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Aula 07 - Identidade dos Seres Vivos

Biologia p/ ENEM 2016


Professor: Daniel dos Reis Lopes

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Biologia para o ENEM
Prof. Daniel Reis Aula 07

AULA 07: Análise adaptativa dos seres vivos


(anatomia e fisiologia) - Reino Plantae, Reino
Fungi.

SUMÁRIO PÁGINA
1. Reino Plantae 01
1.1 Briófitas 07
1.2 Pteridófitas 09
1.3 Gimnospermas 12
1.4 Angiospermas 15
2. Reino Fungi 20
3. Questões Resolvidas 25
4. Bibliografia consultada 31

1. Reino Plantae

Os vegetais são organismos eucariontes pluricelulares fotoautotróficos.


Suas células possuem parede celular de celulose, grandes vacúolos que
podem armazenar diversas substâncias e plastos, que são organelas entre
as quais se incluem os cloroplastos, responsáveis pela fotossíntese. O Reino
Plantae constitui um grupo monofilético que descende de um único
ancestral que era uma alga verde (Reino Protoctista). Esse ancestral era,
portanto, um organismo totalmente dependente da água. No entanto,
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quando falamos sobre o reino vegetal, estamos falando sobre as chamadas


plantas terrestres. Assim, veremos que a conquista do meio terrestre pelas
plantas foi um processo gradativo e muito importante no sucesso evolutivo
desse grupo e isso se reflete numa série de adaptações à vida fora da água.
Mesmo as plantas que atualmente vivem dentro da água, como as vitórias-
régias, descendem de uma linhagem vegetal terrestre.
As plantas compartilham várias características com as algas verdes,
como a parede celular composta por celulose, a reserva de amido e a
presença dos mesmos tipos de clorofila (a e b). Por outro lado, algumas
adaptações são exclusivas do Reino Vegetal, como a cutícula, formada por
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uma cera que reveste externamente a epiderme vegetal, os meristemas


apicais, os gametângios pluricelulares, os esporos revestidos por
esporolenina e a presença de um embrião multicelular dependente do
organismo materno, fato pelo qual as plantas também são chamadas de
embriófitas. As plantas apresentam o ciclo de vida chamado Alternância
de Gerações ou ciclo haplonte-diplonte, no qual existe uma geração com
indivíduos pluricelulares diploides e outra com indivíduos pluricelulares
haploides (Estudamos os ciclos de vida na aula 06). Uma tendência
evolutiva dentro dos diferentes grupos de vegetais é a redução cada vez
maior da fase haploide e a prevalência do indivíduo diploide.

Fig. 01: Alternância de gerações presente nas plantas.


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A nutrição fotoautotrófica explica certas diferenças entre os vegetais e


os animais, pois estes últimos precisam locomover-se ativamente (na
maioria dos casos) para obter seu alimento (nutrição heterotrófica). As
plantas, por outro lado, precisam de luz solar, gás carbônico, água e sais
minerais, os quais elas podem obter sem sair do lugar e, por isso, não
desenvolveram musculatura, órgãos dos sentidos ou sistema nervoso. Além
disso, sua principal reserva energética é o amido, que ocupa
proporcionalmente muito mais espaço do que uma reserva energética
lipídica, presente nos animais. Essa característica também está ligada à

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baixa capacidade de movimento, o que possibilita a prevalência de


organismos mais volumosos.

A CONQUISTA DO AMBIENTE TERRESTRE


É interessante pensar que, antes da colonização pelos vegetais, os
continentes eram ambientes inóspitos, pois a vida estava concentrada nos
ecossistemas aquáticos. Essa conquista realizada pelas plantas ancestrais
possibilitou a posterior ocupação dos ambientes terrestres também por
animais e outros organismos. Ou seja, se isso não tivesse acontecido há
cerca de 500 milhões de anos, nós não estaríamos aqui agora para conhecer
essa história.
Viver fora da água apresentava muitas vantagens, mas também muitos
desafios. A maior disponibilidade de luz solar e gás carbônico para a
fotossíntese, bem como a ausência de competidores e de herbívoros eram
grandes atrativos para as plantas. Por outro lado, a obtenção e a
manutenção de água passam a ser grandes desafios, uma vez que esse
recurso passa a ser extraído do solo, junto com os sais minerais. Os
vegetais evoluíram, portanto, estruturas voltadas para a absorção de água,
como as raízes. Além disso, o surgimento da cutícula foi fundamental para
diminuir a perda de água pelas folhas.

