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MINISTÉRIO PÚBLICO
PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA
2ª PROCURADORIA DE JUSTIÇA CIVEL
2ª PROCURADORIA CÍVEL
ACÓRDÃO NO 122.866/2012
EMENTA
Vale ressalvar que, em que pese à sentença ter sido omissa quanto a
aplicação e termo a quo, para INCIDÊNCIA DE JUROS E CORREÇÃO
MONETÁRIA, tem-se que o termo inicial dos juros de mora deve ser a data da
citação, e, para a correção monetária, a data em que deveria ter ocorrido o
pagamento. Ademais, os valores resultantes de condenações proferidas contra a
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É o parecer.
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autor.
III - O direito ao recebimento de vencimentos atrasados é assegurado
constitucionalmente aos servidores públicos.” (AC 18.982/2010-OLHO
D’ÁGUA DAS CUNHÃS, Rel. Des. JORGE RACHID MUBÁRACK MALUF, j.
em 19.08.10, DJE 157/10, publicação em 26.08.10, p. 26) (grifo nosso)
É o parecer.
São Luís, 30 de abril de 2013.
É o parecer.
PROCESSO: 0020697-48.2007.8.10.0000
PROTOCOLO: 0119182013
Por outro lado, caso admitido o recurso, no que não se acredita, sejam as
presentes contrarrazões encaminhadas ao C. STJ, para apreciação.
N. termos,
P. deferimento.
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Procuradora de Justiça
INCLÍTOS MINISTROS
NOBRE RELATOR
CONTRARRAZÕES AO AGRAVO
I – PRELIMINAR DE INTEMPESTIVIDADE:
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II – NO MÉRITO:
Art. 539. Ressalvadas as exceções previstas neste Regimento, caberá agravo regimental, sem efeito
suspensivo, no prazo de cinco dias, da decisão do presidente, do vice-presidente ou do relator, que causar
prejuízo ao direito da parte.
Parágrafo único. O agravo não terá efeito suspensivo, salvo se presentes os pressupostos do art. 558
do Código de Processo Civil. (g.n.)
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Ocorre que, acertadamente, tais alegações não foram acolhidas, posto que a
documentação comprobatória do débito foi anexada aos autos no prazo estipulado e, além disso,
não passavam de elementos constantes de processo judicial, que resultaram no Acórdão nº
33.699/2001, proferido pela 1ª Câmara Cível do TJMA, o que implica dizer que sua obtenção
poderia ser facilitada pelo próprio Tribunal.
Em que pese tal fato, o Município de Primeira Cruz tem insistido nesse ponto,
inclusive no presente Agravo, onde objetiva a análise do seu Recurso Especial, inadmitido em
razão do fato de que os dispositivos indicados como infringidos não terem sido objeto de debate
prévio, ou seja, não houve o necessário prequestionamento da matéria, incidindo, desse modo, a
inteligência da Súmula 211, desse C. STJ.
III – DO PEDIDO:
Que seja aplicada multa por litigância de má-fé ao Município de Primeira Cruz,
posto que evidente o seu propósito meramente protelatório.
N. Termos,
Pede Deferimento.
Procuradora de Justiça
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contrarrazões.
É o parecer.
pelo juiz da Vara Única da Comarca de Gov. Eugênio Barros, que, nos autos da
Ação de Cobrança de Seguro DPVAT, julgou procedente o pedido autoral, no sentido
de condenar o Apelante ao pagamento de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), visto que
restaram sequelas visíveis na perna esquerda da Apelada, atestadas em juízo, face
o acidente sofrido.
Em suas razões, o Apelante sustenta preliminar de carência de
ação, por falta de interesse processual. E, no mérito, aduz a possibilidade de fraude
na confecção do laudo pericial, com a necessidade de autenticação do documento.
Além disso, alega ausência de nexo de causalidade entre as lesões sofridas pela
Apelada e o suposto acidente, considerando o lapso temporal até a propositura da
ação.
Com base nesses argumentos, requer a reforma da sentença em
sua totalidade. E, alternativamente, em caso de reforma parcial, seja levada em
consideração a graduação prevista no art. 3º, da Lei nº 6.194/74 (alterado pela Lei nº
11.945/2009).
Recebida em seu duplo efeito, a magistrada determinou a intimação
da Apelada para apresentar suas contrarrazões, entretanto, esta deixou transcorrer,
in albis, o prazo legal, conforme se vê da Certidão de fls. 106.
Remetidos os autos à instância superior, foram distribuídos ao Des.
Vicente de Castro, que abriu vista a esta Procuradoria.
É o que cabia relatar.
Segue manifestação.
Compulsando os autos, observa-se que o presente apelo não
preenche todos os requisitos de admissibilidade, devendo ser inacolhido face à sua
intempestividade.
É que a publicação da sentença guerreada ocorreu em data de 16
de maio de 2012, no Diário da Justiça Eletrônico, estando perfeitamente válida, no
entanto, o recurso do Apelante foi protocolado somente no dia 17 de setembro de
2012, restando clara sua intempestividade, conforme se depreende dos arts. 506, II,
c/c art. 508, ambos do CPC.
Em que pese o envio ao advogado do Apelante de mandado de
intimação, via AR, isto não era cabível, visto a preclusão consumativa do ato
processual. Ademais, tal providência, em verdade, representou sério prejuízo à parte
ex adversa, uma vez que obstada a execução do julgado.
Ora, conforme a redação dos artigos 236, 237, do CPC, a intimação,
via de regra, se dá pela só publicação dos atos no órgão oficial, sendo necessária a
intimação pessoal ou por carta registrada dos advogados das partes apenas
nas hipóteses em que não houver órgão de publicação dos atos oficiais na
comarca, o que não é a hipótese dos autos, onde foi realizada a publicação da
sentença no DJe, conforme se vê às fls. 78, procedimento este previsto no art. 4º, §§
3º e 4º, da Lei nº 11.419/062.
2
Art. 4º. Os tribunais poderão criar Diário da Justiça eletrônico, disponibilizado em sítio da rede
mundial de computadores, para publicação de atos judiciais e administrativos próprios e dos órgãos a eles
subordinados, bem como comunicações em geral. § 3º. Considera-se como data da publicação o primeiro dia útil
seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico. § 4º. Os prazos processuais terão
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março de 2007 e que, desde então, não emitiu fatura de “cartões de crédito” (fls. 17),
o que, data vênia, não seria suficiente para concluir-se pela ilegalidade da operação
de débito eletrônico.
E mais: tratando-se de débito eletrônico, não resta dúvida de que
tais operações são realizadas pelo uso de cartão bancário, onde a presença de chip
com dados criptografados e a necessidade de senha pessoal para utilizá-lo
impedem ou, no mínimo, dificultam fraudes dessa natureza.
Não bastasse tal fato, o próprio Apelado informa, em seu
depoimento, que não utilizava o seu cartão em caixas eletrônicos, não havendo,
portanto, como ter ocorrido a sua clonagem na “boca do caixa”, onde “sempre” fazia
suas transações (vide fls. 68v).
