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273.04 projeto e ensino ano 23, fev. 2023

Projeto e consolidação do campus sede da Universidade


Estadual de Maringá
Proposições de Jaime Lerner, influências de Rudolph Atcon e avaliação da
comunidade universitária
Thais Kawamoto Amarães e Ricardo Dias da Silva
como citar 273.04 projeto e ensino
sinopses
AMARÃES, Thais Kawamoto; SILVA, Ricardo Dias da . Projeto e consolidação do
como citar
campus sede da Universidade Estadual de Maringá. Proposições de Jaime Lerner,
influências de Rudolph Atcon e avaliação da comunidade universitária. idiomas
Arquitextos, São Paulo, ano 23, n. 273.04, Vitruvius, fev. 2023
original: português
<https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/23.273/8701>.
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273
273.00 antropologia e
arquitetura
Arquitetura e
domesticação II
Fernando Freitas Fuão

273.01 patrimônio
Notas sobre o
patrimônio cultural na
cidade de São Paulo
Marcos Carrilho
273.02 bairros
históricos
Santa Teresa
Uma poética do
excentricamente central
Luiz Felipe da Cunha e
Silva
273.03 filosofia da
arquitetura
A bela arquitetura em
Hegel
Thomas Dylan Butler

Vista aérea atual do campus sede UEM


Foto divulgação, 2022 [Universidade Estadual de Maringá]

A interiorização do ensino universitário no estado do Paraná teve início


com a implantação da Universidade Estadual de Londrina ― UEL,
Universidade Estadual de Maringá ― UEM e Universidade Estadual de Ponta
Grossa ― UEPG, na passagem do ano de 1969 para a década de 1970,
resultando da articulação entre diversos agentes da sociedade civil
organizada e das diretrizes preconizadas pela Reforma Universitária,
amplamente discutida nas décadas de 1950 e 1960, e levada a cabo com a
promulgação da lei 5.540 em 1968, durante a ditadura militar (1964-1985).
Dentre as diretrizes da nova legislação, previa-se a modernização e a
ampliação das universidades brasileira, com crescimento da pós-graduação
e aproximação com o mercado de trabalho, mas também com as políticas
norte-americanas vigentes no período.

O objetivo aqui é registrar e analisar o projeto do campus sede da UEM,


elaborado em 1970, assim como suas adaptações e alterações, realizadas
por equipe de técnicos da própria instituição lotada na prefeitura do
campus universitário. Dois momentos são objeto desta avaliação: o período
de desenvolvimento e de execução do Plano Piloto, além do momento do
campus universitário, no período de 2013 a 2015, quando foram coletados
os dados empíricos para esta pesquisa.

O método empregado parte do levantamento e da consulta a documentos


históricos dos anos de criação do campus sede da UEM e da observação
sobre as influências do modelo de universidade adotado naquele período, a
partir da ação de agentes externos, dentre os quais se destaca o norte-
americano Rudolph Philippi Atcon, assessor da Organização das Nações
Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura ― Unesco, envolvido com o
planejamento e a reforma das universidades latino-americanas nas décadas
de 1960 e 1970. Em um segundo momento, a pesquisa realiza a
materialização do ambiente construído a partir da investigação de
projetos e outros documentos na base de dados da própria instituição,
além de colher informações através de consulta a comunidade universitária
do campus sede.

A análise está estruturada na avaliação físico-territorial e no


comparativo entre premissas do projeto original e propostas concretizadas
e alteradas (1).

O ensino superior na década de 1960 e o modelo de Rudolph Atcon

A criação da UEM ocorreu em um contexto de transição do ensino superior


no Brasil, a partir de um novo modelo administrativo e acadêmico. No
Paraná, a expansão do sistema universitário aconteceu no interior do
estado, no momento em que o país estava imerso em uma ideologia nacional-
desenvolvimentista que vinha desde a revolução de 1930. Neste projeto de
país, a educação era vista como ferramenta essencial não só para o
desenvolvimento social e econômico, mas também para a integração da
nação. Por traz desta ideologia, estava o aumento do rendimento e da
eficiência do sistema educacional (2).

Com o Golpe Civil-Militar de 1964, intensificou-se o surto nacionalista,


e o novo regime passou a aplicar uma pedagogia empresarial ao estado, com
a intenção de obter maiores resultados com o menor custo. Para tanto,
buscou a assessoria da United States Agency for International Development
― Usaid, que prestava assistência técnica, financeira e militar aos
países sul-americanos. Os Estados Unidos, como nova potência mundial,
tornaram-se referência de desenvolvimento e institucionalizaram sua
influência em outros países através de acordos internacionais, como o
realizado entre o Ministério de Educação e Cultura ― MEC e a Usaid. Neste
cenário, em 1965, foi criada uma comissão para o estudo das universidades
brasileiras composta por dois brasileiros e cinco norte-americanos, entre
eles Rudolph Atcon. Após uma série de debates sobre a reforma
universitária, chegou-se à formulação da Lei da Reforma Universitária que
estabeleceu novas diretrizes para o ensino superior.