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Fig. 02: Um estômato aberto, formado por duas células-guardas.

Os estômatos, aberturas presentes na epiderme foliar, controlam a


entrada e saída de gases e, quando abertos, permitem que a água escape
pela transpiração. Por isso, a umidade presente em cada ecossistema é
fator determinante do tempo em que os estômatos podem permanecer
abertos durante o dia. Numa floresta tropical, por exemplo, os estômatos
ficam mais tempo abertos do que em ambientes mais áridos como a
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caatinga. A quantidade e o tamanho das folhas também influencia na


capacidade da planta de reter água, pois quanto maior a superfície foliar,
maior será a transpiração. Muitas plantas possuem caules capazes de
armazenar água, principalmente em ambientes mais áridos, como é o caso
dos cactos. Ainda quanto a isso, existem outras adaptações favoráveis a
ambientes com pouca água disponível, como: a presença de maior
quantidade de pelos nas gemas apicais para reter a umidade nessas
estruturas e proteger as células meristemáticas em formação; a presença
de células com alto potencial osmótico, forçando a água a permanecer
dentro delas; e a presença de raízes superficiais ocupando uma grande
área. Alguns fatores determinam a abertura dos estômatos. A luminosidade
é um deles, pois em condições ideais de umidade, os estômatos tendem a
se abrir durante o dia e se fechar durante a noite. Isso ocorre pois, como
não há luz durante a noite, não adianta absorver gás carbônico pois não
haverá fotossíntese. Do mesmo modo, a queda na concentração de CO2 nas
folhas estimula a abertura dos estômatos para haver a reposição desse gás.
A baixa disponibilidade de água para as raízes, por outro lado, estimula o
fechamento dos estômatos para que a perda desse recurso seja reduzida.

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Fig. 03: Trocas de substâncias entre plantas e o ambiente.

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Com a absorção de água concentrada nas raízes, um sistema mais


eficiente para o transporte da seiva foi selecionado, surgindo então, as
plantas vasculares, portando vasos condutores de seiva (xilema e floema).
A seiva é capaz de subir pelo corpo da planta devido ao mecanismo de
transpiração-tensão-coesão (ou coesão-tensão). A perda de água
através dos estômatos na transpiração, provoca uma diferença de potencial
hídrico entre as folhas e as raízes, o que gera uma tensão capaz de puxar
a água presente em toda a coluna formada pelos vasos condutores. A seiva
sobe, portanto, com o auxílio da coesão das moléculas da água e também
da sua adesão às paredes das células que constituem o xilema. Esse
processo não envolve o consumo de energia por parte do vegetal.

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Fig. 04: Mecanismo de transpiração-tensão-coesão

Outro desafio fora da água era a sustentação. O desenvolvimento de


estruturas mais rígidas como o colênquima e o próprio xilema,

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possibilitaram o crescimento em altura das plantas. A mobilidade de


gametas e esporos também seria afetada, uma vez que, nas algas verdes,
eles são células flageladas que dependem da água para sua movimentação.
Dentro dos grupos de vegetais é notável a sequência de adaptações que
possibilitaram a total independência da água para a reprodução em plantas
mais derivadas, como o surgimento do pólen e das sementes e também a
prevalência da geração esporofítica em detrimento da gametofítica, já que
os esporos resistem melhor à ausência de água do que os gametas.

GRUPOS ATUAIS DE PLANTAS


Consideramos, didaticamente, quatro grupos componentes do Reino
Plantae: Briófitas, Pteridófitas, Gimnospermas e Angiospermas. Veremos as
principais características de cada grupo e como esses organismos se
tornaram cada vez mais especializados em viver fora de ambientes
aquáticos.

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Fig. 05: Relações filogenéticas entre os vegetais atuais.

A análise do cladograma presente na figura 02 nos permite concluir


que entre os grupos atuais de plantas, aqueles que surgiram mais
recentemente foram as gimnospermas e as angiospermas. Isso é refletido

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na presença de novidades evolutivas nesses grupos como é o caso da


semente, representada pelo número 3 no cladograma.

1.1 Briófitas

Esse grupo inclui as linhagens de plantas mais simples e que carregam


características menos derivadas como a ausência de vasos condutores de
seiva. As briófitas são, portanto, plantas avasculares. Por isso, o
transporte de seiva em seus organismos é feito pela difusão, de célula a
célula. Isso é um processo lento e grande fator limitante para o tamanho
desses vegetais. Assim, os representantes desse grupo (musgos, hepáticas
e antóceros), apresentam, em sua grande maioria, estrutura corporal com
apenas poucos centímetros.

