Você está na página 1de 2

AFD escritório de

advocacia

PARECER
Para: João e Maria

De: Dra. Luciana, Dra. Camilla

cc: Bianca Chetto Santos

Data: 22/10/2021

Re: O ato administrativo que negou o alvará de construção para João e Maria é
válido?

Prezado (a) (s) Senhor (a) (s),

22/10/2021 apresentamos nosso parecer sobre a questão dada para orientar


juridicamente a tomada de decisão de V. Sa. (s).

Direito Administrativo.

Não emissao de alvará por ato administrativo.

Os requerentes do alvará João e Maria,

João e Maria decidiram comprar um lote, no centro da cidade. Ocorre que o casal
não conseguiu obter o alvará para construir no referido lote, isto porque o servidor
público José, pertencente aos quadros da secretaria de desenvolvimento do
município, decidiu não conceder o alvará de construção solicitado por Maria e João.
O referido servidor José, entretanto não motivou ( justificou) o ato administrativo que
negou a autorização para o casal construir sobre o argumento de que o princípio da
supremacia do interesse público garante a ele como servidor público, a prerrogativa
de motivar ou nao os atos administrativos preencher com a apresentação do
problema + as possíveis posições e seus fundamentos jurídicos + os riscos das
consequências de cada possibilidade.

O direito de construir , previsto no art. 1299 do código civil, garante ao proprietário o


exercício desse direito, devendo ser observado o direito de vizinhaça e as normas
urbanísticas que impõe certas restrições.

Este memorando refere-se a uma simulação de atividade de ensino aprendizagem da


UNIFAMEC - Direito
O administrado para exercer o direito de construir deverá submeter pedido
previamente á adminstração pública afim de obter a licença de construção,
conforme exigido pela legislação urbanistica local. O pedido tramitará em
procedimento administrativo e, desde que atendidos os requisitos, a administração
pública expedirá a licença por meio do denominado alvará de construção. A licença
de construção, portanto, constitui ato administrativo de competência vinculada em
que a Administração Pública, se atendidos os requisitos legais, confere ao particular
a possibilidade de exercer plenamente o direito de construir. Trata-se, portanto, de
ato de conteúdo declaratório em que a Administração reconhece um direito prévio
desde que respeitadas às regras vigentes. É possível, contudo, que licenças de
construção sejam concedidas pela Administração Pública com vícios sujeitos à
invalidação, sejam nos atos praticados no procedimento administrativo até se
alcançar o ato conclusivo ou mesmo no Alvará de Construção, que representa o ato
conclusivo da licença de construção. O presente estudo visa abordar as formas de
modificação do ato administrativo inválido da licença de construção em que há o
dever de a Administração corrigir o vício.

Com base nas avaliações realizadas foi possivel constatar que o servidor se
valendo do sua função e do seu cargo público cometeu abuso de poder para
invalidar o pedido do alvará de construção solicitado por João e Maria, com a tese
de que ele estava resguardado pelo principio da supremacia do interesse público,
que lhe dar o direito e prerrogativas de motivar ou não os atos administrativos,
indeferindo então o pleito do solicitante sem nenhuma justificativa do indeferimento
do ato. Contudo tornasse seu ato inválido.

Permanecemos à disposição para esclarecimentos adicionais.

Atenciosamente,

Dra Luciana Dra Camilla

Você também pode gostar