Nesse sentido, há inúmeros julgados nos nossos tribunais pátrios
que, levando em conta a fragilidade de causas postas nesses termos, conclui pela
sua improcedência. À guisa de exemplo, colaciona-se as seguintes:
“RESPONSABILIDADE CIVIL - Indenização - Danos
morais e materiais - Saques bancários de conta
poupança por meio de cartão magnético e uso de
senha pessoal - Autor não tomou providências para
impedir os novos saques que afirma indevidos -
Elementos constantes dos autos bastante frágeis, que
não autorizam a procedência da ação - Recurso
desprovido - Sentença mantida.” (TJSP. 21ª Câmara de
Direito Privado. Processo: APL 9167493732005826 SP
9167493-73.2005.8.26.0000. Relator: Ademir Benedito.
Julgamento: 05/10/2011. Publicação: 24/10/2011) – g.n.
Alega, ainda, que não restou configurada a prática de ato ilícito que o
Apelante tenha praticado que ensejasse dano moral à Autora/Apelada, afirma não
terem sido comprovados os prejuízos suportados pela parte Apelada.
Também, pugna pela redução do quantum indenizatório fixado na
sentença objurgada.
EMENTA
É o parecer.
Vale ressalvar que, em que pese a sentença ter sido omissa quanto ao
termo a quo, para incidência de juros e correção monetária, tem-se que o termo
inicial dos juros de mora deve ser a data da citação, e, para a correção monetária, a
data em que deveria ter ocorrido o pagamento. Ademais, os valores resultantes de
condenações proferidas contra a Fazenda Pública após a entrada em vigor da Lei
11.960/09 devem observar os critérios de atualização (correção monetária e juros)
nela disciplinados, enquanto vigorarem. Por outro lado, no período anterior, tais
acessórios deverão seguir os parâmetros definidos pela legislação então vigente
(REsp n° 1.205.946/SP, sob o rito do art. 543-C do CPC, Rel. Min. BENEDITO
GONÇALVES, julgado em 19.10.2011).” (STJ, EDcl no AREsp 86.079/SP, Rel.
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Não obstante, resta inaplicável a Súmula n.º 339 do STF, haja vista que
não cabe ao Poder Executivo aumentar vencimentos de servidores públicos sob
fundamento de isonomia, conforme já sedimentado por essa Egrégia Corte, senão
vejamos:
(...)
Trata-se de reexame necessário oriundo de ação questionando o reajuste
salarial dos servidores do Poder Judiciário, e que foi tombada sob o nº
011897-2007, onde consta da sua Inicial (fls. 04-21), em síntese, que a Lei
Estadual nº 8.369/06 concedeu aumento, a partir de 01/03/06, com uma
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É o parecer.
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Aduz o Apelante que a sentença de base não pode ser mantida, haja
vista que não foi negligente quanto ao impulsionamento do feito, bem como não
prospera a argumentação de ausência de interesse.
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Alega que diligenciou por várias vezes com o intuito de localizar a parte
Recorrida, no entanto, não logrou êxito. Afirma, ainda, que a Apelada está
dificultando a sua localização, pois, conforme cláusula prevista no contrato, cumpria
a esta informar eventual alteração do seu endereço.
Publicação: 175
Ementa
PROCESSUAL CIVIL - APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE
BUSCA E APREENSÃO - ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA - RÉU
NÃO LOCALIZADO PARA CITAÇÃO - VEÍCULO NÃO
ENCONTRADO - AUTOR/APELANTE NÃO FORNECEU O
ENDEREÇO CORRETO DO DEVEDOR - EXTINÇÃO DO
FEITO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO - INVOCAÇÃO PARA
APLICAÇÃO DA SÚMULA 240/STJ - PRETENSÃO NÃO
ACOLHIDA - POSSIBILIDADE DE O JUIZ EXTINGUIR O
FEITO DE OFÍCIO QUANDO O RÉU NÃO É CITADO -
ALEGAÇÃO DE FALTA DE INTIMAÇÃO PESSOAL PARA
DAR IMPULSO AO FEITO - PLEITO RECHAÇADO - PARTE
DEVIDAMENTE INTIMADA NOS TERMOS DA LEGISLAÇÃO
EM VIGOR - APELO NÃO PROVIDO - DECISÃO UNÂNIME.
(grifo nosso)
É o parecer.
Procuradora de Justiça
Art. 53. Nos contratos de compra e venda de móveis ou imóveis mediante pagamento em prestações,
bem como nas alienações fiduciárias em garantia, consideram-se nulas de pleno direito as cláusulas que
estabeleçam a perda total das prestações pagas em benefício do credor que, em razão do inadimplemento,
pleitear a resolução do contrato e a retomada do produto alienado.
8
Art. 406. Quando os juros moratórios não forem convencionados, ou o forem sem taxa estipulada, ou
quando provierem de determinação da lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do
pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional. (g.n.)
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Por fim, sobre o último ponto levantado pelo Apelante, é cediço que
já se encontra sedimentado no STJ e nesse E. Tribunal de Justiça o entendimento
de que não há conexão entre busca e apreensão de veículo e revisão do contrato
firmado para a sua aquisição. Nesse sentido, recentíssimo aresto da 1ª Câmara
Cível/TJMA:
“AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL.
REINTEGAÇÃO DE POSSE DE VEÍCULO. LIMINAR
DEFERIDA. DECISÃO FUNDAMENTADA. AUSÊNCIA DE
CONEXÃO COM AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO.
I – A única questão trazida pelo agravante aos autos é
de fácil resolução, tendo em vista que é pacífico no
Superior Tribunal de Justiça e neste Egrégio Tribunal
que não existe conexão entre a ação de busca e
apreensão e ação revisional de contrato de
financiamento de veiculo c/c consignação das
parcelas incontroversas em conta judicial, bem como
não há relação de prejudicialidade externa.
II - Agravo conhecido e improvido.” (TJMA. 1ª Câmara
Cível. AI nº 30225/2011. Acórdão nº 124.317/2013.
Relatora: Des. Raimunda Santos Bezerra. Julgamento: 24
de janeiro de 2013) – g.n.
Isto posto e considerando o entendimento jurisprudencial firmado
sobre a matéria, inclusive, nas nossas cortes superiores, esta Procuradoria de
Justiça opina pelo conhecimento e improvimento da apelação, devendo ser mantida
a sentença de base em todos os seus termos.
É o parecer.
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(...) Da análise dos autos supracitados, verifico que em que pese se tratar
de um mesmo contrato, apenas o pedido de indenização por danos morais
se repete de forma idêntica em relação aos demais autos e já tendo sido
apreciado por ocasião da prolação da sentença nos autos nº. 10336-
07.2011.8.10.0040, acolho a preliminar de litispendência apenas em relação
a este pedido, quanto aos pedidos de repetição de indébito e declaração de
inexigibilidade do débito cobrado, considero haver conexão, uma vez que
idênticos são apenas as partes e a causa de pedir.