Entre as disposições trazidas por esta lei, destacam-se a criação de


estrutura orgânica com base em departamentos reunidos, não em unidades
mais amplas, a unidade de funções de ensino e pesquisa, vedada à
duplicação de meios para fins idênticos ou equivalentes, e a
racionalidade de organização, com plena utilização dos recursos materiais
e humanos. Observa-se, assim, que a Reforma Universitária buscou propor
soluções e possibilidades práticas para os problemas educacionais mais
agudos do sistema universitário naquele momento. Os princípios de
rendimento e eficiência foram aplicados como alternativas para solucionar
a problemática estudantil.

No mesmo ano, 1968, o Decreto n. 63.341 regulamentou a expansão do ensino


superior no Brasil, estabelecendo, inclusive, diretrizes para a
construção da cidade universitária. No ano seguinte, a Comissão de
Reforma do Ensino Superior do Paraná elaborou o projeto de lei para
implantação das primeiras universidades estaduais nas cidades de
Londrina, Maringá e Ponta Grossa.

A busca por um novo modelo de universidade foi influenciada pelas ideias


de Atcon. Seus estudos estavam concentrados na temática dos campi
universitários com diagnósticos e diretrizes para sua implantação, tendo
como base os moldes norte-americanos de rendimento e eficiência. Nesta
direção, o campus deveria ser um local de reunião de todas as atividades
universitárias, integrando-as de maneira econômica e funcional com
atividades científicas coordenadas e da maior envergadura possível,
respeitados os limites de recursos humanos, técnicos e financeiros (3).

Para isso, Atcon destaca a importância do planejamento institucional,


abrangendo questões pedagógicas, financeiras, administrativas e
territoriais. Alguns procedimentos para criação do campus universitário
merecem destaque, como: realização de uma estatística educacional
(conhecimento da demanda e das perspectivas para atender as metas ao
longo dos anos); definição da estrutura institucional (centros,
departamentos, institutos, estrutura administrativa e física com estudos
de vizinhança, urbanização e zonificação do campus); escolha do terreno
(sugestão de 500 hectares em média e, no mínimo, 200 hectares), no caso
de não uso, recomenda-se a inversão do terreno ou construção de fontes de
renda sobre a área excedente; planejamento de nivelamento, circulação,
distribuição e serviços urbanos; setorização com otimização dos espaços e
foco no rendimento e na eficiência da universidade; criação de um anel
protetor que explicite divisas e isole a área de vizinhanças
indesejáveis, as quais atrapalhem o rendimento no território acadêmico;
horizontalidade das edificações e respeito à direção solar e aos ventos
dominantes, evitando-se luz excessiva e calor nas salas de aula;
interdependência de setores universitários com sobreposições para
aproveitamento máximo das instalações; setorização (setor biomédico,
esportivo, agropecuário, cibernético, artístico, tecnológico, básico
concentrando as disciplinas de humanidades e administrativo).

As edificações, segundo Atcon, deveriam considerar aspectos como a


transitoriedade, flexibilidade e expansão, deveriam, ainda, ser
funcionais e passíveis de alterações para acompanhar o crescimento da
universidade, sem adaptações de atividades em salas genéricas. Os
edifícios deveriam ser, preferencialmente, térreos ou em dois pavimentos
e com expansões horizontais, reduzindo gastos e evitando monumentalismo
arquitetônico. Pavilhões didáticos seriam mais práticos e flexíveis.
Apesar destas diretrizes gerais, recomendava que cada campus fosse único
e com caráter próprio.

O projeto inicial para o campus da Universidade Estadual de Maringá

É importante destacar o papel da hegemonia regional como fator


determinante para escolha das cidades que receberiam as primeiras
universidades estaduais no Paraná. Maringá, Londrina e Ponta Grossa
tinham ambição de sediar universidades que, além de atenderem sua
população, fossem capazes de atuar como polo de atração regional. Assim,
a criação das universidades estaduais se deu por dois motivos: diante das
exigências da Lei n. 5.540/68, que deu preferência à organização do
ensino superior sob a forma de universidade, e pelas condições
socioeconômicas e educacionais apresentadas pelos três municípios (4).

O município de Maringá, localizado na porção norte central do estado do


Paraná, foi fundado em 1947 e contou com prévio planejamento espacial.
Tal implantação foi realizada com base nos alicerces britânicos (5).
Hoje, Maringá é um polo regional com destaque, entre outras áreas, na
educação superior.

O projeto inicial da cidade não estabelecia uma área específica para a


implantação de instituições de ensino superior. A primeira proposta de
área para instalação do campus foi feita pela Comissão de Desenvolvimento
de Maringá em 1967, na porção sul do município (6). No entanto, em 1968,
esta área foi realocada para outra região, com a finalidade de facilitar
o acesso à universidade. A localização final adotada para a criação da
Universidade Estadual de Maringá foi escolhida por uma comissão designada
pela municipalidade, sendo previsto, inicialmente, 207 hectares (7). Este
terreno encontrava-se localizado na porção norte da cidade, naquela
época, um espaço isolado da malha urbana constituída.