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Fig. 06: Superfície coberta por musgos.

A absorção de água e sais minerais nas briófitas é feita por toda a


superfície da planta e elas não formam órgãos especializados como raízes,
folhas e caules. A estrutura básica de uma briófita é formada por rizoides,
cauloides e filoides. Por serem bastante dependentes da água,

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principalmente para a reprodução, as briófitas são encontradas em


ambientes úmidos como a superfície de rochas ou troncos.

Fig. 07: Estrutura básica de um musgo.

As briófitas podem se reproduzir assexuadamente, através da


fragmentação dos indivíduos, por exemplo, ou sexuadamente, com a
produção de gametas. Seu ciclo de reprodução sexuada é o haplonte-
diplonte, como em todas as plantas, mas elas se caracterizam pela grande
predominância da fase gametofítica (haploide) durante sua vida. Utilizando
o musgo como representante desse grupo de vegetais, vemos que, durante
seu ciclo de vida, o esporófito surge sobre o gametófito e depende
nutricionalmente deste último. Os musgos são plantas dioicas, o que
significa que existem gametófitos masculinos (que produzem gametas
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masculinos chamados anterozoides) e gametófitos femininos (que


produzem gametas femininos chamados oosferas). Os anterozoides são
células flageladas, que com o auxílio de gotículas de água da chuva
conseguem atingir o arquegônio do gametófito feminino onde podem
fecundar a oosfera. O zigoto diploide dá origem ao esporófito que cresce no
interior do arquegônio e produz, a partir da meiose, esporos que são
liberados no ambiente e dão origem a novos gametófitos.

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Fig. 08: Alternância de gerações em musgos.

1.2 Pteridófitas

O grupo das pteridófitas tem como representantes as samambaias,


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avencas, cavalinhas, selaginelas e licopódios. Diferentemente das briófitas,


as pteridófitas apresentam vasos condutores de seiva e são por isso
chamadas plantas vasculares assim como as gimnospermas e
angiospermas. No entanto, diferem destes 2 últimos grupos por não
formarem sementes. O xilema exerce papel também na sustentação das
plantas e isso, aliado à maior capacidade de transporte de seiva, possibilita
que as pteridófitas apresentem maior tamanho do que as briófitas.

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Fig. 09: (A) Uma samambaia, (B) Uma folha em desenvolvimento.

Sua estrutura básica é composta por raiz, caule e folhas, sendo que o
caule é, frequentemente, horizontal e chamado de rizoma.

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Fig. 10: Estrutura básica de um esporófito de samambaia.

Muitas realizam reprodução assexuada por brotamento e


fragmentação. Devido à presença de gametas masculinos flagelados, as
pteridófitas dependem da água para sua reprodução sexuada e, por isso,
habitam locais úmidos como florestas tropicais. Muitas são epífitas, vivendo

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sobre outras plantas sem prejudicá-las. Em seu ciclo de vida, o esporófito


é a fase mais duradoura. Ele produz esporos por meiose que se
desenvolvem em gametófitos independentes do esporófito também
chamados de protalos. Os gametófitos de samambaias são hermafroditas,
ou seja, são capazes de produzir tanto gametas masculinos (anterozoides)
quanto femininos (oosferas). Os anterozoides flagelados nadam até os
arquegônios, onde fertilizam as oosferas dando origem a novos esporófitos
que crescem a partir do gametófito. O gametófito então degenera e apenas
o esporófito permanece.

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Fig. 11: Alternância de gerações em uma samambaia.

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1.3 Gimnospermas

O termo gimnosperma significa semente nua e é justamente a


presença da semente, como novidade evolutiva, que diferencia as
gimnospermas (e angiospermas) de pteridófitas e briófitas. Esse grupo
inclui como representantes os pinheiros, as araucárias, as sequoias, as cicas
e outros vegetais, na sua maioria ocupando ambientes temperados.
Formam grandes florestas na Europa e na América do Norte, tendo no Brasil
sua maior representatividade na Mata de Araucárias presente na região Sul.

Fig. 12: As araucárias são as gimnospermas mais representativas no Brasil.

São plantas vasculares e, ao contrário do que acontece em pteridófitas


e briófitas, são independentes da água do meio externo para a reprodução
sexuada. Para isso, apresentam algumas características sendo a principal
delas o grão de pólen. A redução da fase gametofítica chega ao extremo,
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com gametófitos microscópicos.