Nesse passo de compreensão, ACOLHO A PRELIMINAR DE
LITISPENDÊNCIA apenas em relação ao pedido de indenização por danos
morais e ACOLHO A PRELIMINAR DE CONEXÃO em relação aos pedidos
de declaração de inexigibilidade do débito e repetição do indébito em dobro,
determinando a reunião de todos os feitos acima listados e os julgo
simultaneamente. (...) (grifo nosso)
É o parecer.
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O juízo a quo, às fls. 139, informa a essa 2ª Câmara Cível que “as
partes celebraram acordo extrajudicial, havendo petição nos autos requerendo a
EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO”.
processual, nos termos do art. 267, inciso VI, do Código de Processo Civil.
É o parecer.
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Com efeito, com relação à ocorrência do dano material, tem-se que por
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expressa disposição legal (art. 6º, VIII, do CDC), no âmbito da relação consumerista,
há inversão do ônus da prova, cabendo ao prestador de serviço provar a
inocorrência do dano, haja vista a condição presumida de hipossuficiente do
consumidor.
É o parecer.
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10323-08.2011.8.10.0040;
10324-90.2011.8.10.0040;
10327-45.2011.8.10.0040;
10332-67.2011.8.10.0040;
10333-52.2011.8.10.0040;
10336-07.2011.8.10.0040;
10672-11.2011.8.10.0040;
10676-48.2011.8.10.0040;
10677-33.2011.8.10.0040;
10678-18.2011.8.10.0040;
10680-85.2011.8.10.0040;
10681-70.2011.8.10.0040;
10685-10.2011.8.10.0040;
10692-02.2011.8.10.0040;
10939-80.2011.8.10.0040; (a demanda em análise)
10940-65.2011.8.10.0040;
10941-50.2011.8.10.0040;
10942-35.2011.8.10.0040;
10945-87.2011.8.10.0040;
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(...) Da análise dos autos supracitados, verifico que em que pese se tratar
de um mesmo contrato, apenas o pedido de indenização por danos morais
se repete de forma idêntica em relação aos demais autos e já tendo sido
apreciado por ocasião da prolação da sentença nos autos nº. 10336-
07.2011.8.10.0040, acolho a preliminar de litispendência apenas em relação
a este pedido, quanto aos pedidos de repetição de indébito e declaração de
inexigibilidade do débito cobrado, considero haver conexão, uma vez que
idênticos são apenas as partes e a causa de pedir.
Nesse passo de compreensão, ACOLHO A PRELIMINAR DE
LITISPENDÊNCIA apenas em relação ao pedido de indenização por danos
morais e ACOLHO A PRELIMINAR DE CONEXÃO em relação aos pedidos
de declaração de inexigibilidade do débito e repetição do indébito em dobro,
determinando a reunião de todos os feitos acima listados e os julgo
simultaneamente. (...) (grifo nosso)
É o parecer.
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Para tanto, alega que o Autor/Apelado não colacionou aos autos cópia
do Inquérito Policial, do processo penal e do auto de restituição de bens, que
sustenta serem essenciais para o deslinde da presente demanda.
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É o parecer.
Procuradora de Justiça
referência não dependia da prática de ato privativo das partes, mas, tão somente, de
impulso oficial, à luz do art. 262 do CPC.
ACÓRDÃO NO 121.280/2012
EMENTA
É o parecer.
Jesus, por este ter faltado com a verdade, ao afirmar que, quando do seu
falecimento, Galdino residia com Conceição.
Recebida em seu duplo efeito, a magistrada determinou a intimação
dos Apelados, para apresentarem contrarrazões, que repousa às fls. 122-134.
Os Apelados, por sua vez, alegam, em preliminar, a intempestividade
da apelação, aduzindo que a Apelante, em que pese o equívoco cometido pela
Secretaria Judicial da 4ª Vara Cível (vide fls. 107/8), deixou transcorrer in albis o
prazo do recurso, sem apontar justa causa para a devolução desse prazo.
Nesse sentido, sustenta que a providência adotada pela Secretaria,
de devolver o prazo por mais 09 (nove) dias, sem ordem escrita e expressa da
magistrada, devidamente alicerçada em prévio pedido formulado pela Apelante,
comprovada a justa causa, estaria inquinada de ilegalidade, por afrontar o art. 183,
do CPC11.
Acrescenta que a devolução do prazo deu-se após 10 (dez) dias do
trânsito em julgado da sentença e que, até a data da efetiva interposição do recurso,
os autos permaneceram na Secretaria, não havendo, portanto, qualquer obstáculo
para que a Apelante se manifestasse.
E, no mérito, sustenta que, em que pese não haver sintonia entre os
depoimentos prestados pelas testemunhas, há documentos às fls. 32, 34, 35 e 69,
que comprovam que, na maior parte do período em que a Apelante alega que vivia
em união estável com o falecido, este estaria, na realidade, residindo com a Sra.
Eliane Costa, até o falecimento desta, em novembro de 2004.
Além disso, há informação nos autos que a Apelante, que, em 2005,
a Apelante engravidou de outra pessoa, fato este que comprovaria que o
relacionamento entre ela e o de cujus era apenas um namoro, não havendo a
intenção de constituição de família.
11
Art. 183. Decorrido o prazo, extingue-se, independentemente de declaração judicial, o direito de praticar
o ato, ficando salvo, porém, à parte provar que o não realizou por justa causa.
§ 1º Reputa-se justa causa o evento imprevisto, alheio à vontade da parte e que a impediu de praticar o
ato por si ou por mandatário.
§ 2º Verificada a justa causa o juiz permitirá à parte a prática do ato no prazo que lhe assinar.
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INDIVÍDUOS, DA INTEGRIDADE E DA
INTANGIBILIDADE DO NÚCLEO CONSUBSTANCIADOR
DO ‘MÍNIMO EXISTENCIAL’. VIABILIDADE
INSTRUMENTAL DA ARGÜIÇÃO DE
DESCUMPRIMENTO NO PROCESSO DE
CONCRETIZAÇÃO DAS LIBERDADES POSITIVAS
(DIREITOS CONSTITUCIONAIS DE SEGUNDA
GERAÇÃO).” (ADPF 45/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO
- Informativo/STF nº 345/2004).
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Agravantes quando da conversão de seus vencimentos para URV, sendo que tal
conclusão foi equivocada e decorreu do uso de parâmetros errôneos, posto que o
cálculo judicial computou o aumento deferido pela Lei estadual 5.994/1994 que
procedeu à revisão geral anual dos vencimentos dos recorrentes, quando tal
aumento deveria ser desconsiderado, vez que de natureza distinta da conversão em
URV ordenada pela Lei Federal 8.880/94.
Desta feita, é cediço que a Lei Estadual nº. 5.994/94 não teve o condão
de compensar as perdas salarias decorrentes da equívoca conversão de Cruzeiro
Real em URV, mas, apenas, de realinhar as verbas remuneratórias dos servidores
em URV, conforme estabelece o art. 1º do aludido dispositivo legal.
nova perícia, nos termos dos arts. 437 a 439 do CPC, em situação análoga a esta,
senão vejamos:
(...)
