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16/01/2021 arquitextos 013.

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013.10 year 02, jun. 2001

Patrimônio histórico
Sustentabilidade e sustentação
Flávio de Lemos Carsalade

013.10
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013

013.00
Arquitextos, número 13,
ano 2 (editorial)
Abilio Guerra

013.01
Bourlemarx ou Burle
Marx?
Ana Rosa de Oliveira

013.02
América Latina 2000
Arquitetura na
Serraria Souza Pinto encruzilhada
1/3 Roberto Segre

013.03
Museu d’Art
Contemporani de
Barcelona, arquiteto
norte-americano, estilo
internacional
Renato Leão Rego
As ações concernentes à defesa da memória corporificada no patrimônio
histórico e artístico se fazem através de três vertentes principais, 013.04
nominadamente, a proteção, a conservação e a promoção. Cada uma delas Paisagem urbana de São
apresenta problemas e metodologias específicas embora a defesa do Paulo
patrimônio seja mais eficaz se há a integração das três de modo coerente Publicidade externa e
e sistemático. A linha da conservação, por envolver, muitas vezes, a poluição visual
injeção de recursos econômicos, é de equacionamento complexo, ainda mais Issao Minami
se considerarmos as disponibilidades orçamentárias do setor público, 013.05
pressionadas pelas áreas da previdência, educação, saúde e funcionalismo Os Reflexos do mundo
público. De mais a mais, grande parte dos imóveis tombados são virtual na cidade real
propriedades particulares, o que torna questionável o investimento Vera Magiano Hazan
público direto em sua manutenção, ainda que tenham o caráter de
patrimônio coletivo e que sobre eles pese a co-responsabilidade do 013.06
Estado. No entanto, se a questão da conservação ficar restrita ao A importância dos
investimento direto de recursos, quer pelo Estado, com sua notória museus e centros
carência, quer pela população, muitas vezes pobre ou com pouca culturais na
disponibilidade financeira (algumas vezes, inclusive, desinteressada da recuperação de centros
preservação de seu próprio imóvel), pode não se exercer na prática com a urbanos
eficácia esperada. Cêça Guimaraens and
Nara Iwata

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Nesse quadro parece não caber a imobilidade por carência de recursos 013.07
financeiros e há que se entender que a perspectiva econômica não se E-futuros: projetando
restringe, apenas, à aplicação direta de dinheiro na conservação do para um mundo digital
patrimônio. Cabe, então, distinguir os dois conceitos fundamentais Ana Paula Baltazar
envolvidos no processo, embora sejam complementares e, muitas vezes
013.08
intercambiáveis. Estamos nos referindo aos conceitos de sustentação e
Estética das favelas
sustentabilidade. A sustentação se refere aos investimentos diretos no
Paola Berenstein
patrimônio histórico e artístico que geram benefícios de conservação e é
Jacques
tarefa de todos os agentes por ele responsáveis, seja o governo, com
recursos do tesouro e outros fundos, seja o proprietário particular ou a 013.09
parcerias entre eles. A sustentabilidade refere-se a ações que incentivem Espaço Hospitalar
formas variadas de conservação e preservação, através de articulação da A revolta do corpo e a
comunidade, base legal específica ou, ainda, outras formas de atração de alma do lugar (1)
investimentos financeiros ou de trabalho. Jorge Ricardo Santos de
Lima Costa
Para que as ações de conservação possam ser equacionadas de maneira
plena, torna-se importante relacioná-las ao conceito maior de patrimônio
histórico que não se restringe, como o supõe o senso comum, apenas ao bem
imóvel isolado, ligado à excelência estilística e ao poder civil ou
eclesiástico. A compreensão contemporânea do patrimônio deixou de se ater
apenas às qualidades estéticas do bem em si, ampliando-se ao cotidiano da
vida, no exercício da cultura e no desenvolvimento sócio-econômico das
comunidades, constituindo-se em um dos importantes responsáveis por sua
identidade e qualidade de vida.

Se a questão do desenvolvimento da sociedade é interesse de toda a


população – incluindo-se aí os diversos grupos e interesses econômicos –
e se a noção de estado paternalista e centralizador é substituída pelas
formas democráticas de co-gestão e incentivo à participação cidadã, o
estatuto das relações entre poder público e sociedade é transformado
deixando de ser uma relação autoritária para ser companheira, deixando de
ser unilateral para ser parceira. A relação deixa de ser competitiva e
excludente, para ser ética, solidária e inclusiva.