Tomando o pinheiro como representante, vamos ver como ocorre o seu
ciclo reprodutivo. O pinheiro é o esporófito diploide. Ele, assim como a
maioria das gimnospermas, produz estruturas reprodutivas masculinas e
femininas no mesmo indivíduo chamadas estróbilos em forma de cone (daí
o termo coníferas). Estróbilos femininos produzem esporos femininos que
se desenvolvem em gametófitos femininos. O gametófito feminino produz
a oosfera, que é o gameta feminino. Estróbilos masculinos produzem
grãos de pólen, que são os gametófitos masculinos. Normalmente os

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estróbilos masculinos ficam em ramos mais baixos e os femininos em ramos


mais altos. Isso ocorre para evitar a autofecundação, ou seja, que o pólen
alcance os estróbilos femininos do mesmo indivíduo. Isso é desvantajoso
para a planta em termos de variabilidade genética.

Fig. 13: Estróbilos de pinheiro.

O pólen das gimnospermas é, na grande maioria das espécies


dispersado pelo vento e, ao alcançar o estróbilo feminino ocorre a
polinização. Os gametas masculinos produzidos no interior dos grãos de
pólen não são flagelados e não dependem da água para fecundar a oosfera.
Essa é uma novidade evolutiva importantíssima para a maior capacidade de
ocupação de diferentes ambientes por parte dos vegetais. A fecundação
gera o zigoto que se desenvolve no embrião. O embrião, por sua vez está
envolvido por um tecido de reserva energética que vai nutri-lo até que a
nova planta possa realizar fotossíntese. Externamente, há um revestimento
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que, junto com o embrião e o tecido de reserva forma a semente. A


semente, quando madura, é liberada do interior do estróbilo feminino e
dispersada pelo vento. Ao cair no solo e encontrar condições favoráveis, ela
germina e dá origem a um novo esporófito. Todo o processo desde a
formação dos estróbilos até a formação das sementes leva em torno de 3
anos para ocorrer.

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Fig. 14: Ciclo de vida de um pinheiro.

A grande vantagem das sementes é que elas são estruturas muito


resistentes, pois possuem um revestimento externo rígido e a sua própria
reserva alimentar. Nas plantas sem sementes, a única estrutura de
resistência é o esporo que é unicelular e não possui reserva nutritiva. A
semente pode durar até anos sem que o embrião morra e pode ser levada
por distâncias muito maiores do que os esporos. Definitivamente essa é

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uma das principais características pelo sucesso e predomínio das plantas


com semente nos ecossistemas atuais.

Fig. 15: A semente de gimnosperma é formada pelo embrião, tecido nutritivo e casca.

Algumas sementes de gimnospermas podem ser, inclusive, utilizadas


como alimento para os seres humanos, como é o caso da semente de
araucária, o pinhão.

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Fig. 16: Estróbilos femininos de araucária com várias escamas contendo pinhões no seu interior.

1.4 Angiospermas

As angiospermas constituem o grupo mais abundante de plantas


atuais, contendo cerca de 90% de todas as espécies vegetais. Seu grande
sucesso se deve, em grande parte, ao surgimento da flor e do fruto,

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estruturas exclusivas desse grupo. Apresentam grande diversidade de


tamanho e formas, habitando desde ecossistemas aquáticos até desérticos.
São plantas vasculares com sementes e com a fase esporofítica
extremamente dominante assim como as gimnospermas.

Fig. 17: Diversidade de angiospermas.

Flores e frutos são estruturas de função reprodutiva e têm ligação


direta com a atração de animais. De fato, grande parte das angiospermas
possui polinização realizada com o auxílio de insetos. Uma pequena parte
possui polinização pelo vento, como as gramíneas. Devido a isso, muitas
flores possuem coloração, cheiro e substâncias adocicadas (néctar) que
atraem os animais e fazem com que eles carreguem os grãos de pólen para
outras flores. As flores podem ser hermafroditas (formando esporos tanto
femininos como masculinos) ou possuir sexos separados. Vamos usar uma
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flor hermafrodita como modelo didático para o nosso estudo. Envolvendo o


botão floral aparecem folhas modificadas chamadas sépalas, que são
normalmente verdes. Internamente, aparecem as pétalas, de cores
variadas, para a atração dos polinizadores. A estrutura que forma os
esporos femininos é o carpelo, composto pelo ovário, onde se localizam os
óvulos, o estilete e o estigma, que é a abertura do estilete. A estrutura que
forma os esporos masculinos é o estame, formado pelo filete e pela antera,
local onde se formam os grãos de pólen.
Algumas estratégias foram desenvolvidas nas plantas para evitar a
autofecundação, como o posicionamento de estames mais abaixo do que o

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estigma e o amadurecimento em épocas diferentes de carpelos e estames.