“O laudo pericial, entretanto, trata a liquidação com imperfeições,
mormente no tocante à aplicação da metodologia imposta pelo art. 22
da Lei nº 8.880/1994, na medida em que, para chegar à conclusão de
que o agravado nada deve aos agravantes no que diz respeito às
perdas salariais decorrentes da conversão da moeda de cruzeiros reais
para URV, não obstante tenha feito o cálculo das médias aritméticas
dos meses de novembro/dezembro de 1993 e fevereiro/março de 1994,
ao final, estranhamente comparou os valores dos salários dos meses
de fevereiro e março de 1994 com os efeitos da Lei Estadual nº 5.994,
de 23/3/1994 que concedeu reajuste aos servidores, quando deveria ter
apurado se, de fato, ocorreram perdas salariais em razão da conversão da
URV na data dos efetivos pagamentos.
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EMENTA
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO.
AGRAVO DE INSTRUMENTO. MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO
PÚBLICO. CANDIDATA APROVADA DENTRO DO NÚMERO DE VAGAS.
DIREITO SUBJETIVO À NOMEAÇÃO. ENTENDIMENTO DO STJ E DO
STF. CITAÇÃO DOS CANDIDATOS MELHORES CLASSIFICADOS.
LITISCONSÓRCIO PASSIVO NECESSÁRIO. DESNECESSIDADE.
I – Os candidatos aprovados em concurso público dentro do número de
vagas previsto no edital têm direito subjetivo à nomeação. Precedentes do
STF e do STJ.
II – Nas hipóteses em que a sentença não atinge a esfera jurídica dos
demais aprovados em concurso público, é desnecessário que
ingressem na lide na qualidade de litisconsortes passivos necessários.
Precedentes do STJ: AgRg no REsp 902.597/AL, Rel.ª Min.ª JANE SILVA
(DESEMBARGADORA CONVOCADA DO TJ/MG), Sexta Turma, j. em
15.05.08, DJe de 02.06.08; AgRg no REsp 881.924/AL, Rel. Min. CARLOS
FERNANDO MATHIAS (JUIZ CONVOCADO DO TRF 1ª REGIÃO), Sexta
Turma, j. em 06.09.07, DJ de 08.10.07, p. 396.
III – Agravo provido. (grifo nosso)
EMENTA
DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. APELAÇÃO CÍVEL.
CONCURSO PÚBLICO. DIREITO LÍQUIDO E CERTO. APROVAÇÃO FORA
DO NÚMERO DE VAGAS PREVISTAS NO EDITAL. CONTRATAÇÃO
TEMPORÁRIA NO PERÍODO DE VALIDADE DO CERTAME PARA O
MESMO CARGO OU FUNÇÃO. EXCEDENTE DENTRO DO NÚMERO DE
VAGAS PREVISTAS NO PROCESSO SELETIVO. CONVOLAÇÃO DE
EXPECTATIVA DE DIREITO PARA DIREITO LÍQUIDO E CERTO.
PRECEDENTES DO STJ. APELO PROVIDO DE ACORDO COM O
PARECER MINISTERIAL.
I - Candidato aprovado fora do número de vagas, sendo aberto teste seletivo
deve ser respeitado a classificação dos participantes do certame.
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MINISTÉRIO PÚBLICO
PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA
2ª PROCURADORIA DE JUSTIÇA CIVEL
É o parecer.
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não haver necessidade de intervenção, por ausência das hipóteses do art. 82, do
CPC.
[...] a expressão dano moral tem duplo significado. Num sentido próprio, ou
estrito, refere-se ao abalo dos sentimentos de uma pessoa, provocando-lhe
dor, tristeza, desgosto, depressão, perda da alegria de viver, etc. E num
sentido impróprio, ou amplo, abrange também a lesão de todos e quaisquer
bens ou interesses pessoais, como a liberdade, o nome, a família, a honra e
a própria integridade física. Por isso a lesão corporal é um dano moral [...]
(FÜHRER, M. C. A. Resumo de Obrigações e Contratos (Civis,
Comerciais, Consumidor). 21. Ed., São Paulo: Malheiros Editores, 2002.)
arbitrada pelo juiz de base, qual seja, R$ 15.000,00 (quinze mil reais), atendeu aos
critérios delineados pela razoabilidade e proporcionalidade, tendo, acima de tudo,
caráter punitivo-pedagógico, ante a conduta repreensiva do Réu, na medida em que
repara os danos sofridos e ao mesmo tempo desestimula essa prática reiterada de
inobservância aos direitos dos servidores.
É o parecer.
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Em suas razões, alega o Apelante que o título constante nos autos não
é exigível, sendo nula a execução proposta, nos termos do art. 618, I, do CPC, haja
vista que o Apelado não carreou aos autos prova de que tenha havido o trânsito em
julgado das ações em que funcionou como defensor dativo.
IMPROVIMENTO.
1 - Basta a comprovação, pelo profissional, da prestação
de serviço como defensor dativo, para que se afigure justa
a pretensão de perceber honorários advocatícios pela
atuação em processo de interesse de necessitados, em
comarca onde inexiste ou seja deficiente o serviço
prestado pela Defensoria Pública;
2 - Advogado indicado para patrocinar causa de juridicamente
necessitado, no caso de impossibilidade da Defensoria Pública
no local da prestação de serviço, tem direito aos honorários
fixados pelo juiz, segundo tabela organizada pelo Conselho
Seccional da OAB, e pagos pelo Estado (§1º, do artigo 22, da
Lei nº 8.906/94). Precedentes do STJ;
3 – Apelação não provida. (TJMA, APC 30262010, Rel. Des.
RAIMUNDO FREIRE CUTRIM. j. 18/05/2010) (grifo nosso)
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. DEFENSOR DATIVO. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. ÔNUS DO ESTADO. 1. Cabe ao estado o pagamento
dos honorários do advogado nomeado defensor dativo em
consequência da ausência ou insuficiência de defensoria Pública, em
patamar fixado pelo juiz, segundo tabela da OAB. [...] (TJMA, APC
250122007, Rel. Des. PAULO SÉRGIO VELTEN PEREIRA, j.
12/11/2009) (grifo nosso)
Nesse sentido:
É o parecer.
68);
i) Contrato de compra e venda com a assinatura falsificada do
Requerente (fls. 72/3);
j) Procuração do Requerente à sua ex-companheira,
outorgando-lhe a responsabilidade pelo apartamento em
questão (fls. 74);
k) Termo de Declarações prestadas pelo Requerente na
Delegacia de Defraudações (fls. 122/3); e
l) Instrumento particular de compra e venda firmado entre o
Requerente e RINALDO L. TIMÓTEO DE SOUZA (fls. 128-
130).
Distribuído o feito, o Relator, Des. Vicente de Castro, às fls. 160,
após deferir a assistência judiciária gratuita ao Requerente, optou por apreciar o
pedido de tutela antecipada, após a resposta da Requerida, à qual foi juntada às fls.
170-189 dos autos.
