da prática com pudor e desinteresse, senão como
meros epifenômenos.
Escola Cáritas
Croquis de Mario Biselli
https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/12.134/3974 2/11
04/11/2022 18:22 arquitextos 134.00: Teoria e prática do partido arquitetônico | vitruvius
espaços, quase sempre com determinada intenção plástica, para
atender a necessidades imediatas ou a expectativas programadas, e
caracterizada por aquilo que chamamos de partido. Partido seria
uma conseqüência formal derivada de uma série de condicionantes
ou de determinantes; seria o resultado físico da intervenção
sugerida. Os principais determinantes, ou condicionadores, do
partido seriam:
b. o clima.
Duas publicações recentes abordam estes temas, suas reflexões são a base
para uma compreensão e críticas contemporâneas desta problemática. São
elas Adoção do partido em arquitetura, de Laert Pedreira Neves e
Composição, partido e programa – uma revisão de conceitos em mutação, de
Anna Paula Canez e Cairo Albuquerque da Silva, este último se tratando de
uma coletânea de ensaios de vários autores.
Escola Cáritas
Croquis de Mario Biselli
https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/12.134/3974 3/11
04/11/2022 18:22 arquitextos 134.00: Teoria e prática do partido arquitetônico | vitruvius
Idealizar um projeto requer, pelo menos, dois procedimentos: um
em que o projetista toma a resolução de escolha dentre inúmeras
alternativas, de uma idéia que deverá servir de base ao projeto
do edifício do tema proposto; e outro em que a idéia escolhida é
desenvolvida para resultar no projeto. É do primeiro
procedimento, o da escolha da idéia, que resulta o partido, a
concepção inicial do projeto do edifício, a feitura do seu
esboço” (5).
Escola Cáritas
Croquis de Mario Biselli
https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/12.134/3974 4/11
04/11/2022 18:22 arquitextos 134.00: Teoria e prática do partido arquitetônico | vitruvius
Aeroporto de Florianópolis
Croquis de Mario Biselli
Quero propor a seguir algumas reflexões sobre estes temas acima citados
em busca dos novos significados e usos destas terminologias, bem como uma
compreensão contemporânea a respeito destes mesmos processos.
Ginásio Barueri
Croquis de Mario Biselli
Proponho aqui pensar sob o pressuposto de que o modo como cada arquiteto
projeta é menos relevante do que o resultado final do seu trabalho. A sua
metodologia, que é sempre particular, tem um interesse menor neste
momento.
https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/12.134/3974 5/11
04/11/2022 18:22 arquitextos 134.00: Teoria e prática do partido arquitetônico | vitruvius
Considerando, portanto, o cenário contemporâneo de grande diversidade
arquitetônica, o partido arquitetônico é compreendido como a idéia que
subjaz ao projeto, aquela identificada como idéia principal ou central,
quando o projeto já se apresenta concluído, não importando quando esta
idéia surgiu. É a idéia que o projeto é capaz de veicular ou expressar, o
conteúdo intelectual de um edifício ou projeto enquanto manifestação,
mediada por uma linguagem. É da avaliação destas idéias que se ocupam as
comissões julgadoras em concursos, professores em avaliação etc.
Igreja Tamboré
Croquis de Mario Biselli
Aldo Rossi propõe: a forma fica, a função muda. Por que então a função
deve determinar a forma? A forma deve ser determinada pelo ‘lugar’.
https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/12.134/3974 6/11
04/11/2022 18:22 arquitextos 134.00: Teoria e prática do partido arquitetônico | vitruvius
Igreja Tamboré
Croquis de Mario Biselli
O que ainda pode ser dito sobre a adoção/ invenção/ formulação do Partido
Arquitetônico, o momento crítico imponderável, a caixa preta?
Igreja Tamboré
Croquis de Mario Biselli
https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/12.134/3974 7/11
04/11/2022 18:22 arquitextos 134.00: Teoria e prática do partido arquitetônico | vitruvius
maior ou menor grau como linguagem, a arquitetura é uma atividade desta
mesma natureza de mediação e manifestação da idéia (14).
https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/12.134/3974 8/11
04/11/2022 18:22 arquitextos 134.00: Teoria e prática do partido arquitetônico | vitruvius
Teatro de Natal
Croquis de Mario Biselli
notas
1
BANHAM, Reyner. Teoria e projeto na primeira era da máquina. São Paulo,
Perspectiva, 1979, p. 40.
