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DADOS DO DOCUMENTO
Nº do Documento: 2013.01203447-12
CONTEÚDO
Processo nº 0006709-94.2013.8.14.0401
Autor : O Ministério Público
Envolvido: BIOSAUDE PRODUTOS HOSPITALARES LTDA
Vistos os autos.
Cuidam os presentes autos de Procedimento Investigatório do Ministério Público Estadual para apuração de Crimes contra a Ordem
Tributária.
O contribuinte, entretanto, quitou o débito tributário concernente ao Auto de Infração nº 012010510001065-2 no valor de R$ 5.865,21.
Examinando os presentes autos, observa-se a comprovação do pagamento do débito tributário. E conforme preceitua o artigo 9º da
Lei 10.684/2003:
Art. 9º É suspensa a pretensão punitiva do Estado, referente aos crimes previstos nos arts. 1º e 2º da Lei nº 8.137, de
27 de dezembro de 1990, e nos arts. 168A e 337A do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, durante o
período em que a pessoa jurídica relacionada com o agente dos aludidos crimes estiver incluída no regime de parcelamento.
§1º A prescrição criminal não corre durante o período de suspensão da pretensão punitiva.
§2º Extingue-se a punibilidade dos crimes referidos neste artigo quando a pessoa jurídica relacionada com o agente
efetuar o pagamento integral dos débitos oriundos de tributos e contribuições sociais, inclusive acessórios.
Vale ainda dizer que o Supremo Tribunal Federal, no julgamento do processo HC. 81929/RJ decidiu, in verbis: “Habeas-Corpus. Ação
Penal. Crime Tributário. Tributo. Pagamento após o recebimento da denúncia. Extinção da punibilidade. Decretação. HC concedo de
ofício para tal efeito. Aplicação retroativa do artigo 9º. da Lei Federal nº. 10.684/03, c/c artigo 5º, XI, da CF, e artigo 61 do CPP. O
pagamento do tributo, a qualquer tempo, ainda que após o recebimento da denúncia, extingue a punibilidade do crime tributário”
(STF. HC 81929/RJ. Rel. Min. Sepúlveda Pertence. Rev. Min. Cezar Peluso).
Por todo o exposto, corroborando com o parecer do Ministério Público, decreto a extinção da pretensão punitiva do Estado pelo
pagamento integral débito, nos termos do Artigo 9º, § 2º, da Lei 10.684/2003. Após o trânsito em julgado, dêem-se as devidas baixas
no sistema.
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PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
CONSULTA DE PROCESSOS DO 1º GRAU