Inicialmente, era denominada Fundação Universidade Estadual de Maringá ―


Fuem, a UEM foi criada através do Decreto n. 18.109, 28 de janeiro de
1970, a partir da união de três faculdades já existentes no município.

Os documentos levantados nesta pesquisa encontram-se no Processo 1.339,


aberto em dezembro de 1976, intitulado “Plano Piloto do Campus
Universitário ― Plano Diretor ― Ante-projeto e Projetos Definitivos”, e o
Processo n. 8.923, aberto em agosto de 2011, intitulado ‘Plano Diretor do
Campus Sede da UEM”. O plano piloto, elaborado em 1970, foi encomendado a
um escritório de Curitiba e teve como autores os arquitetos Jaime Lerner,
Domingos Henrique Bongestabs e Marcos Prado.

Localização de Maringá no Paraná


Imagem divulgação [Ipardes, 2014]
Relação campus e projeto inicial da cidade
Foto divulgação com edição dos autores, 2021 [Google Earth]

O primeiro projeto proposto para a UEM era caracterizado pela criação de


uma praça de convivência com dois edifícios principais, um destinado ao
ensino e à pesquisa e outro para as atividades administrativas. A
ocupação era feita de maneira dispersa e o projeto previa uma ligação,
através de passagem subterrânea, com o centro esportivo municipal,
localizado em área adjacente ao campus na direção do centro da cidade.
Esta composição possuía características que remetiam ao projeto da
Universidade de Brasília ― UnB, elaborado na década de 1960 pelo
arquiteto Oscar Niemeyer na nova capital federal, porém em menor escala.

Primeiro Plano Piloto para o campus sede UEM, 1970


Imagem divulgação [Yvaldine Melo, Considerações sobre os Campus Públicos]

A UnB diferia das instituições de ensino superior criadas anteriormente a


sua fundação, servindo como modelo para as novas universidades que
surgiram no contexto pós Reforma Universitária de 1968. Planejada desde
antes da sua criação, não era uma justaposição de escolas e faculdades
pré-existentes, como as primeiras universidades brasileiras, sendo seu
projeto coordenado por Darcy Ribeiro e Anísio Teixeira (8).
Implantação da Universidade de Brasília
Elaboração dos autores, 2014

Da mesma forma, no primeiro projeto para o campus sede da UEM, a


organização dos espaços se dava através dos edifícios centrais que
abrigariam as atividades de ensino, pesquisa e administração e, a partir
deles, os locais de convivência e de serviços eram distribuídos pelo
território do campus.

A construção da primeira etapa do projeto inicial para o campus da UEM


foi iniciada, porém logo teve de ser paralisada por problemas com a
empreiteira contratada para sua execução. Em 1976, a universidade decidiu
retomar as obras, no entanto, a Comissão de Planejamento, que havia sido
instituída um ano antes, realizou um estudo no qual foi apontado que a
melhor alternativa seria abandonar tal projeto, em virtude do alto custo
de sua execução.

Para a criação de uma nova proposta, a instituição optou pela contratação


direta e fechou contrato com o escritório dos arquitetos Bongestabs,
Lerner e Prado em fevereiro de 1977. Para orientar o trabalho dos
arquitetos, a Comissão de Planejamento da UEM elaborou um material
explicativo, que serviria de guia para o planejamento do campus. Ao final
de suas determinações, o relatório emitido pela Comissão sugeria que
fosse consultado um material referente ao planejamento físico da
Universidade Federal de Minas Gerais ― UFMG, intitulado “Metodologia para
o planejamento físico de campus/aspectos”.

Desde 1968, o Departamento de Planejamento físico da UFMG vinha


trabalhando em pesquisas com finalidade de empregar métodos científicos
para a racionalização do espaço físico da universidade. O Sistema Básico
criado pela UFMG tinha como objetivo configurar um sistema de organização
aberto, com mobilidade, fluidez e continuidade entre atividades
universitárias e o contexto social da cidade. A morfologia proposta
visava à flexibilização das formas, à criação de espaços de encontro que
funcionariam como elemento articulador das regiões de ensino, pesquisa e
administração e à aplicação de um padrão modular (9).

Espaço de convivência gerado a partir do Sistema Básico da UFMG


Territórios da Universidade: permanências e transformações [Editora UFMG]
Sistema modular implantado no Sistema Básico da UFMG
Territórios da Universidade: permanências e transformações [Editora UFMG]

Em setembro de 1976, representantes da UEM viajaram até Belo Horizonte


para receber assessoria dos arquitetos do Conselho de Planejamento da
UFMG, o que gerou as primeiras propostas de implantação e de modulação
dos blocos, a serem encaminhados à equipe de Bongestabs, Lerner e Prado.