O ideal é que ocorra, portanto, a fecundação cruzada, em que o grão de
pólen de um indivíduo, alcance o estigma de outro indivíduo, o que garante
a variabilidade genética do processo.

Fig. 18: Uma flor hermafrodita.

Os esporos masculinos produzidos por meiose nas anteras dão origem


aos gametófitos masculinos (grãos de pólen). No interior dos óvulos os
esporos femininos dão origem aos gametófitos femininos. Grãos de pólen
carregados pelos polinizadores chegam ao estigma e iniciam a formação do
tubo polínico com o objetivo de promover o encontro dos núcleos
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espermáticos (gametas masculinos) com a oosfera (gameta feminino). Esse


encontro, chamado fecundação gera um zigoto diploide que se desenvolve
no embrião. O embrião é envolvido pelo tecido nutritivo (endosperma) e
pela casca, formando a semente. A semente em formação está localizada
no interior do ovário e é justamente essa estrutura que se desenvolve para
formar o fruto.

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Fig. 19: Ciclo de vida de uma angiosperma.


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Existe grande variedade de frutos, muitos deles contendo acúmulo de


substâncias nutritivas para estimular o seu consumo por animais e a
disseminação das sementes, que não são digeridas. Isso possibilita grande
capacidade de dispersão das sementes em áreas muito mais distantes do
que se elas fossem carregadas pelo vento. Existem algumas angiospermas,
no entanto, que possuem frutos alados especializados na dispersão aérea e
outros ainda, como o coco, especializados na dispersão pela água.

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Fig. 20: Atuação de animais na polinização (A) e na dispersão de sementes (B).

Muitas angiospermas podem se reproduzir de forma assexuada


também e o ser humano tem usado isso há muito tempo como estratégia
para o cultivo de plantas a seu favor. As técnicas de estaquia e enxertia,
por exemplo, são capazes de fazer com que novos indivíduos se originem a
partir de partes de um indivíduo original.
As angiospermas possuem grande valor econômico, pois constituem a
base da alimentação humana. Trigo, milho, arroz, batata, aipim e batata-
doce, todos provenientes de angiospermas, constituem cerca de 80% das
calorias consumidas pelos seres humanos. Muitas espécies são usadas como
temperos e também para produzir bebidas como o chá e o café. A madeira,
proveniente do acúmulo de células de xilema, constitui o material de
construção mais utilizado no mundo, sua queima é fonte de energia e da
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sua polpa é extraído o papel. De grande importância também é a infinidade


de substâncias com valor medicinal extraídas de vegetais e que hoje
compõem diversos remédios que tomamos no dia-a-dia.

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Fig. 21: Quadro resumo da relação entre gametófito e esporófito nos quatro grandes grupos de
vegetais.

2. Reino Fungi

Quando você deixa uma fruta exposta por certo tempo, é comum que
se desenvolvam estruturas aveludadas de diversas cores sobre ela e que
você diga que a fruta “mofou”. Esse mofo, que pode aparecer não só em
alimentos mas também em roupas e até nas paredes úmidas é resultado
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da proliferação de fungos.

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Fig. 22: Alguns representantes do Reino Fungi.

Os fungos são organismos eucariontes com representantes


unicelulares, como as leveduras, e pluricelulares, como os cogumelos e
bolores. Possuem nutrição heterotrófica por absorção, pois liberam
enzimas digestivas na matéria orgânica disponível, reduzindo-a a moléculas
mais simples, que podem ser absorvidas por eles. Assim como nos animais,
seu polissacarídeo de reserva energética é o glicogênio. Descendem de um
ancestral protista unicelular flagelado e, juntamente com os animais e com
os protistas coanoflagelados, formam um grupo monofilético. Duas
características que distinguem os fungos dentro desse grupo composto
também pelos animais e pelos coanoflagelados são a nutrição heterotrófica
por absorção e a parede celular composta por quitina. A quitina, um
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polissacarídeo nitrogenado, também é encontrada no exoesqueleto de


artrópodes.

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Fig. 23: Fungos, animais e coanoflagelados compartilham um único ancestral.

