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ASSOCIAÇÃO DE ENSINO E CULTURA PIO DÉCIMO

FACULDADE PIO DÉCIMO


CURSO DE PEDAGOGIA

BIANCA AQUINO SANTOS

CRISLAINE SANTOS DE SALES

CRISTIANE DE ALMEIDA DANTAS

EDUARDO HENRIQUE TORQUATO

LOURDES ALMEIDA PINTO SANTOS

VITÓRIA DE JESUS RIBEIRO

A IMPORTÂNCIA DA EJA NO SISTEMA PRISIONAL

ARACAJU

2021
BIANCA AQUINO SANTOS

CRISLAINE SANTOS DE SALES

CRISTIANE DE ALMEIDA DANTAS

EDUARDO HENRIQUE TORQUATO

LOURDES ALMEIDA PINTO SANTOS

VITÓRIA DE JESUS RIBEIRO

A IMPORTÂNCIA DA EJA NO SISTEMA PRISIONAL

Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia como pré-


requisito da nota de avaliação da disciplina de
Fundamentos e Metodologia da EJA.
Prof.: Maria Antônia

ARACAJU

2021
Normalmente a sociedade têm a visão do sistema prisional brasileiro como um meio
de punição para as pessoas que cometem crime, o que não deixa de ser verdade,
no entanto existem Leis que asseguram o direito dessas pessoas aos estudos e a
reinserção a sociedade, como a Lei de Execução Penal nº 7.210/1984 que prevê a
educação escolar no sistema prisional. Partindo do pressuposto que a educação é
um direito Constitucional, torna-se necessário analisar de que forma vem sendo
aplicada a modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA) nas instituições
penais, conhecer o processo de normatização, a demanda e a oferta, assim como
investigar quais são os desafios enfrentados pelos profissionais da educação que
lecionam para adultos privados da liberdade. A Educação de Jovens e Adultos
(EJA) é uma modalidade de ensino que compreende a formação desses jovens e
adultos, que não tiveram oportunidade de concluir seus estudos básicos na idade
adequada, e tem como principal finalidade integrá-los a sociedade, garantido seu
acesso à escolarização. A Lei de Execução Penal (1984), prevê em seu art. 83, que
o estabelecimento penal, conforme a sua natureza, deverá contar em suas
dependências com áreas e serviços destinados a dar assistência, educação,
trabalho, recreação e prática esportiva. Já com a publicação da Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional- LDB nº 9394/96 garante a escolarização básica, no
nível fundamental e médio, na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA)
e a educação profissional às pessoas em privação de liberdade. Sendo seu
financiamento feito pelas secretarias de estados, do Distrito Federal e municípios a
partir dos recursos públicos aplicados na educação básica, quais sejam a soma dos
impostos vinculados, que são responsáveis pelas despesas de Manutenção e
Desenvolvimento de Ensino (MDE). Portanto, devemos destacar que os indivíduos
aqui abordados estão privados de liberdade, mas não de seus direitos, tais como
saúde e alimentação e principalmente da educação, já que boa parte da sociedade
tem em mente a ideia equivocada de que o acesso ao ensino sistematizado para
pessoas privadas de liberdade é um benefício e não um direito. No entanto, a
educação é um direito social garantido pela Constituição (BRASIL, 1988, art. 6º e
205) e não um privilégio como algumas pessoas acreditam, a educação no sistema
prisional não pode ser vista como um gasto do governo, regalias a preso, redutor de
pena ou privilégios, e sim, um investimento e a certeza de um indivíduo consciente
de seus atos, apto a viver em harmonia e em sociedade amparado pelo Estado. O
objetivo da educação é de sempre formar cidadãos que assumam compromissos na
sociedade como profissionais e cidadãos ativos. Sendo assim, a privação da
liberdade única exclusivamente não favorece a ressocialização, mas a educação
prisional favorece a reintegração do indivíduo na sociedade, nesse sentido, a EJA
vem contribuindo no processo educacional da população carcerária dos presídios
brasileiros. Quanto a dificuldade dos professores nessa área, o sistema é de real
perigo e para Prestes (2014) “o sistema carcerário brasileiro possui várias
problemáticas, como rebeliões, fuga de presos, fragilidades dos agentes
penitenciários, de modo que tudo que produz conflitos ou dificulta a proteção de
direito é motivo para gerar insegurança”, nesse sentido a EJA como ensino não é de
total aproveito, onde se tem perigo não tem progresso, pois o medo dificulta.
REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em: Acesso em


19 de nov. de 2021.
BRASIL. Ministério da Justiça. Lei 7.210, de 11 de julho de 1984. Institui a Lei de
Execução Penal. Diário Oficial da União, Brasília, 13 de julho de 1984.
Lei de diretrizes e bases da educação nacional: texto aprovado na Comissão de
Educação, Cultura e Desporto da CD/com comentários de Demerval Saviani. São
Paulo: Cortez, 1990.
PRESTES, A. A. B. O caos do sistema carcerário contribuindo para o problema da
insegurança pública. Artigo Científico (Trabalho de conclusão da disciplina de
metodologia do curso de especialização em Direito Penal e Direito processual Penal
para Atividade Policial) – Universidade Tuiuti do Paraná, Ponta Grossa, PA, p.24,
2014.
TEIXEIRA, José Carlos Pinheiro. O papel da educação como programa de
reinserção social, para jovens e adultos privados de liberdade. Perspectiva e
avanços. Salto Para o Futuro-TV Escola. Boletim 06 mai., 2007.

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