2
LEMOS, Carlos. O que é arquitetura. São Paulo, Brasiliense, 2003, p. 40-41.
3
Alfonso Corona Martinez. Prefacio. In: CANEZ, Ana Paula; SILVA, Cairo
https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/12.134/3974 9/11
04/11/2022 18:22 arquitextos 134.00: Teoria e prática do partido arquitetônico | vitruvius
Albuquerque (org). Composição, partido e programa – uma revisão de conceitos em
mutação. Porto Alegre, Ritter dos Reis, 2010, p. 35.
4
AMARAL, Cláudio Silveira. Descartes e a caixa preta no ensino-aprendizagem da
arquitetura. Arquitextos, São Paulo, n. 08.090, Vitruvius, nov. 2007
<www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/08.090/194>.
5
NEVES, Laert Pedreira. Adoção do partido na arquitetura. Salvador, Edufba,
1998, p. 15.
6
Idem, ibidem, p. 9.
7
OLIVEIRA, Rogério Castro de. Construção, composição, proposição: o projeto como
campo de investigação epistemológica. In: CANEZ, Ana Paula; SILVA, Cairo
Albuquerque (org). Op. cit., p. 35.
8
Idem, ibidem, p. 16.
9
ACAYABA, Marlene Milan. Brutalismo caboclo e as residências paulistas. Projeto,
São Paulo, n. 73, 1985.
10
FUTAGAWA, Yukio. Modernism Architecture of Brazil. GA Houses, Tóquio, n. 106,
p. 8. No original em inglês:
“Throughout the periods before and after the World War II, Brazilian
architecture went through some unique development conducted by the creative
works of those pioneering architects such as Lucio Costa, Alfonso Reidy, Oscar
Niemeyer, Vilanova Artigas, Lina Bo Bardi. The principle of the modernism was
fostered and adapted to the unique, local conditions and contexts of Brazil, as
if the idea of the modernism sympathized with Brazil´s tropical climate and the
culture of the people who reside there. Later on, a unique and original form of
the architecture only found in Brazil has brought to light, which goes beyond
the original modernism movement.
11
JENCKS, Charles. The Language of Post-modern Architecture. Nova York, Rizzoli,
1977, p. 45. No original em inglês:
12
SPADONI, Francisco. Rossi: figura, memória e razão. In: Informe arqlab (boletim
informativo do Laboratório de Arquitetura do Curso de Arquitetura e Urbanismo
da Faculdade de Belas Artes), São Paulo, n. 1, fev. 1998, p. 3.
13
SUMNER, Anne Marie. Prefácio. In: Gridings, Scalings, Tracings and Foldings in
the work of Peter Eisenman. Catálogo de exposição. São Paulo, Masp, 1993.
14
Abordagens acerca do mesmo fenômeno, ver:
TSCHUMI, Bernard. Arquitetura e limites I (1980). In: NESBIT, Kate (org.). Uma
nova agenda para a arquitetura. São Paulo, Cosac Naify, 2006, p. 172-177.
TSCHUMI, Bernard. Arquitetura e limites II (1981). In: NESBIT, Kate (org.). Op.
cit., p. 177-182.
TSCHUMI, Bernard. Arquitetura e limites III (1981). In: NESBIT, Kate (org.).
Op. cit., p. 183-188.
TSCHUMI, Bernard. Arquitetura e limites III (1981). In: NESBIT, Kate (org.).
Op. cit., p. 183-188.
https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/12.134/3974 10/11
04/11/2022 18:22 arquitextos 134.00: Teoria e prática do partido arquitetônico | vitruvius
15
AGREST, Diana; GANDELSONAS, Mario. Semiótica e arquitetura: consumo ideológico
ou trabalho teórico. In NESBIT, Kate (org.). Op. cit., p. 137-138.
16
BROADBENT, Geoffrey. Um guia pessoal descomplicado da teoria dos signos na
arquitetura. In NESBIT, Kate (org.). Op. cit., p. 153.
sobre o autor
comentários
https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/12.134/3974 11/11