Em sua contestação, primeiramente, aduz a Requerida que os bens
apontados como adquiridos na constância da união estável, em verdade, já eram de
sua propriedade, com exceção do apartamento em disputa, que era pago por ela
(Requerida) e não pelo Requerente, em que pese estar no nome dele, pelo fato dela
já ter um outro apartamento arrendado em seu nome.
Acrescentou que, inclusive, foi obrigada a fazer um empréstimo de
R$ 8.000,00 (oito mil reais) para quitar as mensalidades em atraso, por culpa do
Requerente que, mesmo de posse do dinheiro repassado pela Requerida,
simplesmente não fazia os pagamentos.
Em seguida, passa a tecer comentários sobre o seu relacionamento
com o Requerente.
Aproveitou para chamar a atenção para o fato do Requerente não
estar cumprindo a sentença rescindenda, no que tange ao pagamento da pensão
alimentícia arbitrada para a filha do casal, apesar de não atacar, na rescisória, essa
parte do decisium.
Nesse prisma, sustenta que jamais tentou ludibriar o d. julgador da
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2ª Vara de Família e que não omitiu qualquer fato, com relação ao patrimônio que
efetivamente era do casal.
Com relação à falsidade documental apontada pelo Requerente,
afirma que não é procedente esse argumento, ou seja, que é verdadeira a
assinatura do mesmo. Nesse ponto, esclarece que, devido ao registro do
mencionado boletim de ocorrência na Delegacia de Defraudações, foi chamada a
prestar esclarecimentos, oportunidade em que a autoridade policial apreendeu o
contrato de compra e venda supostamente fraudado, bem como a Procuração que
lhe foi outorgada pelo Requerente.
Ademais, promove incidente, impugnando a concessão do benefício
da assistência judiciária gratuita ao Requerente, uma vez que ele próprio afirma ter
recebido a importância de cerca de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais),
conforme recibo e comprovante de depósito colacionados aos autos (fls. 131/2).
Ao final, requer que a ação seja julgada improcedente, com a
condenação do Requerente, nas custas e honorários advocatícios, bem como ao
pagamento de multa por litigância de má-fé, acrescida ainda da multa estabelecida
no art. 488, II, do CPC, caso julgada improcedente por unanimidade a presente
rescisória.
Requer ainda a expedição de ofício à Delegacia de Defraudações,
para requisitar informações sobre a perícia grafotécnica no contrato de compra e
venda sob suspeição.
Juntou aos autos documentos referentes aos bens relacionados pelo
Requerente, os quais, segundo sustenta, teriam sido adquiridos antes de se iniciar a
união estável do casal.
Às fls. 205-218, a Requerida apresenta nova manifestação, em face
da existência de fato novo, qual seja, a conclusão do laudo pericial referente ao
exame grafotécnico no contrato de compra e venda.
Diante da conclusão das peritas de que a assinatura é, de fato, do
Requerente, a Requerida reforça seu pedido de condenação daquele ao pagamento
das multas por litigância de má-fé e, na certeza de que a rescisória será julgada
improcedente por unanimidade, ao pagamento da multa prevista no art. 488, II, do
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CPC.
Anexou o referido laudo (fls. 212-216v), cuja conclusão vale ser
transcrita:
“Assim, face ao analisado e exposto, concluem as Peritas
que as assinaturas questionadas de teor JHONATAN
NASCIMENTO DOS SANTOS, exaradas nos documentos
questionados, partiram do punho escriturador do
apresentado, ou seja, resultado POSITIVO para
AUTENTICIDADE GRÁFICA”.
Às fls. 220/2, o d. Relator do feito, dado esse fato, passou a apreciar
o pedido de antecipação de tutela formulado pelo Requerente, sendo que, após
incontestáveis argumentos jurídicos, denegou-a, determinando o prosseguimento do
feito, com a intimação do Requerente para responder, no prazo de 10 (dez) dias, aos
termos da petição intermediária que juntou o laudo pericial.
Em que pese tal fato, o Requerente deixou transcorrer in albis o
prazo assinalado, conforme se vê da Certidão às fls. 223.
Vista à esta Procuradoria de Justiça.
É o que cabia relatar.
Segue manifestação.
Satisfeitas as condições da ação e os pressupostos específicos da
rescisória, impõe-se que esta seja conhecida.
Nesse sentido, face aos argumentos e documentos acostados aos
autos, não se vislumbra a necessidade de dilação probatória, razão pela qual
entende esta Procuradoria de Justiça possível a aplicação do art. 330, I, do CPC,
devendo, portanto, a lide ser julgada no estado em que se encontra.
Nesse sentido, à guisa de exemplo, cita-se os seguintes arestos:
“AÇÃO RESCISÓRIA. JULGAMENTO ANTECIPADO DA
LIDE. AUSÊNCIA DE CERCEAMENTO DE DEFESA.
VIOLAÇÃO DE LITERAL DISPOSIÇÃO DE LEI.
INOCORRÊNCIA. ERRO DE FATO NÃO
CARACTERIZADO. PRETENSÃO DE REEXAME QUE
NÃO SE COADUNA COM A VIA RESCISÓRIA. I -
Suficientemente instruído o processo, a lide comporta
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acima transcrita.
Pelo que foi exposto, observa-se que, tendo embasado o seu pedido
no art. 485, V e VI, do CPC 15, como dito alhures, o Requerente falhou na
comprovação da subsunção do caso a esses dispositivos legais.
Por sua vez, no que tange ao incidente oposto pela Requerida,
impugnando a concessão do benefício da assistência judiciária concedido ao
Requerente, bem como o pedido de aplicação das multas processuais, da análise
dos fatos e documentos apresentados por este, conclui-se que, de fato, o mesmo
recebeu recursos com a “transferência” do apartamento em questão (conf. recibo e
comprovante de depósito colacionados aos autos, de fls. 131/2), que lhe permitiriam
arcar com as custas do processo, inclusive, com o depósito prévio de 5% (cinco por
cento) sobre o valor da causa, determinado no inciso II, do art. 488, do CPC 16.
Nesse sentido, cita-se precedentes desse E. Tribunal:
“AÇÃO RESCISÓRIA. INDENIZATÓRIA. ACIDENTE DE
TRABALHO. RESPONSABILIDADE EMPREGADOR.
VIOLAÇÃO LITERAL DE DISPOSITIVO LEGAL. ERRO
DE FATO. INOCORRÊNCIA. JULGAMENTO
DESFAVORÁVEL. RESCISÓRIA IMPROCEDENTE.
DEPÓSITO REVERTIDO A FAVOR DO RÉU. CPC, ARTS.
488, INCISO II E 494, PARTE FINAL. 1. Decisão que
contraria interesse da parte não enseja a rescisão do
julgado. 2. A improcedência da rescisória determina a
reversão do depósito ao réu, a título de multa pela
delonga infundada.” (TJMA. Proc. nº 0217822002.