Esquema para estudo de implantação do campus UEM ― organização linear e


organização hexagonal
Imagem divulgação, 1976 [Comissão de Elaboração do Plano Diretor Campus Sede
UEM]

Esquema de implantação do campus UEM: malha modular e sistema de circulação


Imagem divulgação, 1976 [Comissão de Elaboração do Plano Diretor Campus Sede
UEM]

O partido arquitetônico é definido por uma malha triangular, inicialmente


com módulo de 90 m x 15 m, mas foi alterada para 60 m x 15 m, diminuindo
assim a circulação dentro das edificações. Esta modulação permitia
abrigar doze salas de aula por pavimento, sendo então uma média de 36
salas de aula por pavilhão, isso posto, a área delimitada pela união de
tais pavilhões configuraria um auditório, que se torna o elemento
articulador desta configuração hexagonal.
Esquema de estudo de articulação dos módulos
didáticos da UEM
Imagem divulgação, 1976 [Comissão de
Elaboração do Plano Diretor Campus Sede UEM]

Planta dos pavilhões didáticos UEM, em destaque Centro de


Tecnologia
Imagem divulgação, 1976Imagem divulgação, 1976 [Comissão de
Elaboração do Plano Diretor Campus Sede UEM]

Ao analisar o zoneamento sugerido pelos arquitetos, é possível notar que


espaços como administração, biblioteca e restaurante se encontram em uma
mesma região, em uma intenção que permite a integração entre alunos,
professores e técnicos universitários em uma ampla área de convivência.

Outros espaços de encontro propostos no Plano Piloto são: concha


acústica; jardins dos pátios internos e duas grandes áreas sugeridas como
áreas de amenização e lazer, uma próxima ao córrego Mandacaru e a outra
próxima a administração e serviços, com a intenção de atender tanto
funcionários quanto estudantes. Há ainda, na porção leste, uma área
reservada para habitação estudantil que, no entanto, nunca foi construída
nesta localidade, assim como outras edificações previstas originalmente.
Para as áreas de convívio e encontro, o que se nota, no projeto do campus
sede da UEM, é que esses espaços se localizavam em regiões periféricas,
talvez em uma tentativa de integrar universidade e cidade ou como parte
da amenização proposta por Atcon.

Setorização da UEM, 1977. Arquitetos Jaime Lerner, Domingos Henrique Bongestabs


e Marcos Prado
Imagem divulgação com elaboração dos autores

As áreas destinadas aos laboratórios pesados e à estação experimental


estavam localizadas na porção oeste, isoladas do restante do campus,
tendo como limite físico natural o córrego Mandacaru, separando esta do
centro esportivo, que também se encontrava mais distante dos outros
setores da universidade, evitando conflito de atividades.

A universidade tinha seus limites bem definidos e contava com algumas


vias que funcionavam como anel protetor, isolando o campus de vizinhanças
indesejáveis. O zoneamento também deixava clara a divisão em setores
destinados a diferentes atividades como ensino, pesquisa, atividades
esportivas e de lazer, atividades administrativas e de serviços gerais e
habitação. Porém, cabe destacar que as áreas destinadas às diferentes
atividades de ensino não possuíam setorização pormenorizada no Plano
Piloto, estavam todas locadas na área destinada aos pavilhões didáticos,
que apresentavam, tanto a leste quanto a oeste, blocos direcionados para
atividades de pesquisa de forma compartilhada, o que otimizaria o uso de
equipamentos.

A porção mais ao sul não recebeu proposta de reestruturação, abrigava


edificações provisórias, não sendo contemplada com nenhuma sugestão de
alteração, mantendo sua configuração inicial que prescindia de
planejamento. Esta área foi a primeira a ser ocupada quando da instalação
da universidade, sendo composta por pavilhões de madeira com caráter
temporário de uso, mas que têm se mantido ao longo de décadas.

Planta de implantação UEM: necessidades, 1977. Arquitetos Jaime Lerner,


Domingos Henrique Bongestabs e Marcos Prado
Imagem divulgação com elaboração dos autores

A área prevista pelo projeto inicial é demonstrada através do mapa de


figura-fundo, com o limite do campus e as vias internas, lindeiras a
malha urbana constituída, destinada aos veículos da comunidade
universitária e de quem acessa as instalações do campus. O desenho
periférico das vias evitaria o conflito com os pedestres, embora não
estejam devidamente definidos os caminhos para deslocamentos a pé. Essas
conexões com o sistema viário externo foram alteradas posteriormente em
função das diretrizes viárias do município e de obras para transposição e
contorno do campus universitário.