Assim redimensionadas e redirecionadas, passam a ser outras as posturas


que impulsionam as ações da população e do Estado. Ao Estado cabem, além
do investimento direto – não, obviamente, universal por seus limites
orçamentários e éticos, a criação de políticas públicas que incentivem a
mobilização social e o interesse participativo, a definição de limites
integrada à orientação da aplicação de recursos privados (que tenham
capacidade de gerar benefícios públicos), a articulação dos parceiros e a
criação de programas com finalidades claras e pragmaticamente formulados.
Por outro lado, quando essas iniciativas obtêm sucesso, todos lucram: as
cidades ganham em qualidade de vida, grandes trechos degradados são
requalificados, garante-se o senso de cidadania e história, estimula-se o
turismo e reafirma-se o desenvolvimento sustentável, entre outros
benefícios.

Se a participação de cada um é importante, é também fundamental a


consciência da existência de retorno para cada benefício alcançado. A
ação da sociedade civil pode ter outro foco propulsionado pelos
fundamentos ligados às ações de preservação. Inicialmente, deve ser
recuperado o entendimento de que a construção de uma nação e o uso das
coisas públicas são responsabilidade coletiva, mas um bem a ser
compartilhado e cuidado por todos. Na medida em que o patrimônio se
referencia no homem, em sua cultura, história e valores, este passa a ser
o eixo do processo de desenvolvimento, contrapondo-se, portanto, à
tecnocracia ou à perversidade do livre mercado. A idéia de que para gerar
o lucro não importam os meios ou seus impactos sociais deve ser
substituída pela idéia de que é de interesse comum uma sociedade mais
equilibrada e mais rica. A sociedade não pode cruzar os braços e deixar
para o Estado a construção da nação, a defesa de seus interesses e seu
desenvolvimento. Cada segmento e cada indivíduo precisa considerar-se
parte do processo de desenvolvimento. Cabe à sociedade civil entender que
é a soma do trabalho de cada um que define padrões de desenvolvimento. Ao
proprietário de bem protegido pelo patrimônio, cabe zelar por seu imóvel.
Afinal, dele usufrui moradia e renda e muitas vezes não há recursos do
Estado (que são de toda a população, diga-se de passagem), para investir
no socorro de bens particulares e, ao mesmo tempo, nos bens públicos e em
toda a gama de necessidades da população. Como não existe tanta
disponibilidade de recursos, seria de interesse da comunidade deixar ir
embora sua história e sua memória? À sociedade civil organizada cabe
lutar pelos interesses maiores e comuns da comunidade, dentro do
entendimento de ética coletiva e de ações de solidariedade. Às forças
econômicas cabe participar, através de zelo e investimento, do bem que é
de todos, revertendo à comunidade parte dos lucros que lhes foram
concedidos por esta mesma comunidade: é o conceito de empresa-cidadã,
hoje tão caro às empresas que têm consciência de sua inserção no lugar e
na história.

O conceito social do patrimônio cultural deve ser entendido, portanto, de


forma ampla, sob a égide da co-responsabilidade entre governo – nos seus
três níveis – e população. Se por um lado o governo tem obrigações
constitucionais de proteção do patrimônio, este é objeto de fruição e

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instrumento de cidadania para toda a população, cabendo a ela, portanto,
importante participação em sua defesa. No entanto, apesar do quadro já
explicitado de ausência de recursos para atender a todos os casos e à
grande demanda no setor, o governo não pode entregar o patrimônio à sua
própria sorte ou repassar exclusivamente aos municípios e às comunidades
a tarefa de seu zelo.

É nesse quadro de compreensão do papel de cada um na responsabilidade de


preservação da memória que se inserem estas reflexões, buscando precisar
os conceitos de sustentabilidade e sustentação.

Sustentabilidade

A opção pelo chamado desenvolvimento sustentável nasceu da consciência


ambiental das sociedades que, a partir da constatação dos limites da
natureza e da falência de seus recursos, perceberam não ser possível um
modelo de desenvolvimento baseado em um consumo predador da natureza com
altos níveis de rejeitos poluidores. Assim, a sustentabilidade pode ser
entendida como uma forma de desenvolvimento que une as necessidades do
presente sem comprometer a possibilidade das futuras gerações usufruírem
de sua herança natural e cultural. A sustentabilidade cultural se dá
através da preservação de valores e mensagens os quais conferem sentido e
identidade a determinado grupo cultural e étnico.

No nosso caso específico, colocada a idéia da sustentabilidade, cabe


investigar as ações que podem ser realizadas no sentido de sua
concretização. Para tentar sistematizar essas ações, podemos classificá-
las em quatro grupos.

O primeiro grupo trata da preservação preventiva e propositiva, em


contraposição ao caráter de reação e recuperação que tem caracterizado
nossos esforços de preservação.