Acórdão nº 0490922004. Relator: RAYMUNDO LICIANO
DE CARVALHO. Julgamento: 14/05/2004) – Grifou-se.
que esta sofreu, mais os honorários advocatícios e todas as despesas que efetuou.
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Segue manifestação.
Compulsando os autos, vê-se que este versa sobre o pagamento de
verbas trabalhistas a servidor público contratado, sem a realização de prévio
concurso público, matéria que já se encontra quase que absolutamente pacificada
em nossos tribunais, no sentido de conferir ao trabalhador as verbas devidas, para
não permitir o enriquecimento ilícito do erário.
Nesse sentido, vale à pena transcrever aresto esclarecedor desse E.
Tribunal de Justiça:
“PROCESSUAL CIVIL. CONSTITUCIONAL.
ADMINISTRATIVO. CONTRATAÇÃO SEM CONCURSO
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18
Art. 285-A. Quando a matéria controvertida for unicamente de direito e no juízo já houver sido proferida
sentença de total improcedência em outros casos idênticos, poderá ser dispensada a citação e proferida
sentença, reproduzindo-se o teor da anteriormente prolatada.
§ 1°. Se o autor apelar, é facultado ao juiz decidir, no prazo de 5 (cinco) dias, não manter a sentença e
determinar o prosseguimento da ação.
§ 2°. Caso seja mantida a sentença, será ordenada a citação do réu para responder ao recurso.
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do domicílio do Apelado.
Denota que, conforme depreende-se dos arts. 9º e 12, da Lei Federal
nº. 8935/94, e § 2º, do art 2º do Decreto-Lei nº. 911/69, não há menção, nos
mencionados dispositivos aplicáveis à demanda, acerca de exigência no que
concerne ao Cartório de Títulos e Documentos ter jurisdição adstrita ao domicílio do
Réu/ Apelado.
Ressalta que o regramento contido na Lei Federal nº. 8.935/94 sujeita
às normas definidoras de circunscrições geográficas somente os oficiais de registro
de imóveis e civis das pessoas naturais, e quanto à delegação, apenas ao Tabelião
de Notas.
Colaciona em suas razões recursais diversos julgados adotando tal
posicionamento, inclusive, precedentes da Corte Maranhense.
Ao final, pugna pelo provimento do presente apelo, visando anular a
sentença ora atacada, com o conseguinte prosseguimento da demanda.
Proferido despacho pelo juiz a quo, às fls. 50, recebendo o recurso de
apelação em seus efeitos devolutivo e suspensivo, bem como determinando a
intimação do Apelado para contrarrazoar.
Contrarrazões apresentadas às 63/66, requerendo a improcedência do
recurso manejado, com a manutenção da sentença de 1º grau.
Despacho exarado pelo juiz de base (fls. 67), determinando o
encaminhamento dos presentes autos ao Egrégio Tribunal de Justiça, sendo estes
remetidos e distribuídos ao Eminente Desembargador Relator Vicente de Paula
Gomes de Castro (fls. 69).
Com vista, passa esta Procuradoria Cível a opinar.
Busca e Apreensão chegou ao seu destino (fl. 12), atendendo, assim, a exigência do
art. 2º, § 2º, do Decreto-Lei n. 911/69, no que pertine à comprovação da mora.
Ainda, neste sentido:
“AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO. NOTIFICAÇÃO. PRECEDENTES DA
CORTE.
1 – Na linha de precedentes da Corte, não se faz necessária a notificação
pessoal do devedor para efeitos da constituição em mora, bastando que
seja entregue no endereço correto”.
(Recurso Especial nº 595241/MG, 3ª Turma STJ, Rel. Min, Carlos Alberto
Menezes Direito, j. 02.12.2004).
É o parecer.
Oficial do Registro de Títulos e Documentos, que visa dar garantia efetiva ao ato,
uma vez dotado de fé pública para tanto.
Com efeito, às fls. 07 e 08, tem-se somente a expedição de notificação
pelo escritório de advocacia que representa os interesses do ora Apelante, enviada
por TOLEDO PIZA ADVOGADOS ASSOCIADOS, sendo assinado digitalmente por
Paulo Henrique dos Santos Silva. Descumprida, por conseguinte, a exigência legal
de comprovação via Cartório de Títulos e Documentos.
Assim sendo, forçoso reconhecer que o Apelado não foi constituído
regularmente em mora, vez que os documentos de fls. 07/08, não servem para tal
comprovação, posto que a carta enviada pelo escritório de advocacia que representa
a parte não oferece prova hábil.
Neste sentido, são os julgados de diversas Cortes Estaduais:
TJMA - AC 25912012 MA
Processo: 25912012 MA
Relator(a): JAMIL DE MIRANDA GEDEON NETO
Julgamento: 10/04/2012
Órgão Julgador: SAO LUIS
Ementa
PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE BUSCA E
APREENSÃO. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL
EXPEDIDA POR ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA. EXTINÇÃO DO
PROCESSO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO.
propositura da reintegratória
Diante desse fato, restando ausente o pressuposto processual da ação
de busca e apreensão, necessário ao seu processamento, torna-se imperiosa a
extinção do feito, nos termos da sentença vergastada.
Ante o exposto, manifesta-se esta Procuradoria de Justiça pelo
CONHECIMENTO e IMPROVIMENTO do recurso sob exame, com a manutenção in
totum da sentença de base.
É o parecer.
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PROCESSUAL CIVIL. ART. 105, INCISO III, ALÍNEA "C", DA CF. COTEJO
ANALÍTICO. DEFICIÊNCIA. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL.
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É o parecer.
Nesse sentido:
“PROCESSUAL CIVIL CONFLITO DE COMPETÊNCIA
EXECUÇAO FISCAL AJUIZADA PELO INSS EM FORO
QUE NAO POSSUI SEDE DE VARA FEDERAL
COMPETÊNCIA DELEGADA DO JUÍZO DE DIREITO
COMPETÊNCIA RECURSAL DO TRIBUNAL REGIONAL
FEDERAL.
1. Nos termos do art. 109, 3º, da CF/88 e do art. 15, I, da
19
Art. 109.
§ 3º. Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro do domicílio dos segurados
ou beneficiários, as causas em que forem parte instituição de previdência social e segurado, sempre
que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se verificada essa condição, a lei poderá
permitir que outras causas sejam também processadas e julgadas pela justiça estadual.
§ 4º. Na hipótese do parágrafo anterior, o recurso cabível será sempre para o Tribunal
Regional Federal na área de jurisdição do juiz de primeiro grau. (Grifou-se)
20
Art. 15. Nas Comarcas do interior onde não funcionar Vara da Justiça Federal (artigo 12), os Juízes
Estaduais são competentes para processar e julgar: I - os executivos fiscais da União e de suas
autarquias, ajuizados contra devedores domiciliados nas respectivas Comarcas. (Grifou-se)
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21
Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais: II - julgar, em grau de recurso, as causas
decididas pelos juízes federais e pelos juízes estaduais no exercício da competência federal da
área de sua jurisdição. (Grifou-se)
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É o parecer.