Mapa de figura-fundo UEM projeto inicial


Elaboração dos autores, 2014

Em 1977, a universidade instituiu o Grupo de Trabalho de Planejamento


físico, coordenado pelo economista João Celso Sordi, assessor de
planejamento da Fuem. Após a análise das primeiras etapas construtivas,
esse grupo foi desfeito, as atividades de projeto passaram a ser
desenvolvidas pela Divisão Técnica da Prefeitura do Campus,
posteriormente, transformada na Divisão de Projetos, atual Diretoria de
Obras e Projetos ― DOP, setor responsável pela gestão do território e da
infraestrutura física da universidade. Imagens retratam as primeiras
edificações executadas no campus sede UEM em meados da década de 1970,
pavilhões em estrutura pré-fabricada de madeira.

Primeiras edificações do campus sede UEM em 1976


Foto divulgação [Assessoria de Comunicação Social UEM]

Vista aérea do campus sede UEM em 1974


Foto divulgação [Assessoria de Comunicação Social UEM]

Situação atual do campus sede da Universidade Estadual de Maringá

Atualmente, Maringá possui população estimada de 430.157 habitantes e


área territorial de 486,305 km², com densidade demográfica de 884,54
habitantes/km² e grau de urbanização equivalente a 98,20% (10). Esses
dados demonstram média densidade demográfica o que reflete na ocupação
urbana do município. Dentro deste contexto, em 2019, a UEM completou
cinquenta anos de seu decreto de criação, atingindo uma população entre
docentes, técnicos universitários e alunos de cerca de 25 mil pessoas.

Segundo o Caderno Base de Dados 2020, a UEM conta com 69 cursos de


graduação, 48 a mais do que em 1977, além de contar com 39 cursos de
especialização, 56 mestrados e trinta doutorados. São, no total, 16.955
alunos de graduação distribuídos em sete campi, estando 12.489
matriculados em cursos do campus sede, além dos 27 polos de ensino a
distância no Paraná. No vestibular de 2019, foram ofertadas 3.767 vagas
para os cursos de graduação, quase o dobro do ofertado em 1977, ano
posterior ao reconhecimento da universidade pelo Ministério da Educação e
Cultura.

Apesar do crescimento da área de abrangência, atividades e população, é


possível perceber, segundo esta mesma Base de Dados, que a superfície do
campus sede da universidade diminuiu dos 207 hectares para 124,03
hectares. Isso devido à reversão de parte da área doada para o município
para melhorias no sistema viário de acesso e do entorno do campus, com
indenização pelo município à universidade através de obras de melhoria da
infraestrutura. Situação registrada em 2012, em documento elaborado pela
comissão instituída por meio da Portaria n. 433/2012, para elaboração do
Plano Diretor Participativo do Campus Sede UEM (11).

A relação atual do campus universitário com o município de Maringá também


difere do momento de sua implantação. Com a expansão da cidade e o
surgimento de novos bairros, atualmente, o campus encontra-se
completamente inserido na malha urbana, estando no que se pode
classificar como centro geográfico da cidade, dividindo o plano inicial,
projeto do engenheiro Jorge de Macedo Vieira, da maior área de expansão
urbana ao norte, situada para além da linha férrea e da principal rodovia
de acesso ao município.

Campus sede da UEM na malha urbana de Maringá


Foto divulgação com edição dos autores, 2021 [Google Earth]

A questão viária é um constante ponto de tensão entre o campus


universitário e o município, o que levou à formação de três comissões
para estudar o assunto, nos anos de 2006, 2011 e 2013. O maior problema
diz respeito à transposição do campus para facilitar o trajeto bairro-
centro. A solução apontada e executada parcialmente foi a realização de
um contorno na parte consolidada do campus. O que ocorreu na porção
oeste, junto ao córrego Mandacaru, e está atualmente sendo estudado na
porção leste com o prolongamento e duplicação da via lindeira ao campus
nesta região. As intervenções ocorridas no fundo de vale acabaram
segmentando o campus, separando a parte consolidada da área de expansão,
parcialmente ocupada pelo Centro de Treinamento em Irrigação e o complexo
de saúde, o qual abriga o hospital universitário, dentre outros órgãos.

Atualmente, o sistema viário interno ao campus, como previsto no projeto


inicial, mas tardiamente executado, é composto por um anel viário que
proporciona que a circulação principal de veículos aconteça por vias
periféricas, as quais são interligadas a ruas secundárias que conduzem
aos bolsões internos de estacionamento e aos portões de entrada e saída,
desafogando o trânsito no interior do campus. Realidade que deve ser
melhorada com as obras na rua Deputado Ardinal Ribas que conecta o campus
às avenidas Colombo (BR-376) e Herval, importantes vias arterial e
coletora, respectivamente.
Mapa figura-fundo UEM atual
Elaboração dos autores, 2021

O complexo viário também é formado por um conjunto de calçadas para


pedestres, as quais conduzem para as diversas edificações sem que exista,
no entanto, uma hierarquia pré-definida ou comunicação visual eficiente
para elas, fragilizando a legibilidade e o deslocamento. Desde a
implantação do campus, as vias destinadas à circulação de pedestres foram
negligenciadas, sendo que, apenas recentemente, adequações nos passeios
têm sido feitas para garantir a acessibilidade universal e conexões entre
o calçamento existente. A intenção inicial era que a circulação ocorresse
no interstício da malha triangular que acomodava os blocos didáticos em
uma modulação de 90m x 15m, posteriormente alterada para 60m x 15m, o que
não se efetivou.

