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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ABAETETUBA/ BAIXO TOCANTINS


FACULDADE DE FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO CAMPO (FADECAM)
CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO

Disciplina: Linguagem e Comunicação do Campo


Prof. Jones, da Silva Gomes
Discente:
Turma: 2020/ intensivo 2021/4 Data:

Atividade Avaliativa

1) Pensando no texto “Oralidade: Uma questão de Letramento” de Gercleide da Silva


procure estabelecer relações entre a linguagem como processo cultural e a questão
da oralidade e da escrita.

A linguagem é algo inerente ao ser humano, uma vez que acompanha o indivíduo
desde o início de sua vida, e vai sendo aprimorada com o passar do tempo,
facilitando a adaptação do sujeito no seu ambiente de convivência. Os indivíduos
estabelecem padrões de comportamento e comunicação de acordo com o meio
onde se desenvolvem. Em detrimento disso, temos que a fala, por exemplo, é um
fator muito próprio de cada sujeito, que se constrói de acordo com normas e
costumes vigentes no meio onde este encontre-se inserido. Desse modo, pode-se
dizer também que a cultura é fruto da linguagem e consequentemente das
interações estabelecidas por seus integrantes, ou seja, ela é o resultado das
relações recíprocas que ocorrem entre o pensamento e a linguagem, que se
manifestam nos aspectos culturais de cada grupo social e que passam por
constantes transformações ao longo do tempo. Outro importante fator dentro
desse contexto, é a escrita, vista pela coletividade como uma representação mais
formal da língua, culturalmente muito prestigiada.

2) A partir das reflexões de Angela Kleiman diferencie os processos de letramento e


alfabetização, levando em conta sua realidade sócio histórica.

A partir do conceito de alfabetização, temos que este refere-se ao processo que


ensina o indivíduo a ler e escrever, enquanto que o processo de letramento designa
a função social, ou seja, refere-se a compreensão de mundo deste sujeito. São
processos que estão intimamente relacionados, mas que nem sempre acontecem
mutuamente, sendo um dos principais desafios enfrentados pelos docentes. Haja
vista que os sujeitos, mesmo não sendo alfabetizados, já tem sua própria leitura de
mundo, resultado do ambiente em que vive, de seus costumes e culturas locais, e
estes fatores devem ser levados em consideração ao longo do processo de
alfabetização. Cabe aos educadores a responsabilidade e a competência de
considerar dentro do processo de ensino-aprendizagem as especificidades da
linguagem oral e da escrita, para trabalha-las de forma mútua, demonstrando aos
sujeitos que uma complementa a outra.
3) No texto Metamorfose: narrativas orais da Amazônia, descreva como a
pesquisadora Maria do Socorro Simões problematiza a questão da oralidade no
Mundo Rural Amazônico.

De acordo com a abordagem feita neste artigo, para definir sentidos ligados a
determinado discurso, faz-se necessário estabelecer relação entre fatores
ideológicos, históricos e socioculturais. Dentro do contexto da Amazônia de
maneira geral, temos duas definições claras: os espaços urbanos que vão se
adaptando dentro das suas possibilidades à realidade das grandes cidades de
maneira um pouco mais acelerada, enquanto que as áreas menos urbanizadas, as
zonas rurais, que seguem mantendo seus costumes e culturas, onde se preza muito
a conservação de hábitos antigos, suas tradições e memórias. Muitas comunidades
ainda preservam e valorizam muito a tradição oral e as memórias de seus
ancestrais, a contação de histórias é um exemplo disso, a Amazônia é repleta de
contos e contos que exemplificam muito bem esta realidade.

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