PROCESSO: 0000587-17.2012.8.10.0044
PROTOCOLO: 0069302013
APELAÇÃO CÍVEL – IMPERATRIZ (VARA DA FAZENDA PÚBLICA)
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fevereiro de 1994.
“[...]
quando a pretensão diz respeito a pretensões que se vencem e renascem
periodicamente, como é o caso, só ficam cobertas pelas prescrições as
parcelas que antecedem o quinquênio, contadas retroativamente da data
que se operou a citação.”
ano até a vigência da Lei nº 11.960/2009, para então incidirem uma única vez até a
data do pagamento com base nos índices oficiais de remuneração básica e juros
aplicados à caderneta de poupança. Dessa forma, o aludido disposto aplica-se ao
caso em comento, tendo em vista que a ação foi interposta em 24/07/2012.
No que pertine aos honorários advocatícios, estes foram fixados
conforme o artigo 20, §§ 3º e 4º do CPC, levando-se em conta os critérios
especificados nos mesmos dispositivos.
Ex positis, manifesta-se esta Procuradoria de Justiça Cível pelo
CONHECIMENTO e PROVIMENTO PARCIAL da presente Apelação, para reformar
a sentença fustigada apenas no que concerne à aplicação do art. 1º F da Lei nº
9.494/97, com redação dada pela Lei nº 11.960/2009, relativa à adequação de juros
e correção monetária da condenação imposta ao Apelante.
Outrossim, em sede de Reexame Necessário, urge pontuar que a
diferença de 11,98% (onze vírgula noventa e oito por cento) é devida aos Apelados,
a partir da respectiva data de ingresso dos autores nos Quadros do Tribunal de
Justiça do Estado do Maranhão, excetuando-se as parcelas atingidas pela prescrição,
relativas ao período de cinco anos anteriores ao ajuizamento desta ação, cuja
interposição deu-se em 24/07/2012, e não em 16/12/2005, como faz
menção à parte dispositiva da sentença vergastada, devendo, nesse ponto, ser
corrigido o decisum.
É o parecer.
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Decreto nº 20.829/2004
Art. 1º - A gratificação por Condições Especiais de Trabalho prevista na Lei
nº 6.107, de 27 de julho de 1994, em casos excepcionais poderá ser
atribuída aos servidores ocupantes do cargo do Grupo Ocupacional
Magistério de 1º e 2º Graus, para remunerar as atividades de regência de
sala de aula e de suporte pedagógico fora do turno normal de trabalho a que
estiver sujeito o servidor do magistério no desempenho de cargo.
Art. 2º - A concessão da Gratificação por Condições Especiais de Trabalho,
de que trata este Decreto, far-se-á exclusivamente, para suprir a falta de
servidor docente e de suporte pedagógico, após esgotada a possibilidade
de suprir a vaga com o servidor efetivo do magistério com disponibilidade de
carga horária e desde que não haja candidato aprovado em concurso
público, devidamente habilitado.
§ 1º. A gratificação de que trata este artigo será concedida, para o servidor
de suporte pedagógico, até o limite de 100% (cem por cento) calculado
sobre o vencimento base do cargo efetivo do servidor.
23
Art. 40 - O Juiz suspenderá o curso da execução, enquanto não for localizado o devedor ou encontrados bens
sobre os quais possa recair a penhora, e, nesses casos, não correrá o prazo de prescrição.
§ 4º Se da decisão que ordenar o arquivamento tiver decorrido o prazo prescricional, o juiz, depois de
ouvida a Fazenda Pública, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente e decretá-la de imediato.
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24
Art. 285-A. Quando a matéria controvertida for unicamente de direito e no juízo já houver sido proferida
sentença de total improcedência em outros casos idênticos, poderá ser dispensada a citação e proferida
sentença, reproduzindo-se o teor da anteriormente prolatada.
§ 1°. Se o autor apelar, é facultado ao juiz decidir, no prazo de 5 (cinco) dias, não manter a sentença e
determinar o prosseguimento da ação.
§ 2°. Caso seja mantida a sentença, será ordenada a citação do réu para responder ao recurso.
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pelo Apelado.
Sem recurso voluntário da municipalidade.
Intimado o Apelado, este não apresentou contrarrazões.
Encaminhamento dos autos à esta Procuradoria de Justiça.
É o que cabia relatar.
Segue manifestação.
Não resta dúvida que o direito à saúde se reveste de um alto
significado social, não podendo ser menosprezado pelo Estado, sob pena de grave e
injusta frustração ao compromisso constitucional e institucional que tem o aparelho
estatal.
Igualmente, é visível a ineficiência administrativa, o descaso
governamental com direitos básicos da pessoa (como o direito à saúde), a
incapacidade de gerir os recursos públicos, pelo administrador. No entanto, esta
realidade não pode representar um obstáculo à execução, pelo Poder Público, da
norma inscrita no art. 196 da Constituição da República, que traduz e impõe, ao
Estado, um dever inafastável de concretização de um direito fundamental.
Nesse sentido, é o entendimento do Excelso STF. À guisa de
exemplo, cita-se dois precedentes de relatoria do decano Min. Celso de Mello:
“ARGÜIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO
FUNDAMENTAL. A QUESTÃO DA LEGITIMIDADE
CONSTITUCIONAL DO CONTROLE E DA
INTERVENÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO EM TEMA DE
IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS, QUANDO
CONFIGURADA HIPÓTESE DE ABUSIVIDADE
GOVERNAMENTAL. DIMENSÃO POLÍTICA DA
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL ATRIBUÍDA AO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. INOPONIBILIDADE
DO ARBÍTRIO ESTATAL À EFETIVAÇÃO DOS DIREITOS
SOCIAIS, ECONÔMICOS E CULTURAIS. CARÁTER
RELATIVO DA LIBERDADE DE CONFORMAÇÃO DO
LEGISLADOR. CONSIDERAÇÕES EM TORNO DA
CLÁUSULA DA ‘RESERVA DO POSSÍVEL’.
NECESSIDADE DE PRESERVAÇÃO, EM FAVOR DOS
INDIVÍDUOS, DA INTEGRIDADE E DA
INTANGIBILIDADE DO NÚCLEO CONSUBSTANCIADOR
DO ‘MÍNIMO EXISTENCIAL’. VIABILIDADE
INSTRUMENTAL DA ARGÜIÇÃO DE
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DESCUMPRIMENTO NO PROCESSO DE
CONCRETIZAÇÃO DAS LIBERDADES POSITIVAS
(DIREITOS CONSTITUCIONAIS DE SEGUNDA
GERAÇÃO).” (ADPF 45/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO
- Informativo/STF nº 345/2004).
PROCESSO: 0000055-84.2012.8.10.0095
PROTOCOLO: 0075842013
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razão da mesma ter alcançado graduação superior, sendo-lhe devida, dessa forma,
o adicional de 130% (cento e trinta por cento) sob os seus proventos. No entanto,
aduz que o Réu apenas concedeu à promoção que faria jus em abril de 2009, sem o
pagamento das diferenças salarias vencidas, relativas ao lapso temporal entre o
requerimento administrativo e a data da efetiva concessão do adicional em questão.