Os fungos pluricelulares são formados por filamentos chamados hifas


que, em conjunto, formam o micélio. As hifas podem apresentar septos
entre as células que separam, mas não totalmente, os conteúdos
citoplasmáticos adjacentes. As hifas que não possuem septos são as
chamadas cenocíticas, e resultam de diversas divisões mitóticas sem a
posterior citocinese. As hifas crescem rapidamente e formam vastas redes
com grande capacidade de absorção de nutrientes.

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Fig. 24: O conjunto de hifas forma o micélio.

Fungos são, normalmente, encontrados em ambientes úmidos, pois


tendem a perder muita água em ambientes secos devido à sua grande razão
área-volume. Podem habitar locais que apresentam desde temperaturas
abaixo de 0°C até os 50°C. Além disso, toleram ambientes hipertônicos, ao

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contrário das bactérias.


A maioria dos fungos se alimenta de matéria orgânica em
decomposição, sendo chamados de sapróbios ou saprofágicos. Possuem
papel ecológico importantíssimo junto com as bactérias na reciclagem dos
nutrientes nos ecossistemas. Alguns desses organismos podem ser
parasitas, se alimentando às custas de outros organismos vivos e podendo
causar doenças ao ser humano como alguns tipos de pneumonia, a
candidíase, o sapinho e o pé-de-atleta. Eles são, também, responsáveis pela
maior parte das doenças de vegetais e, por isso, grandes inimigos dos
agricultores. Existem fungos que realizam interações mutualísticas com
outros organismos como nos líquens, onde eles se juntam a cianobactérias
ou algas e nas micorrizas, onde eles se associam a raízes de plantas. Em
ambas as relações, os fungos fornecem sais minerais e água aos parceiros,
recebendo em troca nutrientes orgânicos produzidos pela fotossíntese.

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Fig. 25: Exemplares de líquens. (A) líquen crostoso, (B) líquen folhoso, e (C) líquen arbustivo.

A reprodução pode ser de forma assexuada, através de brotamento,


fragmentação ou esporulação. Os esporos de fungos ficam em suspensão
no ar e podem viajar grandes distâncias até encontrar um ambiente
favorável para seu desenvolvimento em novos micélios. Alguns fungos

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apresentam estruturas reprodutoras chamadas corpos de frutificação,


como a parte visível dos cogumelos, onde ocorre a produção e liberação de
esporos. Na reprodução sexuada, ocorre a fusão de hifas haploides gerando
hifas diploides que sofrem meiose e produzem esporos.

Fig. 26: As leveduras do gênero Saccharomyces são utilizadas na produção de bebidas alcoólicas.
Na imagem é possível ver várias células se reproduzindo por brotamento.

Vários fungos possuem importância econômica sendo utilizados


principalmente na produção de alimentos e bebidas. Alguns também atuar
na produção de remédios como é o caso do Penicillium, a partir do qual foi
descoberta a penicilina, o primeiro antibiótico obtido pelos seres humanos.
Com relação à indústria alimentícia, os fungos são utilizados principalmente
devido ao seu metabolismo fermentador. Várias leveduras são capazes de,
na ausência do gás oxigênio, realizar a fermentação como processo para
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obtenção de ATP. Elas são utilizadas na produção de pães e bolos, liberando


o gás carbônico responsável por fazer a massa crescer. Vários queijos
também utilizam fungos comestíveis em sua produção como o camembert
e o roquefort. Cervejas e vinhos são produzidos pela fermentação alcoólica
realizada por leveduras do gênero Saccharomyces, que convertem os
açúcares das uvas e do malte em gás carbônico e álcool etílico. Alguns
cogumelos podem, inclusive, ser utilizados diretamente na alimentação,
como o champignon e o shitake, enquanto outros são extremamente tóxicos
podendo inclusive causar a morte de pessoas que os consumam.

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Na aula 08 continuaremos estudando a Identidade dos Seres


Vivos e exploraremos o Reino Animal. Bom estudo a todos!