A setorização inicial proposta no Plano Piloto foi seguida parcialmente.


Ensino e pesquisa encontram-se distribuídos em grande porção do
território sobre uma malha triangular, com algumas adaptações e
alterações feitas pela equipe técnica da prefeitura do campus sede. As
atividades administrativas encontram-se reunidas, em sua maioria, na
porção sul, denominada campus pioneiro, a mesma localidade que recebeu as
primeiras edificações ainda com caráter provisório. As áreas de
convivência acontecem principalmente junto ao restaurante universitário,
ao calçadão, criado na porção sul do campus e não prevista inicialmente,
e nas ocupações pontuais como cantinas e centros acadêmicos distribuídos
ao longo da malha. Não tendo sido implantados os espaços de convivência
previstos na intersecção entre os blocos didáticos que compõe a malha
hexagonal, com raras exceções como a de um único auditório em um destes
pontos.

Dentre esses espaços, apenas o restaurante universitário estava previsto


no projeto inicial. Além de uma área de convivência, planejada na porção
a oeste próxima ao Córrego Mandacaru, que se destinava ao lazer e à
confraternização da comunidade universitária e que foi cedida à
Associação dos Funcionários e à Associação dos Docentes. Serviços como
almoxarifado estão locados na porção leste, nos limites do campus, região
que, no projeto inicial, era destinada a habitações para os estudantes.
Já na porção oeste, também nos limites do campus, foi instalado o
complexo de saúde, região que, inicialmente, daria lugar aos laboratórios
pesados, os quais, por sua vez, encontram-se distribuídos por todo
território universitário.
Setorização UEM atual
Foto divulgação com edição dos autores, 2021 [Google Earth]

Os blocos do campus pioneiro apresentavam unidade no que diz respeito à


organização espacial, tipologia, forma e volume. Mas, com o tempo, essa
região, sob a qual se cogitou a implantação do hospital e que não foi
devidamente tratada no Plano Piloto, vem perdendo suas características e
se deteriorando (12). Dificuldades também foram notadas na porção
planejada, por isso, em 1981, a prefeitura do campus realizou um estudo
que propôs alterações ao Plano Piloto, diminuindo o número de blocos
didáticos inseridos na malha prevista, com o objetivo de criar espaços
menos enclausurados.

No projeto inicial, foram propostos 92 pavilhões didáticos. Atualmente,


de acordo com a prefeitura do campus da UEM, a instituição possui 45
blocos didático-administrativos inseridos na malha triangular. Os
primeiros blocos seguiam a orientação de Atcon, constituindo-se em
edificações horizontais com um ou dois pavimentos, no entanto, os
edifícios mais recentes aumentaram o número de pavimentos, contribuído
para a verticalização do campus. Alterações também ocorreram no que se
refere ao programa arquitetônico e ao dimensionamento dos edifícios que,
inicialmente, tinha como justificativa a modulação resultante do tamanho
das turmas teóricas e práticas acomodadas nas salas.

Aspectos relacionados ao conforto ambiental, e que também eram apontados


nas diretrizes de Atcon ou do MEC, acabaram sendo negligenciados com
salas de aula em posição desfavorável, resultado do partido arquitetônico
adotado, mas também pela má gestão do Plano Piloto. A posição dos blocos
e o desenho não consideraram o uso de estratégias de adaptação à
insolação e à ventilação natural, o que contribui para o baixo desempenho
e maior custo de operação e manutenção do campus.

O olhar do usuário do campus sede da Universidade Estadual de Maringá

Em avaliação feita por Thais Kawamoto Amarães (13), em 2015, foi possível
verificar a percepção do usuário do campus sede após sua consolidação
depois de cerca de pouco mais de quatro décadas de ocupação. Com o
objetivo de contrapor o projeto inicial ao espaço consolidado no campus
da Universidade Estadual de Maringá, na ocasião, foram entrevistadas 624
pessoas, sendo 63,62% alunos, 19,39% professores, 15,22% técnicos e 1,76%
gestores. Os resultados apontaram que 74% desconhecem o Plano Piloto,
sendo os gestores aqueles que têm maior conhecimento. Dentre os
entrevistados, ampla maioria (85,7%) destaca a localização favorável do
campus, justificada pela facilidade de acesso e pela proximidade com
equipamentos e serviços públicos. Dentre os pontos negativos, fazem
referência ao fato de o campus constituir uma barreira para o acesso a
alguns bairros e ao trânsito no entorno.