Para exemplificar essa assertiva, podemos tomar um dos mais usuais


processos de acautelamento, o tombamento. Embora o tombamento seja, por
definição, uma medida preventiva contra eventuais descaracterizações ou
demolições de imóveis de interesse histórico, geralmente ocorre para
suprir deficiências de proteção ocasionadas por leis de uso e ocupação do
solo demasiado permissivas ou interesses econômicos conflitantes. Além
disso, quando se torna necessária alguma intervenção física no imóvel
tombado, os órgãos responsáveis pela tutela do bem examinam o projeto
para se posicionarem reativamente sobre a proposta, em vez de definir
critérios anteriores de intervenção. De maneira similar, grandes esforços
e recursos são consumidos na restauração de bens, apenas porque eles
foram conservados inadequadamente ou passaram por procedimentos
inadequados em sua manutenção. Assim, os recursos podem ser melhor
aproveitados se a proteção se faz de forma preventiva e propositiva,
antecipando-se às ações destruidoras causadas por condições ambientais
adversas ou de interesses contrários à preservação.

Exemplos importantes desse tipo de preservação estão consubstanciados nos


instrumentos de legislação urbanística (leis de uso e ocupação do solo e
planos diretores que garantam o desenvolvimento harmônico da cidade),
controle ambiental adequado (que impeça a deterioração das peças pela
ação de agentes químicos, biológicos e mecânicos), revisões periódicas de
infra e superestrutura (desde redes elétricas a condições de cobertura,
estrutura etc.) treinamento de agentes de manutenção (evitando as más
práticas que são usuais por desconhecimento e mau treinamento) e
instalação de equipamentos de segurança (extintores de incêndio, alarmes
contra roubos etc.).

O segundo grupo inclui os Instrumentos de Gestão e Articulação que, a


partir da constatação de que a comunidade é a maior guardiã de seu
patrimônio, substituem o paternalismo estatal pela efetiva participação
cidadã. Na realidade não existe desenvolvimento sustentado nem patrimônio
comum se a sociedade não tiver consciência disso. Dificilmente se
consegue "impor" um tombamento ou modelos sustentáveis a uma sociedade
que não tem consciência desses valores.

Por isso, é tão importante o desenvolvimento e o estímulo a formas de


gestão coletiva e à criação de possibilidades de articulação entre os
diversos agentes para cumprir a tarefa de preservar. Podemos citar entre
outros:

– a criação de conselhos públicos para o patrimônio cultural, envolvendo


toda a sociedade;

– a conscientização do poder legislativo, muitas vezes alheio ao problema


e pouco criativo na elaboração de leis necessárias à sustentabilidade de
patrimônio;

– a mobilização do poder judiciário, especialmente do ministério público


que pode garantir ações emergenciais e de caráter coletivo;

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– a adoção de medidas compensatórias e políticas de incentivo, tais como
isenção de impostos para imóveis de interesse preservação ou a
transferência do potencial construtivo;

– estímulo às instituições de preservação;

– maior permeabilidade dos órgãos de patrimônio junto às comunidades,


criando programas conjuntos;

– criação de programas que possam atender às diferentes demandas das


comunidades pela articulação dos diversos organismos e mecanismos
públicos ou privados, de forma a facilitar seu atendimento específico;

– articulação de parcerias através de ação objetiva de governo,


considerando a visão abrangente que tem o Estado e seu poder de atuação e
de influência;

– facilitação da ação privada na recuperação de seus imóveis através da


criação de linhas de crédito com juros baixos, como programas sociais;

– criação de programas especiais de recuperação e requalificação de áreas


urbanas históricas degradadas

– desenvolvimento de programas e políticas específicas como o incentivo a


"clusters" e a programas turísticos e específicos de proteção;

– inserção da cultura no desenvolvimento econômico e social;

– incentivo e formulação adequada a operações urbanas integradas ou


interligadas, definindo objetivos claros e bônus atrativos para o
investimento privado com benefício público.

Com a enorme importância que vem ganhando o patrimônio cultural nos


tempos atuais e com a sofisticação tecnológica e científica que o
acompanha, torna-se necessário o desenvolvimento dos campos científicos
correlatos. Nesse grupo, incluem-se não só o incremento de novas
pesquisas, como a criação de novos modelos urbanos e novas formas de
inserção do edifício novo em contextos notáveis.

No quarto grupo inserem-se as ações de informação e difusão. Aqui


incluem-se a educação patrimonial como conscientização das comunidades, a
divulgação eficiente dos programas e mecanismos de proteção, bem como a
visibilidade das ações concernentes ao patrimônio e aos seus benefícios
sociais e econômicos.