3. QUESTÕES COMENTADAS
01. (ENEM 1998, Amarela, Q41) Alunos de uma escola no Rio de Janeiro
são convidados a participar de uma excursão ao Parque Nacional de
Jurubatiba. Antes do passeio, eles lêem o trecho de uma reportagem
publicada em uma revista:
“Jurubatiba será o primeiro parque nacional em área de restinga, num braço
de areia com 31 quilômetros de extensão, formado entre o mar e dezoito
lagoas. Numa área de 14.000 hectares, ali vivem jacarés, capivaras,
lontras, tamanduás-mirins, além de milhares de aves e de peixes de água
doce e salgada. Os peixes de água salgada, na época das cheias, passam
para as lagoas, onde encontram abrigo, voltando ao mar na cheia seguinte.
Nos terrenos mais baixos, próximos aos lençóis freáticos, as plantas têm
água suficiente para aguentar longas secas. Já nas áreas planas, os cactos
são um dos poucos vegetais que proliferam, pintando o areal com um verde
pálido.”
Depois de ler o texto, os alunos podem supor que, em Jurubatiba, os
vegetais que sobrevivem nas áreas planas têm características tais como:
(A) quantidade considerável de folhas, para aumentar a área de contato
com a umidade do ar nos dias chuvosos.
(B) redução na velocidade da fotossíntese e realização ininterrupta desse
processo, durante as 24 horas.
(C) caules e folhas cobertos por espessas cutículas que impedem o
ressecamento e a consequente perda de água.
(D) redução do calibre dos vasos que conduzem a água e os sais minerais
da raiz aos centros produtores do vegetal, para evitar perdas.
(E) crescimento sob a copa de árvores frondosas, que impede o
ressecamento e consequente perda de água.
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02. (ENEM 2005, Amarela, Q45) Caso os cientistas descobrissem alguma


substância que impedisse a reprodução de todos os insetos, certamente nos
livraríamos de várias doenças em que esses animais são vetores. Em
compensação teríamos grandes problemas como a diminuição drástica de
plantas que dependem dos insetos para polinização, que é o caso das
(A) algas.
(B) briófitas como os musgos.
(C) pteridófitas como as samambaias.
(D) gimnospermas como os pinheiros.
(E) angiospermas como as árvores frutíferas.

03. (ENEM 2006, Amarela, Q35) Na transpiração, as plantas perdem


água na forma de vapor através dos estômatos. Quando os estômatos estão

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fechados, a transpiração torna-se desprezível. Por essa razão, a abertura


dos estômatos pode funcionar como indicador do tipo de ecossistema e da
estação do ano em que as plantas estão sendo observadas. A tabela a seguir
mostra como se comportam os estômatos de uma planta da caatinga em
diferentes condições climáticas e horas do dia.

Considerando a mesma legenda dessa tabela, assinale a opção que melhor


representa o comportamento dos estômatos de uma planta típica da Mata
Atlântica.

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04. (ENEM 2006, Amarela, Q36) A análise de esporos de samambaias e


de pólen fossilizados contidos em sedimentos pode fornecer pistas sobre as
formações vegetais de outras épocas. No esquema a seguir, que ilustra a
análise de uma amostra de camadas contínuas de sedimentos, as camadas
mais antigas encontram-se mais distantes da superfície.

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Essa análise permite supor-se que o local em que foi colhida a amostra deve
ter sido ocupado, sucessivamente, por
(A) floresta úmida, campos cerrados e caatinga.
(B) floresta úmida, floresta temperada e campos cerrados.
(C) campos cerrados, caatinga e floresta úmida.
(D) caatinga, floresta úmida e campos cerrados.
(E) campos cerrados, caatinga e floresta temperada.

05. (ENEM 2012, Branco, Q61) A imagem representa o processo de


evolução das plantas e algumas de suas estruturas. Para o sucesso desse
processo, a partir de um ancestral simples, os diferentes grupos vegetais
desenvolveram estruturas adaptativas que lhes permitiram sobreviver em
diferentes ambientes.

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Qual das estruturas adaptativas apresentadas contribuiu para uma maior


diversidade genética?
(A) As sementes aladas, que favorecem a dispersão aérea.
(B) Os arquegônios, que protegem o embrião multicelular.
(C) Os grãos de pólen, que garantem a polinização cruzada.
(D) Os frutos, que promovem uma maior eficiência reprodutiva.
(E) Os vasos condutores, que possibilitam o transporte da seiva bruta.

06. (ENEM 2012, Branca, Q68) Muitas espécies de plantas lenhosas são
encontradas no cerrado brasileiro. Para a sobrevivência nas condições de
longos períodos de seca e queimadas periódicas, próprias desse
ecossistema, essas plantas desenvolveram estruturas muito peculiares.
As estruturas adaptativas mais apropriadas para a sobrevivência desse
grupo de plantas nas condições ambientais do referido ecossistema são:
(A) Cascas finas e sem sulcos ou fendas.
(B) Caules estreitos e retilíneos.01586330241

(C) Folhas estreitas e membranosas.


(D) Gemas apicais com densa pilosidade.
(E) Raízes superficiais, em geral, aéreas.