Quanto ao zoneamento, a principal crítica diz respeito à setorização do


campus (64,71%), embora se reconheça que as atividades estejam
distribuídas adequadamente por setores (64,29%), apesar de as grandes
distâncias, que é um ponto negativo para 64,77%. Conforme apontado
anteriormente, no período da pesquisa, 73,35% apontavam para a o fato de
o sistema viário não atender a demanda. Neste período, o anel viário
ainda não havia sido concluído, assim como implantadas novas vias e áreas
de estacionamento. Porém, cabe destacar a crítica à priorização do
deslocamento dos veículos motorizados em detrimento de pedestres e
ciclistas.

Outro problema apontado por 71,91% diz respeito à inadequação das áreas
de convivência, insuficientes, mal planejadas e mal distribuídas. Uma
resposta ao abandono das propostas feitas no Plano Piloto, as quais não
foram executadas e/ou atualizadas. Também preocupações foram apontadas
quanto à segurança no campus, na época, 62,74% dos entrevistados se
sentiam inseguros. Desde então foi concluído o cercamento do campus,
implantadas guaritas e um sistema de monitoramento por câmeras que
reduziu drasticamente as ocorrências de violência.

Com relação às edificações, também foram apontados problemas como a


acessibilidade às pessoas com deficiência, preocupação pouco presente no
período em que o campus foi projetado. A legislação que hoje assegura
este direito só foi implantada no início dos anos 2000. Porém, por
determinação legal, hoje, o campus está se adaptando a esta nova
exigência com a implantação de rampas, corrimãos, pisos táteis e
elevadores. O desempenho ambiental dos edifícios também foi criticado por
79,65% dos entrevistados. Assim como existem manifestações sobre a falta
de salas de aula e laboratórios, uma vez que a ampliação da
infraestrutura não correspondeu ao crescimento do número de cursos e
alunos, sendo comum improvisações, o que compromete a qualidade dos
espaços.

Dentre os pontos positivos mais lembrados constam a arborização (36,40%),


a proximidade do campus com equipamentos urbanos (32%), o tamanho do
campus (14,3%) e a qualidade das novas edificações (13%). Em relação aos
aspectos negativos, as maiores referências são à insuficiência da
estrutura (45,4%), à falta de manutenção (28,4%), aos problemas de
segurança (19,10%) e à falta de integração do campus com a cidade (3,5%).
Nesse sentido, pode-se afirmar que a localização e a área foram
acertadas, mas que o planejamento deve rever a setorização e as
instalações físicas, assim como investir na implantação de áreas de
convivência, na sinalização, no controle de acesso e na melhoria do
sistema viário com controle do tráfego e priorização para pedestres e
ciclistas.

 Quanto às edificações, é preciso expandir os ambientes didáticos com


novas salas de aula e melhoria dos projetos para adequação às condições
ambientais e redução do custo de manutenção. Para tanto, novas
tecnologias estão disponíveis como elementos para melhoria do isolamento
acústico e térmico e novos sistemas de iluminação. Quanto à adequação dos
espaços às pessoas com deficiência, embora não fosse uma exigência na
época em que o campus foi projetado, a norma brasileira, que neste
momento tem força de lei, deve ser atendida.

Vista aérea atual do campus sede UEM


Foto divulgação, 2022 [Universidade Estadual de Maringá]

Considerações finais

O campus sede da Universidade Estadual de Maringá teve seu espaço


planejado no ambiente de universidade reformada que se instalou no Brasil
a partir de 1968 e sofreu influência do pensamento do consultor norte-
americano Rudolph P. Atcon. Os princípios adotados no partido
arquitetônico seguem, em parte, as orientações da Usaid e diretrizes de
Atcon, sobre como deveria ser concebido o campus universitário para uma
universidade integral mateirocêntrica, ou seja, estruturada em função de
campos do conhecimento, modelo também adotado pelas demais instituições
estaduais de ensino superior do Paraná.

Neste sentido, é possível observar a adequação da proposta de Atcon em


questões como: a dimensão do campus; o estabelecimento de um anel
protetor, aqui denominado espaço de amenização; a instituição de centros,
embora com agrupamentos um pouco distintos e posteriormente
descaracterizados; e a inclusão no programa arquitetônico dos mesmos
ambientes como biblioteca, esportes, casa universitária, administração,
serviços, teatro e hospital, os dois últimos não contemplados
inicialmente. Também diretrizes para as tipologias construtivas como:
adoção de um módulo baseado no espaço da sala de aula, horizontalidade e
não monumentalidade foram seguidas.

Depois de décadas de consolidação do campus, com adequações no projeto


inicial, é possível identificar erros e acertos, assim como colher
resultados que contribuam para reformas administrativas, pedagógicas e,
sobretudo, da infraestrutura física desta ou de outras instituições com
as mesmas características. Sem dúvidas, aqui, a ideia de um campus
planejado como uma cidade universitária, autônoma e isolada para melhor
desenvolvimento de suas atividades foi levada a cabo. Por isso, o campus
previa ambientes para, por exemplo, abrigar os estudantes e proporcionar
esporte e lazer para toda comunidade universitária, exigências logo
minimizadas pela posição estratégica do campus que, rapidamente, foi
envolvido pela cidade, beneficiando-se de sua infraestrutura e
equipamentos.