É importante que as comunidades e as empresas conheçam e compreendam as


leis de incentivo à cultura, que os agentes sociais e comunidades
conheçam seus direitos e deveres com relação aos bens patrimoniais e que
informações e fotografias de imagens desaparecidas estejam
disponibilizadas para facilitar sua recuperação.

Sustentação

Se considerarmos que a manutenção do patrimônio histórico é tarefa


compartilhada entre Estado e comunidade e que o ônus da preservação não
deve ser apenas do proprietário, torna-se fundamental, além das ações de
sustentabilidade anteriormente descritas, o investimento direto do
governo, em seus diversos níveis, no setor. Por outro lado, a sustentação
do patrimônio na forma de investimentos diretos não ocorre apenas por
parte do setor público. A iniciativa privada e a sociedade civil
encontram nos edifícios históricos e bens culturais um importante setor
produtivo da economia que propicia negócios e oportunidades de
investimento, carreando lucros e avanços econômicos.

O investimento público se faz diretamente, através do Tesouro, ou


indiretamente, especialmente na manutenção de institutos e políticas de
patrimônio, na gestão de fundos e na forma de renúncia fiscal. Os
investimentos através do Tesouro têm sido limitados, face a crise
econômica pela qual passam os entes da federação, especialmente estados e
municípios, sem recursos e sem capacidade de endividamento. No nível
federal alguns programas como o MONUMENTA, por exemplo, ainda conseguem
carrear recursos governamentais para a área. Outro importante
investimento público se faz através da criação e manutenção dos órgãos de
proteção do patrimônio cultural que apresentam significativos resultados.
Essas instituições são fundamentais, não apenas como fiscalizadoras, mas
como principal depositário de informações e experiência técnica na área,
além de norteadores da ação pública que define os rumos da sociedade no
setor.

Quando se trata de renúncia fiscal, a sociedade muitas vezes não consegue


reconhecer nas leis de incentivo um efetivo investimento de recursos do
Estado no setor da cultura. No entanto, são reais as aplicações de
recursos públicos advindos das leis de incentivo à cultura (das quais
podem se beneficiar os bens históricos) e aqueles provenientes de

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subsídios ou isenção de impostos, tais como isenção de IPTU para imóveis
tombados, dentre outros.

Complementarmente, a criação de fundos públicos ou mistos para apoio à


cultura ou outros programas de ação social tem sido uma importante forma
alternativa de investimentos diretos nesses campos. A provisão desses
recursos advém comumente das loterias, de compensações judiciais por
crimes contra o patrimônio ou é, ainda, resultante de contrapartidas
ambientais. As doações que também costumam alimentar esses fundos podem
ser estimuladas, se combinadas com incentivos fiscais.

Quanto ao investimento privado, o patrimônio cultural integra o segmento


da cultura, hoje notadamente um dos maiores geradores de emprego no mundo
e no Brasil, permitindo a criação de um amplo espectro de atividades
fomentadoras de trabalho e renda em diversos setores como, por exemplo, a
construção civil (na área do patrimônio apresenta potencial de negócios
ainda pouco explorado), a prestação de serviços (onde movimenta uma ampla
gama de profissionais ligados, por exemplo, ao turismo, agentes e
produtores culturais, além de profissionais liberais de diferente
formação, tais como arquitetos, historiadores, artistas, engenheiros,
advogados etc.), o turismo e o lazer (que encontram no patrimônio
histórico um de seus principais pilares de atratividade) e a formação de
mão-de-obra (dadas as especificidades do trabalho com o patrimônio
cultural) e a expansão de mercados motivada pelas exigências dos órgãos
financiadores e de patrimônio em todos os níveis, inclusive educação,
qualificação técnica e produção de insumos.

Considerações Finais

Conforme se pode ver, ações de defesa do patrimônio cultural quanto a


investimentos em sua conservação envolvem uma ampla gama de situações e
mecanismos os quais, muitas vezes, têm de ser selecionados (em função de
sua especificidade e pertinência a cada caso) e integrados (na forma de
ação sistêmica).

Se consideramos a complexidade dos tempos atuais e as intricadas


situações às quais se submetem os diversos casos de preservação
patrimonial, podemos claramente verificar que as soluções muitas vezes
resultam de uma composição de mecanismos de sustentação e
sustentabilidade.

De qualquer modo, a acuidade na gestão de cada caso de nada adianta se


valores éticos e sensíveis à nossa identidade e continuidade histórica
não presidirem e nortearem as questões cotidianas que envolvem os bens
coletivos da memória.

sobre o autor

Flávio de Lemos Carsalade é arquiteto e presidente do IEPHA / MG.

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