07. (ENEM 2014, Azul, Q61) Uma região de Cerrado possui lençol freático
profundo, estação seca bem marcada, grande insolação e recorrência de
incêndios naturais. Cinco espécies de árvores nativas, com as
características apresentadas no quadro, foram avaliadas quanto ao seu
potencial para uso em projetos de reflorestamento nessa região.

Qual é a árvore adequada para o reflorestamento dessa região?

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(A) 1
(B) 2
(C) 3
(D) 4
(E) 5

COMENTÁRIOS DAS QUESTÕES

01. As áreas planas possuem baixa disponibilidade de água e isso é indicado


pela predominância de cactos nessas regiões, que são vegetais adaptados
a essas condições ambientais. As adaptações presentes nessas plantas são
voltadas para a maior captação da água disponível e para diminuir as perdas
desse recurso. Logo, não é esperada grande quantidade de folhas (pois é
por elas que a maior parte da água é perdida) e nem a redução do calibre
dos vasos condutores, o que poderia prejudicar a eficiência no transporte
de seiva. Nesse tipo de ambiente não há árvores frondosas devido à baixa
umidade e a realização ininterrupta da fotossíntese implicaria em mais
tempo de abertura dos estômatos, possibilitando maior perda de água. A
principal adaptação relacionada a esses tipos de ambientes é a presença de
cutículas espessas que impedem o ressecamento e a consequente perda de
água. Alternativa C.

02. Apesar de existirem algumas gimnospermas que são polinizadas por


insetos, não é o caso dos pinheiros. Portanto, só restam as angiospermas,
uma vez que os outros grupos não formam grãos de pólen. Alternativa E.

03. Na Mata Atlântica não ocorrem, normalmente, períodos de seca


intensa, e por isso podemos descartar as alternativas A, B e D. Como nesse
tipo de ambiente há boa disponibilidade de água, mesmo durante a seca,
as plantas conseguem manter seus estômatos abertos praticamente
durante todo o dia. Alternativa E.
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04. As samambaias, assim como as pteridófitas de uma forma geral,


dependem de água para sua reprodução pois possuem gametas flagelados.
Assim, camadas com a presença de esporos dessas plantas indicam
ambientes úmidos como florestas. Já cactos são característicos de
ambientes mais secos como a caatinga e as gramíneas são comuns em
biomas do tipo savana como o cerrado. Alternativa A.

05. A diversidade genética ocorre quando há fecundação cruzada, ou seja,


mistura de material genético de indivíduos diferentes. Isso foi garantido
com o surgimento do grão de pólen que é facilmente dispersado tanto pelo
ar quanto por animais polinizadores, o que aumenta a chance de que ele
seja levado até os estróbilos ou flores femininas. Alternativa C.

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06. Em ambientes secos, as plantas apresentam uma série de adaptações


no sentido de diminuir a perda de água e proteger suas células contra o
ressecamento. Cascas finas atuariam no sentido contrário ao necessário,
facilitando as perdas de água. As plantas do cerrado apresentam caules
retorcidos (e não retilíneos) devido à ação do fogo que estimula o
surgimento de gemas em locais diferentes dos anteriores. As folhas
membranosas são mais estreitas e favorecem a maior perda de água pelas
plantas. As raízes são, normalmente, mais profundas, para aumentar a
capacidade de absorção de água. Já as gemas apicais, normalmente,
apresentam densa pilosidade para promover um ambiente úmido para as
células meristemáticas em desenvolvimento. Alternativa D.

07. Se o lençol freático é profundo, a árvore mais adequada também deve


possuir raízes profundas. Folhas cobertas por ceras favorecem a
manutenção da água pelas características impermeabilizantes dessa
substância. A árvore que se encaixa nessas características é a número 2.
Alternativa B.

7. Bibliografia consultada

 AMABIS, J.M & MARTHO, G.R. Biologia. São Paulo: Editora Moderna,
2010, Vol.2.

 CAMPBELL, NEIL. Biologia, Porto Alegre: Artmed Editora, 2010.

 LINHARES, S. & GEWANDSZNAJDER, F. Biologia Hoje. São Paulo:


Editora Ática, 2014, Vol. 2.

 PURVES, W. K.; SADAVA, D.; ORIANS, G. H. HELLER, H.C. Vida - A


ciência da biologia. Porto Alegre: Artmed Editora, 2002, Vol. 2.
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 STARR; EVERS; STARR. Biology Concepts and Applications


Without Physiology. Stamford. Cengage Learning, 2013.

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