As maiores críticas ao projeto do campus foram direcionadas para o


formalismo adotado pela equipe de arquitetos na imposição de uma malha
que desconsidera aspectos como o conforto ambiental, a adequação ao sítio
e a circulação. Condições pioradas pela não criação de uma estrutura
administrativa que possibilitasse o planejamento continuado, o que levou,
de certa forma, ao abandono do Plano Piloto.

Essa lacuna permitiu improvisos e adaptações sem a reflexão necessária,


cujos reflexos podem ser sentidos na avaliação dos usuários, que apontam
deficiências que já haviam sido consideradas nos estudos realizados
durante a reforma universitária e nos apontamentos da Usaid e de seu
consultor. A situação se agrava também pelo exponencial crescimento da
população universitária, resultado da criação de novos cursos e
atividades e pela falta de recursos financeiros, a qual poderia ser
minimizada, até mesmo com estratégias apontadas por Atcon e que, de certa
forma, ocorreu, como a reversão de áreas em troca de investimentos em
infraestrutura, caso dos investimentos realizados com recursos
provenientes da transferência de área para duplicação e melhoria das vias
que contornam o campus.

O presente trabalho registra este processo, proporcionando elementos para


revisão da proposta contida no Plano Piloto, mas, sobretudo, alertando
para a necessária correção dos problemas apontados e para reflexão sobre
o modelo de universidade resultante da reforma universitária de 1968,
hoje, insuficiente e ultrapassado, frente ao processo de urbanização
brasileiro, às novas tecnologias e às demandas da sociedade
contemporânea.

notas

1
AMARÃES, Thais Kawamoto. Projeto e Consolidação do Campus Universitário: os
casos das Universidade Estadual de Londrina e Universidade Estadual de Maringá.
Dissertação de mestrado. Maringá, PPU UEM UEL, 2015.

2
FÁVERO, Maria de Lourdes de Albuquerque. Da universidade “modernizada” a
universidade disciplinada: Atcon e Meira Mattos. São Paulo, Cortez/Autores
Associados, 1990.

3
ATCON, Rudolph P. Manual sobre o planejamento integral do Campus Universitário.
S.l., Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras, 1970, p. 8.

4
SHEEN, Maria R.C.C. Política Educacional e hegemonia: a criação das primeiras
universidades estaduais no Paraná na década de 1960. Tese de doutorado.
Campinas, FE Unicamp, 2000.

5
REGO, Renato Leão. As cidades plantadas: os britânicos e a construção da
paisagem do norte do Paraná. Londrina, Humanidades, 2009.

6
OLIVEIRA, Osmar A.S. O Campus Sede da Universidade Estadual de Maringá-UEM: Um
estudo do ambiente construído. Dissertação de mestrado. Maringá, PPE UEM, 2006.

7
MELO, Yvaldine M.N.C. Considerações sobre os Campus Públicos e a verticalização
como espaço-resposta para a saturação e a fragmentação do espaço físico do
Campus sede da Universidade Estadual de Maringá/PR. Dissertação de mestrado.
Maringá, PGE UEM, 2001.

8
BUFFA, Ester; PINTO, Gelson de Almeida. Arquitetura e educação: câmpus
universitários brasileiros. São Carlos, EdUFSCar, 2009.

9
BRANCO, Alípio P.C. A arquitetura do sistema básico da UMFG. In MACIEL, Carlos
Alberto; MALARD, Maria Lúcia (org.). Territórios da Universidade: permanências
e transformações. Vol. 1. Belo Horizonte, Editora UFMG, 2012, p. 59-78.

10
INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL. Perfil dos
municípios. Curitiba, Ipardes, 2021 <https://bit.ly/3j26RLR>.

11
COMISSÃO DE ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR CAMPUS SEDE UEM. Plano Diretor
Participativo Campus Sede. Universidade Estadual de Maringá
<https://bit.ly/3R78HIb>.

12
OLIVEIRA, Osmar A.S. Op. cit.

13
AMARÃES, Thais Kawamoto. Op. cit.

sobre os autores

Thaís Kawamoto Amarães é arquiteta e urbanista e mestre (2015) em Arquitetura e


Urbanismo pela UEM. Professora da graduação em Arquitetura e Urbanismo no
Centro Universitário Metropolitano de Maringá.

Ricardo Dias Silva é mestre (2000) e doutor em Arquitetura e Urbanismo (2010)


pela USP. Professor associado do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da
Universidade Estadual de Maringá, membro do Programa Associado de Pós-Graduação
em Arquitetura e Urbanismo UEM e UEL e autor, dentre outras obras, de “A
produção de moradia entre 2000 e 2013 e o impacto na organização socioespacial
do aglomerado metropolitano Sarandi-Maringá-Paiçandu”, em Maringá:
transformações da ordem urbana (Letra Capital, 2015).

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