Dessa forma, foi exarada Sentença pelo juízo a quo, disposta às fls.
85/96, tendo em vista a presente demanda tratar-se de questão unicamente de
direito, perfazendo o julgamento antecipado da lide, acolhendo, assim, o pedido
formulado na preambular para condenar o Requerido ao
PROTOCOLO: 0067232013
APELAÇÃO CÍVEL – SÃO LUÍS
APELANTE: LUIS CARLOS MENDES GOMES
APELADO: BANCO PANAMERICANO S/A
RELATOR: DES. MARCELO CARVALHO SILVA
PROCURADORA: SANDRA LÚCIA MENDES ALVES ELOUF
Nesse sentido, insurge o Apelante sustentando nas razões de seu apelo (fls.
100/125), preliminarmente, a inconstitucionalidade incidental do art. 5º da Medida
Provisória nº. 2.170-36/2001, por ofensa aos artigos 192 e 62, § 1º. , III, da
Constituição Federal, e quanto ao mérito, aponta a ausência de motivação da
decisão judicial atacada, inclusive, não apreciando toda a matéria de direito
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suscitada na ação em tela, bem como a nulidade do julgamento antecipado com fito
no error in procedendo e a alegação de cerceamento de defesa, ante a violação do
devido processo legal.
Não obstante esse fato, constata-se que o causídico do autor retirou em carga
os autos no mesmo dia, qual seja, em 29/11/2011, segundo vislumbra-se em
certidão às fls. 78-v, haja vista ser esse o dia inicial do cômputo do prazo recursal.
Contudo, o advogado em epígrafe somente devolveu os presentes autos em
05/11/2012, coincidindo com a data de interposição do recurso em voga,
manifestadamente intempestivo.
É o parecer.
PROCESSO Nº 0099-61.1994.8.10.0022
PROTOCOLO Nº 7330/2013
APELANTE: ESTADO DO MARANHÃO
APELADO: N C MONTEIRO COMÉRCIO
MANIFESTAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO
2ª PROCURADORIA CÍVEL
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Art. 40 - O Juiz suspenderá o curso da execução, enquanto não for localizado o devedor ou
encontrados bens sobre os quais possa recair a penhora, e, nesses casos, não correrá o prazo de prescrição.
§ 4º Se da decisão que ordenar o arquivamento tiver decorrido o prazo prescricional, o juiz, depois de
ouvida a Fazenda Pública, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente e decretá-la de imediato.
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junho de 2005. Por sua vez, o que consta às fls. 31 é apenas um ato ordinatório do
magistrado de base, determinando o encaminhamento dos autos ao arquivo
provisório.
Assim sendo, por qualquer ângulo que se observe, não resta dúvida
de que, de fato, havia transcorrido o quinquênio legal, ao tempo da prolação da
sentença.
Com relação ao segundo argumento, referente à necessidade de
intimação prévia da Fazenda Pública, prevista no art. 40, § 4º, da Lei n. 6.830/80,
tem-se que, conforme já assente em nossos tribunais, a finalidade de tal dispositivo
é a de possibilitar àquela a arguição de eventuais causas de suspensão ou
interrupção da prescrição do crédito tributário.
Desta feita, não havendo prejuízo demonstrado pela Fazenda
Pública, na Apelação, não há que se falar em nulidade, em homenagem aos
Princípios da Celeridade Processual e Instrumentalidade das Formas.
Nesse contexto, os seguintes precedentes do C. STJ:
"PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. EXECUÇÃO
FISCAL. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. INÉRCIA DA
FAZENDA PÚBLICA. SÚMULA 7 DESTE TRIBUNAL. ART. 40,
§ 4º, DA LEI 6.830/80. AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO PRÉVIA DA
FAZENDA PÚBLICA. AUSÊNCIA DE PREJUÍZO.
INEXISTÊNCIA DE ALEGAÇÕES ACERCA DE CAUSAS
SUSPENSIVAS E INTERRUPTIVAS DA PRESCRIÇÃO.
NULIDADE SUPRIDA. PRINCÍPIOS DA CELERIDADE
PROCESSUAL, INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS E PAS
DES NULLITÉS SANS GRIEF. PRECEDENTES.
1. No que diz respeito à tese defendida pela Fazenda Pública,
no sentido de que a prescrição intercorrente somente ocorre,
na execução fiscal, diante da comprovada inércia do
exequente, incide o Enunciado n. 7 da Súmula do Superior
Tribunal de Justiça, tendo em vista que se faria imprescindível
o revolvimento da matéria fático-probatória dos autos a fim de
verificar a ocorrência ou não da sua inércia.
2. É firme o entendimento jurisprudencial do Superior
Tribunal de Justiça no sentido de configurar-se a prescrição
intercorrente quando, proposta a execução fiscal e decorrido o
prazo de suspensão, o feito permanecer paralisado por mais de
cinco anos por culpa da exeqüente, podendo, ainda, ser
decretada ex officio pelo magistrado, desde que previamente
ouvida a Fazenda Pública, conforme previsão do art. 40, § 4º,
da Lei 6.830/80, acrescentado pela Lei 11.051/2004.
3. Conforme asseverado pelo Tribunal de origem, muito
embora o juízo de primeiro grau não tenha intimado
previamente a exeqüente, não houve qualquer prejuízo para a
Fazenda Pública na hipótese. Dessa forma, em não
havendo prejuízo demonstrado pela Fazenda Pública, não há
que se falar em nulidade da sentença, e nem, ainda, em
cerceamento de defesa, o que se faz em homenagem aos
princípios da celeridade processual, instrumentalidade das
formas e pas des nullités sans grief. Precedentes.
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PROCESSO: 0042902-63.2010.8.10.001
PROTOCOLO: 0070112013
APELAÇÃO CÍVEL – SÃO LUÍS
APELANTE: MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL
APELADO: OZIMAR SOUSA DA SILVA
RELATORA: DESA. NELMA CELESTE SOUZA SILVA SARNEY COSTA
PROCURADORA: SANDRA LÚCIA MENDES ALVES ELOUF
DNA, foi assinalado pelo laboratório (fls. 35) que “as partes entrarem em acordo e
resolveram não realizar a coleta das amostras biológicas para Investigação da
Paternidade”.
Às fls. 57, proferido despacho pelo juiz a quo, recebendo o presente recurso
nos seus efeitos devolutivo e suspensivo, bem como determinando a intimação do
Apelado para responder ao recurso no prazo legal.
Assim, data vênia, não caberia ao Juiz de 1º grau se conformar com o papel
de mero espectador da lide que se instaura, cabendo-lhe, além da iniciativa
probatória, da aferição dos fatos e da aplicação do direito em consonância com a
verdade real, atender aos fins sociais almejados.
Nesse mister, estabelece o art. 342 do CPC que “o juiz pode, de ofício, em
qualquer estado do processo, determinar o comparecimento pessoal das partes, a
fim de interrogá-las sobre os fatos da causa”.
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É o parecer.